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A HISTÓRIA DO CLUBE

Ao ler a detalhada história do Feyenoord você verá que é um clube com uma rica história. Muitos títulos foram conquistados, períodos de dificuldades foram superados. Tudo começa no verão do ano de 1908 quando um grupo de jovens, que regularmente jogavam futebol na praça em frente a Igreja Wilhelmina em Rotterdam Feyenoord, ao sul do rio Meuse, decidiram formar um clube de futebol para fugir da rotina diária de docas e marinheiros do lugar. Nenhum deles sonhara ou imaginara que milhões aclamariam seu pequeno clube quase um século mais tarde. Esse é o resumo da história do Feyenoord de Rotterdam, na Holanda.

1908-1950
Feyenoord foi mencionada pela primeira vez na história em 1450. Era uma ilha no Meuse, nomeada mais tarde de Feye van der Does. Significava Feye's oord - ou lugar de Feye. Nos séculos seguintes a ilha foi usada para todo tipo de propósito: campo de enforcamento, casa de pragas e caldeira de óleo de trem.
No dia 19 de julho de 1908 os jovens se reuniram em um bar e fundaram seu clube, o Wilhelmina '08, também foi chamado de Celeritas(?) eles mudaram em definitivo o nome em 1912 para: SC Feyenoord. Foi no mesmo ano que eles adotaram seus uniformes com as cores características - vermelho e branco com detalhes em preto - e que o Feyenoord ganhou seu primeiro título: a Concordiaan Cup.
Da terceira divisão em 1913 - terceiro atrás do SVV Schiedam e do Excelsior Rotterdam - eles se promoveram a primeira divisão em 1917, de onde nunca saíram. Eles se mudaram do pequeno estádio de "De Kromme Zandweg" para o Afrikaanderplein. Em 9 de outubro de 1921 acontecia o primeiro Feyenoord-Ajax; vitória da equipe de Amsterdam por 3 à 2 com 10.000 espectadores assistindo. O primeiro campeonato nacional foi vencido em 1924. O Feyenoord estava no topo do futebol holandês e conquistou o título novamente em 1928, 1936 e 1938. Em 1936 era construído um lindo estádio. Abrigando cerca de 65.000 pessoas na época um dos maiores estádios particulares do mundo: De Kuip. Durante a 2ª Guerra Mundial, Rotterdam e Feyenoord sofreram bombardeios, com o novo estádio servindo de esconderijo para as grandes armas Alemãs.
O Feyenoord em 1950 chegava a seu mais baixo nível - tanto nacional como na Europa. Mas isso seria mudado.

1950-1975
Os anos 50' não foram dos melhores períodos. Eles iam bem na primeira divisão holandesa mas mal em qualquer outro lugar da Europa. A grande chance apareceu com a introdução do futebol profissional na Holanda. O Feyenoord não tinha se classificado, mas o presidente comprou o Holland Sport e com isso eles se qualificaram para a primeira liga profissional de futebol na Holanda. Uma quinta, décima primeira e denovo uma quinta colocação mostraram que eles não tinham jogado o suficiente para um papel melhor no campeonato. Nos anos 60' o Feyenoord amadureceu. Um segundo lugar em 1960 foi o precursor de grandes glórias que estavam por vir. Feyenoord ganhou os títulos em 1961 e 1962. Na Europa vitórias de 8-2 e 3-0 sobre o IFK Goetheborg (SUE) encobriram o empate de 1-1 e derrota de 1-3 para o Tottenham Hotspurs (ING). No ano seguinte bateram Servette, Vasas, e Stade Reims. Que seguiu brilhando na história do Feyenoord, quando dois navios lotados de torcedores cruzaram a costa da Europa em dois dias de viagem para assitir sua equipe na semi-final da European Cup em Lisboa. O jogo de ida em casa havia sido 0-0, mas a festa nos dois navios não ajudou a equipe que perdeu a chance de ir para final. Eusébio marcou os três gols da vitória de 3-0 para o Benfica. Em 1965 e 1969 o Feyenoord foi campeão novamente. Depois de eliminados na Copa da UEFA em 1965, eles tentaram denovo na Copa dos Campeões de Europa. O primeiro turno trouxe dois jogos em casa contra o Reijckjavik da Islândia. Feyenoord ganhou ambos. O primeiro foi um massacre de 12-2. No segundo jogo o Feyenoord ganhou por "apenas" 4-0. O técnico gênio Australiano Ernst Happel montou um time com quatro jogadores chave. Um era Rinus Israel, um zagueiro central duro de ser batido com um bom passe e uma forte cabeçeada. Os outros dois formavam um hábil e esperto meio-de-campo com Wim Jansen na direita e Wim van Hanegem na esquerda. Na frente tinha o letal "assassino" sueco: Ove Kindvall, que marcou 127 gols em suas quatro temporadas no Feyenord.
Mas o Feyenoord tinha outras estrelas além dessas quatro. Eram o ágil e esperto ponta esquerda Coen Moulijn, o experiente e seguro goleiro Eddy Pieters-Graafland que jogava somente partidas européias, e Theo Laseroms, outro ótimo zagueiro. O oponente da segunda fase era um super rival: era quem reinava na Europa e no Mundo ... AC Milan! Somente Ernst Happel não estava impressionado e alegava que o Feyenoord tinha boas chances de avançar para as quartas de final. E ele estava certo. O Feyenoord perdeu por 1-0 em Milão mas com um inevitável gol de Wim Jansen e uma grande cebeçeada de Van Hanegem o Feyenoord vencia o jogo de volta por 2-0 no De Kuip. Eles derrotaram os vice-campeões do mundo ( o Milan perdeu o mundial para o Santos de Pelé). O céu era o limite. As circunstâncias foram terríveis em Berlim onde o Feyenoord jogou as quartas de final contra o Vorwaerts. Os alemães venceram por 1-0, mas em Rotterdam o Feyenoord devolveu a derrota, ganhando por 2-0.
Na semi-final a equipe foi para o leste denovo. O adversário era o Legia de Varsóvia, onde o campo estava preparado para esquiar e não para a prática do futebol, tamanha era quantidade de neve que caía. Nessas condições bizarras nenhum time marcou. Uma vitória caseira garantiu a equipe na final em Milão na Itália. E só. O Feyenoord bateu a equipe polonesa por 2-0 e iria enfrentar o Celtic Glasgow no dia 7 de maio no estádio San Siro.
O Celtic abriu o placar com um forte chute de falta de Gammel. Mas o grande poder ofensivo do Feyenoord se fez valer e Israel empatou de cabeça. Foi 1-1 depois de 90 minutos emocionantes na primeira parte da partida.
Na prorrogação viu-se uma grande partida jogada por ambos. Um defensor italiano de 40 anos recuou a bola com um passe de cabeça na área. O italiano era Lo Bello que não tinha visto Ove Kindvall atrás dele dando condições de jogo a ele. Kindvall controlou a bola com o ombro direito e chutou no ângulo sem chances de defesa. Era o 2-1 que o Feyenoord precisava para conquistar o título! Eles eram os melhores da Europa. A alegria era imensa.
Poucos meses depois, o Feyenoord jogou fora de casa contra o pequeno UT Arad: 1-1 e um 2-0 fizeram os romenos ficarem famosos durante algum tempo. O Feyenoord, então, vencia o Mundial de Clubes. Eles bateram O Estudiantes de la Plata da Argentina. Em Buenos Aires os jogadores do Estudiantes se comportaram como um bando de assassinos - como eles haviam feito no ano anterior com o atacante argentino do AC Milan Nestor Combin ( que foi arrastado pela polícia por não ter cumprido o alistamento militar obrigatório). Feyenoord foi carimbado com 2-0 já aos 15 minutos. Mas eles reagiram logo. Inspirados pela atuação de Van Hanegem o jogo foi empatado e agora tinham a chance de definir em Rotterdam.
Aquele jogo foi legendário. Não somente pela vitória do Feyenoord por 1-0. Os argentinos ficaram tão frustrados pela derrota que atiraram vidro estilhaçado sobre o atacante Joop van Daele que foi atingido no rosto. Os cacos de vidro podem ser vistos no Feyenoord Museum. Essa foi a primeira e única vez que o Feyenoord ganhou essas copas. Eles ganharam também a Copa da UEFA em 1974 batendo o Tottenham Hotspurs em duas partidas.
Nacionalmente o Feyenoord era a mais forte equipe. Eles ganharam os títulos de 1971 e 1974. Van Hanegem, Jansen, Kindvall, Moulijn e Israel ainda são lendas do futebol mundial.

1975/1990
O Feyenoord em geral usou seu sucesso. Mas o as glórias acabaram por um período. Uma quarta de final em 1977 da Copa da Uefa era a única menção honrável nesses anos, mas houve também um décimo (...) lugar no nacional em 1978. Um segundo lugar um ano depois não disfarçou a franca decadência. Era umas das páginas negras na história do clube.
Apesar de vencer o dobro em 1984 quando Johan Cruyff foi procurar um caminho para sua revanche com o Ajax, o Feyenoord ia mal. Eles nunca passavam da segunda fase na Europa, e na Liga Holandesa era 11º lugar em 1990 com perigo de banimento por enquanto. Financeiramente o clube vivia uma fase horrível. Quando o patrocinador HCS foi a falência eles quase pediram a concordata do Feyenoord. O tesoureiro desses dias (Jorien van den Herik) pediu o fim do modo como as coisas estavam sendo conduzidas e ordenou que as coisas deveriam ser feitas a partir de agora com baixo orçamento.

1990/presente
Wim Jansen trouxe uma alegria nessse dias difíceis com sua primeira vitória na copa contra o PSV, que estava no topo da tabela. Ele deu ao clube uma nova estrutura que Willem van Hanegem usou quando tomou posse em 1992 para dar uma nova era de sucesso para o time. Os 5 anos com Van Hanegem trouxeram de volta quatro Copas da Holanda e um Campeonato Holandês. Jogadores como John de Wolf, Gaston Taument, Jozef Kiprich, Robbie Witschge, Regi Blinker e Ed de Goey fizeram festa em Rotterdam novamente.
Na Europa houve semi-finais em 1992 e 1996 e algumas vitórias históricas (Juventus) na Copa dos Campeões. Em 1999 eles venceram o último título. Um ano depois na Champions League eles alcançaram o segundo lugar quando bateram a Lazio, Olympique e Rosenborg mas perderam na semi-final por apenas um Gol.
O futuro está sendo bom para o Feyenoord. O orçamento está aumentando, os serviços estão crescendo. E apesar das chances serem pequenas de o Feyenoord ser competitivo com equipes como Real Madrid, Inter Milan, Manchester United ou Bayern Munich em um futuro próximo, o Feyenoord será sempre um nome importante na Europa e um oponente que jamais será fácilmente batido por qualquer outro time.
Quem sabe, talvez logo, o Feyenoord possa fazer o que os grandes adversários de Amsterdam fizeram em 1995: surpreender a elite do futebol Europeu. Não com grandes transferências, mas com uma política sólida, bom desenvolvimento de jovens e uma grande sorte.


Este texto se encontra no site oficial do Feyenoord em inglês

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