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Fonte: Diário
do Pará, Mercantil 2 - 25/08/2000
RELATÓRIO
BOOZ-ALLEN
CONTESTADO PELA USP
Consórcio seria o mesmo que teria
levantado as contas do Basa em Belém
O
relatório produzido pelo consórcio Booz-Allen sobre as instituições Públicas
Federais, objeto de audiência pública pelo governo, foi fortemente
contestado ontem pelo professor da Usp
ALBERTO Borges Matias sócio-fundador da empresa de consultoria
Austin Asis. Contratado pela Associação Nacional dos Funcionários do
Banco do Brasil (Anabb) para analisar o relatório, Matias afirmou que ele
contém falhas banais, está numericamente comprometido e que suas conclusões
são, no mínimo, questionáveis.
"Não há base científica
pra nenhuma das conclusões apresentadas”, disse o professor. No relatório,
o consórcio Booz-Allen afirmou que os bancos públicos federais possuem
estrutura pesada, superposição de funções e que a partir de 2003 darão
prejuízos sucessivos. Segundo o professor nenhuma dessas informações
pode ser comprovada simplesmente porque a análise partiu de uma base
errada, que acabou prejudicando todo o trabalho.
ANABB
Análise deverá ser
apresentada a Malan
A análise do professor, contestando o relatório
da Booz-Allen, será encaminhado pela Anabb ao presidente do BB, Paolo
Zaghen, e ao ministro da Fazenda, Pedro Malan. Ele foi apresentado durante
um seminário sobre o futuro do BB, promovido pela Anabb, em Brasília.
Como exemplo de afirmação equivocada, o professor citou a afirmação
de que os bancos públicos federais apresentam ineficiência estruturais
entre o nível de receitas e despesas operacionais. Só que, para dar
suporte a tal afirmação, a Booz-Allen utilizou o resultado dos bancos e
não a receita, o que na avaliação de Matias comprometeu toda a análise.
Fazendo a sua própria avaliação sobre os bancos públicos federais,
Matias afirmou que eles possuem estrutura semelhante a dos 35 maiores
bancos do país e muito menor do que os dos quatro grandes comparados pela
Booz-Allen, que são o Bradesco, Itaú, Unibanco e Real.
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