O FORRÓ E ROBERTINHA

A matéria da Revista de Domingo do Jornal do Brasil sobre os sanfoneiros e  Robertinha de Recife, dá bem a dimensão da importância do Forró em nosso cancioneiro e no processo de idas e vindas da nossa farta cultura popular.
A modernidade, a capacidade que o povo, em especial a juventude, tem hoje de reencontrar sua literatura, sua música, de qualquer tempo, de qualquer região dá a medida do avanço cultural e sociológico atual.
Vejo numa enciclopédia, no verbete FORRÓ: “Festança, baile bem animado, baile para todos...”. Ora, a percepção popular e, repito, da juventude independente de sua classe social, ao assimilar esse movimento, trazer do nordeste para o sul, do terreiro para os condomínios a cultura da sua terra, miscigenando-a com outras vertentes da música, tornando-a (ou percebendo-a) tão linda e perfeita quanto qualquer outra faz repensarmos nossa origem, nosso povo, nosso infinito talento.
Perceber que o forró não é uma coisa “de lá” mostra a maturidade da sociedade. Luiz Gonzaga mostrou isso durante anos. Dominguinhos deu continuidade a esse trabalho. Gil o reverencia. Robertinho do Recife nos “deu” Robertinha de Recife, “sanfoneira”, “forrozeira” inigualável, exemplo do que é a juventude mostrando nossa cultura. E não está só: tem o ParaTodos, o Fooróçacana e tantos outros. Dançar é preciso...

Geraldo Iglesias

Principal