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HISTÓRIA DA MOXA

    A moxa constitui uma parte importante da ciência da Acupuntura e é um método terapêutico externo, cuja técnica consiste em utilizar determinadas substâncias ou medicamentos para queimar, defumar e cobrir o ponto ou a área afetada. A queima da moxa produz estímulos de calor que regula o equilíbrio das funções fisiológicas do corpo agindo sobre os Canais de Energia e os colaterais.

    A moxa chinesa teve sua origem na sociedade primitiva e, sua descoberta está relacionada com o uso do fogo. Naquela época o fogo era o único meio para se aquecer e descobriram que este, além de transmitir o calor, podia também eliminar algumas dores; a partir da constatação de que certas queimaduras podiam aliviar determinadas doenças e, sobre estas constatações criaram a moxaterapia.

    Aproximadamente nos anos 518-168 a.C., já existiam registros acerca da moxa; com o passar do tempo foram publicados muitos livros dedicados à moxa, tais como, a "Moxaterapia do Cao" no século III. Sete séculos mais tarde, a moxa tornou-se moda e apareceram profissionais dedicados a esta terapia e surgiram livros a respeito desse tema, tais como "Moxa para a febre vespertina" da dinastia Tang, "Moxa na Cirurgia", "Moxa no ponto Gaohuan" e "Moxa para casos urgentes" da dinastia Song. E muitas obras clássicas sobre a Acupuntura e moxa, tais como, "Zhenjiu Jiayijing" compilado por Huangfu Mi, da dinastia Jin, ..., deduzindo-se que na antiguidade, a moxa era um tema de interesse geral.

    As matérias-primas usadas na moxa, eram no princípio, galhos de árvores e ervas, etc. Começaram a usar folhas de artemísia como matéria principal para a moxa no período dos Estados Combatentes da Primavera e Outono. A artemísia é uma planta composta, cujas folhas servem para a fabricação de medicamentos tradicionais, tanto para beber como para uso externo. Tais medicamentos segundo a Medicina Tradicional Chinesa atual eliminando o Vento e a Umidade, aquecendo os Canais de Energia e provocando a hemostasia.

    Recolhe-se as folhas de artemísia no Verão, antes de florescer que são secadas e depois moídas. À medida que ocorria o desenvolvimento da moxaterapia, apareciam variedades diversas de matérias, tais como o enxofre, ramos de pessegueiro, ramos de amoreira, cera de abelhas, medicamentos feitos de forma especial, etc.

    O método de moxaterapia mais usado e conhecido na antiguidade era a moxa direta utilizando-se cones de moxa solta de diversos tamanhos. Denomina-se moxa direta quando se colocam cones de moxa acesos diretamente sobre a pele em cima do ponto selecionado. Geralmente são utilizados muitos cones atingindo até cem cones. Estes eram maiores que os usados atualmente.

    Na época da dinastia Jin e Tang passou a utilizar uma outra forma de aplicar a moxa interpondo-se matérias entre a moxa e a pele, razão pela qual se denomina moxa indireta. As matérias interpostas eram: alho, gengibre, sal, alho poro, rícino e lombrigas, etc.

    No início da dinastia Ming preparava-se a moxa solta em forma de bastão para o tratamento. Posteriormente passou a misturar medicamentos na moxa, enrolando-as em papéis em forma de cigarro-puro. Depois, quando já estava preparado, acendia-se e realizava a moxa interpondo-a entre a moxa e o ponto.

    Além disso utilizavam determinados medicamentos estimulantes para cobrir o ponto, com o objetivo de ocasionar bolhas, para obter efeito terapêutico. E atualmente, inventou-se a eletromoxa.

    A moxa tem o efeito de aquecer os Canais de Energia, de dispersar o Frio, regular a circulação de Sangue e da Energia, de recuperar o Yang, assim como de eliminar edemas e de desintoxicar, etc. Estes efeitos são obtidos pelo calor da moxa que estimula os pontos e os Canais de Energia.

    Além disso, na antiguidade, a moxa era usada para o fortalecimento da saúde. Nos últimos anos conseguiu-se muitos êxitos através da moxa no serviço sanitário e na prevenção de apoplexia e da gripe.

 

Xi Wenbu, Beijing, China - Tratado de Medicina Chinesa

Ed. Roca