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EBM – SP – 2002
Relatório

Abaixo está o organograma que norteou os três meses que antecederam a efetivação do EBM – SP. A partir dele traçamos um mapa da seqüência de ações que culminaram no evento que aconteceu de 14 a 17 de Novembro de 2002 no CEMUCAM – Centro Municipal de Campismo em Cotia, São Paulo.
Apesar de ser fora do município de São Paulo, o CEMUCAM é de responsabilidade da Secretaria Municipal do Meio Ambiente.
Fizemos este relatório com a crença de colaborar com outras iniciativas que porventura aconteçam: que elas aproveitem dos acertos e evitem as falhas que cometemos.
Esperamos que assim os encontros seguintes sejam melhores, seja na estrutura, seja no nível da programação.

OBS: Ao longo do relatório você verá algumas palavras com link: elas abrem imagens ou documentos relativos ao link.

OBS: Depois das primeiras reuniões, acrescentamos o item INFRESTRUTURA, que não consta no mapa acima.

LISTA DE DOCUMENTOS E PLANILHAS DO EBM

FOTOS

APOIADORES

DA DECISÃO DE REALIZAR O ENCONTRO

ANTES DE MAIS NADA...

1) ORGANIZAÇÃO

I) LOGÍSTICA
II) MATERIAL A SER PRODUZIDO
III) DEFINIÇÃO DOS CRONOGRAMAS
IV) ESTABELECIMENTO DE PRAZOS
V) RELAÇÃO COM ÓRGÃOS PÚBLICOS
VI) RELAÇÃO COM IMPRENSA

2) ATENDIMENTO AO PÚBLICO

I) RECEBER OS PARTICIPANTES E ORIENTÁ-LOS
II) CONTROLAR O FLUXO DA PROGRAMAÇÃO
III) ATENDIMENTO AOS ARTISTAS

3) TESOURARIA

I) CONTROLAR O FLUXO DE ENTRADA E SAÍDA DE DINHEIRO
II) CONTROLAR PRAZOS E VALORES

4) TÉCNICA

I) MONTAGENS EM FUNÇÃO DA PROGRAMAÇÃO

(a) APARELHOS
(b) SOM
(c) LUZ

II) VERIFICAÇÃO DAS INSTALAÇÕES DO PARQUE

(a) ELETRICIDADE
(b) ÁGUA

5) ALIMENTAÇÃO

I) COMUNICAÇÃO COM TERCEIROS – REFEIÇÕES E BAR
II) HORÁRIOS E QUANTIDADES

6) SEGURANÇA

I) SEGURANÇA DOS PARTICIPANTES
II) SEGURANÇA DOS EQUIPAMENTOS
III) SEGURANÇA DE TERCEIROS

7) INFRAESTRUTURA

I) LIMPEZA
II) BANHEIROS
III) ELETRICIDADE

(a) BARRACAS
(b) BAR
(c) ÁREAS DE TREINO

IV) ÁGUA POTÁVEL

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DA DECISÃO DE REALIZAR O ENCONTRO

Segunda quinzena de Agosto.
Com o cancelamento do evento de Florianópolis e a partir de mobilização proposta pelo Du Circo, reuniram-se a ele, Alexandre Roit e Emiliano Pedro para considerar a possibilidade de se realizar um encontro em São Paulo.
Avançar nessa empreitada dependia de encontrarem um lugar adequado para a realização. O CEMUCAM foi sugerido por Alexandre, que em 1995, ensaiou um espetáculo nas dependências do parque.
A administração do parque aprovou o projeto que foi entregue na primeira semana de Setembro.

A estrutura oferecida pelo parque foi:
Área de camping.
Exclusividade no uso dos pavilhões, com a estrutura hidráulica e elétrica disponível.
Nenhuma restrição de horários.

A contrapartida exigida:
Duas apresentações para crianças de escolas da rede pública em parques sob a jurisdição da Secretaria Municipal do Meio Ambiente.
O “cortejo” deveria ser feito numa região carente.

Essas apresentações foram realizadas no dia 10 de Outubro para comemorar o Dia da Criança. O Circodélico fez o espetáculo da manhã e o Du Circo fez a apresentação da tarde.

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ANTES DE MAIS NADA...

Tudo foi pago com o dinheiro arrecadado com as inscrições.

Todos que trabalharam – organizadores e equipe de apoio – assumiram o compromisso de trabalhar voluntariamente para que o evento acontecesse, se comprometendo inclusive a pagar suas próprias inscrições.

O acordo com os expositores de equipamento circense foi feito da seguinte maneira: todos deveriam comprar um anúncio no programa – ¼ de página foi vendido a R$100,00 – e contribuir com a premiação dos jogos da maneira que lhes fosse mais conveniente. Os expositores que faziam parte da organização também pagaram pelos seus anúncios.

Estimamos uma despesa de R$9.000,00, gastamos R$11.000,00 e arrecadamos R$14.000,00. Do valor gasto, R$2.500,00 que estão lançados no balanço final não faziam parte do orçamento: é a soma referente aos pagamentos do palco, banda, luz e equipe de apoio. Como chegamos ao final com sobras, achamos justo compensar um pouco o trabalho destas pessoas.

O restante da sobra – aproximadamente R$3.000,00 – continua numa poupança. A destinação para este dinheiro até agora, é pagar as despesas de manutenção do domínio malabares.org.

Esperávamos 150 participantes. Tivemos quase 250 pessoas acampadas, e contando com as diárias e ingressos avulsos para os eventos noturnos, mais de 600 pessoas passaram pelo EBM.

Os países representados além do Brasil: Argentina, Uruguai, Chile, Peru, Colômbia, Portugal, França, Bélgica, Itália, Alemanha e Suiça.

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1) ORGANIZAÇÃO

I) LOGÍSTICA
II) MATERIAL A SER PRODUZIDO
III) DEFINIÇÃO DOS CRONOGRAMAS
IV) ESTABELECIMENTO DE PRAZOS
V) RELAÇÃO COM ÓRGÃOS PÚBLICOS
VI) RELAÇÃO COM IMPRENSA

A partir de relações pessoais e através da Internet, começamos a divulgar a decisão de realizar o evento com dois objetivos: primeiro iniciar as mobilizações que determinariam a presença de gente de fora de São Paulo e segundo, mobilizar pessoas disponíveis para ajudar na organização propriamente dita.
No passo seguinte, estabelecemos as tardes de sábado como horário de reunião do EBM. Estas reuniões tiveram uma flutuação grande no número de participantes, mas em torno de oito pessoas mantiveram relativa assiduidade, alguns mais nas reuniões, outros mais no cumprimento das metas estabelecidas.
O organograma acima foi proposto logo nas primeiras reuniões: as pessoas então se responsabilizaram por concentrar as informações relativas a cada um dos pontos levantados, mas isso não impedia que outras pessoas colaborassem nesta ou naquela área.

Definição do Formato

O formato do evento – que compreendia programação, hospedagem, formas de alimentação etc – e os valores a serem cobrados foram definidos a partir das experiências dos organizadores em outras convenções: pesaram-se os pontos positivos e negativos e a relação custo benefício para cada um deles.
O que norteou as decisões foi a necessidade de termos o máximo de inscrições antecipadas possível para que tivéssemos dinheiro que permitisse dar início a pré-produção sem que ninguém precisasse por a mão no próprio bolso. Numa primeira estimativa, calculamos que seriam necessários 150 inscritos integrais para que pudéssemos concretizar o projeto.
Seguimos então o exemplo da convenção da Argentina e estabelecemos um prazo curto para as pré-inscrições. Oferecemos café da manhã apenas para os pré-inscritos que pagassem sua inscrição com antecedência, com o objetivo de nos certificarmos que teríamos a freqüência e a verba necessárias.

Material e Formas de Divulgação

Metas e Prazos

Um facilitador na divulgação de um evento com este caráter é o fato de o público alvo ser específico. Fizemos um primeiro texto com o máximo possível de informações. Os textos seguintes foram extraídos deste primeiro material em função da necessidade: ora foi enviado para órgãos públicos, ora para apoiadores, ora para um público leigo. Isto determinava uma certa variação no conteúdo, mas a essência era mantida.
Este mesmo princípio norteou as peças gráficas. O logotipo foi criado pelo Bruno, irmão do Júnior da JR Malabaris e aprovado por maioria de votos nas reuniões de sábado.
Mais objetivamente, entre textos e imagens, trabalhamos com o seguinte material:

1. Textos

I. Release para participantes
II. Release para o público
III. Rota de chegada ao local

2. Layouts

I. Flyer

1. Para impressão (P&B)
2. Para Internet (Cor)
3. Para Internet em Inglês (Cor)

II. Cartaz (P&B)
III. Mapa de acesso para impressão (P&B)
IV. Mapa de acesso para internet (P&B)

Antes do fim de setembro tínhamos a base tanto de textos como dos layouts.

Pela Internet

O Circodélico, e o JR Malabaris publicaram nos seus sites a maior parte deste conteúdo, além da ficha de pré-inscrição criada pelo Alexandre Jungermman. Além disso, cadastramos o evento nos portais internacionais juggling.org e jugglingdb.com. Também fizemos listas de endereços eletrônicos que julgamos interessantes, pesquisa feita na própria rede e nas revistas especializadas.
O melhor meio de divulgação entretanto foi realmente o JUGGLEBRASIL, que determinou a maior difusão do evento. Além disso, muitas dúvidas que surgiram nas mensagens enviadas pelos participantes do fórum, nos ajudaram a esclarecer os materiais que distribuíamos.

Grande Imprensa

Com as dúvidas esclarecidas, conseguimos sanar algumas confusões, o que fez com que o material enviado para a grande imprensa estivesse mais lapidado e esclarecedor.
Esta divulgação foi feita por duas frentes: através de contatos pessoais e através da assessoria de imprensa do Circodélico, um mês antes do evento.
A mídia espontânea impressa teve um bom resultado antes do evento, e a mídia espontânea televisiva nos deu um retorno durante.

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2) ATENDIMENTO AO PÚBLICO

I) RECEBER OS PARTICIPANTES E ORIENTÁ-LOS
II) CONTROLAR O FLUXO DA PROGRAMAÇÃO
III) ATENDIMENTO AOS ARTISTAS

A primeira dificuldade foi descobrir uma maneira eficaz de receber, identificar e orientar o público participante.
Para isso, foram criadas várias planilhas. Classificamos os participantes das mais variadas maneiras.

Os que fizeram inscrições pela Internet.

Pré-inscritos – com direito a café da manhã e valor menor de inscrição:

Os que pagaram e confirmaram o pagamento até a data limite.
Os que pagaram e não confirmaram o pagamento até a data limite mas tinham o comprovante de depósito.
Os estrangeiros que fizeram pré-inscrição.

OBS: Algumas pessoas só fizeram a pré-inscrição e deixaram para pagar na hora.
Os casos foram avaliados individualmente, mas como procedimento padrão, mantivemos o preço mais baixo mas não garantimos o café da manhã.

Os que fizeram inscrição pessoalmente.

Pré-inscritos – com direito a café da manhã e valor menor de inscrição.
Os que deixaram para fazer no momento da chegada e fizeram inscrição integral sem direito a café da manhã.
Os que pagaram diárias.

Tudo isso teve como objetivo individualizar ao máximo, cada uma das pessoas que se inscreveu para o EBM. Além disso, existiam planilhas de acompanhamento em dois computadores diferentes: no da Nau de Ícaros e no do Alexandre Roit.
O cuidado aqui estava em manter as planilhas sempre atualizadas umas em relação às outras, para evitar erros principalmente na quantidade de cafés da manhã, já que o EBM pagou pelos desjejuns dos pré-inscritos. À medida que nos aproximamos da data do evento, as informações foram concentradas no computador do Alexandre Roit.
Estávamos cientes que um bom controle destes dados evitaria surpresas adiante.

Controle de Participantes

Juntamente com a segurança e alimentação, foi um dos pontos mais polêmicos durante a elaboração do evento.
Tentamos aliar vários fatores antes de definir os crachás – para os integrais – e as pulseiras descartáveis – para as diárias:

Segurança – precisávamos identificar com clareza e de forma imediata os participantes: como o CEMUCAM é um parque público, nossa segurança – nas áreas de treinamento, camping e apresentações – bem como a segurança de nossos equipamentos, dependia desse controle.

Funcionalidade – procuramos resolver a identificação com algo que fosse fácil de ser visto, não criasse problemas para ser carregado o tempo todo e não atrapalhasse o treinamento.

Profissionalismo – as duas exigências anteriores se fundamentaram porque queríamos evitar ao máximo os penetras, até por uma questão de justiça com os que pagaram suas inscrições.
OBS: ninguém que chegou de fora de São Paulo deixou de pagar sua inscrição, de uma maneira ou de outra. As pessoas que vinham de São Paulo eram conhecidas por pelo menos uma das pessoas da organização, o que nos ajudou bastante a evitar a inadimplência.

Custo – como em todos os pontos que envolviam pagamentos, foi determinante na decisão final.

Originalidade – soluções mais divertidas ou agradáveis foram deixadas de lado pela necessidade de conter despesas.

Consideramos aumentar o número de seguranças, de maneira que o controle fosse feito por eles. Fazendo as contas, concluímos que eventuais penetras seriam uma perda menor do que o gasto com mais gente só para esta função, quando nós mesmos da organização poderíamos realizá-la de forma satisfatória. Achamos inclusive que seria possível sensibilizar os participantes para que eles também colaborassem no controle.
Outra idéia era fazer uma escala de voluntários em turnos de 2 horas para fazer este controle, o que se mostrou impraticável, já que não conseguimos organizar uma liderança para este grupo.

Fluxo da Programação

A programação foi definida de maneira a preencher todos os dias com atividades que fossem interessantes para o máximo de participantes, sem esquecer a diversidade de gente presente ao evento: eram de iniciantes a malabaristas de altíssimo nível técnico, de apenas curiosos até artistas profissionais.
Com a programação definida, nos deparamos com a tarefa de executá-la. Justamente em função da diversidade, as necessidades dos participantes eram muito diferentes, por isso quanto mais coletiva fosse a atividade, mais difícil sua execução.
Custou-nos entender que para que as atividades acontecessem, os participantes tinham que ser levados pela mão.

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3) TESOURARIA

I) CONTROLAR O FLUXO DE ENTRADA E SAÍDA DE DINHEIRO
II) CONTROLAR PRAZOS E VALORES

Pela inexistência de uma representação jurídica, a única forma de receber pagamentos foi criar uma conta paralela à conta de um dos organizadores. Depois de algumas tentativas, a solução foi abrir uma poupança na conta do Alexandre Roit. Todos os recursos que entrassem ou saíssem desta conta estariam vinculados ao EBM, o que facilitaria o controle do fluxo de caixa.
A maior preocupação de fato, foi a possibilidade de não arrecadarmos dinheiro suficiente para pagar as despesas, já que até a véspera do EBM, o valor aproximado era equivalente a 100 inscrições.
De tudo que foi pago, estimamos que perto de R$9.000,00 seria o mínimo de despesas que teríamos e tínhamos quase 70% desse valor. Para nossa surpresa, chegamos ao final do evento com sobra de dinheiro, como demonstra o balanço.
Não conseguimos acompanhar com precisão a fonte correta das entradas: o que foi pago diretamente no CEMUCAM era referente às pré-inscrições que não foram depositadas, inscrições feitas na hora, diárias e ingressos dos espetáculos, mas não conseguimos saber em que proporção cada um destes itens completou a entrada de dinheiro.

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4) TÉCNICA

I) MONTAGENS EM FUNÇÃO DA PROGRAMAÇÃO

(a) APARELHOS
(b) SOM
(c) LUZ

II) VERIFICAÇÃO DAS INSTALAÇÕES DO PARQUE

(a) ELETRICIDADE
(b) ÁGUA

Aparelhos, Som e Luz

A disponibilidade de equipamentos de circo – a trave de 8m dos Fractons – de som – o equipamento do Circodélico, usado para as apresentações e o equipamento da Usina Sonora, usado no dia a dia – e de luz – também dos Fractons – bem como suas respectivas montagens, foram emprestados ao EBM com a garantia de que só seriam pagos caso o evento não desse prejuízo. O mesmo aconteceu com o palco, emprestado pelo André Caldas do Acrobático Fratelli.

Instalações do Parque

Com o passar do tempo, esta área se transformou no item infra-estrutura, que não existia nos primeiros organogramas.

Água

Estávamos submetidos a dois fatores: a distribuição da rede local e o acompanhamento dos funcionários do parque.
Nos dois casos, tivemos problemas nos dois primeiros dias. Com a chegada da administradora do parque, a partir do terceiro dia os problemas diminuíram.

Luz

Assim como a distribuição de água, a rede elétrica do parque é bastante instável, além de insuficiente para agüentar a carga que usamos ao longo do evento.
Isto nos obrigou a contratar um gerador, que consta como uma das despesas mais altas do balanço final. Este valor não foi maior porque conseguimos fazer uma escala de horários de funcionamento.

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5) ALIMENTAÇÃO

I) COMUNICAÇÃO COM TERCEIROS – REFEIÇÕES E BAR
II) HORÁRIOS E QUANTIDADES

Foi o item que mais se transformou ao longo do processo. O objetivo inicial era facilitar as coisas de modo que os participantes não precisassem sair do parque para comer. Para isso, tínhamos que aliar preço e qualidade.
Nossas primeiras tentativas para as refeições foram contatos com equipes que fornecem alimentação para equipes de publicidade. Isto se mostrou inviável, não só pelos valores praticados, mas também porque era necessário sabermos o número exato de refeições.
Para o bar, procuramos pessoas que montam bares temporários em festas eletrônicas, mas por vários motivos estes contatos não avançaram.
Ao mesmo tempo percebemos que a melhor solução era que a mesma equipe fosse responsável pelo café da manhã, pelo bar e pelo restaurante: a chance de um lucro maior com o bar compensaria um eventual prejuízo com as refeições, já que da nossa parte, não podíamos garantir a quantidade de refeições que seriam vendidas.
Mais perto do encerramento das inscrições antecipadas, fizemos uma estimativa de 100 cafés da manhã no mínimo que deveriam ser pagos com o tíquete do EBM: se não alcançássemos esse número, assumiríamos o prejuízo. Se passássemos, pagaríamos o excedente.
O cardápio fechado para cada refeição ajudou a garantirmos a presença do fornecedor sem que precisássemos fazer um depósito.
Em outros formatos discutidos conseguiríamos economizar mais, mas correríamos o risco de não conseguir atender os participantes de forma adequada ou poderíamos desgastar demais a equipe de organização, que de fato era pequena para o tanto de tarefas que tínhamos para realizar.

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6) SEGURANÇA

I) SEGURANÇA DOS PARTICIPANTES
II) SEGURANÇA DOS EQUIPAMENTOS
III) SEGURANÇA DE TERCEIROS

Juntamente com o gerador, esta foi uma das despesas mais altas.
Juntamente com a alimentação, este foi um dos últimos itens a ser fechado.
A questão da segurança era prioritária. A administração do parque colocou como condição para a realização do evento a presença de uma equipe de segurança contratada pela organização. Os fatores que determinaram esta posição:

Equipe do parque – ela é reduzida a um zelador durante o dia e um segurança noturno, o que seria insuficiente para nossa estimativa de público.
Situação sócio-econômica da região – o CEMUCAM é vizinho de uma região ocupada por uma população de baixa renda e índices altos de violência. Apesar de não haver histórico no parque de abordagem direta de pessoas por parte de assaltantes, as tentativas de furto são freqüentes.
Localização – o parque não é cercado, o que facilita a invasão por parte de pessoas estranhas. De qualquer maneira, através de um mapa pudemos notar que nossa área de ocupação seria muito pequena, o que provavelmente facilitaria o trabalho.
Usuários do parque – o parque é público e não podíamos impedir a entrada dos usuários durante o dia. Durante a semana o fluxo de pessoas é baixo, mas no fim de semana circulam mais 1500 pessoas pelo parque. Uma equipe particular seria uma forma de inibir a invasão das áreas reservadas aos participantes.
Segurança pública – as presenças tanto da GCM – Guarda Civil Metropolitana – como da PM – Polícia Militar – foram formalmente solicitadas, mas ambas foram pouco vistas dentro do parque.

Fizemos um planejamento para 7 a 8 seguranças 24h por dia, mas os primeiros orçamentos nos desanimaram: valores entre 7 e 8 mil reais quase nos fizeram desistir do evento. Estes valores eram de empresas de segurança empresarial.
A opção para tornar o evento possível, foi restringir a atuação da equipe a tentativas de furto nas áreas de treino, espetáculo e camping, o que fez com que o número chegasse a uma média de 4 a 5 seguranças. Também diminuímos a equipe nos primeiros dias, pois sabíamos que o fluxo de usuários seria menor.
Chegamos a valores perto de 4 e 5 mil reais, que ainda assim era uma despesa alta para nossa estimativa.
A última cartada foi encontrar uma equipe na região de Cotia. No começo evitamos isso, pois fomos orientados a procurar empresas que operassem em outras regiões, mas se não fizéssemos isto, correríamos um risco grande de ter prejuízo. A partir do terceiro dia surgiram os primeiros problemas, mas a esta altura já sabíamos que o evento estava pago e que teríamos sobra de dinheiro. Optamos então por solicitar mais homens para aumentar a equipe.

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7) INFRAESTRUTURA

I) LIMPEZA
II) BANHEIROS
III) ELETRICIDADE

(a) BARRACAS
(b) BAR
(c) ÁREAS DE TREINO

IV) ÁGUA POTÁVEL

Ninguém da organização assumiu a responsabilidade sobre este item.
De qualquer forma, apenas uma parte pode ser resolvida pela equipe do EBM – limpeza nas áreas de treinamento, palco e camping e iluminação na área de trânsito entre as barracas e os pavilhões.
Eram atribuições da administração do parque: cuidar da limpeza dos banheiros, da instalação elétrica do bar e dos banheiros, da iluminação das áreas de treino e da água potável.
Por uma infeliz coincidência, a administradora do parque – a única pessoa com conhecimento e autoridade para orientar os funcionários do CEMUCAM – teve compromissos fora de São Paulo que a afastaram do parque nos dois primeiros dias do evento.
Os problemas só não foram maiores porque os organizadores, como medida de precaução, fizeram uma compra de material de limpeza. Isso fez com que a súbita falta de papel higiênico da segunda noite por exemplo, não se tornasse um caso de polícia.

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