Científico

 

- A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo (1904) - Max Weber (1864-1920). Ed. Pioneira (R$ 26,20). Ensaio histórico-sociológico sobre a relação entre o conteúdo doutrinal do protestantismo e a economia capitalista: este último caracteriza-se por uma racionalidade específica, para a qual concorreu a noção de trabalho como vocação e ascese intramundana, gerada no calvinismo. Sem postular uma causalidade estrita, o autor demonstra haver uma afinidade entre ambos.
- Dialética do Esclarecimento (1947) - Theodor Adorno (1903-1969) e Max Horkheimer (1895-1973). Jorge Zahar Editor (R$ 25,00). Publicado em Amsterdã (Holanda) logo após a Segunda Guerra, esse manifesto filosófico expõe o grande tema da Escola de Frankfurt: a imbricação entre progresso tecnológico-material e regressão social, razão iluminista e razão instrumental. Assinado pelos dois grandes nomes da escola, o livro traz, entretanto, a marca ensaística de Adorno, ao transitar de Homero a Sade, dos conceitos filosóficos à análise do nazismo.
- Economia e Sociedade (1921) - Max Weber. Ed. da Universidade de Brasília (R$ 32,00, 1º vol., o 2º vol. ainda não foi editado). Obra teórica inacabada, redigida entre 1911 e 1913 e publicada postumamente, na qual o autor sistematiza e define os conceitos fundamentais do que chama de "sociologia compreensiva", com destaque para a análise dos tipos de ação social e dos tipos de dominação, que exerceriam enorme influência nos desenvolvimentos posteriores da disciplina -mais recentemente, na "teoria da ação comunicativa" de Jürgen Habermas.
- O Mal-Estar na Civilização (1930) - Sigmund Freud (1856-1939). Imago (R$ 10,00). Neste que é, ao lado de "O Futuro de uma Ilusão" (1927), um dos grandes ensaios culturais da psicanálise, Freud aponta a incompatibilidade fundamental entre libido e moral civilizada como fonte incontornável do conflito entre indivíduo e sociedade no mundo moderno, bem como daquilo que, às vésperas do nazismo, chamou de "ódio à civilização".
- Ser e Tempo (1927) - Martin Heidegger (1889-1976). Ed. Vozes (R$ 44,18, 2 vols.). O antigo discípulo de Husserl empreende uma "analítica da existência humana": com a noção de existência, Heidegger espera superar o dualismo sujeito-objeto e a filosofia da consciência e faz da adesão pré-reflexiva ao mundo a questão central para o pensamento filosófico. Viria a ser acusado de irracionalismo, crítica que sua adesão ao nazismo só fez agravar.
- Teoria Geral do Emprego, dos Juros e da Moeda (1936) - John Maynard Keynes (1883-1946). Ed. Atlas (R$ 32,00). Escrita nos anos da grande depressão que se seguiu à crise de 1929, a teoria geral keynesiana revolucionou o pensamento econômico ao propor, em divergência com o marginalismo e o liberalismo ortodoxos, uma série de políticas de prerrogativa governamental para a promoção do pleno emprego e do nível de renda, baseadas sobretudo nos gastos públicos e no controle dos investimentos. Políticas keynesianas dominaram o cenário econômico até a década de 70.
- Tractatus Logico-Philosophicus (1921) - Ludwig Wittgenstein (1889-1951). Edusp (R$ 15,00). Único trabalho filosófico publicado pelo ex-aluno de Bertrand Russel, em que se propõe um modelo de linguagem "pura", em que a estrutura das proposições seja homóloga à estrutura dos fatos representados por elas. Contribuições estritamente lógicas à parte, o livro suscitaria polêmica e pasmo até entre os que se sentiam filosoficamente mais próximos ao autor -de Russell ao "positivismo lógico".
- Tristes Trópicos (1955) - Claude Lévi-Strauss (1908). Companhia das Letras (R$ 33,00). Relato que integra memorialismo, narrativa de viagem, descrição etnográfica e ensaísmo cultural, acompanhando a conversão do autor à antropologia, consumada com suas pesquisas no Brasil Central. No capítulo final, "O Regresso", o horizonte se abre para questões mais amplas sobre a natureza do saber antropológico, o destino das civilizações e o lugar do homem na natureza.
- Investigações Filosóficas (1953) - Ludwig Wittgenstein. Ed. Vozes (R$ 30,46). Parte da imensa obra póstuma do autor, essas reflexões sobre lógica, linguagem e pensamento voltam as costas para o programa logicista do "Tractatus" e põem no centro da indagação filosófica o conceito de "jogos de linguagem": não cabe à filosofia determinar a essência da linguagem, mas sim examinar seus usos. Obra fundamental para as várias correntes da "filosofia analítica".
10º - Ensaio sobre a Dádiva (1924) - Marcel Mauss (1872-1950). Edições 70 (Portugal). Estudo sobre a obrigatoriedade de dar e retribuir presentes em algumas sociedades indígenas. Essa forma de troca é irredutível à esfera econômica, pois está inserida numa dimensão simbólica ampla, tornando-a um "fato social total", cujas regras de reciprocidade são anteriores a cada "contrato". A relevância geral que um fato isolado pode assim adquirir viria a inspirar a abordagem "microscópica" da história das mentalidades.

11º - O Visível e o Invisível (1964) - Maurice Merleau-Ponty (1908-1961). Perspectiva (R$ 17,00). Nessa obra inacabada e publicada postumamente, o filósofo francês estende suas investigações da "Fenomenologia da Percepção" em direção ontológica, investigando os modos pré-reflexivos de "adesão ao mundo".
12º - Introdução Geral à Psicanálise (1938) - Sigmund Freud (1856-1939). Fazendo eco às "Conferências Introdutórias" de 1916-1917, esse texto inacabado é uma tentativa de balanço das teorias psicanalíticas sobre os instintos, a sexualidade, a natureza do inconsciente, a interpretação dos sonhos e a técnica psicanalítica.
13º - O Processo Civilizador (1939) - Norbert Elias (1897-1990). Jorge Zahar Editor (R$ 54,00, 2 vols.). O autor traça uma evolução das regras de conduta (as boas maneiras) com o objetivo de analisar o processo pelo qual os indivíduos apreendem e internalizam essas regras. A esse processo de aprendizado do autocontrole está ligado o processo de formação dos Estados nacionais a partir do feudalismo.
14º - O Declínio da Idade Média (1919) - Johann Huizinga (1872-1945). Ed. Ulisseia (Portugal). O historiador holandês, uma espécie de homem renascentista em pleno século 20, dedicou sua maior obra às formas de vida e de arte na Flandres e na Burgúndia dos séculos 14 e 15. Ao tratar modos de devoção religiosa, monumentos artísticos e hábitos cotidianos com a mesma atenção e respeito, tornou-se um dos inspiradores da história das mentalidades de Marc Bloch e Lucien Febvre.
15º - História e Consciência de Classe (1923) - Georg Lukács (1885-1971). Ed. Elfos (Portugal). Principal obra do filósofo húngaro, deu novo impulso à filosofia marxista ao romper com o materialismo mecanicista e reavaliar a contribuição de Hegel à dialética. Nela estão elaboradas sua teoria da consciência de classe enquanto oposta à reificação -a "coisificação" do sujeito.
16º - Crítica da Razão Dialética (1960) - Jean-Paul Sartre (1905-1980). Em francês: "Critique de la Raison Dialectique" (Ed. Gallimard). Nessa tentativa de formulação de uma teoria materialista do sujeito, Sartre procurou conciliar conceitos oriundos do existencialismo, da psicanálise e do marxismo.
17º - O Narrador (1936) - Walter Benjamin (1892-1940). Ensaio que consta do vol. 1 das "Obras Escolhidas", Ed. Brasiliense (R$ 19,80). Um dos maiores ensaios da crítica materialista. Benjamin liga a figura tradicional do narrador como contador de histórias e transmissor de tradições a um modo de produção artesanal e relaciona a ascensão do romance ao surgimento da moderna sociedade urbana e burguesa.
18º - O Ser e o Nada (1943) - Jean-Paul Sartre (1905-1980). Vozes (R$ 48,00). Na esteira de Heidegger, o filósofo e escritor francês, pai do existencialismo, desenvolve uma analítica da existência que visa afirmar a liberdade do "eu" como essência do humano.
19º - Massa e Poder (1960) - Elias Canetti (1905-1980). Companhia das Letras (R$ 29,50). Romancista, dramaturgo e memorialista, Canetti produziu nesse livro híbrido uma análise ampla do lugar das massas na história humana e especialmente nos totalitarismos modernos.
20º - Os Argonautas do Pacífico Ocidental (1922) - Bronislaw Malinowski (1884-1942). Em inglês, "Argonautas of the Western Pacific" (Waveland Press). Reconstrução da organização social dos nativos das ilhas Trobriand, na Oceania, a partir do regime de trocas intertribais, o "kula". O autor estabeleceu nesse livro o padrão da pesquisa antropológica moderna a partir da pesquisa de campo.
21º - A Condição Humana (1953) - Hannah Arendt (1906-1975). Forense Universitária (R$ 33,00). Um reexame da condição humana em suas três dimensões essenciais -o labor, o trabalho e a ação- a partir das experiências e temores do mundo moderno, dominado pelo conhecimento científico e técnico, que aparta o homem do mundo natural e vincula-o ao mundo dos artefatos humanos.
22º - Minima Moralia (1951) - Theodor Adorno. Ática (R$ 24,50). Obra-prima de Adorno, em que forma ensaística e conteúdo crítico tornam-se inextricáveis. Ao longo de 153 fragmentos, o autor pratica uma espécie de crônica filosófica da "vida degradada" na sociedade "administrada", no mundo contemporâneo dominado pela razão instrumental.
23º - A Grande Transformação (1944) - Karl Polanyi (1891-1976). Em inglês, "The Great Transformation" (Beacon Press). Livro dedicado à análise da formação da economia capitalista de mercado. A autonomização de uma esfera econômica, o mercado, contrapõe-se à indistinção existente nas sociedades "primitivas" entre instituições econômicas e sociais.
24º - O Pensamento Selvagem (1962) - Claude Lévi-Strauss. Papirus (R$ 35,00). Exame de diversos sistemas classificatórios, do totemismo australiano à botânica, com o objetivo de negar o caráter pré-lógico do pensamento selvagem. Tanto o pensamento selvagem quanto a ciência seriam lógicos, diferindo apenas os operadores utilizados: objetos sensíveis e concretos, no primeiro caso, e noções abstratas, no segundo.
25º - Eupalinos ou o Arquiteto (1921) - Paul Valéry (1871-1945). Ed. 34 (R$ 18,00). Prefácio em forma dialogada: as sombras de Sócrates e Fedro discutem temas estéticos, e o filósofo grego lamenta ter abandonado suas inclinações artísticas em nome da abstração filosófica.

26º - A Vista de Lugar Nenhum (1986) - Thomas Nagel (1937). Em inglês, "The View from Nowhere" (Oxford University Press). Em sua obra mais ambiciosa, o filósofo americano examina a oposição sujeito-objeto em vários âmbitos -da teoria do conhecimento à ética e à morte.
27º - O Pensamento e o Movente (1934) - Henri Bergson (1859-1941). Em francês, "La Pensée et le Mouvant" (PUF). Reunião de conferências e ensaios desse que é um dos principais filósofos europeus do século. Entre eles, "Introdução à Metafísica", considerado uma importante síntese de seu pensamento.
28º - Eros e Civilização (1955) - Herbert Marcuse (1898-1979). Ed. LTC (R$ 21,10). Em sua versão pessoal de um humanismo libidinal, o filósofo alemão, logo adotado pela contracultura dos anos 60, procura refutar as conclusões pessimistas de Freud em "O Mal-Estar na Civilização" sem abandonar as intuições psicanalíticas básicas.
29º - As Origens do Totalitarismo (1951) - Hannah Arendt (1906-1975). Companhia das Letras (R$ 35,50). Escrito sob o impacto do nazismo e do stalinismo, este ensaio examina a gênese e a particularidade do fenômeno totalitário, nova forma de dominação baseada no terror e na massificação, cujas possibilidades de surgimento foram dadas pelo anti-semitismo e pelo imperialismo.
30º - As Formas Elementares da Vida Religiosa (1912) - Émile Durkheim (1858-1917). Martins Fontes (R$ 24,50), Paulus (R$ 23,70). Teoria sociológica do fenômeno religioso elaborada a partir da análise de sua forma supostamente mais simples, o totemismo australiano. A essência de todas as religiões não está no conteúdo de suas crenças, mas na dualidade entre profano e sagrado -este último igualmente derivado da sociedade.
31º - A Crise das Ciências Européias e a Fenomenologia Transcendental (1954) - Edmund Husserl (1859-1938). Em inglês, "Crisis of European Sciences" (Northwestern University Press). Obra publicada postumamente e que ficou inacabada, representa o testamento intelectual de um dos pais da chamada fenomenologia.
32º - Origem do Drama Barroco Alemão (1928) - Walter Benjamin (1892-1940). Em inglês, "The Origin of German Tragic Drama" (Verso Books). Tese de doutorado do grande crítico e inspirador da Escola de Frankfurt, o livro recupera o drama barroco alemão a partir de preocupações estéticas eminentemente modernas, como a ruína e a alegoria.
33º - Mimesis (1946) - Erich Auerbach (1892-1957). Perspectiva (R$ 40,00). Escrito no exílio em Istambul (Turquia), esse é provavelmente o maior livro de história literária do século. Auerbach examina a história da literatura ocidental, de Homero a Virginia Woolf, a partir dos conceitos de "mistura de estilos" e "representação séria da vida cotidiana".
34º - Iluminações (1955) - Walter Benjamin. Em inglês, "Iluminations" (Schoken Books). Coleção de ensaios responsável pela difusão pós-guerra do crítico e filósofo alemão. Reúne os textos de crítica sobre Goethe, Leskov, Proust, Baudelaire e Kraus, o grande ensaio estético sobre "A Obra de Arte na Era de Sua Reprodutibilidade Técnica" e seu texto filosófico mais importante: as teses "Sobre o Conceito de História", redigidas pouco antes de sua morte em 1940.
35º - A Invenção da Liberdade (1976) - Jean Starobinski (1920). Ed. da Unesp (R$ 75,00). Ensaio de reavaliação das artes plásticas no século 18 que procura afastar o preconceito moderno diante do rococó e do classicismo.
36º - Vontade de Potência - Friedrich Nietzsche (1844-1900). Em inglês, "The Will to Power" (Random House). Conjunto de aforismos e reflexões reunidos e adulterados por Elisabeth Nietzsche após a morte do irmão, visando torná-lo apologista da superioridade germânica sobre a civilização européia decadente; viria a ser aproveitado como peça de propaganda nazista.
37º - Teoria dos Jogos e Comportamento Econômico (1944) - John von Neumann e Oscar Morgenstern. Em inglês, "Theory of Games and Economic Behavior" (Princeton University Press). Depois de fazer contribuições fundamentais à matemática, à física e à ciência da computação, o húngaro Neumann tenta uma síntese de matemática, teoria dos jogos, cibernética e economia.
38º - Ensaio sobre Algumas Formas Primitivas de Classificação (1901) - Émile Durkheim (1858-1917) e Marcel Mauss (1872-1950). Ensaio que consta do livro "Sociologia e Filosofia", Ed. Ícone (R$ 15,00). Tio (Durkheim) e sobrinho (Mauss) reúnem forças nesse exame conjunto da organização social e do totemismo australianos, que revela que os sistemas de classificação e entendimento do mundo natural dependem das relações sociais subjacentes -o que vale também para as classificações científicas ocidentais.
39º - Relatividade - As Teorias Restrita e Geral - Albert Einstein (1879-1955). Em inglês, "Relativity: The Special and the General Theory" (Outlet ed.). O físico expõe em termos científicos e filosóficos suas divergências com o universo mecânico da física newtoniana.
40º - O Homem e o Mundo Natural (1983) - Keith Thomas (1933). Companhia das Letras (R$ 29,00). Obra historiográfica inovadora quanto ao tema -as mudanças no modo de conceber as relações entre mundo natural e sociedade humana- e quanto ao método -Thomas vai de obras filosóficas a tratados de jardinagem. Obra importante da história das mentalidades.
41º - Fenomenologia da Consciência Interna do Tempo (1928) - Edmund Husserl (1859-1938). Em inglês, "On the Phenomenology of Consciousness of Internal Time" (Kluwer Press). Husserl examina de um ponto de vista fenomenológico a constituição da identidade subjetiva a partir do fluxo de percepções sensíveis e da experiência interna do tempo.
42º - Verdade e Método (1960) - H. G. Gadamer (1900). Vozes (R$ 59,00). Discípulo de Heidegger, esse filósofo alemão parte da "analítica do ser" de seu mestre para promover o primado da hermenêutica, da compreensão intersubjetiva sobre o ideal de um método científico puro. Sua influência vai de Jürgen Habermas aos estudos literários.
43º - A Ordem a Partir do Caos (1977) - Ilya Prigogine e Isabelle Stengers. Em inglês, "Order out of Chaos" (Bantham Books). Prigogine, Nobel de Química em 77, e Stengers examinam os conceitos de caos e tempo à luz de novas descobertas científicas, partindo daí para a rejeição do determinismo de raiz newtoniana.
44º - Mitológicas (1964-1973) - Claude Lévi-Strauss (1908). Em francês, "Mythologiques" (Plon). Conjunto de quatro volumes dedicados à interpretação da mitologia dos indígenas das Américas do Sul e do Norte de um ponto de vista estruturalista: os mitos não devem ser examinados isoladamente, mas relacionados dentro de um grupo e interpretados a partir de outros mitos e do contexto de origem.
45º - Manuscritos Econômico-Filosóficos (1932) - Karl Marx (1818-1893). Edições 70 (Portugal). Redigidos por volta de 1844, esses manuscritos inacabados só vieram à luz neste século, quando se tornaram uma das fontes de inspiração para uma leitura humanista do marxismo.
46º - A Genética e a Origem das Espécies (1937) - Theodosius Dobzhansky (1900-1975). Em inglês, "Genetics and the Origin of Species" (Columbia University Press). Ao lado de Morgan e Fisher, o autor é um dos pais da síntese evolucionista moderna: a arquitetura básica da teoria darwinista é complementada pelas descobertas da genética, capaz de dar conteúdo empírico preciso à idéia de mutação.
47º - A Acumulação do Capital (1913) - Rosa Luxemburgo (1870-1919). Em inglês, "Accumulation of Capital" (Books on Demand). A acumulação do capital requer o estímulo de uma demanda adicional, representada pelo "mercado externo" em áreas não-capitalistas, ou seja: forja a necessidade de um comércio mundial e estimula a expansão imperialista.
48º - Individualismo e Ordem Econômica (1948) - F.A. Hayek (1899-1992). Em inglês, "Individualism and Economic Order" (University of Chicago Press). Reunião de ensaios de filosofia moral, teoria econômica e metodologia que convergem para uma só questão: a superioridade do mercado livre em relação ao planejamento a partir da utilização do conhecimento tácito dos indivíduos no aprimoramento da economia. Lança as bases do neoliberalismo.
49º - A Estrutura das Revoluções Científicas (1962) - Thomas Kuhn (1922-1996). Perspectiva (R$ 25,00). O físico e historiador americano rejeita a noção de progresso linear da ciência e propõe um modelo de história das ciências baseado na sucessão de "paradigmas" não inteiramente comensuráveis.
50º - Estética da Recepção (1964) - Hans Robert Jauss (1921-1997). Em inglês, "Toward an Aesthetic of Reception" (University of Minesota Press). Jauss e Wolfgang Iser são os dois grandes nomes dessa escola crítico-estética do pós-guerra alemão que desenvolveu uma noção dinâmica do leitor, ouvinte ou espectador como fator essencial à constituição da obra de arte.

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