"Quem matou, não mate mais."
Apelo do padre Cícero Romão Batista, por volta de 1927, quando o cangaço atingia um dos mais altos níveis de criminalidade no sertão nordestino brasileiro.
"Cada autor tem um jeito. O escritor é um ser à parte, não pertence a uma categoria. A categoria a que ele pertence se cria conforme o que ele é, e o que pensa."
Rachel de Queiroz, jornalista e romancista, em entrevista para "Eu e Cia.", revista VWor, 29 de abril de 2001.
Poesias de Cordel
“Meus versos inda são do tempo
Que as coisas eram de graça:
Pano medido por vara,
Terra medida por braça,
E um cabelo da barba
Era uma letra na praça.”
“Já tive muito prazer,
Hoje só tenho agonia!
Não sinto porque sou cego,
Eu sinto é falta do guia!
Quando mamãe era viva,
Eu era um cego que via!”
“Uma morrinha no gado
É derrota em fazendeiro,
E um cavalo ruim
derrota dum vaqueiro!
A derrota do país
É dever no estrangeiro!”
“Amigo José Gonçalves,
Amanhã cedinho, vá
A Coatis, onde reside
Compadre João Pirauá;
Diga a ele dessa vez,
Que amanhã das seis a seis,
Deus querendo, eu chego lá!”
“Fui moço, hoje estou velho!
Pois o tempo tudo muda!
Já fui um dos cantadores
Chamado Deus nos acuda ...
Este que estão vendo aqui
Foi Zé Duda do Zumbi!
Hoje Zumbi do Zé Duda!”
2005 - Brasil Sertanejo