Irritada, Mariana não pensa duas vezes e junta uma turba de gente para libertar sua filha. Liderados pela beata, os colonos carregam pedras, pedaços de pau e uma espingarda e exigem que Zeca devolva Maria Rita.

“Filho do diabo” evoca seu pai
Zeca manda Santinha e Rosinha ficarem dentro da casa e procura acalmar a multidão, em vão. Mariana insiste, dizendo que quer sua Santinha de volta, mas Zeca responde: “Ela não vai arredar pé daqui, dona Mariana! Não desse jeito!”

Percebendo que a beata não vai desistir tão fácil, Zeca acaba soltando um grito evocando o demônio, deixando os colonos um tanto assustados. Eles começam a correr, com medo, e no meio da confusão um deles dispara a espingarda acidentalmente.

Você não pode perder estas cenas, que devem ser exibidas na terça-feira, dia 26.

Aos poucos, porém, Maria Rita vai se soltando e acaba se abrindo com Rosinha. Ela conta que não pode quebrar sua promessa, pois fez isso pelo bem de Zeca.

Quando Santinha pergunta à morena se ela também já se apaixonou assim por alguém, Rosinha não resiste e conta tudo: “Eu tô aqui, num tô? Cuidâno d’ocê prá ele! Foi por amá ele que eu limpei essa casa, ajeitei a comida, arrumei a cama pr’ocêis dois dormi! Enquanto meu coração ia ficâno pequeno dentro do meu peito, inté quase sumí... Eu nunca que consegui dizê não prá ele, Maria Rita! Nunca!”, desabafa Rosinha.

A outra fica sem palavras diante da revelação. Então Rosinha também ama Zeca do mesmo jeito que ela... E agora?

Que tentação!
Inconsequente, o rapaz não dá muito atenção a isso e chega até a levar Aninha para sair à noite. Só que a jovem, que nunca tinha bebido antes, fica tontinha! Ao chegar no quarto do hotel, ela praticamente desmaia na cama e Ricardo fica tentado a beijá-la.

“Isso nunca me aconteceu na vida! Uma gatinha dessas na minha mão...”, murmura o carioca, apaixonado.

O fazendeiro tenta disfarçar, dizendo que vai até a casa de Eleutério para descobrir o que aconteceu. Só que a beata não quer saber de conversa e, decidida, pega a espingarda de Antero e avisa que vai atrás do homem que levou sua Santinha.

“Ele é o demônio, Antero! (...) Ele mostrô as garra dele! Ele é o demônio! Eu vô juntá o nosso povo... Eles há de ajudá a sarva a nossa menina!”, grita Mariana, enfurecida.

Enquanto ela grita, ordenando que soltem os cavalos, Zeca se aproxima de Santinha e pede para ver seu rosto pela última vez. Como ela se recusa, ele acaba arrancando o véu da jovem e, num impulso, toma-a em seus braços e a leva dali, na garupa de seu cavalo.

“Me deixa descer, Zeca! Me deixa descer!”, grita Maria Rita, em vão.

Mariana roga praga para peões
Ao ver a filha sumir pela estrada nos braços do ”filho do diabo”, Mariana tenta segui-los com a charrete, mas Terêncio e Zé Camilo continuam segurando os cavalos. Cheia de cólera, a beata começa a praguejar: “Ocêis há de sofrê os tormento do fogo do inferno em vida! Num há de tê um minuto de paiz enquanto fô vivo... Ocêis vai secá, que nem árvore carcomida!”

Os peões se assustam com tanta praga rogada por Mariana e acabam deixando-a ir, mas já é tarde. A esta altura, Zeca e Santinha já estão muito longe...

“Porque, seu Lotério? Por acaso o sinhô tá achâno que eu num sô mulhé bastante prá conquistá um home?”, indaga Zefa, ofendida.

E as camisas?
Eleutério tenta consertar, dizendo que está apenas preocupado com ela e com Rosinha. Zefa agradece por tudo que ele fez pelas duas, mas avisa que é uma mulher viúva e já chorou muito pela morte do marido.

Para surpresa de Zefa, Eleutério faz, então, uma última pergunta: “As camisa desse sujeito chêra melhó que as minha?”

Mas que descarado! O que será que Zefa vai responder?

“Ocê invoca teu pai prá ele ajudá a gente nessa empreitada!”, declara Terêncio. Zeca, porém, avisa que desta vez é Deus quem está ao seu lado.

Ao ver os peões se aproximando, Mariana se apavora e grita para a filha cobrir o rosto com o véu. Será que a beata vai deixar que Zeca leve sua Santinha embora?

O diretor da agência então se anima e acaba fechando anúncios para um cliente justamente no horário do programa do fazendeiro.

Antes de irem embora, porém, os dois se surpreendem quando o diretor pergunta sobre Aninha. “Ela tem uma carinha bonita! Se conseguisse ficar de boca fechada, daria uma ótima modelo fotográfica!”, observa o executivo, deixando a caipira nas nuvens.

Percebendo a tristeza de Rosinha, Zé Camilo tenta consolá-la, dizendo que Zeca sempre falou dela como uma irmã e pediu aos peões que a respeitassem. Rosinha retruca, dizendo que Terêncio não ouviu o aviso do “filho do diabo” e acabou se engraçando com ela.

“Por ocê o Terêncio sortava o cavalo dele no pasto, Rosa!”, observa Zé Camilo, querendo dizer que o peão deixaria até sua comitiva para viver ao lado dela. Mas complementa com uma frase que deixa Rosinha um tanto sem graça: “Eu tamém era capaiz de lhe oferecê minha garupa, se ocê quisesse!”.

E agora, Rosinha? Será que ela vai aceitar a oferta do peão violeiro?

“Deus que me perdoe dizê isso, seu Lotério, má às veiz me passa pela cabeça se ela num é maluca que nem a véia... Prá se dexá levá assim por ela...  Aceitá andá de véu prá cima e prá baxo, que nem ela aceitava, como se fosse uma alma penada... Sei não!”, declara Zé Camilo.

Eleutério fica bastante assustado e também começa a se arrepender de ter apoiado o filho no sequestro de Maria Rita. Só que agora, vai ser impossível tirar essa ideia da cabeça de Zeca!

Além da dificuldade de governar uma prefeitura com poucos recursos, Norberto tem as despesas com a rádio, que ainda não começou a dar lucro.

Esses fatores incomodam tanto Aurora que ela pensa em voltar para a fazenda e cuidar do patrimônio da família.

Enquanto cozinha uma macarronada, a esposa do prefeito desabafa que se Otávio ao menos soubesse cuidar de uma fazenda, conseguiria ganhar dinheiro para casar com Maria Rosa.

Ciente da insatisfação da esposa com o descuido das terras da família, o prefeito percebe onde a esposa quer chegar com a observação e manda que ela vá tomar conta da fazenda.

Surpresa com a fala do marido, Aurora, então, ameaça pedir demissão do cargo de primeira-dama, largar o marido com seus sonhos e voltar para a fazenda.

Irritada, Edith não pensa duas vezes e vira a mão no rosto do engraçadinho. Depois, porém, ela começa a chorar de raiva, sentindo-se humilhada. Jacira, Cleuzinha e Nina tentam consolá-la, mas Edith percebe que não vai ser nada fácil recomeçar sua vida na cidadezinha.

Ricardo fica encantado ao ver Aninha toda arrumada, mas logo percebe que ela vai lhe dar uma certa dor de cabeça... Assim que chega no aeroporto, Aninha faz um escândalo quando descobre que vai entrar dentro de um avião.

Medo de voar
O publicitário consegue acalmá-la, mas durante a viagem a loirinha volta gritar, assustada, chamando a atenção de todos os passageiros. Ricardo pede que ela pare de dar vexame, em vão...

“Num é vexame, Ricardo! Num é! É medo memo! Pede prá eles descê, Ricardo! Pelo amô de Deus, pede prá eles descê!”, berra a caipira. E agora?

Mãe e filha se abraçam, emocionadas, e Rosinha quer logo saber por onde Zefa andava. “Aconteceu uma reviravolta na minha vida, fia... Uma reviravolta!”, explica a viúva, deixando Rosinha curiosa.

Mais tarde, é Eleutério e Zeca que se surpreendem com a volta de Zefa e ficam espantados em vê-la tão arrumada e maquiada. Rosinha, então, explica que sua mãe agora está noiva de um homem que conheceu na Bahia. E agora, seu “Lotério”?

Aninha só falta explodir de tanta alegria. Ela promete a avó que vai tomar cuidado, deixando Ida um pouco mais tranqüila.

Quem avisa, amigo é!
Para surpresa de Aninha, Maria Rosa também dá a maior força para a viagem e até empresta algumas de suas roupas para a “caipira”, e faz uma superprodução em Aninha, com direito a maquiagem e tudo.

Como Rosinha se nega a aceitar aquele pedido sem cabimento, Zeca apela, implorando pela ajuda da morena. “Um dia, mana! Um dia sozinho com ela, é tudo o que eu preciso! Se ela depois disso disser que não me ama eu deixo ela seguir o caminho dela e sigo o meu! Foi a promessa que eu fiz pro pai dela!”, explica o “peão doutor”, desesperado.

Rosinha acaba cedendo, e vai até o tal sítio de muita má vontade, ao lado de Tobi. Mas será que Zeca deve mesmo confiar na irmã de criação? Afinal, ela é a maior interessada para que seu romance com a Santinha dê errado!

Interessado, Zé Camilo pergunta a Das Dores sobre a jovem, e a morena explica que Edith tem uma história triste. Mesmo assim, o peão violeiro continua disposto a se aproximar da bela e, assim que ela aparece para servi-lo, começa puxar assunto com Edith.

Mulher difícil
Ela, porém, se mostra arredia e quando Zé Camilo pergunta se ela sabe o que é peão de comitiva, Edith responde: “É um bando de home a toa que vive corrêno atrás da vacaria! A comida d’ocêis tá servida! Licença!”

Apesar do fora que levou, Zé Camilo gosta do jeito da jovem e acaba convidando-a para vê-lo tocar no programa de Geraldo, no próximo domingo. Será que Edith vai cair na lábia do “terror das currutelas”?

Ida não entende nada, mas a neta explica que ele vai tentar vender anúncios para a rádio na cidade grande e ela resolveu ir para poder ajudá-lo.

Nananinanão!
“Ocê num vai prá lugá nenhum! Ondé que já se viu? Pode dexá essa rôpa aí!...”, esbraveja Ida ao ver a neta arrumando as malas.

Aninha ainda tenta argumentar, dizendo que vai viajar a trabalho e pergunta se a avó não confia na educação que lhe deu. Ida, que não é boba, responde: “Confio! Confio, desconfiâno!”

Apaixonado, Ricardo acaba se declarando para Aninha que, tímida, revela que também gosta dele, do seu jeito. “As veiz quâno eu vejo ocê desse jeito... Cansado de tudo... C’a cabeça cheia, que nem ocê tá agora. (...) Eu tenho vontade de pegá ocê e pô no meu colo, e ficá acarinhâno os teus cabelo, devagarinho... Devagarinho... Até ocê se acarmá!”, murmura a “caipira”.

Ricardo aproveita a deixa para se aproximar da jovem e os dois acabam se beijando. Será que agora Aninha vai esquecer Otávio de uma vez por todas?

Otávio entra na cabine de som e cobra do amigo publicitário uma estratégia para atrair anunciantes, mas Ricardo alega que Geraldo já vendeu anúncios para todo o comércio local e que ninguém quer mais anunciar com eles.

Que furo!
Enquanto isso, Aninha avisa que faltam trinta segundos para a programação entrar no ar, mas, alheios a tudo, os dois continuam discutindo. Até que o pior acontece: assim que a rádio entra no ar, Otávio solta uma ofensa ao povo da cidade: “Terra de gente burra!”.

Os moradores de Paraíso, que estavam ouvindo a rádio, não gostam nada daquilo. Desesperada, Aninha alerta que o que Otávio disse foi para o ar e a dupla de cariocas se desespera. E agora? Como eles vão conseguir consertar essa burrada?!

Zeca tenta conversar com Santinha
Os dois se encontram na divisa entre as duas fazendas e, assustada, Maria Rita tenta recuar. Mas o “filho do diabo” cerca o cavalo da jovem e pede para conversar com ela.

Louco de amor, Zeca implora para que ela não vá para o convento, mas Santinha explica que precisa cumprir sua promessa. Afinal, ele está curado, não está?

“Deus não pune, Maria Rita! Deus não castiga!... Deus não faz a gente infeliz desse jeito! Não faz!”, argumenta o “peão doutor”. Resta saber se estas palavras vão conseguir fazer com que Santinha mude de ideia...

Quando descobre a maluquice que o filho está prestes a fazer, Eleutério corre até o local onde está o bicho, mas é tarde demais. Zeca já subiu no touro bravo, que salta enlouquecidamente, enquanto o rapaz grita, divertindo-se:  “Vai, valente! Me derruba de novo! Me derruba de novo! Mostra quem ocê é!”

“Ocê tá querêno que ela siga o destino que ocê queria seguí, quâno se casô cumigo!”, declara Antero. Mariana, porém, dá de ombros e diz que sua recompensa por tê-lo aguentado tanto tempo foi ter uma filha santa.

Cada vez mais nervoso, o fazendeiro avisa que a beata vai ter que procurar outra companhia depois que Maria Rita se for. “Porque eu tô de mala de pronta prá ir embora dessa casa, assim que nossa fia fô prá esse maldito convento!”, anuncia, para surpresa de Mariana.

“Eu não sô santa, mãe! Eu não sô santa! Eu sou uma infeliz!”, grita a jovem, soluçando.

A verdade é que não vai ser fácil abrir mão desse amor para cumprir sua promessa...

“Se o pai qué que ocê case cum ela, ocê leva ela embora e casa longe daqui!”, sugere Terêncio.

O rosto de Zeca se ilumina com a ideia, mas Rosinha, que ouve tudo atrás da porta, fica inconformada. Será que ela vai estragar os planos de Zeca para sequestrar Santinha?

Tranquila, a jovem pede para conversar a sós com Zeca, para desespero de sua mãe. Os dois vão até a varanda e antes que ele fale qualquer coisa, Maria Rita pergunta algo que já estava entalado em sua garganta há algum tempo: “Você tava pensando em mim, quando caiu daquele touro?” 

Zeca estraga tudo
Sem saber o mal que está fazendo, Zeca confirma a história e diz que viu o rosto da Santinha na imagem de Nossa Senhora antes que o rodeio tivesse início.

“Isso não me saiu mais da cabeça! Teu rosto envolto pelo manto dela... Eu levantei daquela cama prá vir te buscar, Santinha! Eu amo você... Como eu nunca amei ninguém nessa vida!”, declara o “filho do diabo”, apaixonado.

Aquilo, porém, é exatamente o contrário do que Maria Rita gostaria de ouvir. Amargurada, acreditando que seu destino é mesmo se tornar freira, ela avisa que não quer se casar e que vai voltar para o convento. Zeca fica atônito e tenta beijá-la, mas a Santinha se afasta, séria. Será que ele vai perder de vez o amor da sua vida?

Arrasada, a jovem conta que foi tratada como empregada pela mãe do engenheiro e ele simplesmente não falou nada. Depois disso, Marcos saiu de helicóptero para trabalhar sem dar a menor satisfação e a deixou esperando por vários dias, sem dar notícia.

Ela resolveu, então, voltar para sua cidade, mas, para piorar, Edith não pôde entrar em casa, já que seu padrasto não quer nem saber dela.

Ida fica com pena da jovem e acaba acolhendo-a em sua pensão. “Coração num tem juízo, minha fia!”, diz a avó de Aninha, tentado consolar Edith. Mas será que ela vai conseguir refazer sua vida depois de ficar tão mal falada na cidade?

Desistindo de amar
Confusa, Maria Rita começa a achar que tomou a decisão errada e avisa a Antero que não quer mais se casar com o “filho do diabo”. “Nós somos diferentes, pai! Como a água e o vinho! O sol e a lua...”, diz, entristecida.

O fazendeiro tenta acalmar a filha, mas parece que ela já se decidiu: vai voltar para o convento, que é o único lugar onde ela realmente teve paz na vida. E agora? Onde é que fica o Zeca nessa história?!

Curiosa, Das Dores pergunta se ele também sabe tocar violão como Zé Camilo e o rapaz enrola, dizendo que “arranha” o instrumento.

“O Tobi é modesto demais! Óia que quâno ele se põe a tocá, as moça das currutela suspira por ele!”, afirma Zé Camilo, para surpresa de Das Dores.

Na hora do almoço, Zeca também entra na brincadeira e diz a Das Dores que Tobi ainda vai domar o touro que o derrubou. O faz-tudo da fazenda engole em seco... Pegou pesado, heim, Zeca?!

Zeca fica meio cabreiro, mas depois acaba aceitando aquela ideia maluca. Otávio se anima e vai logo perguntando sobre a história de Zeca ser “filho do diabo”, dando corda para as fofocas do povo de Paraíso.

Nasce um boato
Eleutério, que ouve a entrevista no bar do Bertoni, logo percebe que aquilo não vai acabar bem... A coisa piora quando Otávio pergunta se foi a Santinha quem o curou e o rapaz responde: “Eu me levantei daquela cama por causa dela, Otávio! Por causa dela!”

É o suficiente para toda a cidade acreditar que se trata de um milagre... Otávio e Zeca não sabem, mas acabam de fazer uma besteira daquelas!

Já sem paciência, a filha do prefeito agradece, mas diz que Geraldo já está desempenhando bem seu papel como apresentador e não precisa de ninguém para ajudá-lo. Ele, porém, insiste dizendo que poderiam formar uma ótima dupla e apela: “E, despois, ocê ia enfeitá meu programa... C’o teu jeito, c’a tua voz!”.

Sai pra lá!
Maria Rosa suspira e avisa que não combina nem com o programa, nem com Geraldo. “Se você quer alguém prá enfeitar seu programa convida a Aninha! Ela e você fariam uma bela dupla caipira!”, afirma, deixando o fazendeiro sem palavras. Que fora, heim, Geraldo?!

Inquieta, ela monta um cavalo e vai até a fazenda de Eleutério para tentar encontrar seu grande amor. O problema é que, no meio do caminho, a Santinha esbarra com Rosinha. A morena logo coloca as garras de fora, pois não quer perder Zeca para a rival.

Rosa traz dúvida para Santinha
Quando Maria Rita pergunta sobre o “peão doutor”, Rosinha vai logo dizendo, irritada: “Comé que ele pode tá bem, se ocê desgraçô a vida dele?”. A outra não entende a acusação, mas Rosinha logo explica: Zeca só caiu de cima do touro porque estava pensando na Santinha.

“Ele cresceu livre, sortô por essas estrada, tocâno berrante, tangendo boiada, montâno nos rodeio! Essa era a vida que ele queria! Esse era o destino que ele sonhava! Ocê tirô isso dele, quâno derrubô ele de cima daquele tôro!”, continua Rosinha, implacável.

“Se Nosso Senhor Jesus Cristo descesse hoje na Terra, desceria usando jeans e camiseta, e não essa batina pesada!”, responde Bento, sério. Afinal, os tempos são outros, não é mesmo?

Desconfiada, Mariana pergunta o que o “filho do diabo” quer fazer ali e Zeca, bem-humorado, revela que quer apenas agradecer pelas orações da jovem. Mas a beata continua na defensiva, alegando que, assim que melhorou, Zeca foi procurar os médicos, como se não acreditasse no “milagre” de sua Santinha.

Que grosseria!
“Minha filha vai vortá pro convento! Esse é o destino dela! Nem ocê nem ninguém vai podê mudá isso! Esquece minha fia! Esquece minha fia, e num volta nunca mais aqui! Nunca mais, tá me ouvino?”, esbraveja Mariana, parar surpresa de Zeca.

Ele ainda grita, chamando pela Santinha, mas ninguém responde. O que Zeca não imagina é que Maria Rita foi à cidade com o pai e não está ouvindo as barbaridades que sua mãe está dizendo.

Depois da missa, Mariana despeja suas lamúrias em cima do padre, que tenta defender Maria Rita como pode. Sentindo-se incompreendida, a carola faz uma ameaça muito séria: “Se a minha fia, a minha Santinha, fô levada pelo fio do demo, eu juro pro sinhô que eu me mato! Eu tomo veneno, padre, e me mato! O sinhô tá me ouvino? Eu me mato, padre Bento, e eles vão levá essa curpa cum eles, pro resto da vida! Pro resto da vida!”

Quando fica sozinha na sala, a jovem pega a garrafinha e murmura, muito séria, olhando para o cramulhão: “A gente tinha um trato, seu diabinho d’uma figa, e ocê me enganô! Ocê vai vortá a sê diabo!  Ocê vai vortá a sê diabo, se permití que ele se case cum ela! Eu juro! Eu juro!”.

Zeca chega na hora e pensa que sua irmã de criação está falando sozinha, mas Rosa disfarça, dizendo que estava apenas pensando alto. Ah, se ele desconfia do “acordo” que ela fez com o capetinha!

Ao perceber que a filha se sente incomodada com os olhares povo, Antero tenta acalmá-la, dizendo que estão apenas admirando sua beleza.

Mariana faz o maior drama!
Mas a beata Mariana tem uma opinião bem diferente sobre o novo visual da Santinha. Ela fica uma fera ao ver a filha experimentando os vestidos novos em casa e acha que ela está se perdendo.

“Essas rôpa, essa pintura, esses modo... Ocê tá tomada pelo demônio... Tá tomada pur ele!”, exclama a carola, dramática.

Maria Rita, porém, não se abala e mostra que está mesmo mudada: “Eu nunca me senti tão feliz em toda a minha vida! E se ser feliz é cair em pecado mortal, então eu estou pecando!”, rebate a jovem.

Zeca protesta, dizendo para o amigo se acalmar, mas Terêncio está irredutível. “Ela é lôca pur ocê, Zeca! Ninguém nunca vai conseguí mudá isso! Eu fui uma besta, home! Eu fui uma besta!”, reclama Terêncio, arrasado.

Solidários ao amigo, Zé Camilo, Juvenal, Tiago e os outros peões que faziam parte da comitiva do “filho do diabo” resolvem acompanhá-lo e ir embora de Paraíso. Até Tobi parece estar disposto a largar tudo para partir com a peonada. E agora?

Que ousadia!
A morena fica irritada e diz não se importar com isso, mas Terêncio a segura pela cintura e beija Rosinha à força. A moça, é claro, não gosta nada da atitude do peão e, após se desvencilhar, cospe no chão e vai embora, magoada.

“Ocê tava se preparâno prá segui teu destino, isso sim!”, retruca Mariana, que não gosta muito dos rumos da conversa.

Mas a Santinha insiste, dizendo que queria ter vivido como uma pessoa normal e avisa que a partir de agora, vai ser livre para fazer o que bem entender.

Adeus, convento!
Quando a mãe, espantada, pergunta sobre a promessa que ela fez para Santa Rita, a jovem responde, calmamente: “Eu não posso cumprir uma promessa que vai me fazer infeliz pro resto da vida! Eu disse isso pra Santa Rita, mãe, e eu acho que ela entendeu!”.

O evento agita a pequena Paraíso, que conta com a presença dos melhores cantores da região, e reúne todos os moradores da cidade para assisti-lo. No concurso participarão diversas duplas sertanejas, como Chitãozinho e Xororó, que é ovacionada pelo público, Tião Lima & Lian, João Carreiro & Capataz e, como não poderia faltar, Zé Camilo e Juvenal. Ao final, há um empate entre a dupla dos amigos de Zeca e Chitãozinho e Xororó (interpretados pela dupla homônima da vida real).

O resultado é motivo de comemoração no bar do Bertoni, que acaba se transformando numa extensão do concurso com muita música e animação.

Enciumado, Terêncio acha que o amigo está conquistando o coração da jovem, mas Zé Camilo retruca, dizendo que o peão está imaginando coisas. “Eu num quero estragá nossa amizade por causa dessa prenda!  Nem por causa dessa prenda, nem por causa de prenda nenhuma!”, avisa o violeiro.

Pega de surpresa, a filha do prefeito acaba confirmando a história de Geraldo, deixando Aurora perplexa. Então ela estava mesmo aos beijos com o carioca?!

Relacionamento moderno
Maria Rosa tenta se corrigir, dizendo que está apenas “ficando” com Otávio, mas acaba confundindo a mãe mais ainda. Afinal, que moda é essa de “ficar”?

“Ficar é... É... Ora... É ver se rola, ou num rola uma química! Ah, mãe, sei lá! Que conversa mais besta!”, murmura a jovem, indo embora em seguida.

Mas o fazendeiro avisa que está ali em paz e quer propor um negócio para os cariocas: quer comprar um horário na rádio. “Eu quero comprá as manhã de domingo!”, avisa.

Que segredo é esse?
Quando Ricardo e Otávio chegam, acham aquela história muito estranham e perguntam o que ele pretende apresentar na programação da rádio, mas Geraldo faz mistério sobre isso e apenas declara que vai pagar bem, muito bem: “Eu adianto vinte mil pr’ocêis... Nota em cima de nota!”. E dinheiro é tudo que eles precisam...

Ao ficar a sós com a jovem, Eleutério fala sobre o amor que seu filho sente por ela e dispara: “Ele tá indo se tratá, prá completá esse milagre que ocê feiz, e assim que ele ficá bom, assim que ele vortá a andá, ele vem lhe buscá! Ele qué ocê prá mulhé dele, Maria Rita! Ele me pediu prá vim aqui, prá lhe dizê isso!”

É o suficiente para o coração de Maria Rita acelerar, enquanto ela sorri, encabulada. Antes de ir embora, Eleutério pede que a jovem tenha coragem para fazer suas próprias escolhas.

Zé Camilo acha graça do assanhamento do amigo, mas Tobi avisa: “C’um essa num dianta ‘sanhamento, peão! Ela é bunita, má é arisca que dá dó!”

Em seguida, Das Dores passa por eles, cheia de charme, mas se fazendo de difícil.

“Ela é maluca, Ricardo! Maluquinha de tudo! Totalmente sem noção!”, reclama Otávio sobre Aninha, deixando o amigo igualmente irritado.

Ciúme rola solto!
Ricardo defende a caipira com unhas e dentes e avisa que ela só falou aquelas besteiras porque Otávio a beijou e depois a trocou por Maria Rosa.

“Eu tava apaixonado por ela, Otávio! Eu tava apaixonado por ela! Você estragou tudo! Tudo!”, esbraveja Ricardo, bem na hora em que Aninha está chegando na rádio. Chateada, ela imagina que os dois estão falando da filha do prefeito e fica ainda mais enciumada.

Quem flagra a cena é Rosinha, que fica felicíssima ao ver o irmão de criação quase andando no quarto.

“Ela feiz o milagre, mana! A Santinha feiz o milagre!”, anuncia Zeca, emocionado.

Quando a filha do prefeito e Otávio saem pra jantar, Aninha se oferece para ajudar Ricardo e tem uma bela surpresa: o carioca pede que Aninha entre no ar, lendo um texto para o programa da rádio.

Ciúme causa confusão
Aninha fica toda nervosa, e acaba metendo os pés pelas mãos. Ao ver Otávio e Maria Rosa voltando, ela esquece o texto e acaba improvisando: “Agora c’ocêis, diretamente do estúdio da Voz do Paraíso, a Hora da Fofoca, na voz da Aninha!  Vâmo falá agora dos casal que tá se formâno aqui na cidade...”

“Eu num posso continuá vivêno aqui, fia... Num posso estragá tua vida tamém! Ocê tem um pai aqui, fia! Ocê tem um pai aqui! Me perdoa!”, pensa, sofrida, enquanto observa Rosinha adormecida ao seu lado.

Zefa passa ainda pelo quarto de Zeca, para se despedir em silêncio do filho de criação. Por último, ela se aproxima de Eleutério, que também está dormindo, mas se assusta quando ele chama seu nome durante o sono. Então, ele também pensa nela...

Nervosa, a viúva foge correndo do quarto e vai embora sem deixar rastros. E agora?

Porém, quando abre seu baú, Eleutério tem uma tremenda surpresa: o diabinho da garrafa está ali, mas parece bem diferente. Por incrível que parece, o capetinha está vestido de São Benedito.

Brincadeira de mau gosto
“Que diacho é isso?”, indaga Eleutério, nervoso. Ele começa a gritar, chamando por Zefa, que aparece ao lado de Tobi e Rosinha. Os três juram que não sabem de nada e Rosinha até faz piada com a história. Mas o fazendeiro não está achando graça nenhuma...

Preocupado, Eleutério tenta convencê-la a ficar, mas Zefa fica indignada e avisa que ele não pode prendê-la ali. O fazendeiro, porém, tem um forte argumento: ele fez de Rosinha sua herdeira e Zefa não pode estragar o futuro da jovem, levando-a embora de Paraíso.

Eleutério se declara
Mesmo surpresa com a revelação, Zefa diz que não está interessada no dinheiro do patrão, ao que Eleutério reage, pegando-a pelos ombros. “Eu gosto d’ocê, diacho! Eu gosto d’ocê, inté mais do que eu devia!”, declara, deixando Zefa encabulada.

O problema é que Eleutério prometeu ao falecido marido de Zefa que cuidaria bem dela. E agora? Será que ele vai respeitar a memória de Mané Corrupio?

Irritada, Aninha coloca Nina e Cleusinha para fora da pensão. “Eu sô memo uma boba! Eu sô memo uma boba!”, choraminga a “caipira”, arrasada.

A jovem nem imagina que tem outro carioca de olho nela: Ricardo está caidinho por Aninha! Mas será que ela vai conseguir tirar Otávio da cabeça?

“Ele dizia que me amava... Quâno a gente tava junto, ele dizia que me amava!”, chora a loirinha, enquanto as amigas tentam consolá-la.

Dona Ida, porém, trata logo de dar uma bronca em Jacira e nas demais, tentando evitar que mais confusão aconteça por ali. “Ocê trate de tomá juízo, e aprendê a lição! Ocêis ficaro se oferecêno prá ele, olha no que deu!”

É, o melhor mesmo é ouvir os conselhos da avó de Aninha, meninas!

Cada vez mais fraca, ela acaba desmaiando aos pés da imagem de Santa Rita, para desespero de Antero e Mariana. Eles correm para socorrer a filha, que acorda tonta pouco depois e tenta minimizar o acontecido, dizendo que apenas caiu no sono.

Chega de jejum!
“Ocê pode ficá ajoelhada dia e noite, rezando por ele! Má sem comê, ocê num fica mais! E se a sua santa quisé cobrá arguém por causa disso, ocê manda ela vim falá cumigo!”, esbraveja Antero, preocupado.

O que ele não imagina é que as orações de Maria Rita parecem estar funcionando. Em pouco tempo, Zeca vai começar a sentir as penas outra vez!

“Olha aqui, Jaci, eu não quero arranjar encrenca nem com o prefeito, nem com o teu pai! Então me faça o favor: pega o caminho de volta prá casa, tá?”, avisa Marcos, quando a loirinha aparece de surpresa no local onde ele está montando a torre da rádio.

Mas Jacira parece não se abalar com o fora e declara que Marcos não precisa de preocupar com o pai dela. “Pois cum ele ocê num precisa de preocupá, causa que quâno ocê fô pedí minha mão, ele se acarma!”, diz a regateira, para espanto do carioca. E agora, Marcos?

Zeca está dormindo em seu quarto quando acorda assustado. Ele sente um formigamento nas pernas.

Apavorado e, ao mesmo tempo, feliz, o peão doutor grita chamando seu pai. Eleutério aparece correndo e mal pode conter a emoção quando Zeca declara que voltou a sentir as pernas!

Quando os amigos voltam para a fazenda, Zeca se sente culpado por ter largado a comitiva. “Eu estraguei a minha vida e a vida d’ocêis, o dia que eu caí de cima daquele tôro mardito!”, reclama, amargurado.

Novo emprego
Para tentar ajudar Zé Camilo e os outros peões, o “filho do diabo” tem uma ideia. Ele pede para Eleutério contratar os rapazes para trabalharem na fazenda.

O pai de Zeca concorda e logo arruma um serviço para os peões: quer que eles busquem o touro que derrubou seu filho. “Aquele mardito num vai alejá mais ninguém!”, esbraveja, deixando Zé Camilo nervoso. Será que o pobre bicho merece mesmo um castigo desses?

Durante o voo, ele finge que o aparelho está apresentando problemas e diz que será obrigado a pousar em uma clareira. Apavorada, Jacira concorda, com medo que a “geringonça” caia lá de cima.

Ao chegarem em solo firme, Marcos parte para o ataque: ele dá um estonteante beijo em Jacira, que corresponde e adora! “Nunca ninguém me bejô desse jeito!”, suspira a loirinha, toda feliz.

Vem confusão por aí
Mas, enquanto isso, em Paraíso, Norberto e seus dois sócios começam a se preocupar com a demora do engenheiro. Principalmente quando lembram que ele levou Jacira consigo no helicóptero. “Era tudo o que eu precisava... Um escândalo desses envolvendo meu nome, prá acabá c’a minha reputação!”, resmunga o prefeito.

Indignado, o pai da jovem procura o “peão doutor” e pergunta o que foi que acontece para sua filha ficar assim.

Zeca acaba confessando que está apaixonado pela Santinha, mas deixa o pai da jovem cheio de pena ao afirmar: “Ela chegou na minha vida tarde demais, seu Antero... Quando a vida tinha me dado essa rasteira! (...) Ela achou que podia me salvar... Que podia salvar o filho do diabo do destino dele! Mas ela não pode, seu Antero! Ninguém pode!”.

Súplica
O rapaz pede ainda que Antero não deixe Maria Rita estragar sua vida por causa dele e diz que nunca amou ninguém como ama a Santinha. “Eu não quero que ela se sacrifique desse jeito por minha causa! Eu não mereço!”, declara, arrasado.

Antero volta para casa entristecido, pois sabe que Maria Rita também ama aquele pobre rapaz, que agora está preso a uma cadeira de rodas. Será que existe saída para este amor?

Mas é Jacira quem vai dar a largada na corrida atrás do bonitão. Quando descobre que Marcos está indo buscar o helicóptero no aeroclube da cidade vizinha, a loira se oferece para ir junto. Ricardo e Otávio avisam que isso pode dar confusão, mas, interessado na jovem, Marcos decide levá-la para dar uma “voltinha” pelo céu de Paraíso.

Cheia de coragem
Quando o engenheiro pergunta se ela tem medo de voar, Jacira responde, animada: “Eu, medo? Imagina! Eu num tenho medo de nada!”.

Pois é, mas deveria ter, dona Jacira... Por que o pai da jovem não vai gostar nada de saber que ela andou saracoteando por aí com um forasteiro! Ah, mas não vai mesmo!

Além de prometer virar freira, como sua mãe sempre desejou, Maria Rita decide ficar em jejum, trancada em seu quarto até que Zeca volte a andar.

Quando descobre sobre a promessa, Mariana tenta convencer a filha a desistir, mas a jovem está impassível. “Ela atendeu à senhora, não atendeu? Pois ela vai ter que atender o meu pedido, se não quiser me ver morrer à míngua!”, declara a Santinha, para surpresa da beata. E agora?

A jovem fica emocionada com aquelas palavras, mas antes que possa fazer qualquer coisa, Zeca lhe dá um apaixonado beijo. Assustada, ela tenta se desvencilhar, mas o “filho do diabo” a prende em seus braços, desesperado.

Medo de amar
Quando Maria Rita finalmente consegue se afastar, Zeca ainda tenta impedir que ela vá embora, dizendo que está apaixonado. Mas Santinha foge dali, aparvalhada, num turbilhão de emoções. 

“O que é que eu faço da minha vida? O que é que eu faço?”, murmura para si mesma, enquanto caminha, aos prantos, de volta para casa. Será que esse amor tem mesmo futuro?

Surpresa para todos
Ao lado das amigas “regateiras”, Aninha corre até o campinho de futebol, onde o helicóptero vai pousar. Norberto, Aurora, Maria Rosa, Ricardo e Otávio também esperam ansiosamente no local, até que Marcos sai do helicóptero e deixa o prefeito e a primeira dama de queixo caído. “É um moleque!”, diz Aurora, estarrecida.

Jacira, Cleusinha, Edith e Nina ficam magoadas quando o grupo passa por elas sem dar a menor atenção.  Aninha, porém, demonstra que está mesmo mudada e dá bronca nas amigas. “Ocêis qué pará de bancá a boba? Parece que nunca viu home na vida!”, resmunga, indo embora em seguida.
Nossa! Parece que a caipira não quer mesmo saber de outro forasteiro em sua vida!

Nervoso, Otávio diz que nunca teve a intenção de magoar Aninha, mas a avó da jovem parece não acreditar muito naquela história.

Decepção
Sem alternativa, o rapaz decide ir falar com a caipira e explicar a situação. Aninha fica toda animada quando ele se aproxima, mas murcha ao ouvir o discurso de Otávio: “Eu não devia ter beijado você, Aninha! É isso! Foi um impulso! Você me desculpe... De verdade! Me desculpe! Eu fiz sem pensar!...”.

Toda faceira, Aninha muda completamente depois do beijo. Quando Maria Rosa aparece na pensão, ela recebe a filha do prefeito com beijinhos no rosto, leva café para a jovem e os dois cariocas e começa a falar sem aquele característicos sotaque caipira. A neta de Dona Ida quer mesmo é impressionar Otávio e faz de tudo para não parecer mais uma boba na frente dele.

“Ela começou a falar direito de repente!”, estranha Maria Rosa, depois que a rival vai embora. Ricardo e Otávio se olham, sem graça... Aí tem!!!

Irritada, ela vai contar o fato para Otávio, que acaba ficando um pouco enciumado também. O carioca ficou caidinho pela filha do prefeito e não gosta de saber que ela anda tão íntima de Ricardo. Por isso, Otávio instintivamente se aproxima de Aninha, quase como uma vingança.

O primeiro beijo
Ele começa a elogiar a caipira, que fica toda encabulada. “Teus lábios lembram os lábios da Vênus de Botticelli...”, murmura Otávio, acariciando o rosto da jovem.

O carioca, então, aproxima-se mais ainda de Aninha e a beija, para surpresa de Dona Ida, que chega ali bem na hora da cena. E agora, Otávio?

Terêncio fica sem saber o que fazer para ajudar o amigo, mas Tobi tem uma ideia que pode resolver o problema. O garoto acredita que, se inventarem uma história, podem até convencer Mariana a levar a filha na fazenda outra vez. Tobi manda Terêncio dizer à beata que, depois da visita da Santinha, Zeca começou a sentir uma enorme melhora e que um milagre pode estar prestes a acontecer.

Mentira funciona!
Dito e feito: quando Terêncio conta a história mirabolante para a beata, os olhos dela começam a faiscar. Doida para provar que a filha é mesmo santa, ela promete ao peão que vai levar a Santinha outra vez na casa de Zeca.

Maria Rita, porém, reage de forma inesperada. Ela não diz nada e simplesmente sai correndo dali. Antero estranha quando a filha aparece na sala nervosa e pede para ir embora. Só depois ela revela ao pai o motivo de tanta agitação: “Ele gosta de mim, pai! Ele gosta! Eu li isso, nos olhos dele!”.

Quem não vai gostar nada dessa história é Mariana. A esta altura, a beata já descobriu que Antero levou a Santinha para a casa do “filho do diabo” e está louca da vida com os dois. Cuidado, Maria Rita!

“Tá querêno me ensiná a jogá?”, esbraveja o fazendeiro, nervoso.

No fim das contas, Otávio e Ricardo ganham o jogo e o dinheiro que apostaram com Geraldo. Ao chegarem na pensão, aproveitam para tentar adiantar o dinheiro das hospedagem com Dona Ida, mas ela fica uma fera e recusa o pagamento. “Ocêis guarda esse dinhêro... Dinhêro de jogo é dinhêro que num presta!”, diz Ida, ao que Aninha avisa: “Guarda prá gastá c’a fia do prefeito!”

Nossa! Pelo visto, Otávio e Ricardo pisaram na bola, não é mesmo?

Ele pede a Terêncio que procure o touro que derrubou Zeca e traga o animal até sua fazenda. “Ocê procure, que eu quero esse mardito aqui! Ocê pague o que eles pedí!”, ordena Eleutério, para surpresa do peão.

Quando Terêncio pergunta pra quê ele quer um bicho tão bravo no meio da boiada da fazenda, Eleutério responde, determinado: “Ele acabô c’a vida do meu fio, Tobi, e eu vô acabá c’a vida dele!  Eu vô matá esse mardito, c’as minhas própria mão!”

“Você não precisa se esconder por detrás desse véu, Santinha!”, declara o “filho do diabo”, sem conseguir para de encará-la. Maria Rita, no entanto, pede que ele a chame pelo nome e começa a rezar, tentando fugir de qualquer conversa.

Que ousadia!
Quando ela finalmente termina suas orações, Zeca não resiste e, aproveitando um descuido da jovem, arranca o véu que cobre seu rosto. Os dois se olham por alguns segundos, sem saber o que dizer. Ela, surpresa com a atitude dele e ele, encantado pelo belos olhos da sua “santinha”. Maria Rita quer fugir dali, mas parece estar hipnotizada pelo “peão doutor”.

Que situação...
Zefa se vê obrigada a contar para a filha a verdade: ela tem o estranho costume de cheirar as camisas de Eleutério quando vai levar a roupa para lavar. No início, a jovem não entende a atitude da mãe, mas depois, percebe que Zefa está mesmo apaixonada por seu padrinho.

“Ai, fia, eu tô morrêno de vergonha! Eu nunca mais que vô consegui olhá prá ele! Nunca mais! Nunca mais!”, murmura Zefa, arrasada. Mesmo assim, quando ninguém está olhando, Zefa continua cheirando as camisas de Eleutério...

Coitada da viúva de Mané Corrupio! Zefa não sabe o que fazer com esse amor, que, pelo visto, não está sendo correspondido!

É quando Geraldo aparece no bar, com cara de poucos amigos. Ousados, Otávio e Ricardo chamam o fazendeiro para bebericar com eles, mas o fazendeiro dá apenas algumas respostas atravessadas aos cariocas.

Brincando com fogo
Sem se dar por vencida, a dupla desafia Geraldo para um jogo de sinuca. Padre Bento e Norberto, que passam por ali, se assustam com a cena. O prefeito fica ainda mais preocupado quando vê os dois sócios perdendo o jogo e começa a imaginar a confusão que isso pode causar. Maria Rosa, porém, avisa ao pai que uma briga é o menor dos males que pode acontecer entre os três. “O problema é o Geraldo ‘rapar’ o dinheiro que sobrou da nossa viagem, que tá com eles...”

“O senhor ficou maluco, pai? A mamãe vai por a casa abaixo, quando souber!”, diz Maria Rita, assustada. Antero, porém, não está nem aí para o que Mariana vai pensar e sai levando a filha às pressas, antes que a esposa volte e estrague seus planos.

Maria Rita só faz questão de chegar na casa de Zeca usando o véu que cobre seu rosto, afinal, vai ser uma coisa a menos para sua mãe implicar.

“O  sinhô num atendeu o pedido dela, e a Santinha acabô num rezâno pelo seu filho!”, diz Zefa.

Nervoso com tanta confusão, Eleutério explica que Zeca não chamou Maria Rita para rezar por ele. Na verdade, o rapaz só queria se aproximar da jovem.

Zefa critica o patrão
Ao descobrir isso, Zefa também se irrita, pois sabe que Rosinha é apaixonada pelo “peão doutor”. Ela critica a atitude de Zeca e declara que o filho puxou ao pai quando o assunto é mulher. Zefa ainda alfineta o patrão, dizendo que todo mundo conhece as histórias dele.

“Pois ocê fique sabêno que o memo povo que conhece as minhas história, chama ocê de Zefa cheira-cheira!”, rebate o fazendeiro, referindo-se ao fato de que ela vive cheirando as camisas dele escondida. Zefa não sabe onde se esconder de tanta vergonha e Eleutério se arrepende em seguida, pois percebe que falou demais!

Eleutério fica na maior saia-justa diante de Mariana e Antero, afinal, foi ele quem pediu aos pais da Santinha que levassem a jovem para rezar por Zeca. Depois que os três saem, ele vai perguntar ao filho o porquê de toda essa confusão.

A culpa é do “cramulhão”
Mas Zefa, que assistiu a cena toda de perto, já tem a resposta na ponta da língua: “Isso foi curpa daquele coisa ruim! O diabo da garrafinha! O pai dela avisô, pediu, má seu Lotério teimô de num querê tirá ele de casa... Deu nisso!”. Será?

Perdida em pensamentos
Na viagem de volta para o Mato Grosso, Maria Rosa não consegue parar de pensar no beijo que deu em Otávio. “Ele podia pelo menos ter dito que gostou... Quando eu falei pra ele esquecer, ele podia ter dito que não ia esquecer... Mas ele concordou tão rápido! Porque é que eu fui me envolver com ele, meu Deus?”, indaga a Morena em seus pensamentos.

Otávio também ficou caidinho pela filha do prefeito, percebendo que nunca sentiu nada parecido por nenhuma outra garota. Resta saber se eles vão conseguir esconder essa paixão por muito tempo! Ah, se o prefeito descobre...

Que história é essa?
Eleutério tenta disfarçar e diz que nunca houve nenhum diabinho em sua casa. Mesmo assim ela continua desconfiada, e fica ainda mais nervosa quando Terêncio avisa que Zeca pediu para a Maria Rita entrar sozinha em seu quarto.

”É um pedido dele! Ele diz que qué rezá junto da santa, sossegado! Num qué ninguém atrapalhâno!”, explica o peão, para surpresa da beata. Mas será que ela vai deixar a filha entrar sozinha no quarto do “filho do diabo”?

Sem esperanças
“Eu falo aqui em nome dela tamém, a gente num qué alimentá uma falsa esperança n’ocê... Ela vai vim rezá, má isso num qué dizê que ela possa livrá ocê dessa cama! Ocê entende isso, num entende?”, diz Antero, ao que Zeca assente com a cabeça. Na verdade, o peão só quer mesmo ver o rosto da Santinha outra vez.

Beata faz exigência
Antero traz também um recado para Eleutério: Mariana impôs uma condição para levar a filha até lá. A beata quer que o pai de Zeca tire a garrafa com o diabinho de dentro da casa. Caso contrário, nem ela, nem Maria Rita vão botar os pés na fazenda. E agora?

Ofendido, Terêncio avisa que, se estiver incomodando, ele pode pegar suas coisas e ir embora da fazenda do “peão doutor”.

“É um favor que ocê me faiz, Terêncio! Aliás, se ocê quisé memo me fazê um favor, ocê pega ela, joga na tua garupa, e segue o teu caminho! Agora vê some daqui, anda! Os dois!”, esbraveja Zeca, deixando Terêncio e Rosinha assustados. Agora ele parece mesmo ser filho do demo!

Balde de água fria
Mas o carioca vai se surpreender mesmo quando, no dia seguinte, a filha do prefeito avisar, sem a menor cerimônia: “Vamos esquecer o que aconteceu, e vamos nos focar na rádio! Eu não quero colocar tudo a perder por conta de um impulso inconseqüente!”

Chateado, Otávio finge concordar, mas no fundo ele não para de pensar em Maria Rosa. A jovem também disfarça, mas no fundo, não esquece os beijos de Otávio. E agora?

Nervoso, ela grita para todos que estão rindo de sua desgraça, inclusive padre Bento, contra quem o fazendeiro está jogando: “Daqui prá frente, quarqué coisa que o prefeito fô fazê, eu vô sê contra! (...) Eu me bandiei pro lado da oposição, padre!”.

Comprando a maior briga
E a birra de Geraldo não para por aí. No mesmo dia ele procura Vadinho e avisa que quer financiar a oposição a Norberto na cidade. Surpreso, o farmacêutico lembra Geraldo de que Maria Rosa pode não gostar dessa história de ele ficar contra o pai dela, mas o fazendeiro avisa: “A Maria Rosa morreu pra mim, seu Vadinho! Morreu e tá enterrada!”.

Quando padre Bento aparece para visitá-lo, Zeca insiste para que o vigário leve a Santinha até lá para rezar por ele. Eleutério estranha o pedido do filho, mas depois acaba, ele mesmo, indo até a fazenda de Antero para convidar Maria Rita a rezar pelo rapaz.

Brincando com fogo
Sem dar bola para os avisos do amigo, Otávio chama a filha do prefeito para dançar e acaba tascando um beijo na jovem, que corresponde.

“Eu sabia que ia dar nisso! Eu sabia!”, declara Ricardo, ao ver o casal aos beijos na pista de dança.

A esposa do prefeito, já percebendo o rumo que a conversa pode tomar, tenta inverter o pensamento de Geraldo, dizendo que, se a gente for atrás da opinião dos outros, nunca faz nada nesta vida. Contrariado, o fazendeiro acaba falando demais. Ele afirma que não é certo Maria Rosa estar hospedada no mesmo hotel que os cariocas. “Quâno junta o fogo e a estopa, vem o diabo e assopra, dona Aurora!”.

Que ofensa!
Irritada, Aurora tenta defender a filha e quando Geraldo começa a levantar a voz também, ela acaba perdendo a paciência: “Geraldo, me faz um favo?! Vai amolá boi!”. O fazendeiro levanta, sem graça, e sai, percebendo que foi longe demais.

“Eu passei vinte e um dia e vinte e uma noite sem dormi, sem trabaiá, sem comê direito, chocâno esse ovo embaixo do suvaco... Atormentei a vida dos meus fio, da minha muié...”, solta o peão, já partindo para cima de Eleutério.

Situação crítica

Pela janela do lado de fora, Terêncio, que já havia notado a presença de Zé na fazenda, tem a mira de seu revólver apontada para a cabeça do peão. Eleutério percebe o movimento de Terêncio e tenta acalmar a situação. “Espera um pôco!”, fala para o homem embestado. Também sob a mira de Zé das Mortes, Eleutério continua: “Antes d’ocê me matá, me dêxa abri esse ovo!”.

Zé das Mortes fica sem reação. Ele não entende o que está se passando na cabeça de Eleutério, que pergunta: “O amigo é batizado?”. “Claro... Me batizaro, sim!”, responde o peão. É a deixa de que o pai de Zeca precisava! “Ocê tem nome de santo... José... Pai do menino Jesus... Aposto que sua madrinha é Nossa Senhora...”, continua Eleutério. Zé das Mortes fica cada vez mais perplexo. “Comé que o sinhô sabe?”, pergunta. Eleutério conclui: “É a única explicação pro cramulhão num tê galado esse ovo, home!”.

Zé das Mortes, impressionado com a explicação, deixa-se convencer pelo papo do senhor à sua frente. Eleutério continua, dizendo que Nossa Senhora nunca deixaria um diabinho tomar conta de um peão como ele, já que recebeu Sua bênção, e termina: “Agora, o amigo é quem decide! Se depois dessa conversa, ainda quisé me matá...”. Eleutério abre os braços, como quem diz “mata!”. E agora, Zé das Mortes?

O pedido

Maria Rita está emocionada. Ela não consegue tirar o peão que chamam de “filho do diabo” da cabeça. Ao mesmo tempo, tenta ajudá-lo, mesmo sem acreditar muito, esperandopor um milagre:

“A senhora salvou a minha vida, santa Rita... Salva ele! Tira ele daquela cama! Põe ele de pé de novo! Sou eu, minha santa... Sou eu que estou pedindo isso pra senhora! Sou eu!”. Santinha termina de falar, já com os olhos bastante marejados. Parece que a dor que Zeca sente dói dentro dela também. A fé move montanhas...

Agora ela está angustiada por causa do pedido que fez à santa e tenta se redimir. “Eu pedi prá senhora afastá ele dela... Dos pensamento dela... Má eu nunca disse que era prá senhora fazê mal a ele... Disse?”.

Se justificando

“As veiz, no calô da raiva, a gente fala umas coisa sem pensá, minha santa...”, continua Mariana. Ela acrescenta ainda mais, dizendo que isso não quer dizer que deseje o mal do peão do fundo de seu coração.

A matriarca termina, se sente justificada por tudo que acabou de falar e se persigna, começando logo em seguida a fazer a típica oração da noite. Para ela, tudo voltou ao normal e não há mais sentimento de culpa.

O convencimento

Maria Rosa tem uma carta na manga, e quando ela percebe a intransponibilidade de seu pai, joga: “O senhor botou o seu dinheiro na mão deles, pai! Não é justo que eu vá junto para cuidar dos seus interesses por perto?”.

Norberto ainda tenta retrucar, dizendo que Aurora vai matá-lo se ele deixar a filha em uma viagem sem pé nem cabeça como esta. Por último, quase como um suplício, ele a alerta de que a cidade toda vai falar sobre a viagem do trio, como uma fofoca que não tem mais fim. Maria Rosa rebate: “Tô pouco me lixando pra cidade!”. Norberto, desnorteado, só coça a cabeça... “Diacho!”.

O peão fica incomodado com o olhar atento dela sobre ele. “Que tanto ocê olha pra mim?”, pergunta. “Ocê tácom pena de mim!”, continua ele. Então Rosinha solta: “Num é pena... É amô!”. Zeca olha para sua irmã postiça com um olhar triste e risonho . “Eu também amo você, mana...”, revela, como se fosse mesmo um irmão mais velho. O fato é que Rosinha é filha de Zefa, que casou com Eleutério e trouxe consigo a menina a tira colo.

O choque

“”Eu num tô falâno desse amô, Zeca... Tô falâno de amô de verdade! Desses que nasce dentro do peito da gente, memo sem a gente querê...”, dispara a morena. Zeca reage, incomodado com a repentina declaração. “Larga de falá bobage, Rosa...”.

Ela insiste, já que começou, e explica que, durante sua vida inteira, ela ficou na varanda, esperando por ele enquanto o peão viajava, sempre achando que nunca ia conseguir viver longe do seu amor por tanto tempo. O que a segurava era a certeza de que ele sempre voltaria...

A noite vai caindo, e Rosinha fica parada na porta da cozinha. As lágrimas descem por seu rosto sem parar. O sofrimento é enorme. Eleutério passa por ali, se condói, vai até ela e lhe acaricia os cabelos. “A gente precisa sê forte, fia!”, diz o patriarca, fazendo uma força descomunal para não desmontar na frente da filha.
 
Zefa, que vem chegando logo depois de Eleutério, também abraça a morena. “Ele num merecia isso, mãe...”, choraminga Rosinha para a mãe. Zefa completa com muita dor no coração: “É um pesadelo, fia... Só pode sê!”. Mãe e filha continuam abraçadas.

Ao ouvir o som do berrante, Eleutério solta: “Graças a Deus!”. Ele estava preocupado com o filho e só consegue pensar em vê-lo. Seu contentamento é tão grande que ele nem repara que o berrante não fora tocado do mesmo jeito que antes. Maria Rita também escuta o chamado, mas sua mãe a impede que saia para ver o amado. Mal sabe ela...

A chegada

Ao se deparar com a imagem do pai à sua frente, Zeca tenta amenizar o seu estado crítico: “O filho do diabo tá voltâno!”. Ele tenta diminuir o peso de seu drama, mas o desespero é evidente. Eleutério não consegue proferir uma só palavra, até que Zeca fala, sofrido, quase chorando, “Me perdoa, meu pai! Me perdoa!”.

O peão cobre o rosto com os braços, tentando esconder o choro. Parece que só agora ele está se dando conta da desgraça que lhe aconteceu. Pobre Zeca.

“Ocêis vai demorá muito tempo por lá?”, pergunta. Ricardo brinca, com a malícia de um rapaz da cidade grande, perguntando se ela vai sentir sua falta. Ela olha para ele e sorri, mas tenta ao máximo se fazer de difícil. Só que ao fingir, a moça provoca a reação que menos queria em Ricardo, que só está provocando: “Pensei que você gostasse um pouquinho de mim!”.

"Você já namorou alguém?"

A moça sorri meio sem graça, dizendo que gosta muito dele e de Otávio também. Até que Ricardo, finalmente, a apunha-la com a pergunta: “Você já namorou alguém?”. O coração de Aninha quase salta pela boca. Ao perceber a aflição da moça, Ricardo desconversa e pergunta se ela pode levar suas camisetas para ele depois de passadas.

Ele sai. Ela fica ali, bastante mexida com a conversa. “Por que será que ele me perguntô isso?”, pensa. Por quê?

O convencimento

Maria Rosa tem uma carta na manga, e quando ela percebe a intransponibilidade de seu pai, joga: “O senhor botou o seu dinheiro na mão deles, pai! Não é justo que eu vá junto para cuidar dos seus interesses por perto?”.

Norberto ainda tenta retrucar, dizendo que Aurora vai matá-lo se ele deixar a filha em uma viagem sem pé nem cabeça como esta. Por último, quase como um suplício, ele a alerta de que a cidade toda vai falar sobre a viagem do trio, como uma fofoca que não tem mais fim. Maria Rosa rebate: “Tô pouco me lixando pra cidade!”. Norberto, desnorteado, só coça a cabeça... “Diacho!”.

“Eu tenho essa concessão há quase dois anos... Me custô uma dinherâma, e eu nunca sôbe direito o que fazê cum ela!  A bem da verdade, eu precisava de alguém que conhecesse o funcionamento d’uma rádio, prá me ajudá com isso!”, explica Noberto, deixando os cariocas embasbacados com a mudança de atitude do prefeito.

O homem é um “matador” que saiu do sertão da Bahia e foi até Paraíso para falar com Eleutério. Apavorado, Tobi corre para avisar Zefa e Rosinha, enquanto o patrão tenta descobrir o que Zé das Mortes quer com ele. “Eu quero conhecê o seu diabinho...  O coroné num vai tê como me negá isso!”, declara o homem, com a arma na cintura.

Eleutério desafia o bandido
Eleutério diz que isso é impossível, pois parte do trato que fez com o “cramulhão” é nunca mostrá-lo a ninguém. Mas o homem não está pra brincadeira e avisa que não vai embora sem ver o tal diabinho.

Para tentar distrair seus pensamentos, Zeca resolve participar de um rodeio. Na hora de subir no touro, Terêncio percebe que o animal é perigoso e pede para o “filho do diabo” desistir, mas Zeca, confiante, decide se aventurar.

Acidente muda a vida de Zeca
Só que desta vez, o “peão doutor” acaba levando a pior. Ele acaba caindo do touro e desmaia depois de ser pisoteado pelo bicho. Terêncio e os outros peões levam o amigo para o hospital, mas depois de fazer muitos exames, as notícias não são boas: Zeca não está sentindo as pernas. O médico, então, revela que o rapaz sofreu uma fratura irreversível na cervical e não poderá mais andar.

Fervorosa, a beata pede à santa que faça com que Maria Rita se torne freira . “Inté uma desgraça, se fô preciso, eu admito que aconteça! Eu só num quero que ela se desvie do caminho dela! Nem quero vê ela atentada por esse demônio!”, reza Mariana.

Maria Rita e Antero a princípio se preocupam com ela, pensando ser algum problema de saúde.
Quando ela acorda, começa a “delirar”, dizendo: “O príncipe das treva! O demônio...  Tava levâno nossa minina prás profundeza do inferno!”. Já é o suficiente para a filha e o marido desconfiarem da encenação...

Ela encontra apenas Ricardo, já que Otávio viajou para comprar os equipamentos para o novo negócio, e declara, tímida: “Eu sei que isso não lhe interessa, mas... Eu nunca acreditei que você e seu amigo fossem malandros... De verdade! “

Mordidos de ciúmes
O rapaz desconfia um pouco, mas acaba cedendo e os dois selam a amizade com um beijo no rosto. Quem não gosta nada da cena é Geraldo, que fica morrendo de ciúmes da amada: “Se ele relá um dedo nela, eu acabo cum a vida dele! Ara, se acabo!”. Aninha e suas amigas também ficam espantadas com o que veem.

Ao ver o fazendeiro passando na rua, Maria Rosa começa a bufar, crente que Geraldo vai chamá-la para sair pela milésima vez. Só que, para surpresa da jovem, ele simplesmente passa por ela e apenas lhe dá bom dia.

Maria Rosa fica indignada com a atitude do fazendeiro, para felicidade de Aurora, que torce pelo casório dos dois. Afinal, se a jovem ficou tão encafifada, algum interesse ela deve ter em Geraldo, não é?

Com o que restou de esperança, eles ainda tentam apoio dos comerciantes, que também botam os forasteiros para correr.  Cabisbaixos, os dois resolvem ir embora, mas não imaginavam que Aninha poderia ajudá-los. A jovem acredita nas boas intenções de Otávio e Ricardo e resolve pedir ao Padre Bento que empreste o alto-falante da igreja para os rapazes. Assim eles pode trabalhar, divulgando notícias e recebendo patrocínio do comércio local.

Novo sócio
Mas a coisa ainda fica melhor pro lado dos cariocas quando os dois conhecem Eleutério, pai de Zeca. Os rapazes não encontram o amigo peão na fazenda, mas acabam caindo nas graças de Eleutério, que se oferece para ser sócio deles em um serviço de alto-falante. Será que isso vai dar certo?

Sem imaginar que possa haver alguém do outro lado da estrada, os peões, montados em seus cavalos, saem de uma curva correndo, quando se deparam com a charrete das duas e quase batem. No susto, os olhos do filho do diabo e da santinha se cruzam por um instante, antes que ela tenha tempo de se cobrir com o véu. É amor à primeira vista.

Zeca fica perturbado com a visão de Maria Rita, enquanto o véu cai sobre o rosto dela. Mariana, porém, sempre atenta, se irrita com o acidente e manda a filha não olhar para trás.

Que mistério!
E não é que ele estava certo? Só que os métodos de Zeca para domar o animal acabam deixando todo mundo boquiaberto. Ele simplesmente chega perto do burro e fala algo em sua orelha, como se os dois fossem grandes amigos. O animal vai se acalmando e acaba por sossegar, para espanto da “peonada”. Não foi preciso montá-lo, nem mesmo prendê-lo com laço, como os peões costumam fazer.

“Eu também tava com saudade d’ocê, maninha!”, responde Zeca, para tristeza da jovem. O “peão doutor” nem imagina que sua irmã de criação é completamente apaixonada por ele.

Em seguida, Zeca apresenta Rosinha a Terêncio, seu amigo peão. O rapaz fica totalmente encantado pela beleza selvagem de Rosinha, mas ela só tem olhos para Zeca. E agora?

Ao perceber que seus argumentos estão sendo vencidos durante a discussão, assistida por várias pessoas da cidade, Vadinho resolve pegar pesado: “Todo mundo aqui sabe que ocê é capacho do prefeito, Geraldo! Do prefeito, e da fia dele! Tâmo cansado de vê ocê corrê atráis dela feito cachorrinho, e ela num lhe dá trela!”, exclama o dono da farmácia.

Prefeito se dá mal
Essas palavras despertam a ira do fazendeiro, que pula em cima de Vadinho, começando uma briga feia! Pra piorar, o prefeito aparece bem na hora da confusão e, ao tentar separar os dois, acaba levando um golpe. Quando percebem o que aconteceu, Vadinho e Geraldo saem de fininho, enquanto Padre Bento ajuda Norberto a se levantar. O prefeito fica uma fera, ainda mais quando percebe que ficou com um tremendo olho roxo. O que será que Norberto vai fazer com esses dois agora?

Sem paciência, Maria Rosa vai logo dando um fora no jovem fazendeiro:  “Eu já disse que não quero namorar com você, Geraldo! Nem com você, nem com ninguém! Dá pra você entender isso, e me deixar em paz?”, declara, deixando Geraldo arrasado.

Mas Aurora, mãe de Maria Rosa, faz a maior força para ver a filha casada com o fazendeiro. “Era juntá a fome com a vontade de comê! Ele ficava cuidando das fazenda, teu pai ficava cuidando da política!”, diz Aurora, para irritação de Maria Rosa, que vai embora bufando.

Sem a ajuda financeira do amigo peão, Otávio e Ricardo ficam na maior pindaíba, sem dinheiro até para comer. Os dois acabam vendendo o berrante, única lembrança que Zeca deixou, para Zuleika, uma bonitona que fica inconsolável ao saber que o peão foi embora.

Recém formados e sem emprego, os dois decidem ir atrás do amigo na pequena cidade de Paraíso, e tentar a vida por lá. “Em terra de cego, quem tem um olho é rei! Nós temos um diploma!”, anima-se Ricardo. Mas será que essa idéia vai dar certo?

Depois da morte de sua mãe no parto, ainda novo Zeca se muda com o pai para o Mato Grosso para reconstruir a vida. Criado na fazenda, cede aos desejos de Eleutério e vai para o Rio de Janeiro estudar e se forma em Agronomia e Direito. Os diplomas, no entanto, serviram apenas para lhe dar outro codinome, “peão doutor”. Assim que volta da cidade, o rapaz vai fazer o que realmente gosta: competir em rodeios, domando touros bravos e sair em comitiva levando gado pelos pastos do Brasil ao lado dos amigos Terêncio e Zé Camilo.

A menina cresceu com saúde, mas acabou sendo vítima das maluquices da mãe. Ainda pequena, era tachada de santa por Mariana, que afirmava que a filha falava latim e era capaz até de fazer milagres.

Não demorou para a população da região procurar pela santinha, em busca de salvação. Eram vendidos santinhos com a foto da menina, terços bentos, e Antero, contrário a tudo aquilo, cansou de avisar que um dia uma desgraça aconteceria. O fazendeiro não tinha forças para lutar contra todas as maluquices da esposa e, prevendo o pior, mudou com a família do sul da Bahia e para uma fazenda em Paraíso. Mal podia imaginar que a história o acompanharia...