Entre os ofícios de uma vida, os mais simples podem ter servido para conferir maior dignidade aos mais destacados

 

Quem é o autor

 

 

Nome: José Edival Moraes, editor e responsável.

Filiação: João Moraes da Silva e Ester Aragão Moraes.

Data e local de nascimento: 15.05.1936 (data real), em Santa Cruz do Capibaribe/PE; a data legal, pelo registro, é 01.08.1936.

Profissão: Economista, auditor fiscal aposentado.

 

Atividades:   

 

      Começou a trabalhar aos 12 anos,  tendo exercido, no período 1948-1991, estes ofícios:

 

  • Lambe-sola.em Santa Cruz do Capibaribe

  • Fabricante de cobertas, por onde começou a sulanca.

  • Cabo do Exército Brasileiro.

  • Soldado raso da Polícia Militar de Pernambuco.  

  •  Cambista  e gerente de banca do jogo do bicho.

  • Orador e atleta-reserva (amador) do Ypiranga.

  •  Vendedor de rendas do Ceará;

  •  Camelô por dois dias na rua Direita (centro do Recife) 

  • Colaborador do jornal "A Defesa", de Caruaru/PE

  •  Correspondente do Diário de Pernambuco.

  • Colaborador  do Jornal do Commercio (Recife)  

nota: nesse tempo, tanto o DIÁRIO DE PERNAMBUCO como o JORNAL DO COMMERCIO destinavam uma página inteira só a notícias do interior.

 

Economista - CORECON/PE .

Lambe-sola - Fabricante de alpercata de couro pouco beneficiado, feita de modo artesanal. Cada operário ganhava por sua produção final. Os lambe-sola formaram na cidade (nas décadas de 40/50, no início do ciclo da sulanca), destacada atividade econômica, com suas numerosas "tendas" (oficinas) espalhadas pelo lugar. Foi uma das opções que os santa-cruzenses buscaram para sobreviver fora da incerteza das lides agrárias. Memória: já nesse ciclo, nos anos 40, antes do início da sulanca, os lambe-sola, em seus serões, madrugavam, pegando o sol com a mão e, ao sair, viam passar em frente a sua tenda passantes que iam à igreja. Encontros, pois, de penitentes. Uns iam à penitência, outros voltavam dela. Os serões eram feitos para concluir a produção destinada à feira do dia seguinte no lugar ou noutro local. Na fase da sulanca, o santa-cruzense já estava, assim, habituado às madrugadas no trabalho como rotina.

Ginásio Municipal  - Em instalação na época. Fundado em 1956 pelo então prefeito, Raimundo Aragão, funcionava no sobradinho da  av. Pe. Zuzinha, antiga rua Grande. Seu primeiro Diretor foi o Pe. José Aragão. Hoje é o Colégio Cenecista Pe. José Aragão, na av. 29 de Dezembro. Para ver foto do Ginásio Municipal, clique no botão abaixo:

 

 

Ypiranga - clube de futebol de Santa Cruz do Capibaribe, que agora volta à primeira divisão do futebol do futebol pernambucano.

 

Vendedor de rendas do Ceará - Comércio ambulante. A mercadoria (confecções femininas, roupa de cama e mesa) vinha de Fortaleza. Era oferecida em várias cidades e, em geral, no porta à porta: alguém contratado levava na cabeça a mala onde se achava o produto. Assim era a andança pelas ruas do lugar. Difícil mesmo era abrir a mala: as freguesas, em regra, não queriam ver  a coisa. Daí a dificuldade de abrir a mala. Mas quando abria esta, a informação se difundia e as vendas ocorriam. Era só ter cuidado para evitar subtrações. O dinheiro, então, entrava e com ele a alegria. O negócio tinha, pois, sabor de aventura. Se vendia, tudo era favorável. Até namoradinha podia haver á noite na praça ou no cinema. Mas se a mala não era aberta nem no hotel, tudo era só despesa e decepção. Ficava-se triste, pagavam-se logo as contas e saía-se para outra a fim de tentar apurar algo e não alisar de vez.

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Explicação do autor

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Revista em 01/08/2004