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TVE, novas possibilidades
Quando a TVE deixou de ser uma Fundação e passou a ser uma Organização Social, uma Televisão Pública, a mudança foi enorme, fundamental, visceral, e a sociedade não tomou conhecimento disso. Uma Rede de televisões abertas deixar de ser apenas educativa e tornar-se pública, implica em ética, em cidadania, em outros compromissos, muito mais abrangentes. Acontece, entretanto, um fenômeno curioso: a maioria das TVs pública no mundo inteira passa por dificuldades financeiras, têm problemas em veicular comerciais, causados por um pseudopuritanismo que, na minha opinião, é fomentado pelas televisões comerciais. Na verdade, o importante é que a TVE Brasil é hoje uma televisão aberta, pública, com missões, compromissos éticos que não podem e não serão relegados. É uma televisão que abre espaço na sociedade para colocar-se com seus verdadeiros objetivos que são a prestação de serviço, a informação imparcial, a transmissão da cultura, o incentivo ao debate e, portanto, a democracia. A esses objetivos, soma-se de dois anos para cá um grande investimento na informática, a extensão de sua programação de tv através da Internet. O que o tempo real de uma televisão não permite em maior exposição sobre os temas propostos, bem como a interatividade plena, a TVE está viabilizando através de suas home pages na Internet. Aos poucos, a TVE está implantando sites que permitem ao telespectador e ao internauta, acessarem um maior número de informações e interagirem 24 h. por dia nos assuntos propostos nos programas, permitindo a participação total, absoluta da sociedade que pode assim, exercer sua cidadania plenamente e terminando, definitivamente com o expectador passivo. A TVE é pioneira absoluta nesse uso e fusão das tecnologias. Cabe a agora ao empresariado, às agências de publicidade e a sociedade de uma maneira geral apoiar o meio de comunicação, a mídia que sempre buscou e que, sem dúvida, permitirá sua maior inserção na formação da cultura brasileira.
Geraldo Iglesias |
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