Assim como as
precedentes Guaratinguetá e Guarujá, Lavras foi mais
uma das poucas cidades pequenas brasileiras onde houve serviço de bondes. A idéia
originou-se da distância entre a estação ferroviária, inaugurada em 1888, e o centro
da cidade, o que fazia necessário um meio de transporte urbano ligando esses dois pontos.
Porém só em fins da primeira década do século XX a coisa começou a concretizar-se,
quando as obras tiveram início sob responsabilidade da própria Estrada de Ferro Oeste de
Minas. Em 22 de outubro de 1911, começaram a trafegar os carros-motor elétricos (como
vemos, Lavras figura ao lado de Petrópolis e Belo Horizonte, como cidade em que não houve bondes de tração animal)
e reboques, de fabricação alemã, em bitola métrica (1,0m entre os trilhos). Em
novembro do ano seguinte (1912) chegaram mais carros. Esses carros alemães trafegaram por
longo tempo, até que em 1963 a cidade ganhou bondes oriundos da capital (Belo Horizonte),
onde o serviço estava em processo de extinção (os carros de BH eram da mesma bitola).
Os novos veículos serviram à população de Lavras por mais alguns anos. |