Terça feira, 30 de julho
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Os Cristos e Buddhas são
simplesmente ocasiões
para objetivar nossos próprios
poderes internos.
Em realidade, somos nós
que respondemos às
nossas orações.
É uma blasfêmia
pensar que, se Jesus não tivesse
nascido, a humanidade não
poderia ser salva.
É horrível
esquecer, deste modo,
a divindade da natureza
humana,
uma divindade que deve manifestar-se.
Nunca esqueçam a
glória da natureza humana.
Nós somos o maior
Deus que houve,
que há e que, em
tempo algum, haverá.
Os Cristos e os Buddhas,
são apenas ondas,
num oceano sem limites,
que Sou EU.
Não se inclinem diante
de nada,
a não ser do seu
próprio EU Superior.
Até que percebam
que vocês são esse mesmo
Deus dos Deuses, não
haverá liberação para vocês.
Todas as nossas ações
passadas, foram realmente boas,
porque nos fizeram o que
atualmente sermos.
A quem havemos de pedir
?
EU sou a existência
real
e tudo o mais é um
sonho, exceto o eu.
EU sou todo o oceano; não
chamem eu a pequena onda
que vocês formam,
saibam que é somente uma onda.
Satyakama (amante da verdade)
ouvia a voz interna
que lhe dizia: "'Tu és
o infinito, o universal está em ti.
Controla-te a ti mesmo
e escuta a voz do teu verdadeiro
EU".
Os grandes profetas, que
lutam,
tem que ser menos perfeitos
do que os que vivem
uma vida de santidade silenciosa,
pensando
grandes pensamentos
e ajudando, desse modo,
ao mundo.
Esses homens, ao morrer,
uns depois dos outros,
produzem, como resultado
final,
o homem poderoso, que prega.
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O conhecimento existe, o
homem só o descobre.
Os Vedas são esse
conhecimento eterno por meio
do qual Deus criou o mundo.
Pregam elevada filosofia
(a mais elevada)
e fazem essa tremenda afirmação:
Digam a verdade, ousadamente,
sem pensar
se causarão dano
ou não.
Não transijam com
a debilidade.
Se a verdade é forte
demais para os intelectuais
e os tonteia, deixe-os cair;
quanto mais cedo, melhor.
As idéias infantis
são para as crianças e os selvagens
e não são
todas que estão nas creches
ou nos bosques; alguns se
encontram nos púlpitos.
Não é bom
permanecer numa igreja,
depois de haver crescido
espiritualmente.
Saiam e morram no campo
raso da liberdade.
Todo o progresso está
no mundo relativo.
A forma humana é
a mais elevada e o homem
o maior dos seres, porque
aqui e agora,
podemos livrar-nos inteiramente
do mundo relativo
e alcançar a liberdade;
e esta é a meta.
Não somente podemos,
mas alguns chegaram
à perfeição;
assim, não importa quão delicados
sejam os corpos que possamos
ter,
só podem pertencer
ao plano relativo
e nada farão mais
que nós porque alcançar
a liberdade, é tudo
o que se pode fazer.
Os anjos, jamais cometem
ações perversas,
portanto não são
castigados nunca nem nunca são salvos.
Os golpes, são o
que nos despertam
e nos ajudam a romper o
sonho;
nos demonstram a insuficiência
deste mundo
e nos fazem sentir ânsias
de escapar, de ter liberdade.
A uma coisa, obscuramente
percebida,
damos um nome; a mesma coisa,
quando plenamente
percebidas, chamamos por
outro.
Quanto mais elevada seja
a natureza moral,
tanto mais alta será
a percepção e mais forte a vontade.
Terça, à tarde
A razão da harmonia
entre o pensamento
e a matéria, se deve
ao fato de que ambas
são dois lados de
uma mesma coisa
(chamada X) que se divide
em interno e externo.
A palavra paraíso,
descende da sâncrita *para-desa* ,
que foi introduzida na linguagem
persa e significa,
literalmente *além
da terra*, ou o outro mundo.
Os antigos ários,
sempre acreditarem numa alma,
nunca que o homem fosse
o corpo.
Seus céus e infernos
eram todos temporários,
porque nenhum efeito pode
durar mais
que sua causa e nenhuma
causa é eterna,
portanto todo efeito deve
ter um fim.
Toda a filosofia vedanta,
está sintetizada
nessa história:
"Dois pássaros de
plumagem dourada,
estão pousados na
mesma árvore.
O de cima é sereno,
majestoso, submerso
em sua própria
glória.
O outro, abaixo, intranqüilo,
comendo
os frutos da árvore,algumas
vezes doces e outras amargas.
Ele olha em todas as direções;
de vez em quando,
come um fruto excepcionalmente
amargo,
então se detém
e olha o majestoso pássaro que está acima;
mas logo se esquecedo outro
pássaro
e continua comendo os frutos
da árvore, como antes.
De novo come outro fruto
amargo,
e desta vez, sobe alguns
galhos,aproximando-se
mais do pássaro que
está no alto.
Isto acontece muitas vezes,
até que um dia,
o pássaro de baixo,
chega ao lugar do mais elevado
e se perde em si mesmo.
Então, ele se dá
conta de que nunca tinham sido
dois pássaros, mas
que ele sempre foi o pássaro do alto,
sereno, majestoso e mergulhado
em sua própria glória".
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