As brincadeiras, aliás, foram muitas e ninguém perdeu o bom humor, mesmo debaixo de muito sol. Eriberto até experimentou o véu da Santinha, enquanto batia um papo descontraído com Nathalia Dill.

E você, também quer repaginar o visual e ficar mais feminina? Então siga as dicas da supervisora de caracterização da novela, Valeria Toth, e descubra como ficar linda como a nova Zefa!

Cabelos
“Nos inspiramos na atriz Catherine Zeta-Jones para fazer a transformação da personagem. Colocamos um aplique nos cabelos dela, com cachos largos, deixando-a com um ar mais arrumado. A Zefa agora usa os cabelos soltos, mas eventualmente pode prendê-los. Sempre de uma forma mais sofisticada, nada de rabo-de-cavalo comum.”

Boca
“No dia em que a Zefa chega a Paraíso está usando batom vermelho, para causar uma impressão mesmo. Mas aos poucos ela pode mudar para um tom mais discreto, como cor de boca.”

Olhos
“Chamamos um especialista para depilar a sobrancelha da Soraya Ravelene (intérprete de Zefa) com linha. Ficou bem definida, muito bonita! Além disso, os olhos agora são bem marcados, com rímel preto, sombra marrom e delineador”

Vanessa Giácomo, intérprete da personagem, quer que Rosinha tire logo Zeca da cabeça: “Torço para que ela se abra para outras oportunidades e enxergue que existem outras pessoas que a valorizam de verdade”, opina.

Para dar uma ajudinha a Terêncio, perguntamos aos atores que dicas eles dariam para o peão finalmente conquistar Rosinha. Veja só o que eles responderam:

Eriberto Leão (Zeca)
“ O único jeito de ele conquistar a Rosinha e ter paciência, porque ela é geniosa, e muito difícil, tem que estratégia. O Terêncio sabe que o Zeca ama a Santinha, então, cedo ou tarde a Rosinha vai ter que largar desse amor e desistir. Se eu fosse ele, estaria preparando o terreno, não me mostraria afobado, ansioso. Amor de verdade não tem uma via só. Entre um homem e uma mulher só existe quando ele é recíproco, se não tiver um desejo, das duas partes, de ficar junto, não acontece.”

Alexandre Nero (Terêncio)
“Matar o Zeca pode (risos)? Do jeito que o Benetido está escrevendo a novela, o único jeito é dar um sumiço no Zeca. A Rosinha é fissurada por ele, é quase uma doença. A questão já não é mais conquistar uma mulher, pois ela está completamente fechada para qualquer homem.”

Vanessa Giácomo (Rosinha)
“Ele tá indo no caminho certo, aos poucos, sendo delicado, se esforçando e defendo-a. Uma hora ela vai enxergar esse lado nele e, com a convivência, vai acabar se apaixonando por ele.”

O romantismo da personagem é outro ponto em comum entre as duas, segundo a atriz, que fez três testes para entrar na novela. “Eu não sabia nada sobre a Aninha, mas quando tive a primeira reunião com a Edmara Barbosa (autora que faz a adapatação da trama de Benedito Ruy Barbosa), simplesmente amei a personagem!”, lembra Juliana.

Otávio x Ricardo
Ju, como é chamada pela equipe e pelos colegas de elenco, acha que Aninha só se apaixonou por Otávio por causa do beijo que ele deu nela. “Foi o primeiro beijo dela e a Aninha se envolveu com a situação. Mas o Ricardo tem mais atributos que combinam com ela. Acho que, quando ficarem juntos, ela vai se sentir amada pela primeira vez!”, opina.

O primeiro beijo
Aliás, as lembranças do primeiro beijo da atriz não tem muito a ver com a história de Aninha. “Lembro que foi numa festa do dia dos namorados. Eu tinha uns 12 anos e nem gostava do menino que eu beijei. Só depois de um ano é que eu fui ficar com um menino que eu gostava de verdade”, conta Juliana.

Shortinhos, legging, blusas que deixam os ombros à mostra e vestidos: a filha do prefeito usa um pouco de tudo, mas sempre com um ar sensual e vanguardista.

Fernanda já “saiu de Maria Rosa”
As roupas, porém, não são indicadas para qualquer pessoa: “Tem que ser uma mulher pequenininha, como a Fernanda Paes Leme”, observa Natalia. Aliás, o figurino da personagem tem tanto a ver com sua intérprete que Fernanda até já “saiu de Maria Rosa” na vida real. “Estava atrasada para ir a uma festa e não daria tempo de passar em casa para trocar de roupa, quando acabou a gravação fui até a figurinista pegar uma roupa emprestada e cheguei na festa de Maria Rosa”, lembra Fernanda, rindo.

A calça legging preta com zíper na altura do tornozelo fez tanto sucesso que a atriz quis encomendar uma para compor seu armário, mas a ansiedade pela aquisição foi tanta que nem esperou a encomenda. “Não resisti, fiquei pensando na calça e acabei indo ao shopping comprar uma”, relembra.

Tudo, menos salto!
Segundo Fernanda, o que a mais empolga na composição da Maria Rosa é justamente o figurino. “É moderno, e eu sou assim, gosto de estar antenada com a moda”, opina. Ela diz que usaria todas as peças do figurino da personagem, sem tirar nem por: “Ainda não aconteceu de a produção me mostrar um look e eu não gostar”.

Xororó conta que não foi difícil: “A cena que gravamos é o que sempre acontece quando juntamos amigos e temos instrumentos por perto. Começamos a tocar e cantar!”.

Os músicos escolheram na hora a canção que preferiam tocar, “Saudade da minha terra”, já que era uma canção que todos conheciam. Yassir Chediak acompanhou na viola, enquanto Daniel, Rodrigo Sater e o restante do elenco cantaram junto com a dupla, animados.

Chitãozinho e Xororó não perderam a chance de elogiar o amigo e contam que adoram assistir a Paraíso: “Você está fazendo direitinho o papel!”, disse Xororó.

É um estilo do campo que virou urbano através do estilistas, segundo Natália, que não queria deixar a personagem com cara de caipira fora de moda. Pelo contrário. Rosinha está é ditando moda e fazendo muita gente correr nas lojas atrás de seus vestidinhos cheios de bordados, galões e outras interferências.

Detalhes que fazem a diferença
Mas vai ser difícil achar as roupas iguaiszinhas às usadas pela personagem na novela, afinal, todas receberam um tratamento especial quando chegaram ao guarda-roupa de Paraíso. “Fizemos pequenas mudanças em todos os vestidos, para dar uma graça!”, ensina a figurinista.

Para seguir o estilo de Rosinha, não há nenhum segredo: “Pode ser uma mulher pequenininha, como a Vanessa Giácomo (intérprete da personagem), ou alta e de medidas largas. Esse figurino fica ótimo em todo mundo!”, observa Natália.

A partir daí, a dupla compôs mais de 40 músicas de diversos estilos para a trama. “Virou uma coisa rural com alguns elementos mais modernos. Algumas músicas puxando pro country, sem perder a característica brasileira da trilha”, revela Rebuzzi.
 
De tudo um pouco
Dentro desse “caldeirão musical”, os produtores misturaram guitarra, quarteto de cordas, acordeom e, é claro, muita viola caipira, como em Ponteio do Mato! “Aproveitamos o Rodrigo Sater e o Yassir Chediak, que interpretam os peões amigos do Zeca, para gravar algumas coisas”, explicam.

Segundo Rodolfo e André, músicas foram pensadas de acordo com o texto: “Alguns personagens tinham um clima que já vinha com eles”, lembram os produtores. Mistérios de Eleutério, composta para o personagem homônimo, é um exemplo.

“O bom é que às vezes a gente faz a música no escuro, não vemos as imagens da novela na hora. Depois, quando assistimos ao produto final, vemos que acaba dando certo e isso é muito legal!”, comemora André.

Soltando a imaginação
O processo de criação não é nada complicado, segundo a dupla: “A gente já tem meio na cabeça o que vai precisar. Pegamos o texto enquanto fazemos a música, tocamos em cima e lemos. É uma interação muito legal, você vai imaginando a cena.”

Gostou? Então clique nos títulos das músicas abaixo e confira um pouquinho da trilha instrumental de Paraíso:

Papa Curau

Rosinha

Boiada

Como foi para você receber a notícia de que faria o Geraldo?
“Olha, foi um grande presente, mesmo! Primeiro que fazer qualquer texto do Benedito Ruy Barbosa é uma coisa muito boa pra qualquer ator. Antes de ter esse texto em mãos, eu já via as novelas dele e pensava adoraria trabalhar com ele. Então, quando saiu o resultado do meu teste, fiquei muito feliz!”

E como foi encarnar esse caipira milionário de coração mole?
“Comecei a construí-lo na minha cabeça e logo na minha primeira apresentação já fui logo muito bem recebido. Com algumas orientações do Papinha (o diretor geral da novela, Rogério Gomes) a coisa foi ficando cada vez melhor”.

Como se preparou para viver o Geraldo na telinha?
“Sempre parto, em princípio, do que está no texto. Então, dei uma boa lida, depois reli... E também, o texto do Benedito é um primor, né? Já vem indicando tudo. Ele coloca umas rubricas no meio do texto, que são exatamente as reações que os atores precisam ou devem expressar em cada momento. Ele já coloca o clima da cena com essas orientações. Juntei isso a alguns trejeitos criados pro mim mesmo, sabendo da índole do Geraldo. Depois teve o figurino, com chapéu e cintão de caubói... Procurei dar bastante humor ao personagem e parece que o pessoal está gostando”.

E como está sendo a reação dos fãs na rua?
“Eu fico muito feliz com o que as pessoas estão me dizendo por aí. Desse jeito você fica seguro de que tá no caminho certo, né?”

Conta pra gente: o que o futuro reserva para o Geraldo?
“Bom, o Geraldo vai ter uma grande virada em sua vida... Ele começou como esse riquinho que não quer nada além de jogar sinuca e ficar correndo atrás da Maria Rosa. Depois de algum tempo ele tomar rumo, perceber que dinheiro não é tudo e que ele precisa dar um bom exemplo aos outros.”

Pouca maquiagem
O objetivo da equipe de caracterização foi buscar um resultado mais próximo possível do natural, como se os atores vivessem de fato na região. “É uma novela rural, queríamos algo bonito, com pouca maquiagem, nada é caricato. Deixamos a maquiagem apenas para eventos especiais, como cenas de casamento e bailes”, explica.

Os itens que não faltam nesta composição são o corretivo leve para corrigir imperfeições, o rímel e o blush em creme. No lugar do batom, apenas hidratante. O pó compacto é usado apenas para tirar o brilho da pele. E o elenco masculino não passa pela maquiagem. “Na gravação do Mato Grosso fazia tanto calor que não nos preocupamos com isso, usamos somente um óleo mineral para reforçar o aspecto de brilho na pele”, explica Valéria.

Cabelo, cabeleira
Como uma típica beata, Mariana ganhou um cabelo bem comprido, às vezes preso em um coque. A atriz Cássia Kiss, que está com os cabelos bem curtinhos, adotou uma peruca com longas madeixas. “Para Mariana, o cabelo é como se fosse um véu”, revela Valéria. Já a atriz Nathalia Dill ganhou cabelos loiros, com luzes bem sutis, para dar um ar angelical à personagem. Eriberto Leão cortou o cabelo para viver o filho do diabo, e o resto ficou por conta do sol que tomou nas gravações do Mato Grosso.

Cristiana Oliveira, a Zuleika, terá megahair para dar mais volume ao cabelo, que está com um corte atual. Valéria conta em o que se inspirou: “Minha referência foi a cantora Celine Dion, que tem um cabelo de ‘pantera’”.

“Ele é bem mulherengo... É um cara que tem dinheiro, chega de helicóptero na cidadezinha e se diverte fazendo isso. Pra ele é muito natural se relacionar com as meninas e depois ir pra outra cidade. É uma espécie de caixeiro viajante!”, conta o ator, rindo.

“Quanto mais sotaque, melhor!”
João revela que seu primeiro teste foi para o papel de Zé Camilo, mas depois, acabou tendo a surpresa de interpretar o Marcos. “Estou bem contente com o papel. Pra mim é até mais tranqüilo porque ele é um carioca, então, não preciso me preocupar com o sotaque. Pelo contrário, quanto mais carregado o sotaque do Rio, melhor”, observa.

Clima de amizade
Animado com as primeiras gravações (João começou a gravar na última semana e seu personagem já aparece na próxima sexta), o ator conta que foi super bem-recebido pelos colegas de elenco: “Tem uma expectativa, pois estou entrando depois da estreia da novela em um grupo que já se conhece. Mas o clima é ótimo, todos estão me tratando superbem!”

Sobre as confusões que Marcos vai aprontar na trama, João adianta: “Só sei que ele vai a Paraíso, vai embora, e depois volta. E quando ele voltar é que vai ter muita gente atrás dele!”.

Ao lado da irmã, Edilene,ela já adaptou Cabocla e Sinhá Moça, duas obras de Benedito que fizeram bastante sucesso nas duas versões. Agora, Edmara encara o desafio de adaptar Paraíso, novela que originalmente foi exibida em 1982.

Temas atuais
“Eu já queria fazer Paraíso há muito tempo, pois tinha uma lembrança muito gostosa da primeira versão da novela”, conta Edmara. “É uma história de amor muito bonita. Além disso, tem essa coisa de fazenda, boiada, que eu gosto muito. Sou muito ligada no campo”. Mesmo nascida e criada em São Paulo, a autora conta que pensa em ir morar em uma fazenda quando se aposentar. “Adorou ouvir o barulho dos pássaros, dos grilos, olhar o céu estrelado. Em São Paulo não temos mais isso. E na novela vejo a oportunidade de falarmos sobre isso, através de temas atuais como a ecologia e a reforma agrária”, observa.

Edmara gosta de frisar que sua principal função é atualizar a novela, mas não modernizá-la. “A novela é atual, mas não é urbana. Na história mostramos o universo rural, pessoas que existem de verdade em cidades pequenas, que fazem procissão, têm esse folclore de Deus e o diabo...”, conta a autora.

Tramas paralelas ganham mais destaque
Apesar de tudo, a trama não deve seguir por um caminho muito diferente do original. “Estou desenvolvendo um pouco mais as tramas paralelas, para dar essa contemporaneidade, sempre construímos uma coisa nova ao longo do trabalho. Mas não quero mudar a história”.

Um item que foi unanimidade entre o elenco foi o repelente: “Os mosquitos atacam!”, conta Alexandre Rodrigues, rindo. Eriberto Leão acha que o fundamental é o amor à natureza. Vanessa Giácomo não dispensa o protetor solar e adora provar os quitutes caseiros que só na roça a gente encontra...

Para saber mais sobre a intérprete de Jacira, confira o bate-papo exclusivo que levamos com a atriz nos bastidores das gravações:

Você tem algo em comum com a Jacira? “Me identifico com esse lado de garota, infantil, menina... Acho que todo mundo deve se identificar, por já ter passado por essa fase. De um modo geral, a Jacira tem uma personalidade muito forte: se não gosta de uma coisa, fica estampado na cara dela. Ela é da pá virada!”

Como se preparou para viver a personagem? “Busquei um pouco da primeira versão da novela, pra ter uma referência da linguagem da trama. Além disso, viajei pra cidadezinhas como São João Del Rey, pra estudar os costumes. Sou de São Paulo, capital, e achei muito válida essa experiência de estudar o universo das pessoas do interior. Os valores são muito diferentes...
Também trabalhei a voz, prestava atenção nos outros atores e falava horrores sozinha para pegar o sotaque!”

Está solteira, como a Jacira? "Sim."

Que conselho você daria para a Jacira arrumar um namorado, já que ela vive correndo atrás de um relacionamento? “Não fale da vida alheia. Meça suas palavras. A Jacira perde o encanto porque fala demais da vida dos outros. Outra dica é deixar a ansiedade de lado e viver um dia depois do outro.”

Você usaria o figurino da Jacira na vida real? “Ela cai mais pro lado da cowgirl, é quase uma tiete dos peões. É um estilo que acho interessante, quase uma fantasia, mas tem que ter personalidade para usar.”

Para seguir o estilo: Botas de couro, saias jeans e camisas com estampa xadrez.

Bem-humorada, Mareliz compara o grupo das “regateiras” de Paraíso com as quarentonas do seriado Sex and The City, que estavam sempre em busca de um relacionamento e preocupadas com a aparência. “Nos bastidores a gente brinca que a Nina foi Missa Paraíso! Ela é uma patricinha muito bem vestida”, revela Mareliz. Confira a entrevista abaixo e saiba mais sobre a intérprete da regateira!

Você não se identifica nem um pouco com a Nina? “Essa é a primeira vez que faço um personagem tão diferente de mim. Ela tem essa coisa de observar as pessoas, é muito crítica, e eu não sou assim. Mas tem também o lado de reviver o passado, afinal, já passei por isso: paquerar com as amigas e tal...”

Você é casada, diferentemente da Nina, né? “Sim, sou casada há dez anos e tenho um filho pequeno.”

A Nina está louca pra arrumar um namorado. Que conselho você daria para ela conquistar alguém? “Sei que vai chegar um novo forasteiro na cidade, o Marcos. Mas acho que se ela ficar gastando energia com as coisas erradas, como vem fazendo, não vai conseguir nada. Homem nenhum tem interesse por fofoca. E o tempo está passando pra Nina!”

Que peça do figurino da personagem você usaria na vida real? “Olha, a Nina está mudando até o meu jeito de me vestir. Tinha mania de usar brincos pequenos e quando vi os dela, acabei comprando alguns parecidos pra mim. Cortei o cabelo curtinho para a personagem e estou descobrindo uma certa vaidade com a Nina (risos).”

Para seguir estilo da Nina: “Ela tem uma marca que são os lencinhos. Também está sempre de sapatos de salto, tentando ser elegante, apesar de correr com eles pelo chão de paralelepípedos (risos)!”

Quer saber mais sobre a intérprete de Edith? Então confira a entrevista exclusiva abaixo:

Você se identifica com a Edith? “Acho que tenho muitas características da personagem. Tem uma coisa que acho muito bonita nela, que é o romantismo, a ingenuidade. Eu só tive três namorados até hoje, nunca fui de sair e ficar com um rapaz logo de cara.”

Você está solteira, como a personagem? “Estou namorando.”

Como você se preparou para seu primeiro papel em uma novela? “Como é um remake, a gente já sabe a trajetória da personagem. Fui me preparando de acordo com o que li nos textos, além de relembrar a época de escola... Peguei agendas, cartinhas de adolescência e entrei no clima da personagem.”

Que conselho você daria para a Edith arranjar um namorado, já que ela está desesperada para encontrar um? “Hoje eu acredito que não adianta você procurar. Acho que ela tem que ficar mais na dela, esperar, relaxar... As coisas acontecem na hora certa!”

Que peças do figurino da Edith você usaria na vida real? “Todas! (risos) As pessoas me veem no estúdio e perguntam se eu já estou usando o figurino! Ela é muito básica, como eu também sou!”

Para seguir o estilo da Edith: “Camiseta básica, jeans, sandália rasteirinha.”

O que você e a Cleusinha têm em comum? “Ontem mesmo fiquei pensando nisso. Acho que ela é muito animada, pra cima, não sofre com as coisas. Ela é feliz e eu me identifico com isso.”

Está solteira, como a personagem? “Não, sou casada.”

Que conselho você daria para a Cleusinha arrumar um namorado, já que ela vive correndo atrás de um? “Ah, ela mora em uma cidade pequena, então, as opções são mínimas... Eu diria pra ela não se desesperar tanto, pra ir com calma. Entendo o lado dela, mas acho que a Cleusinha tem que ser sincera, ser ela mesma, sem fazer tipo...”

Como se preparou para viver a personagem? “Eu evitei assistir à primeira versão, preferi criar uma outra Cleusinha. Fiz uma preparação com a Imara Reis, uma grande atriz, e já cheguei para gravar sabendo quem era a personagem. Estou curtindo muito, está sendo uma experiência muito diferente.”

Que peças do figurino da Cleusinha você também usaria? “Ai, quase tudo! Menos as saias, que são muito curtinhas (risos).”

E mais: descubra como seguir o estilo de cada uma das jovens,  que já estão lançando moda fora da telinha.

Como foi gravar Paraíso?

“Você acaba interpretando também, né? (Risos) Foi muito legal! Fiquei com o Papinha (Rogério Gomes, diretor geral),  e sua equipe durante quatro dias,  e o Projac é muito lindo! Realmente, isso aqui é pra quem almeja muito uma carreira artística, porque é fora do comum! Pra mim é um sonho estar aqui. Historicamente falando, eu assisti  à primeira versão dessa novela, em 1982,  e, quando fui gravar uma das cenas com o cantor Daniel, tive a sensação de já ter vivido aquilo. Na verdade, essa sensação foi por causa do que eu vi na TV no passado. Muito legal mesmo! Todos estão de parabéns por essa obra linda!”.

Como surgiu o convite para você participar da novela?

“Através da Secretaria do Estado do Mato Grosso, eu vim ao Rio de Janeiro pra fazer uma apresentação pro pessoal da FIFA. O evento era a decisão da seletiva em que a FIFA escolheria o país-sede da Copa de 2014. Foi ótimo e todo mundo adorou! Por conta disso, em outubro, a mesma secretaria de Estado, sabendo do interesse da TV Globo em fazer uma novela lá pelo Mato Grosso, fui contrarado  e surgiu a oportunidade de participar da novela”.

E o que você fez em sua participação?

“Eu fiz a locução do rodeio na primeira fase da novela”.

Como surgem essas rimas que os locutores fazem nos rodeios?

“É tudo inventado na hora. Na novela, eu fiz uma que é assim: ‘Ando na madrugada, não tenho medo de noite escura. A coragem me acompanha, desconheço o que é amargura! Pra chegar onde cheguei, foi com trabalho e bravura. Meu estilo é sertanejo, porque essa é a minha cultura!’. O gostoso do rodeio é mesmo o improviso”.

Como você começou na vida?

“Nasci em Rondon, no Paraná, me mudei pra São Paulo e, desde os 21 anos, moro no Mato Grosso! Tenho um programa de rádio por lá e o pessoal adora. É sobre a vida do sertanejo e o  conteúdo dele acontece dependendo de cada momento, tanto político quanto geográfico da região onde moro, sempre de forma bem-humorada, escrachada”.

Que mensagem você deixa para os fãs de Paraíso?

“Queria dizer é  que o universo sertanejo é maravilhoso, que agradeço muito pela hospitalidade do pessoal que produz a novela e  que assistam, todos os dias às 18h, na TV Globo! Obrigado por tudo!”.

O diretor Rogério Gomes, conhecido como Papinha, também se mostrou contente com os resultados: “O texto do Benedito é muito bom de gravar. Tem muita emoção!”, explica.

A terra como tema principal
Há alguns anos o autor trocou a capital paulista pela vida em um sítio, de onde supervisiona os capítulos da nova versão de‘Paraíso, adaptada por suas filhas Edmara e Edilene Barbosa. Na trama, Benedito Ruy Barbosa investe na temática rural brasileira retratando a vida nas fazendas, a peonada que está na lida, as viagens de comitivas e a moda de viola.

“Eu sou filho da terra, já plantei café, já bati feijão, já colhi arroz, já trabalhei no campo, venho desta família de agregados da terra. Então tenho esta preocupação porque os problemas de ontem melhoraram bastante, mas continuam sendo muito graves. Enquanto houver necessidade, eu vou falar sobre isso, pois nós que fazemos novela temos um compromisso com a verdade nesse país”, diz o autor.

Trabalho em equipe
Sobre a adaptação da novela, feita por suas filhas, Benedito é só elogios: “Eu escrevo sozinho, não consigo trabalhar em dupla, e agora é a Edmara que está fazendo a novela sozinha. Estou apenas acompanhando os capítulos que ela escreve, para saber o que está mudando e estou muito satisfeito com o trabalho. A Edilene está na área de pesquisa, porque está preparando uma próxima novela. O meu outro filho, Marcelo, está trabalhando na música da novela”, conta, orgulhoso.

Agora, Kadu volta à novela, desta vez como o italiano Bertoni. “Vou voltar às minhas raízes, pois sou filho de italiano. A comédia vai rolar solta ali...”, observa Kadu.

“A cidade de Paraíso não existe, é uma fabulação. Imaginamos uma cidade monocromática, ‘sepiada’, com variados tons de terra, como se fosse uma cidade bem do interior, com 150 ou 200 anos”, explica o cenógrafo Alexandre Gomes.

Bar com sinuca
No centro do bar, uma enorme mesa de sinuca toma conta do local. Em volta dela estão sempre Geraldo e, acreditem se quiser, o vigário da cidade, padre Bento, um exímio jogador. Atrás do balcão, o italiano Bertoni serve bebidas, comidinhas e observa tudo que acontece em Paraíso.

“Nós passamos um dia e uma noite numa fazenda no Pantanal para conhecer melhor o cotidiano dos moradores. Verificamos o tipo de comida mais preparada, descobrimos como é a hora de ir para lida e tudo isso entrou na ambientação da trama”, conta o produtor de arte de Paraíso, André Soeiro.

Como a novela se passa nos arredores do Pantanal, a pesquisa se concentrou nesta região, pois os peões e os cavalos têm características muito diferentes dos outros estados do país. Outras informações também guiam a ambientação dos personagens que gravam as cenas da comitiva do filho do diabo. Veja só!

O universo das comitivas de peões
Para quem não sabe, elas se deslocam constantemente de um local a outro em busca de novas pastagens e locais secos em tempos de chuva. Isso requer roupas resistentes, botas e chapéus.

Os apetrechos de cozinha também devem ser carregados e protegidos em caixas de couro, chamadas bruacas. O “cuca” ou cozinheiro geralmente viaja algumas horas na frente dos peões, para preparar a comida. No local previamente escolhido, os alimentos são cozidos em um fogão desmontável. No cardápio, arroz de carreteiro, feijão e macarrão, feitos com carne seca e alho. Para beber, nada melhor que um bom “tereré”, feito com erva mate e tomado bem gelado, diferente do chimarrão do sul do Brasil, que é tomado quente. A louça se resume a pratos de alumínio.

Os peões e suas ‘traias’
Para montar os cavalos em longas jornadas, os peões precisam de um conjunto de paramentos chamados “traias”, compostas por cerca de quinze itens, que incluem as rédeas, os arreios, o embornal e o baldrame, uma manta de couro colocada sobre o pelego para tornar a montaria mais macia e confortável.

Na época em que a novela Paraíso foi exibida pela primeira vez, Rogério Gomes acompanhava de perto cada capítulo. Ele trabalhava como operador de VT na TV Globo, e tem uma lembrança muito grande da novela.

Papinha tentou evitar rever as cenas, mas a curiosidade foi maior. Ele explica, contudo, que a tecnologia empregada hoje é outra e, por isso, não houve a intenção de buscar referências na primeira versão. “A fidelidade maior é à história de Benedito, ao que ele escreveu. Ao longo dos anos, houve uma grande diferença na fotografia das novelas, com a possibilidade de gravar mais externas, por exemplo”, explica.

Aos 47 anos, o diretor tem no currículo 14 novelas, uma minissérie e dois filmes. Entre seus últimos trabalhos destacam-se a novela Beleza Pura (2008), de Andrea Maltarolli; a novela Sinhá Moça (2006), de Benedito Ruy Barbosa; e o especial Por Toda Minha Vida (2007) em homenagem ao cantor Leandro. A parceria com Benedito vem de longa data. Os dois trabalharam juntos no remake de Cabocla, em 2004.

Rosinha usa misturas de estampas
Pesquisando em um site de tendências de moda, Natália encontrou referências para criar o visual de Rosinha: “O figurino reúne misturas como xadrez com renda, bordado e fita; estampadinho com listras, jeans com bordados; uma linha mais próxima a uma caipira americana, mas bem moderninha. Não queremos a Rosinha com um ar caipira, tanto porque as meninas do interior têm bossa também. Compramos a moda da vitrine e fazemos nossas interferências”.

As mocinhas da cidade
O figurino das moças da cidade passará longe do caricato. Cleusinha ganhou roupas customizadas, peças em crochê e um ar hippie; Edith usará jeans com batas de cores fortes e sandália rasteira; Nina tem referências das americanas que vivem no interior; Jacira é a mais sensual, e adota o estilo caubói, com jeans e camisa xadrez.
Apenas o figurino das meninas que vieram da roça, como Candinha e Das Dores, é mais simplório, composto por tecidos leves, estampas miúdas e pouca modelagem.

Elegância e modernidade
Maria Rosa tem um figurino ousado e de vanguarda, sendo a mais moderna de Paraíso, sempre na moda. Sua mãe, Aurora, também é um exemplo de elegância. “A Aurora é a Jacqueline Kennedy da Chapada”, brinca Natália falando sobre a primeira dama de Paraíso.

Banho de chá
“Encontramos peças interessantes em brechós, confeccionamos outras e as roupas que compramos em lojas passaram por uma lavagem ou por um processo de envelhecimento, para ganharem um aspecto de usadas”, revela Natália. Para tratar as peças brancas, ela recorreu a um banho de chá. E, para outros itens, como as roupas dos peões, o envelhecimento foi feito com produtos químicos.

A equipe da novela complementou ainda a criação do figurino durante a viagem ao Mato Grosso, onde Natália comprou muitos itens como o chapéu de lona de Terêncio (Alexandre Nero), que é a cara do “caubói brasileiro”, e também faixas pantaneiras que são usadas na cintura para garantir ao peão a postura adequada para a montaria. O personagem de Daniel, o peão Zé Camilo, usa ainda uma “guaiaca”, um cinto confeccionado pelo próprio peão que é herdado de pai para filho. Esta peça, Natalia trocou com peões que moram na região, para garantir a autenticidade ao figurino.

Roupas garimpadas
Outra peça curiosa é um cinto com uma Nossa Senhora Aparecida, a padroeira dos peões, que Zé Camilo nunca deixa de usar. Natalia conta um pouco mais sobre esta garimpagem: “Troquei muitas coisas por lá, itens novos por usados. Minha intenção é estar muito próxima da realidade da comitiva. Os peões de Paraíso, que lidam com o gado se vestem mais tradicionalmente, com muito xadrez, botas e calças de couro”.

Quer saber mais sobre o figurino da novela? Então veja aqui como foram criadas as roupas dos personagens femininos!

Além disso, o diretor de fotografia, Sergio Tortori, encomendou lampiões com lâmpadas adaptadas para garantir uma incidência maior de luz no rosto do ator.

Superprodução
Foram quatro semanas de gravação no Mato Grosso, incluindo cenas em que os personagens José Eleutério (Eriberto Leão), Terêncio (Alexandre Nero) e Zé Camilo (o cantor Daniel) andam em comitiva levando 1,2 mil cabeças de gado pela região pantaneira.

Ao todo, 80 profissionais viajaram do Rio de Janeiro para Centro-Oeste brasileiro e mais de sete toneladas de equipamento de engenharia, produção de arte e cenografia foram transportadas para registrar as belezas naturais da fauna e flora do Mato Grosso.

Equipe se encanta
“Gravamos em lugares incríveis, a fotografia da novela está linda, temos uma luz muito bonita nas cenas”, adianta o diretor geral da novela, Rogério Gomes, o Papinha.

“A Chapada dos Guimarães tem um clima de montanha que define bem o estado; a região do Pantanal traz o clima das comitivas, pois os peões levam o gado de um lugar para o outro por causa do ciclo das águas; e Poconé retrata mais o universo dos rodeios”, completa o diretor Felipe Binder.

Veja aqui mais detalhes sobre as gravações no Mato Grosso e conheça alguns segredos de gravação!

Não perca a estreia de Paraíso, no próximo dia 16, e confira as belas imagens do Mato Grosso.

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