B.2. Igreja de Nossa Senhora do Carmo, Mariana, Minas Gerais (20 de janeiro de 1999)

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Jornal “O Estado de S. Paulo”, Quinta-feira, 21 de janeiro de 1999

Fogo destrói igreja em Minas

EVALDO MAGALHÃES

BELO HORIZONTE – Um incêndio destruiu ontem a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, localizada na praça central de Mariana, a cerca de 110 quilômetros de Belo Horizonte. A igreja, construída em 1784 e tombada pelo Patrimônio Histórico, estava sendo restaurada desde o ano passado, sob patrocínio da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD).

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o fogo começou por volta das 16 horas. A hipótese mais provável é de houve um curto-circuito.

O fogo espalhou-se rapidamente em razão da grande quantidade de produtos químicos usados para a recuperação de pinturas e peças sacras. Embora a igreja estivesse aberta à visitação pública, não houve feridos.

Até a noite, os bombeiros faziam o trabalho de resfriamento das paredes. O fogo destruiu totalmente o corpo da nave central, o telhado e as duas torres da igreja. Um levantamento completo do patrimônio atingido só deve ser divulgado hoje. Havia a informação de que a maior perda foi uma pintura do século 18, atribuída ao mestre Manoel da Costa Athaíde. O governador Itamar Franco divulgou nota oficial lamentando o ‘‘trágico acidente’’ e destacando a importância da “defesa do patrimônio cultural”.

Fonte: http://www.estado.com.br//edicao/pano/99/01/20/cid540.html

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Jornal “O Estado de S. Paulo”, Sexta-feira, 22 de janeiro de 1999

Mata-cupim pode ter causado incêndio

EVALDO MAGALHÃES

BELO HORIZONTE – Peritos da Polícia Civil de Minas adiantaram, ontem, que a causa mais provável para o incêndio que destruiu, na tarde de quarta-feira [20 de janeiro de 1999], a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, na cidade histórica de Mariana, foi o estouro de uma lâmpada, no interior do prédio.

As chamas teriam se espalhado rapidamente, por causa de um produto altamente inflamável, à base de querosene, para matar cupins. O laudo oficial sobre o incêndio deve ser divulgado em 30 dias.

Construída durante mais de 40 anos, e inaugurada em 1784, a Igreja do Carmo é tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional e vinha sendo restaurada desde 1994, sob patrocínio da Companhia Vale do Rio Doce. O fogo, que começou por volta das 16 horas, destruiu todo o teto da nave central da igreja, onde havia uma pintura atribuída a Manoel da Costa Athaíde.




Igreja de Nossa Senhora do Carmo: nave
destruída e peças sacras salvas.
[Foto de] Paulo Filgueiras/ Estado de Minas


Moradores conseguiram arrombar a porta do prédio e retirar dezenas de peças sacras, antes que fossem queimadas. Ontem, funcionários da paróquia iniciaram a catalogação das peças, para saber o que foi perdido.

Segundo testemunhas, a demora na chegada de guarnições do Corpo de Bombeiros à cidade histórica de Mariana, onde não há um destacamento da corporação o mais próximo fica em Ouro Preto, a 20 quilômetros - foi responsável pela extensão do incêndio. “Eles levaram pelo menos uma hora para chegar aqui”, disse Geraldo Magela, diretor da Associação dos Guias Turistícos de Mariana.

A investigação sobre o acidente sera feita por policiais federais, já que a igreja é patrimônio nacional. Os responsáveis pela restauração devem ser os primeiros a prestar depoimento. Na semana que vem, inicia-se uma campanha para reconstruir a igreja.




Moradores de Mariana vão iniciar campanha
para reconstruir igreja. [Foto de] Paulo
Filgueiras/Estado de Minas

Fonte: Jornal “O Estado de S. Paulo”, sexta-feira, 22 jan. 1999, Cidades:C3

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1999. CINZAS da História. Incêndio consome parte da Igreja do carmo, em Mariana, que havia sido restaurada. Veja 32(4):112.

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Sobre o incêndio da igreja de Nossa Senhora do Carmo:

BRITO, Maria da Conceição Fernandes, 1999. A Igreja de Nossa Senhora do Carmo. Disponível na Internet: http://coremans.eba.ufmg.br/emergencias/incendio1.htm


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Sobre conservação preventiva e qualidade em conservação na prevenção de catástrofes em edificações históricas protegidas:

INCÊNDIO na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, Mariana, Minas Gerais, Brasil. Data: 20 de janeiro de 1999, quarta-feira. O incêndio consumiu grande parte de uma relíquia de mais de dois séculos. Disponível na Internet: http://coremans.eba.ufmg.br/emergencias/default.html


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Sobre a relação entre querosene e o risco de incêndio em edificações históricas:

PAIVA, Celso Lago, 1998. Cupins e o patrimônio histórico edificado [Termites and the historic buildings]. P. 133-162 in:
    FONTES, Luiz R. e BERTI FILHO, Evôneo, Editores, 1998. Cupins - o desafio do conhecimento [Termites: the challenge of learning of them]. Piracicaba, FEALQ, 512 p., il.

Nota sobre o livro em: http://www.oocities.org/RainForest/9468/livro.htm


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Sobre cupins em edificações históricas:

PAIVA, Celso Lago, 1999. Características gerais de edificações coloniais e imperiais com relação ao ataque por cupins. Disponível na Internet:
http://www.oocities.org/lagopaiva/cuppatri.htm. 4 abr. 1999.

Publicado originalmente em:
PAIVA, Celso Lago, 1998. Cupins e o patrimônio histórico edificado.
P. 133-162 in:
FONTES, Luiz R. e BERTI FILHO, Evôneo, Editores. Cupins - o desafio do conhecimento. Piracicaba, FEALQ, 512 p., il.


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Bens tombados destruídos no Brasil.
    B. Bens tombados incendiados.
        B.2. Igreja de Nossa Senhora do Carmo, Mariana
                (a igreja, seu tombamento e bibliografia).

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Referência bibliográfica desta página

PAIVA, Celso Lago, 2000. Bens tombados destruídos no Brasil. B. Bens tombados incendiados. 2. Igreja de Nossa Senhora do Carmo, Mariana, Minas Gerais (20 de janeiro de 1999). Disponível na Internet: http://www.oocities.org/lagopaiva/tochahis.htm. 11 abr. 1999 (publicação).


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