Penitenciária
entra em funcionamento mas se questiona o quanto ela será importante
economicamente para Irapuru
O
complexo da penitenciária estadual de Irapuru já está pronto, vistoriado e
inaugurado.Uma obra construída por imposição, sem que a população fosse
ouvida conforme a legislação em vigor, ostenta toda a sua imponência aos
quatro cantos de Irapuru.Enquanto os administradores municipais que passaram
por Irapuru protocolaram dezenas de reivindicações
junto ao governo estadual, dentre eles: recursos para a Santa Casa, que acabou
fechando; cobertura de quadra de esportes, para que as crianças não fiquem
expostas ao sol; mais casas populares para atender a demanda; busca de
apoio para combate a erosão; pavimentação de ruas; reformulação de todo o
sistema de água; recuperação de vicinais; verbas para rodoviária; projetos
para assistência social, etc, etc, etc... que jazem nas gavetas da burocracia
do estado, um simples pedido para que se construísse
uma penitenciária foi apresentado e imediatamente aprovado.
Dizem
que as obras quase iniciaram antes do prefeito ter retornado de São Paulo.
Vapt-vupt, diria Chico Anísio.
Uma
obra que chegou com a promessa de oferecer emprego para os irapuruenses, na
realidade fez com que esse sonho durasse, enquanto
durasse a obra: exato um ano.
Fizeram
uma obra no presente, justificando o passado, mas esquecendo-se do futuro.
Hoje, muitos cidadãos indagam e clamam por uma resposta breve. Economicamente
o que trouxe para Irapuru?
Empregos?
Sim, mas desde que o irapuruense prestasse concurso e fosse aprovado. Em relação
as obras, somos visitados constantemente por pessoas que trabalharam por um
período e hoje estão na rua da amargura na busca de algo para seu sustento.
Economicamente falando, o que Irapuru pode oferecer ao complexo da penitenciária?
Aparentemente
nada, pois não possuímos estrutura hoteleira,
pois "esqueceram de lembrar"(sic) desse detalhe. Rede de restaurante
também não temos, o que nos atendem fazem muito bem feito, para o gasto.
Os
que aqui vierem visitar seus presos, dificilmente chegará até Irapuru.
Saibam todos que o Expresso de Prata e o Expresso Adamantina, estão parando
no trevo do Nagao, para desembarque e
embarque, exatamente próximo a Penitenciária. Será que eles, de ônibus farão
todo o trajeto até o pontilhão e seguindo pela via de acesso até a cidade
que ainda não tem nada para oferecer? Ou irão direto para Junqueirópolis ou
retornando para Pacaembu, todos com mais estrutura?
Bem
disse o vereador José de Fátima Pigari:- Se não
pavimentar urgentemente a antiga estrada de
Pacaembu, Irapuru só perderá. Como bem perdeu a pureza do Paturi e
Paturizinho, por "exigência técnica da Cetesb"(sic). Desafiamos
aquele responsável, para tomar das águas daqueles córregos por apenas um mês.
Irapuru
perderá ainda mais e, perderá de uma certa forma, que o tempo não ajudará
em nada para recuperar, mesmo com a estrada totalmente pavimentada, com a
morosidade dos órgãos superiores. Vamos aguardar e ver
se realmente dos depoimentos dos que asseguram que o comércio terá um boom.
Podemos estar errados.
Quase
300 funcionários naquela unidade e quantos estarão em Irapuru.
Segundo consta dará para se contar nos dedos, pois a cidade
não se preparou para estruturar-se no setor habitacional para receber
esse pessoal.
Perdemos
o ISS da obra... não ganharemos os trocados dos que aqui deveriam
chegar em grande volume e assim, o cotidiano de Irapuru vai seguindo.
Depositamos
uma esperança muito grande no nosso amigo Kleber de Almeida Souza, diretor da
unidade de Irapuru. Nos transmitiu segurança e competência.
A
obra em si não tem culpa de nada, mas a história
mostrará os culpados...E dizem que teremos
mais penitenciária!
A
voz de Irapuru - abril - 2005.