-
... E sobre Harry Potter.
Harry
deixou cair a espada que ele segurava, e ela caiu no chão fazendo um barulho
enorme, o que fez Lúcio e Macnair olharem para ele. Lúcio fechou a cara.
-
Sim, Draco? Você tem algo mais a dizer?
Com
esforço, Harry forçou a si mesmo a falar:
-
O que que tem Harry Potter?
Lúcio
olhou para ele severamente.
-
Draco_ ele disse a Macnair – fala sobre o jovem Harry toda hora. Não é,
garoto?
Essa
informação não melhorou o estado de Harry.
-
E-eu tenho de jogar Quadribol com ele!_ gaguejou HHarry
-
Onde, se eu me lembro bem_ disse Lúcio – Ele te venceu todas as vezes!
Harry
não pôde conter um largo sorriso.
-
Sim, ele me venceu todas as vezes!_ Harry disse
Lúcio
e Macnair olharam fixamente para ele; finalmente, para o alívio de Harry, o pai
de Draco virou-se para seu amigo:
-
Você disse que tinha notícias para mim, Macnair!_ ele disse – Por favor, não
me diga que é outro plano idiota
de matar o garoto Potter.
Macnair
bateu o pé no chão.
-
É um ótimo plano dessa vez, Lúcio! _ Manair falou – É um plano realmente
astucioso e cheio de maldade!
-
Não me diga!_ rosnou Lúcio – Você disse a mesma coisa sobre o plano de
matar Harry enviando-lhe um presente de aniversário envenenado para a casa de
seus parentes, quando, eu devo lembrá-lo, ele é protegido pelo Feitiço
Familium de Dumbledore. Tudo o que aconteceu foi que seu primo, Duda, comeu o
chocolate e vomitou tudo na janela nos Death Eaters que foram buscar o corpo de
Harry. Também teve aquela vez que Nott tentou entrar em Hogwarts e capturar o
garoto, e foi decapitado pelo Salgueiro Lutador. E quando Zabini tentou enviar
ao garoto uma vassoura explosiva, Dumbledore a interceptou e enviou-a de volta
num pacote diferente. Tiveram que enterrar Zabini numa caixa de fósforos!_
gritou Lúcio, fazendo movimentos enfáticos com sua espada – Mais Death
Eaters foram mortos tentando executar planos idiotas para matar Harry Potter do
que por guerrreiros do Ministério da Magia!
Harry
ficou pasmo. Ele não tinha idéia. Pensando bem, ele pensou ter ouvido gritos
de horror no jardim da frente, aquela vez que Duda passou mal na janela, mas ele
pensou que fosse a vizinha barulhenta, a senhora Figg.
-
Por favor, Lúcio!_ ganiu Macnair – Escute-me!
Lúcio
cruzou seus braços sobre seu peito.
-
Você tem 5 minutos!
-
É verdade que o garoto está protegido enquanto está sob os cuidados da família_
disse Macnair apressadamente – E é verdade que ele está protegido em
Hogwarts. Nós já tentamos tira-lo do castelo, lembra aquela vez que lhe
enviamos aqueles ingressos para os Knicks? Mas Dumbledore nunca deixou-o ir!
-
E isso_ disse Lúcio – Nunca vai mudar!
-
Não!_ disse Macnair – Nós sabemos disso. E unca pensamos em raptar alguém
íntimo ao garoto, assim ele teria de deixar o castelo para resgata-lo, mas
quase todo mundo querido para o garoto está em Hogwarts. Ele detesta sua família
trouxa, e os Weasley estão protegidos por feitiços poderosos.
Lúcio
estava entediado.
-
Mas..._ disse Mcnair apressadamente – Isso mudou. Temos alguém, agora. Alguém
que o garoto fará qualquer coisa para proteger.
O
estômago de Harry apertou-se de pavor. Macnair estava sorrindo, o mesmo sorriso
desagradável que ele sorriu quando ele foi a Hogwarts para executar o hipogrifo
de estimação de Hagrid.
-
Sirius Black!_ ele disse
**
Draco
achou seu caminho da Ala Hospitalar de volta para a Torre da Grifinória.
-
Estrondo!_ ele disse vagarosamente à Mulher Gorda, e entrou na passagem.
Fora
de hábito, ele andou até a lareira e sentou-se perto de Hermione, que estava
muito bonita em vestes cor-de-rosa, e de Ron, que estava lendo um volume
assustadoramente grosso, chamado A arte das Guerras Trouxas.
-
O pai de Draco veio e levou-o de volta à Mansão Malfoy._ disse Draco
rispidamente
-
Levou-o aonde?_ Ron perguntou, baixando seu livro
-
À Mansão Malfoy. É onde eles moram.
-
Esplêndido! _ disse Ron, voltando à leitura – Com um pouco de sorte, eles
nunca mais o trarão de volta!
Draco
fez um som de como se ele estivesse engasgando-se. Hermioneolhou para ele
preocupada.
-
Harry,_ ela disse suavemente – Não é sua culpa, você só bateu nele porque
ele te bateu primeiro!
Draco
não respondeu. Sua mente estava cheia de imagens de seu pai olhando para ele.
Se Harry não fingisse ser Draco, se ele reassumisse sua aparência habitual, se
Lúcio Malfoy de algum jeito descobrisse que o garoto que ele trouxe para casa não
era o seu filho, mas sim o famoso inimigo de Lord Voldemort, ele mataria Harry.
Disso, Draco não tinha dúvidas. O que seu pai tinha falado que Voldemort tinha
dito?
Quem
quer que seja que trouxer para mim o corpo morto do garoto Harry Potter, estará
acima de todos os Death Eaters!
A
voz de Ron quebrou sua linha de pensamento.
-
Esse negócio de Guerra dos Trouxas é muito interessante!_ ele disse – Estou
pensando será que há alguma chance de o governo jogar uma... sei lá como se
chama... bomba nuclear na Mansão Malfoy?
Draco
se levantou.
-
Eu preciso subir!_ ele disse e subiu correndo as escadas para o dormitório dos
garotos.
Ele
ouviu passos atrás dele, virou-se e viu Hermione, cujos olhos estavam cheios de
alerta.
-
Harry!_ ela chamou – Harry, por favor, me espere!
Draco
parou e esperou Hermione aproximar-se.
-
Harry_ ela disse – Você está tão aborrecido... o que está te incomodando?
Não pode ser Malfoy.
Draco
só ficou olhando para ela. Todas as suas emoções pareciam se enrolar dentro
de seu estômago: a tensão de ser Harry Potter durante dois dias seguidos,
raiva choque, dor, e agora terror, terror da coisa horrível que podia estar
acontecendo a Harry a qualquer momento, nesse momento, o que seria pura e
completamente culpa de Draco quando acontecesse. Ele não sabia se queria gritar
com Hermione ou beijá-la de novo. Ambas as opções tinham seu encanto.
-
Eu estou muito cansado, Hermione!_ ele disse – Eu só quero dormir!
-
É por causa do que aconteceu hoje mais cedo?_ ela perguntou – Depois...
depois do balaço? Porque eu não queria ficar brava com você por ter me
beijado, Harry, na verdade...
Ela
deu um passo para perto de Draco, seus olhos cheios de carinho.
Carinho
por Harry.
Draco
falou asperamente:
-
Nem tudo é sobre você, Hermione!_ ele gritou a plenos pulmões – Nem TUDO é
sobre você, Hermione!
Ele
desceu as escadas, empurrou Hermione para abrir caminho, e saiu pela passagem do
quadro da Mulher Gorda.
**
Depois
da meção ao nome de Sirius, Harry sentiu seus joelhos ficarem fracos. Não
mostre emoção, ele dissea si mesmo, não mostre emoção!
-
Há muito tempo nós sabemos que ele é o padrinho do garoto._ disse Macnair –
O problema foi achá-lo. Nós seguimos sua pista, na verdade Rabicho seguiu sua
pista, e isso foi um plano engenhoso dele. Ele lembrou-se de uma caverna que ele
foi uma vez com Sirius quando criança, uma vez que ele visitou os Black. Ele
voltou ao lugar e pôs uma praga de ligamento em Black...
-
Entendi, Macnair!_ disse Lúcio – Onde eu entro nessa história?
Macnair
parecia desapontado.
-
Bem,_ ele disse hesitante –É realmente simples. Rabicho está trazendo Black
da Cornualha amanhã, e nós precisamos de um lugar que sirva de cativeiro para
ele, por uma noite ou duas, enquanto ele espera que o garoto venha. Nós não
podemos deixar a praga de ligamento nele, ou ele irá morrer, e você tem os
melhores calabouços que ninguém...
-
Oh, obrigado!_ disse Lúcio com um grande sarcasmo – Bem, isso é um plano estúpido
e muito óbvio, mas ainda é muito melhor do que qualquer outro de seus planos.
Eu vou prende-lo aqui. Eu não o vejo_ ele sorriu friamente – desde que estávamos
na escola juntos. Será como uma reunião.
Ele
e Macnair riram. Harry não riu. Ele sentiu-se como se fosse passar mal.
A
porta abriu e uma alta, loura e esbelta mulher entrou. Ela não estava vestindo
vestes, mas sim um longo vestido preto com uma abertura do lado. Harry a
reconheceu imediatamente: ela era a mãe de Draco.
-
Narcissa!_ disse Lúcio – Alguma coisa errada?
A
mulher sorriu. Ela ficava muito bonita enquanto sorria. Harry lembrou dela da
Copa Mundial de Quadribole pensado que devia ser dela que Draco herdou sua pálida
e bela aparência.
-
Eu queria pegar Draco emprestado!_ ela disse calmamente – Eu não o vejo desde
que você o trouxe para casa, Lúcio.
Lúcio
Malfoy fez um movimento com sua mão.
-
Claro, pode levá-lo!_ ele disse
Harry
olhou para o pai de Draco. Ele queria desesperadamente ficar e escutar mais
sobre Sirius.
-
Mas eu..._ Harry começou
-
Draco..._ a voz de Lúcio Malfoy parecia gelo – Vá com sua mãe.
Hesitante,
Harry seguiu Narcissa Malfoy para fora do aposento, onde ele esperava que ela
fosse tentar abraçá-lo ou beijá-lo ou pelo menos cumprimentá-lo de alguma
forma. Mas ela nem abraçou-o, nem beijou-o e nem cumprimentou-o de alguma
forma. Ela mal virou-se e começou a andar pelo corredor. Harry correu atrás
dela, mantendo seus olhos bem abertos. Ele pensou que seria uma boa idéia
decorar cada de talhe da Mansão Malfoy.
Narcissa
parou num corredor cheio de retratos que mais pareciam um bando de bonecas
vestidas com diferentes roupas coloridas. De repente, Harry deu-se conta de que
essas fotos eram de Draco quando bebê e garotinho. Ele parou, achando engraçado.
-
Oh!_ disse Narcissa sorrindo – Suas fotos quando bebê. Elas são lindas, não
são?
Harry
olhou do retrato no qual Draco tinha cerca de três anos, e estava vestindo
shorts cor-de-rosa e um gorro escocês, para outra, onde ele tinha cerca de
cinco anos e estava todo vestido em insígnias reais da família Malfoy,
incluindo uma capa preta e longas mechas louras encaracoladas que eram muito
afeminadas. O Draco do retrato ficava tentando puxar o colarinho de suas vestes
enfeitadas.
-
Sim!_ disse Harry – Elas são lindas, sim.
Narcissa
conduziu Harry até uma grande sala de jantar, passando por inúmeros
corredores, e fez um gesto para que ele se sentasse enquanto ela buscava comida
para ele.
Harry
sentou-se na enorme mesa de jantar sentindo-se muito pequeno. A mesa parecia
esticar-se por quilômetros, e vazia, exceto por um grande candelabro de prata,
que segurava sete velas verdes esculpidos na forma de lagartos. Haviam mais
quadros horrorosos da família Malfoy na parede. Um característico bruxo mal
olhava para Harry de seu quadro, fazendo um gesto ameaçador passando seu dedo
pela garganta. Em outra parede, uma tapeçaria com o brasão da família Malfoy,
que mostrava uma grande cobra verde se enroscando na letra M, enquanto no
primeiro plano da figura de um homem encapuzado ria de modo abafado atrás de
outro homem e o apunhalava nas costas. A frase em Latim “DE GUSTIBUS NON
DISPUTANDEM” (o sabor não tem preço) estava em volta dos pés do homem que
atacou. Harry não tinha idéia do que isso significava. Hermione devia saber,
mas pensar em Hermione era muito doloroso.
Narcissa
voltou à sala de jantar segurando uma bandeja de prata, onde havia um bule de
chá, uma xícara, um jarro de leite, e um prato de biscoitos.
-
Aqui está!_ ela disse colocando a bandeja na mesa
Ela
sentou-se no lado oposto ao de Harry e o assistiu comer.
-
Madame Pomfrey falou que você deve comer coisas leves por um dia mais ou
menos._ ela disse, assistindo-o pôr biscoitos na boca
-
Então, mãe_ disse Harry querendo quebrar o silêncio embaraçoso – O que você
anda fazendo?
-
Eu tenho bordado um cobertor para você levar para a escola._ ela disse
ansiosamente – Tem o lema da família em dourado, seu pai quem sugeriu. Ele
disse que já era hora que você aprendesse isso de coração. Você quer vê-lo?
Harrynão
queria vê-lo, mas:
-
Claro!_ ele disse
Ela
saiu do aposento, e quase imediatamente voltou, carregando o que parecia um
grande pedaço de veludo verde. Ela entregou-o a ele, e ele viu que haviam
palavras bordadas em dourado na frente, que diziam:
A
PUNIÇÃO LEVA AO MEDO. O MEDO LEVA À OBEDIÊNCIA. OBEDIÊNCIA LEVA À
LIBERDADE. PORTANTO, PUNIÇÃO É
LIBERDADE.
Nesse
momento, ficou claro para Harry porque Draco tinha aquela personalidade medonha.
-
Uau._ disse Harry num tom de voz desanimado – É muito bonito, mãe. Eu aposto
que todos os outros garotos vão querer ter um cobertor com um lema tão horrível
quanto esse.
Por
um momento, Harry achou que havia ido longe demais, mas Narcissa simplesmente
sorriu pálida para ele, e Harry desviou o olhar. Foi uma pena que ele fez isso,
porque se ele tivesse olhado de volta para a mãe de Draco, perceberia que seus
olhos estavam cheios de lágrimas.
A
porta no final da sala abriu com uma pancada e Lúcio Malfoy e Macnair entraram
a largos passos.
-
Narcissa!_ disse Lúcio asperamente – Traga uma xícara de chá para Macnair,
sim?
Narcissa
obedeceu à ordem de seu marido, enquanto Macnair sentou-se na cadeira em que
ela havia sentado-se.
-
Então, Draco,_ ele disse num tom paterno – Eu me lembro quando eu era um
sonserino em Hogwarts e nos divetíamos muito. Aposto que você está sempre
provocando tumulto, não é?
-
Bem..._ disse Harry – Você sabe, nós estamos sempre ocupados tendo encontros
de jovens Death Eaters, e nós passamos muito tempo fazendo muitos outros alunos
se sentirem mal sobre suas más condições financeiras e ruins posições
sociais. Às vezes nós ficamos acordados surante toda a noite e tentamos fazer
com que demônios atendam a nossos pedidos repugnantes, mas na maioria das
vezes, nós somente pedimos pizza e
arrancamos as asas de umas moscas.
Harry
estava quase certo de que havia delirado, mas Macnair não parecia se importar.
-
É um ótimo garoto que você tem aqui, Lúcio!_ ele disse, virando-se para o
pai de Draco – Você deve estar orgulhos dele.
-
Ele não era um bebê promissor._ disse Lúcio sem um traço de emoção –
Fraco e enfermiço. Eu disse à minha mulher, que nos bons e velhos tempos dos
Malfoy, uma criança como essa seria jogada num penhasco para morrer, mas ela
insistiria em ficar com ele...
Macnair
riu, mas Harry tinha quase certeza de que Lúcio Malfoy não estava brincando.
Narcissa
chegou com a bandeja. Macnair chegou perto dela e disse:
-
Desculpe, Narcissa, eu vou ter que tomar isso no caminho. Preciso ir! Negócios!
Macnair
pegou a xícara da bandeja e piscou para o pai de Draco.
-
Te vejo amanhã, Lúcio!_ ele disse, e desaparatou
**
Draco
sentou-se na biblioteca escura, com as mãos no rosto. Seus cotovelos estavam
apoiados numa cópia aberta de Poções Muy Potentes, o que parecia irônico
para ele, já que era por culpa de Poção Polissuco, em primeiro lugar, que ele
estava nessa confusão.
Sua
mente correu pelas opções, mas nenhuma delas parecia viável. Ele poida enviar
uma coruja para seu pai, explicando o que havia acontecido, e no caso, Lúcio
Malfoy ia descobrir que o garoto que estava em sua casa era Harry Potter, e iria
matá-lo. Ele podia tentar desfazer o feitiço, mas isso transformaria Harry de
volta em Harry, e Lúcio iria ver quem Harry era e iria matá-lo desse jeito
também. Ele mesmo podia ir à Mansão Malfoy e tentar resgatar Harry, o que
seria um ato corajoso e espetacular de várias formas, mas se seu pai o visse,
ele ia pensar que Draco era Harry, e ele acabaria assassinado por seu próprio
pai.
Não
ocorreu a Draco ir a Dumbledore resolver esse problema. Ele ainda era um Malfoy.
A
porta da biblioteca abriu-se e uma garota entrou segurando uma varinha.
-
Lumos_ ela disse
E
o aposento repentinamente encheu-se de luz. Draco olhou para cima, piscando.
Era
Cho Chang.
-
Eu pensei que tinha me livrado de você no campo de Quadribol!
Longe
de parecer ofendida, Cho sorriu.
-
Isso foi antes de eu perceber que você só estava se fazendo de difícil!_ ela
disse
-
Então você veio aqui para ouvir mais insultos, não é?_ disse Draco –
Mulheres!
-
Eu estava me sentindo culpada!_ disse Cho – Pelo modo que eu te tratei. Dizer
para você que você era muito novo para sair comigo e que seu cabelo era muito
desarrumado, bem, isso não foi muito legal da minha parte.
-
Está certo, você foi uma garota má._ Draco concordou – Talvez você devesse
sair sozinha e pensar sobre o que você fez de errado. Demore o quanto quiser!
Cho
aproximou-se e sentou-se do outro lado da mesa, encostando o topo de sua varinha
suavemente pelo braço dele.
-
Eu sei que você não queria dizer isso, Harry!_ ela disse – Você só está
ferido, e eu respeito isso.
Draco
jogou suas mãso com desgosto.
-
Olhe para você!_ ele disse – Eu aposto com você que Harry está correndo atrás
de você há anos, carregando seus livros, te mandando flores, e tudo o que você
fez foi ignorá-lo. Agora ele é um absoluto patife para você e de repente você
não o deixa em paz!
Cho
olhou para ele.
-
Você notou que você está falando de si mesmo na terceira pessoa?_ ela
perguntou
-
Hã..._ disse Draco
-
Com licensa..._ uma voz disse. Draco olhou para cima. Havia mais alguém na
biblioteca com eles. – Eu espero não estar atrapalhando, mas...
Era
Hermione.
-
Você está atrapalhando!_ disse Cho – Agora vá embora!
-
Não!_ disse Draco – Você não está atrapalhando nada._ ele se levantou com
tanta urgência que ele deixou uma pilha de livros cair no chão
Cho
olhou dele para Hermione, e depois para ele de novo. Então ela gritou de raiva:
-
Então é ela!_ Cho berrou – É por isso que você está me ignorando! Eu não
acredito que você me trocou por essa... essa trouxa dentuça!
-
Eu não sou dentuça!_ disse Hermione, que tinha dentes totalmente normais desde
seu quarto ano em Hogwarts, rispidamente
-
E ela não é uma trouxa!_ gritou Draco – E eu não te troquei. Nós nunca nem
ficamos!
Cho
olhou para ele.
-
é por causa daquele negócio de que como você é o fabuloso Harry Potter, não
tem tempo para mim?_ ela perguntou asperamente
-
Não!_ disse Draco – É só porque você é realmente muito chata!
Cho
pegou sua varinha e saiu correndo da biblioteca, batendo a porta com força atrás
dela.
Draco
virou-se nervosamente para Hermione.
-
Ela só gosta muito de mim!_ ele disse balançando os ombros – Eu não posso
explicar isso.
Ao
invés de responder, Hermione aproximou-se dele, cruzou seus braços e olhou
para ele.
Draco
nunca foi olhado daquela forma antes. Era como se ela pudesse ver através de
sua cabeça para atrás de seu crânio.
-
Hermione, não!_ ele gemeu antes que pudesse se impedir – Olha, sinto muito
pelo que eu disse antes.
-
Você não _ Hermione começou
Draco
a interrompeu:
-
Eu já disse que sinto muito, o que mais...
-
Não!_ disse Hermione asperamente, fazendo um gesto impaciente com as mãos –
Eu não quis dizer que você não sente muito. Eu quis dizer que você não é...
que você não é ele!
-
Que eu não sou o quê?
-
Não é Harry._ disse Hermione – Você não é Harry Potter!
Draco
olhou para ela. Ele de repente sentiu-se muito cansado.
-
Claro que eu não sou ele._ ele disse – Eu sou Draco Malfoy!
**
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