![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
A PRAÇA GLOBAL Muito se discute sobre a mídia, suas formas e poderes. Não menos tratamos das novas formas, dos novos meios e o que tudo isso implica. Volta-se à Internet vez ou outra, mas a televisão ainda é, incontestavelmente, a grande estrela, aquela que detém todo o poder, a quem ninguém quer desagradar. O debate segue vários caminhos e nesse momento pergunta-se quem é mais veloz, quem informa mais e melhor: a televisão ou a internet. Num primeiro momento percebe-se que a televisão atinge mais pessoas por vários fatores (principalmente por existirem muito mais aparelhos de televisão do que computadores), mas a questão não é tão simples. O que acontece aqui, é transmitido ao vivo para tantas cidades e numa ou em algumas delas esse material è “pescado” e retransmitido, ao vivo, para o mundo. A vira o show da imagem, o show da informação “verdadeira porque AO VIVO”. A televisão está na sala, no quarto, na cozinha, no automóvel. Chegou ao máximo de possibilidades tecnologias e número de pessoas assistindo. A internet tem características completamente diferentes. Ela pode ser mais rápida já que é sempre “ao vivo” e sempre global, mundial. Alie-se a isso que ela não só revela a notícia como permite que cada habitante do planeta vá acrescentando, questionando, avaliando, explicando. Junto às ações dos homens, a Internet permite que uma informação seja automaticamente ligada as infindáveis bancos de dados, de validação, de avaliação, estatística, suportes complementares como enciclopédias, artigos teses... A informação na internet é infinitamente mais fundamentada, discutida, permite uma participação democrática infinitamente maior do que a da televisão ou qualquer outro meio. Por que não é a Internet então a mídia maior? Pelo seu pouco tempo de vida, pelo número reduzido de aparelhos e, fundamentalmente, pela falta de banda para tráfego de imagens. Esse é o diferencial. Uma informação disponibilizada neste momento na web permite que se criem salas e mais salas, milhões de ambientes virtuais de discussão, com milhões de pessoas tratando do assunto, acessando bancos de dados, pesquisando, agregando mais opiniões, visões diferenciadas, etc. Trata-se de um veículo absolutamente democrático, como uma praça pública global, onde todos ouviram a informação e estão a discuti-la, especulando, trazendo novas versões, verificando o que pode ser falso, etc. Não se trata, portanto, de sonho nem de futurismo pensar que a internet é o maior e melhor meio de comunicação em sentido amplo, não só para notícias, como educacional, cultural e de entretenimento. Estamos a apenas alguns poucos anos dessa realidade. Falta baratear os equipamentos para permitir acesso a todos e caberá o mundo em banda larga (lembrando que essa interligação já está mais adiantada do que aparenta (temos a rede telefônica, as redes de televisões à cabo, fora os sistemas por ar, via satélite). Assim, parece-me tolice desacreditar dos benefícios midiáticos da web. Deveríamos talvez discutir menos e trabalhar mais. Afinal, cada um de nós é responsável por esse futuro de “mega-informação centralizada” ou “descentralização, interatividade e construção democrática do mega-conhecimento”. Geraldo Iglesias Março 2001 |
||||||||
Principal | ||||||||
![]() |
||||||||
![]() |
||||||||