Modas e cantares regionais |
Ilha de São Jorge
Apesar das semelhanças melódicas
existentes com as demais ilhas, as cantigas da ilha de São
Jorge são inconfundíveis sendo as suas modas e bailhos,
geralmente de ritmo tranquilo, tendente para vagaroso.
Elas distinguem-se por leves e muito subtis diferenças rítmicas,
pelo esquena coreográfico e, até, pela maneira de as
bailar.
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Ladrão
Ó senhor ladrão,
Anda ligeirinho;
Não queiras ficar
Na roda sozinho,
Na roda sozinho
Não hei-de eu ficar;
Uma bela dama
Eu hei-de abraçar.
O ladrão do velho
Era da Calheta;
Namorava as moças
Da Ribeira Seca
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Ó ladrão,
ladrão
Ó ladrão maldito;
Tu falas e negas
Tudo o que tens dito
O ladrão do velho
Toda noite grita;
Que a filha mais velha
Matou a cabrita
O ladrão do velho
Já não tem, não tem;
Aqui nesta terra
Quem lhe queira bem.

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Manjericão
(a moda do Manjericão era
imprescindível onde quer que houvesse bailho. A sua
melodia varia de ilha para ilha e, no caso de São Jorge,
de freguesia para freguesia).
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1. Rua abaixo, rua acima
Não sei quantas ruas são;
Uma de cravos e de rosas
Outra de manjericão
2. O manjericão da serra
É comprido não faz moita
Também vós menina,
Sois uma e pareceis outra |
3. O manjericão é sono
Quem tem sono vai dormir;
Eu tenho sono e não durmo
Para bem te assistir
Saudade
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Saudade
(O ilhéu, marcado pelo
isolamento do mar, sente como nenhum outro a saudade.
Saudade do que passou, saudade dos que partiram, saudade
dos que ficaram. Com o nome SAUDADE, cantam-se por todos
os Açores diversas modas populares, que têm em comum,
apenas, serem tristes e de modalidade menor, variando
bastante na sua estrutura rítmica).
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Perguntaste o que é
saudade
Pois então vou te dizer;
Saudade é tudo o que fica
Depois de tudo morrer
São tantas as saudades
Que nem as posso contar;
São tantas como as estrelas
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Como as areias do mar.
Tenho tantas saudades
Como folhas tem o trigo;
Não as conto a ninguém
Todas consumo comigo
Samacaio
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São Macaio
(A este também é dado o mome
de "São Macário". Segundo algumas opiniões
esse nome teria sido de um navio que navegava entre o
Brasil e as ilhas dos Açores, pelas referências que a
sua letra faz a esses lugares).
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Samacaio era um navio
No mar alto a navegar;
Ia dentro o meu amor
Com pena de me deixar.
Samacaio era velho
Era velho e marinheiro; |
Andava sempre perdido
Por causa do nevoeiro.
Samacaio deu a costa
Deu a costa na Fundura;
Quebrou-se-lhe o tabuado
Ficou só na pregadura |
Samacaio
Dança
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Samacaio, samacaio é um
navio
Samacaio, samacaio é um navio
É um navio que foi feito na Terceira
É na Terceira que foi feito na Terceira
Samacaio , samacaio é um navio
Samacaio, samacaio é um navio
É um navio que foi feito na Terceira
É um navio que foi feito na Terceira
Deu a costa, deu a costa e naufragou
Deu a costa, deu a costa e naufragou
Ai naufragou, numa praia brasileira
Ai naufragou, numa praia brasileira
Eu já vi, eu já vi o samacaio
Eu já vi, eu já vi o samacaio |
O samacaio no mar alto a
navegar
O samacaio no mar alto a navegar
Eu já vi, eu já vi o samacaio
Eu já vi, eu já vi o samacaio
O samacaio no mar alto a navegar
O samacaio no mar alto a navegar
Ia dentro, ia dentro o meu amor
Ia dentro, ia dentro o meu amor
O meu amor com pena de me deixar
De me deixar no mar alto a navegar
Ia dentro, ia dentro o meu amor
Ia dentro, ia dentro o meu amor
O meu amor com pena de me deixar
De me deixar no mar alto a navega |
Moda
da Ilha das Flores O rema
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Eu a remar para te ver (bis)
E tu a fugires de mim (bis)
De certo que mais te quero (bis)
Que tu me queres a mim (bis)
Ora que remas....
Barquinha nova que vai pro mar ?(bis)
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Eu navego e tu navegas (bis)
Ambos somos navegantes (bis)
Eu navego em mar de oiro (bis)
Tu em mar de diamantes (bis)
Ora que rema senhor piloto (bis)
Ai quem não rema não chega ao porto (bis)
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