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Estação de Dourado |
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Estação de Dourado, em foto publicada na RBF nrº 7 |
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Outra foto da estação de Dourado, enviada por Alberto del Bianco |
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A foto acima foi enviada por Celso Polli Júnior e retrata a estação na época do vapor ainda, como pode ser visto pela locomotiva que aparece fumaceando ao fundo. Essa foto pode ser vista em maior definição clicando-se AQUI. |
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A estação de Dourado sempre teve grande significância na história da Douradense, de forma que são muitos os relatos que a envolvem e poderemos ler a seguir, conforme textos de Ivanil Nunes e Ralph Giesbrecht recebidos via WEB. No entanto, em 30 de julho de 1966, correu o último trem pelas suas linhas, conforme imagem acima, pertencente ao acervo de Alberto Del Bianco, que documentou o último trem da CD, tracionado pela locomotiva nº 720 da C.P. |
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Apesar do trecho bitola métrica (Trabiju – Santa Clara – Dourado) haver sido inaugurado em 1910 (ou mesmo em 1909, conforme pode ser apurado no seguinte trecho do relatório apresentado em 25/05/1909, p.5. “....A linha de ligação de Trabiju já se acha em construção...”) o trecho de bitola de 0,60m continuou ”ativo”, até outubro de 1933. (Até 1933 havia um “triângulo” ferroviário entre Ribeirão Bonito – Ferraz Sales – Dourado – Trabiju – Santa Clara – Ribeirão Bonito). Quanto à exata data de inauguração de Dourado, a data de 02 de dezembro de 1900 é o último dia do prazo concedido para a conclusão do trecho – Decreto n.622, 02 dez. 1898, que “..concede ao cidadão Cyro Marcondes Rezende, licença para a construção e exploração de uma estrada de ferro de Ribeirão Bonito à Villa de Dourado.." E, dentro do prazo esta foi inaugurada com grande pompa e circunstância, conforme pode ser verificado clicando aqui e vendo uma reprodução da reportagem de O Estado de São Paulo na época. |
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A seguir, apresentamos um breve relato, extraído de reportagem do Jornal de Dourado de agosto de 1946, sobre a supressão do tráfego da Douradense. Esse relato consta originalmente consta do site sobre a cidade de TRABIJÚ, elaborado por Antonio Morales. Clique aqui para conhecer esse trabalho. Agradecemos ao amigo Morales a autorização para adaptarmos seu artigo nessa página. |
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FUNERAIS DA ESTRADA DE FERRO DE DOURADO De conformidade com edital publicado nos jornais paulistanos, dia 12 do corrente, os funerais da Estrada de Ferro de Dourado couberam ao Dr. Caio Pereira de Souza, Presidente da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, cujo enterro, está marcado para zero hora, do dia 1 de setembro próximo entrante, com a supressão do tráfego no trecho da linha entre Trabiju e Dourado. Esta cidade que, no ano de 1900, inaugurou festivamente, como berço da Cia Estrada de Ferro de Dourado, a chegada do seu primeiro trem de passageiros, em bitola de 0,60m, com seu fundador Cyro Marcondes Resende, no limpa trilhos da locomotiva, em setembro de 1966, pesarosa, trajar-se-á de luto, após 67 anos de existência ferroviária. Nesta hora de tristeza, lance-se um olhar retrospectivo no cenário das conquistas do talento de Cyro Resende, nas ricas regiões douradenses e, em sua memória de bandeirante, desbravador das matas virgens, das montanhas, das serras, das baixadas e das planícies, em caminhos para Jaú, Bariri, Itápolis e Ibitinga, revoguem os poderes públicos, a supressão do trecho da linha Trabiju-Dourado, na sua extensão de 14 quilômetros. Dito trecho, desde sua inauguração é deficitário. Mas deve-se considerar que, em 67 anos de Douradense e Paulista, todavia, não pesou na sua balança econômico-financeira. Não será agora, essa gota em copo d'água, que levará a Cia Paulista de Estradas de Ferro à ruína ou à falência, que vem de um contrato or 100 anos, celebrado entre seu fundador e o Governo Federal. Não era este o futuro que esperava Dourado, vinda dos carros de bois e dos lombos dos burros, que prepararam seus homens, construtores, do passado. Este presente, infelizmente, coube ao Dr. Caio Lutz Pereira de Souza, com raízes profundas na árvore da família aqui plantada, pelo Dr. Everardo Valin Pereira de Souza, como proprietário da Fazenda Santa Clara, político e primeiro presidente da Câmara Municipal, da maioridade político administrativa do município, no ano de 1897, no governo do Dr. Campos Salles. Diante do exposto, sucintamente, Dourado, estremecida, apela à reconsideração do ato dos nobres Poderes Públicos, que autorizou a supressão da sua velha Estrada de Ferro, por representar golpe mortal ao seu progresso. Assim espera, e reconhecida, agradece sua Imprensa. |
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