Minissérie Queridos Amigos
CapítulosFique Por DentroBastidoresCréditosPersonagensTrilha Sonora

Fique Por Dentro
O último truque de Léo
Davi não acredita na morte do pai
 
Desta vez, Léo não blefa. Amanhece morto no colo da Mãe Preta, a estátua no Largo do Paissandu da qual ele tanto falava. A notícia corre. Uns choram, outros não. Era uma notícia esperada de certa forma. O corpo vai pro Instituto Médico Legal e fica retido à espera de uma autópsia. Mas Rui tenta impedir. Não quer que descubram que Léo tirou a própria vida, ainda que tenha usado uma substância que não deixasse vestígios. Como médico da família, alega que Léo era cardíaco e consegue a liberação do corpo. Vai ser velado num lugar digno e, mais tarde, enterrado, não na ala dos suicidas, mas no jazigo da família.

A hora de dizer a verdade
A missão mais difícil é contar a verdade para Davi. “Seu pai foi embora, querido... Ele morreu”, Flora diz.  Mas Davi se nega a acreditar. Pra ele tudo não passa de um truque de mágica.  Ainda que, para alguns, a morte seja considerada uma forma de magia, ou, no mínimo, uma metáfora para ela, desta vez não foi mais um truque de Léo.

Hora de se dar as mãos
Léo queria que os amigos superassem as diferenças?
 
o velório de Léo, o clima é de descrença e desânimo. Apesar de todas as evidências, muitos amigos não conseguem crer na morte de Léo. Para Bia, ele não morreu, passou para outra dimensão. Tito, mais cético, diz que só se for a dimensão da saudade dos amigos. Karina se impressiona com a serenidade da fisionomia de Léo: “Parecia mesmo que tinha morrido do coração”. A dor de Pedro é mais contida. Certamente, a morte do amigo vai fazer parte do seu livro, que, aliás, está quase terminado. O mais incrível é Bia, que tem nas mãos um enigma. 19 de novembro de 1989, uma data escrita num papel. Esse dia, segundo os cálculos de sua professora de astrologia, seria o dia exato previsto por ela para a morte de Léo. É de causar arrepio.

Diferenças
Ivan e Lena se reencontram, se abraçam, mas não têm muito o que falar. Falar o quê, numa hora dessas? Mas Tito sabe o que dizer, e o que diz é bem a síntese da obra-prima que Leó deixou para os amigos: “A gente tem de superar as diferenças e se dar mãos... Foi por isso que o Léo morreu”. Mas será que todos ali são capazes de superar as suas diferenças?

Moça pra casar
Oscar tira Bia para dançar e a apresenta como sua futura esposa
 
Não estava no seu mapa astral – ou, se estava, não foi previsto. Subitamente enlaçada por Oscar, tirada para dançar em plena coroação da mãe, no Chão de Prata, Bia teve de aturar longuíssimos minutos rodopiando pelo salão nos braços de seu maior detrator. Só Deus sabe o quanto sentiu vontade de gritar, pedir socorro. Só Deus sabe o quanto sofreu com aqueles toques, aquele hálito. Mas não houve ninguém que viesse salvá-la. Ninguém percebeu seu desespero. Nem mesmo Oscar. Insensível ao drama da parceira naquela dança, fazia-lhe perguntas frívolas. Obviamente, não a reconheceu dos tempos do Doi-Codi. Indefesa, sem qualquer reação, Bia limitava-se a balançar a cabeça e sorrir amarelo, certamente por medo de que ele lhe fizesse alguma maldade.

O cartão
Subitamente, a situação chega às raias do absurdo. Num ataque de bom-mocismo, o torturador leva Bia à mesa onde está a mãe e a apresenta como a mulher com quem gostaria de se casar. Gostaria, não – com quem VAI se casar! Bia se apresenta. Apavorada, corresponde ao teatro da maneira que pode, sofre, range os dentes, balança a cabeça e força um sorriso. A mãe de Oscar gosta do jeito de Bia: “Que nome bonito!”. Depois dessa pantomima, Bia se esquiva, mas Oscar vai atrás, romântico à sua moda. Estende um cartão com o número do seu telefone e suplica pra que ela ligue noutro dia. Quer fazer um programa com ela. Bia concorda e sai, trêmula, prestes a desmaiar.

Socorro
Com esforço, zonza, Bia se arrasta até a saída. Avista Raquel e grita: “Pelo amor de Deus, me tira daqui”. Está um bagaço. Rapidamente, partem na perua. Só mais tarde Iraci vai ficar sabendo do ocorrido e voa pra casa pra ajudar a filha. Vai começar o cerco ao torturador.

A guerreira está pronta
Iraci resolve marcar um encontro com o torturador
 
Quando descobre, Iraci fica pra morrer. Como é que o descarado teve o desplante de se aproximar e, pior, de tirar a filha para dançar? Ao chegar em casa, Iraci esmurra a porta, mas Bia não abre. Perdeu o senso da realidade, balança-se de um lado para outra como se estivesse catatônica. Transtornada, teme que seja ele novamente, o infame, pronto a lhe causar mais mal. O cheiro daquele homem ainda impregna suas roupas, aquela voz ainda ecoa nos ouvidos trazendo à tona todas as piores lembranças. Iraci começa o inquérito, mas Bia não tem condições de falar. Balbucia com dificuldade as palavras, formula frases sem nexo, mas menciona que Oscar lhe entregara um cartão com seu endereço. Cartão?

O plano
Iraci se ilumina. Taí o jeito de pôr esse canalha na cadeia, único lugar onde deveria estar. “Cadê o cartão?”. Bia não sabe, acha que jogou fora. Mas se lembra: talvez tenha ficado na perua de Raquel. Pronto. Iraci já tem um plano: ligar pro torturador e marcar um encontro. Bia se recusa: jamais! Ele prefere a morte a rever aquele monstro. Mas Iraci a acalma. Não é a filha, mas ela própria quem vai.

O incorrigível Pingo
Mesmo humilhado, o professor busca novas aventuras
 
Pingo volta pra casa como um cão vadio, sem dono, escorraçado e faminto. Perdeu Lorena e também não tem mais Raquel. O que lhe sobrou? Nada? Não, sobrou-lhe bons bocados do instinto de sobrevivência e, sobretudo, muito do instinto sexual. De soslaio, assiste a mudança de Raquel – brilhante, linda e vital em sua nova vida de empresária. Sabe a burrada que fez e, por isso, humilhado, tenta esconder a mágoa. Mas ela é óbvia demais. Está estampada na sua cara. No entanto, ninguém sente pena dele. O jeito é assumir a própria personalidade e voltar a fazer o que sempre fez: dar aulas e jogar charme para alunas.

Pingo volta a atacar
Na faculdade, conhece uma moça, Susana. Bonita como Lorena, esperta, sedutora. Discutem literatura, mas apenas aparentemente. O interesse – mútuo por sinal – é outro. Num instante, já estão aos beijos. Ah, esses infalíveis poemas de amor! O telefone toca, Pingo não atente. Vão para um lugar mais íntimo, terreno bastante conhecido: o motel. Mas na hora H, Pingo falha. Fazer o quê? Susana se acha culpada, mas Pingo tem outra explicação: a tensão de final de ano. Pois, sim! “O importante”, diz companheira, com um tom que nos parece bastante familiar... “O importante é que estamos juntos”. Ah, sim...

Pingo olha Susana, com a velha cara de sem-vergonha que Deus lhe deu,  e entende tudo: – vai começar tudo outra vez .
O torturador quer dançar
Em meio à festa de Iraci, o pesadelo de Bia
 
Um probleminha à toa de recontagem de votos – isso graças à dor de cotovelo de uma invejosa chamada Neusa –, e pronto! Iraci recebe o que é seu de direito: o título de Rainha do Havaí. O Chão de Prata vem abaixo num terremoto de aplausos e gritinhos de fãs ensandecidos. E pensar que por muito pouco tantos e tão fiéis súditos não ficavam privados de sua rainha. Naquela noite, como nas anteriores, quando aparecia escoltada pelo falecido Alberto, Iraci está linda. Digníssima, sobe ao palco e dedica o título a ele, o saudoso partner. E diz mais: que Alberto Fernandes Moretti – assim, por extenso – era “o cavalheiro mais nobre, o colega mais animado, o melhor dançarino de mambo do Chão de Prata”. Em meio às palmas, a orquestra ataca a musica deles, “Cerejeira Rosa”. É a apoteose.

A presença infame
A festa está apenas no começo. De repente, ele aparece surgido das sombras. Vem acompanhado de uma senhora de idade, provavelmente a própria mãe. Encontra uma mesa, deixa a senhora gentilmente sentada e, na seqüência, avança pelo salão. Parece farejar uma presa. Súbito, decide-se. Teria escolhido ao acaso? Mais dois passos e toca o ombro de uma bela dama, talvez a mais entusiasmada da festa. Certo do que faz, com a voz inconfundível de cafajeste, faz o pedido: “Vamos dançar?”.

Medo
Bia volta-se distraída e estaca. Está pasma, branca. É Oscar, o infame torturador que, sorridente, parece disposto a se divertir. Ele não a reconhece, mas ela sim. Os segundos seguintes são os piores da sua vida. Ele a toca novamente... O que fazer? Gritar?

O remédio do esquecimento
Léo anuncia para a mãe que vai fazer uma viagem
 
Dona Ester sofre do Mal de Alzheimer, doença degenerativa cuja principal característica é a perda progressiva da memória. Isso significa que, aos poucos, a mãe de Léo está perdendo o contato com seu passado e com a sua realidade. A clínica em que está internada serve para mantê-la ainda mais distante e isolada de tudo. Ali, vive num mundo à parte, o seu mundo. Às vezes reage de forma apática, noutras, fica agitada; às vezes fala coisas desconexas; noutras, frases significativas. Sempre que vem, Léo traz alegria, mas Ester não se dá conta do motivo exato dessa alegria. Pergunta a ele a respeito do marido como se ele ainda estivesse vivo – mas, ao mesmo tempo, canta um canto triste como seu soubesse que ele está morto. Talvez não se lembre – ou não queira se lembrar. O fato é que o marido está no cemitério israelita, sepultado na ala dos suicidas. Talvez, nesse caso, o esquecimento seja o melhor dos remédios.

Quem sabe assim, nunca chegue a se dar conta de que a viagem que Léo diz estar prestes a fazer é uma viagem sem volta. Quem sabe esqueça que aquela é última vez que vê o filho.

Um homem, muitas dúvidas
Ivan se toca que a vida está toda errada... Dá pra consertar?
 
Ponha-se no lugar de Ivan. De repente você, um sujeito na casa dos 40, acorda e descobre que a vida que vem levando está toda errada. Descobre que a mulher com quem está casado há anos não é a mulher que você ama e que não tem, nem nunca teve, nada em comum contigo. Se toca que o filho, o único que tem, já não vive sob seus cuidados, viajou pra longe e não liga a mínima para os pais. Nessa mesma hora, você se dá conta de que o emprego que garante o seu sustento, mas nunca lhe proporcionou prazer ou conforto, é uma senhora bomba, intolerável, insuportável. Que o seu chefe é um chato, um idiota e que você está a ponto de dar-lhe umas boas bordoadas. E que você está velho, talvez ultrapassado profissionalmente e que vai ser muito difícil arranjar um novo emprego. E aí, o que você faz? Grita, chora, sai correndo por aí pedindo socorro?

Erros e acertos
Ivan não faz nada disso apesar de, lá no íntimo, sentir vontade talvez de fazê-lo. Ivan toma, sim, algumas decisões. A primeira é largar a mulher. A segunda é procurar Lena e lhe propor uma nova e sincera união. Mas Lena diz estar noutra. Precisa resgatar a relação com a filha e, portanto, impossibilitada de dar atenção a Ivan. Seria uma desculpa? Uma forma de punição pelos anos que Ivan manteve-se inerte? Sem encontrar uma resposta, Ivan mantém o fluxo das mudanças. Não pode mais voltar atrás, é um movimento irreversível. Toma fôlego e pede demissão. Tira um peso enorme de cima dos ombros, comemora. Poético, simbólico, manda pra Lena flores e um bilhete com sua carta de demissão. Mas teria agido corretamente? Não teria sido irresponsável largando o emprego? Estaria querendo apenas impressionar Lena, mostrar-se capaz, forte? E agora, como se sustentar? Será que tudo isso vai adiantar?

O sol sempre se levanta
Léo leva os amigos para um banho de mar e os faz refletir
 
Ainda que esteja bastante abatido e visivelmente debilitado – imagem agravada pelo uso constante da bengala –, Léo jura pra quem quiser ouvir que nunca esteve tão bem na vida. E é verdade. Quando chega de surpresa ao bar de Marlene e encontra Ivan e Tito, sua aparência serena, comparada a dos amigos, prova o quanto esse estado interior, despertado pela proximidade da morte, tem feito bem a Léo. É como se não perdesse mais tempo com picuinhas, fosse diretamente à essência das coisas e dela extraísse apenas o néctar da vida. “Que tal dar uma volta como nos velhos tempos?”. O convite soa como uma ordem. Em minutos, já está com aqueles dois e mais Pedro zanzando de carro pela noite de São Paulo. 

Uma súplica
De repente, parece que aquela viagem é um retorno mágico à adolescência. Como um prestidigitador de almas, Léo tem a capacidade de encontrar e trazer à tona a verdadeira essência que sabe existir em cada um de seus amigos. Falam sobre o que os aflige, o cotidiano, as mazelas da vida – mas falam com a velha paixão de antes, com aquele brilho inconfundível no olhar. Naquele breve e eterno instante, parecem novamente desfrutar dos antigos sonhos, dos antigos ideais, da mesma vitalidade. De repente, espontâneo, Ivan suplica: “Por favor, Léo, não nos deixe!”.

Um novo dia
Em vez de responder, Leó faz um novo e irrecusável convite: “Que tal um banho de sal grosso?”. Partem e logo estão na praia. E ainda mais animados. Conversam, debatem, trocam, lembram-se do passado, de como acreditavam que era preciso fazer escândalo, romper com as convenções, extrapolar os limites. O banho de mar àquela hora, naquele frio, é um exemplo. É preciso ter fé. A vida é maior que todos eles. Escorado pelos amigos, Léo entra na água e sorri, saboreando cada instante como se fosse o último. No horizonte, um sol escandalosamente lindo teima em amanhecer um novo dia.

Lorena abandona Pingo
Abandonado, o professor volta pra casa da ex-mulher
 
O conto de fadas entre o professor e a aluna está para virar drama com final infeliz. Ou seria comédia com final infeliz? Depois que Raquel diz não aos planos de Pingo, e breca sua viagem de seis meses à Europa – o tal convite para lecionar em Portugal, com passagens por Roma e Paris –, a situação complica muito pra ele. Que seis meses, que nada. Tem, sim, que dividir as responsabilidades da casa e dos quatro filhos com ela, afinal Raquel também quer trabalhar. Lorena, que já estava pra lá de ressabiada com aquela breve inclusão dos gêmeos no seu romance ideal, quando descobre que teria de cancelar a viagem justamente por causa das crianças, vira uma fera: “Eu não vou cancelar nada... Vou sozinha!”.

O fim
Lorena nem se dá ao trabalho de negar: “Sou mimada e mal acostumada. Mas não vou abrir mão dos meus projetos”. Nem mesmo quando Pingo fala que é apenas um adiamento e não um cancelamento definitivo da viagem. Pra ela, adiar é uma forma de desistir e acusa Pingo de não ter feito outra coisa na vida senão adiar, adiar, adiar. Pingo, por sua vez, acusa Lorena de ser egoísta e impiedosa. A conversa descamba para uma acalorada discussão que termina pondo um melancólico fim ao relacionamento do casal.

O troco
No dia seguinte, uma figura amassada e descabelada, amanhece estirada no sofá da sala. As crianças estranham a volta repentina do pai e ainda mais o fato dele não estar com Lorena. Sem graça, ele comunica o rompimento. Mas Raquel não sente a menor compaixão, aliás, avisa que está ali só de passagem e trata de mudar de assunto.

É, gente, a fila anda.

Lorena deixa Pingo... O que você acha disso?

Votar » Ver Resultados
 
Dublê de Lena
Ivan passa a noite com modelo parecida com Lena
 
O não de Lena – ou melhor, o silêncio dela depois que Ivan lhe anuncia oficialmente que havia se separado de Regina – não se destila facilmente. Difícil aceitar, depois de tantos planos, tantas idas e vindas, que ele não pode mais ficar junto da mulher que ama. Magoado, ferido de morte, a agonia de Ivan chega às raias do delírio, do patético, da humilhação. Um exemplo desse estado é quando surge na Sexus uma modelo muito parecida com a Lena, por quem Nicola logo se interessa. Ivan, no entando, pede que não a levem à sala do chefe, tem outros planos para ela.

O clímax
Não é difícil se aproximar. Um convite para um drinque, um bate-papo frívolo e, depois, uma esticadinha a um lugar mais aconchegante... Horas depois, Ivan e a modelo estão nus, deitados no sofá de Tito, prestes a chegar a uma explosão de prazer intensa. O significativo daquela relação efêmera, o patológico, é que o tempo todo, de olhos fechados, Ivan só chamava pela mulher amada: “Lena... Lena... Lena..."

A realidade
Depois do clímax, a depressão. A dublê de Lena subitamente reassume a própria personalidade, a cor, todas ass mazelas. Depois de ter emprestado o corpo ao delírio de Ivan, a novamente modelo, coitada, se mostra faminta. Está apenas com um café e um sanduíche desde a manhã daquele dia. Ivan a olha com pena – e talvez ali haja um resquício da pena que sente por si mesmo – e, enfim, cai na realidade.

Quanto mais fundo Ivan terá que descer para se punir pelos seus próprios erros?

Proposta indecente
Benny tenta desesperadamente propor uma união com Guto
 
Benny vive intensamente, não costuma perder tempo. Assim que descobre e se surpreende com as preferências sexuais de Guto, ele liga pro ex-marido de Lena e marca um encontro. Guto, ainda pouco afeito com os métodos daqueles não nada tem a esconder, estranha, obviamente. Mas, talvez varado pela curiosidade, vai mesmo assim. O que Benny, esse quase estranho, tem a lhe dizer?

Propostas
Chega desconfiadíssimo, acuado, tenso. É recebido por Benny, já naquela base: um copo de dry martini na mão e uma intimidade de velhos amigos – que, aliás, nunca tiveram. Guto não bebe destilados, prefere vinho. Senta-se, se recusa a afrouxar a gravata e a brindar a um desconfortável “resgate de uma bela amizade”, que Benny cinicamente propõe. Mas, afinal, onde é que esse doido estaria querendo chegar? Benny não desiste, aproxima-se melífluo. Pra ele, a noite está apenas começando. E segue com uma saraivada de perguntas indiscretas e propostas mais ainda, cheias de segundas intenções. Uma delas, por exemplo, a de uma eufemística parceria, que, nas palavras dele, seria “uma relação de simetria”, que poderiam viver juntos, já que são da mesma classe e do mesmo nível social.

Socorro!
A coisa vai num crescendo até que Guto explode numa despedida forçada, uma retirada estratégica antes que fique percam o senso da civilidade. Nem assim Benny se toca. “Me dá um beijo”, pede no desespero.  Guto ainda tem tempo de resmungar alguns impropérios antes de sair batido e deixar Benny solidão.

Estaria Benny sendo sincero nas suas intenções?

A reconciliação
Lúcia aceita Antônia e Rui lhe é eternamente grato
 
Quando soube que Rui tinha uma filha fora do casamento, fruto de um relacionamento que o marido chamou de fugaz e inconseqüente, Lúcia perdeu o chão. Mais que pela traição em si, mais que o sexo casual e suas conseqüências biológicas, a sua maior dor de Lúcia foi tomar ciência de que era incapaz de perceber profundamente o marido. Sim, alguém que ela sempre julgou como parte de si mesma, de repente tornou-se um estranho. O grau de intimidade que julgava ter com Rui, aquela simbiose dos amantes perfeitos (existirão de fato amantes perfeitos?), foram postos em xeque. Teriam existido um dia?

O troco
Depois, perturbada, magoadíssima, teve todas as chances de dar o troco. Pedro praticamente se desmanchou aos seus pés. Um homem interessantíssimo, doce, profundo a fazer declarações de amor eterno há que abalar qualquer uma. Mas não Lúcia. Ela manteve-se firme, fiel – não a Rui, mas a si mesma, aos seus sentimentos. Mas ainda havia a menina, a filha de Rui. Como lidar com isso? Doeria se aproximar dela?

 A volta
Não é nada difícil amar alguém como Antônia. E não dói nada. Ela é um doce, integrou-se ao resto da família naturalmente, sem dramas! Por isso, por mais que temesse esse momento, acaba sendo fácil pra Lúcia aceitá-la também. Assim, de repente, é como se não existissem mais motivos para sofrer. O caminho está limpo para Rui e Lúcia reatarem o casamento. Na intimidade restabelecida, Rui reafirma sua gratidão pelo gesto de Lúcia, mas ela afirma que não fez por ele. Fez por ela mesma. Ás vezes é preciso se permitir experimentar certos sentimentos pra ser feliz.

Crise da meia-idade
Rejeitado por Lena e insatisfeito com o trabalho, Ivan sofre
 

O amor, a paixão correspondida não são as únicas condições para a felicidade. Há outras. Às vezes tudo se resume a uma questão de sincronia. Se vocês lembram bem, quando Lena quis – e quis muito, abriu mão de tudo por esse querer –, Ivan não quis. Ou melhor, “não pôde”. Mais apropriado, talvez, seria se usássemos “teve medo” ou “se acovardou”. Agora a situação se inverte. Ivan enfim toma coragem, separa-se da mulher. E o quer faz? Corre para os braços de Lena certo de que seria recebido com beijos, incenso e flores. Uma estrada ensolarada se abria diante deles, e os dois só teriam o trabalho de seguir rumo à felicidade. Que nada! Agora há uma outra dissonância para alterar a harmonia do casal... Marina.

Segundo plano
Depois que os deslizes de Guto tornam novamente viável a reaproximação entre mãe e filha – isso somado ao estado emocional que a morte do pai proporcionou –, Lena põe o amor de Ivan em segundo plano. Agora é a filha, e só ela, que está em primeiro lugar. Sua prioridade é resgatar a relação que um dia se deteriorou justamente porque pensou primeiro no amor. Nunca se perdoaria se perdesse novamente essa chance. Depois, quem sabe, Ivan.

Desespero
Ivan fica pra morrer. Quando vai à casa de Lena e ela não lhe abre a porta (ela está com Marina naquele momento), o jornalista se desespera. Humilhado, vai para o bar, afoga mágoas numa seqüência etílica capaz de balear os fígados mais resistentes. Depois entra em crise, agora profissional. Também não está satisfeito com seu ganha-pão. Uma revista como a Sexus não é apropriada pra quem tem ideais, mas sente-se velho pra mudar. Bem-vindo a crise da meia-idade.

E agora, Ivan, o que fazer?

Um cliente chamado Guto
Lena descobre que Guto e Brenda são amantes
 
Se há uma coisa que Brenda mais preza na vida, isso é a sua dignidade. Jamais denunciaria um cliente, ainda mais um que sempre a tratou com respeito, que paga em dólar e lhe proporciona tantos prazeres mundanos. Mas bastou saber um pouco mais sobre Guto – e descobrir as ininterruptas sessões de tortura a que ele, a sogra e a filha vinham submetendo Lena e o falecido Alberto – para entender o quanto de sordidez havia naquela proposta milionária. Tremenda safadeza! Ficar calada, pois sim! Dignidade, nesse caso, não é ficar calada, mas justamente o contrário.

O ex-baluarte da moral
Por isso, ela procura Lena e abre o verbo: “Guto é meu cliente”. Lena não entende, pede que ela repita. Brenda então é mais objetiva: “Ele paga pelos meus favores sexuais”. Mas será que Brenda tem certeza do que está falando? Não estaria confundindo? O Guto, seu ex-marido? Mas Brenda não está doida. Fala de Luis Augusto Souza Tavares, o pai de Marina, o baluarte da moral e dos bons costumes, o torturador de ex-mulheres.

Ele que se cuide
E quando já não há do que duvidar, Brenda ainda saca uma fotografia em que os dois aparecem juntos. É o tiro de misericórdia. “Que canalha!”. O olhar de Lena se nubla. Possuída por um espírito de revanche, ela saca o telefone e disca o número de Guto. Eles têm muito a conversar.

O choro do menino humilhado
Rui revela que Benny tem AIDS, mas ele ignora
 
Outra má noticia no mesmo hospital em que acabara de falecer Alberto. Infelizmente, o resultado do exame de sangue pedido por Rui confirma o que antes era apenas uma suspeita: Benny é, sim, portador do vírus da AIDS. Não desenvolveu a doença, mas está infectado. Desde quando? Não se sabe. Nem Benny quer saber. Não faz diferença pra ele. Estar ou não estar doente não muda nada – diz ao médico, sem esconder o sarcasmo. Enganam-se se pensam que, por conta disso, ele vai alterar uma vírgula sequer no seu comportamento autodestrutivo. Pode ter contaminado muita gente, pode contaminar muitas mais, e o que isso importa pra ele? Nada. Deveria ter um mínimo de responsabilidade, usar camisinha, fazer tratamento, cuidar da própria saúde e a dos outros. Mas o que Benny faz? Nada. Jura que não sabe viver de outro jeito senão perigosamente. Viver, pra ele, é arriscar tudo contra todos, é ignorar e ultrapassar todos os limites, é beirar a insanidade e desafiar a morte.

A verdade
Numa rápida conversa com ele – e de forma sutil, quase doce –, Flora sintetiza bem qual o maior problema de Benny: falta de amor. Falta de amor agora e na infância. Por mais que tente negar, fazer-se de forte, Benny sabe que essa é a mais pura verdade. E sai do hospital aos prantos, um pranto infantil, inconsolável, como se ali chorasse não o homem, mas o menino humilhado do passado.

Raquel volta, Pingo faz a festa
Ela mata a saudades dos filhos e ele prepara viagem pra Portugal
 
Depois que praticamente nasceu de novo, superando a dor pela traição de Pingo, Raquel bem que merecia umas férias. Largou os menores com o pai – pra desgosto de Lorena –, Betânia e Chico, que já são crescidinhos, cuidando do próprio nariz, e saiu ao sabor do inesperado. Seguindo a cartilha hippie, caminharia contra o vento, sem lenço nem sofrimento, e tudo se resolveria; o que tivesse de ser, seria. E foi. Nesse sentido Fausto e toda a euforia dos rapazes do Arquivo Geral foram um grande presente, o melhor que a vida poderia lhe dar nesse momento. Raquel bem que merecia. Mas já era hora de voltar.

Tão diferente...
As crianças estavam mortas de saudades, ainda que conscientes de que a mãe precisava mesmo de um tempo. Na chegada, aquela farra. O cheiro do café preparado por ela é mesmo inigualável. O carinho, a vitalidade – e ela está tão diferente, tão bonita! De repente, uma buzina. O que é? Ora, a velha perua da turma! “Léo achou que ia ter mais serventia pra senhora”, diz o caseiro. Então, é hora de convocar a galera: – entra todo mundo que tá na hora de fazer um passeio! Realmente, Raquel é outra pessoa – ou apenas a mesma, sem o peso que a oprimia.

Será que vai ser assim?
No outro lado da cidade, Pingo e Lorena comemoram. Na cama, como de praxe, fazem planos. O mais imediato: passar o réveillon em Portugal. Depois, a tese de Lorena... e na cidade de Camões! Que luxo! Na cabeça deles. Se livraram do trabalho com as crianças. Ufa! Tudo voltou a ser como antes. Raquel fica com os filhos e eles em lua-de-mel, eternos pombinhos... Mas será que vai ser mesmo assim?

O que Raquel deve fazer agora que voltou pra casa?

Votar » Ver Resultados
 
Mundinho pequeno
Guto tenta comprar o silêncio de Brenda, mas ela se recusa
 
Como diz o ditado, esse nosso mundo é pequeno – e é mesmo! Mas talvez seja menor ainda para os hipócritas! Quem diria que o maior segredo de Guto –um que ele mantém a sete chaves no armário – pudesse vir à tona justo quando ensaiava mais uma daquelas cenas em que ele invariavelmente humilha a ex-mulher diante da família, posando como homem, genro e pai perfeitos? Quem diria que fosse dar de cara com uma velha e insuspeita, digamos, amiga?! Mundo pequeno! O dr Luis Augusto, o ex-marido de Lena, poço de austeridade e moral, de caso com alguém como... como Brenda!

Saia justa
Mas não seria num corredor de hospital o melhor lugar pra se cochichar segredinhos. Brenda é discreta e preza seus clientes. Jamais denunciaria a vida dupla de alguém que a leva em viagens magníficas e paga sempre em dólar. Mas pra Cíntia ela pode contar – tudinho. Que saia justa!

Dólares por silêncio
Mas saia-justa maior acontece quando Brenda encontra seu cliente novamente. Em pânico com a hipótese de Lena descobrir tudo e tirar a filha dele, e Guto parte para o desespero. Tenta o suborno: “Três mil pra calar a boca e mais dois pra não botar os pés no hospital”. Como a cara de Brenda não indica possibilidade de acordo, Guto aumenta a quantia pra dez mil. Quer de qualquer maneira o silêncio dele, ainda que comprado em dólar. Mas Brenda se ofende: “Não sou cafajeste... Pode ficar com sua grana”. 

E agora, o que será de Guto?

Fantasma de carne e osso
Será que Bia vai denunciar Oscar, o seu torturador?
 
Oscar Garcia da Silva, vulgo Nenê, era um aplicado funcionário do Doi-Codi, famoso órgão de repressão durante a ditadura. Naquele tempo, torturou, estuprou, degradou a dignidade de inúmeras pessoas – entre elas Bia, que do infame torturador jamais esqueceu a voz, o cheiro e a aparência asquerosa. E nem mesmo quando a abertura política se concretizou, Oscar não parou de fazer vítimas. As feridas expostas no rosto de Benny estão aí pra provar. Mas há que se dar um basta nessa carreira nefasta. Quantos mais rostos, corpos e almas terão de ser feridos até que esse monstro pare de agir?

A ajuda
Reunidos num quarto de hospital, Benny, Pingo, Ivan, Tito e o advogado da Comissão de Justiça e Paz, o dr. Hélio Gomes Viana, concluem que, por conta da agressão à Benny, não há muito o que fazer contra Oscar – isso além dos processos civis e criminais cabíveis, que na nossa Justiça levam anos pra se desenrolarem. Ajudaria, sim, sobretudo para criar estardalhaço em tordo do caso, se Bia concordasse em denunciá-lo como torturador. Mas quem há de convencê-la?

Bia diz não
Coincidentemente, nessa mesma noite, Bia encontra o grupo. Benny não perde tempo: “O dr. Hélio diz que seria importante você denunciar o Nenê”. Ela estaca, surpreendida. E não parece convencida: “Não vou fazer isso...”. O que é ruim, diz, ela quer apagar. Não acredita na eficácia da acusação formal: “De que adianta denunciar, se não acontece nada?!” Está morta de medo de que Oscar lhe faça algum mal novamente. Bem diferente do fantasma que ainda assombra seus pensamentos, suas lembranças, esse Oscar é de carne e osso e pode atentar contra ela fisicamente.

Será que ela muda de idéia?

Raquel decide voltar pra casa
Pra ficar perto dos filhos, ela decide voltar pra São Paulo
 
A banda Arquivo Geral está sendo um sucesso em Serro Azul. O salão paroquial está cada dia mais cheio, os músicos já conseguem ter uma grana pra comer e Raquel até conseguiu grana para comprar a perua que será usada nas viagens.

Tudo estaria perfeito, se não fosse por Raquel, que decidiu voltar pra casa. “Foi legal enquanto durou, mas amanhã volto pra São Paulo”, dá a notícia. Binho não se conforma. “Você é nossa empresária. Não pode deixar a gente na mão”, mas Raquel está decidida.

Fausto só quer saber o motivo dessa partida. “Estou indo por causa dos meus filhos. Vocês me dão saudades deles, mesmo nessas besteiras que vocês fazem”, explica. Será que Raquel pretende voltar para a sua vida anterior?

Pedro diz a Lúcia que a ama
Ela fica tentada a ficar com ele para dar o troco em Rui
 
Pedro já deu todas as diretas e as indiretas para mostrar a Lúcia que tem desejo por ela. Mas seus verdadeiros sentimentos nunca foram revelados. É atração? Admiração? Paixão? Amor? E Lúcia, agora que pediu a Rui para sair de casa, estará aberta a um novo romance?

Após o jantar entre os amigos que terminou em briga, Lúcia procura por Pedro para pedir desculpas pelo comportamento. O escritor havia dito que não entendia como alguém como Lúcia havia se desestruturado por tão pouco. “Você foi tão amável comigo, e eu fui tão rude com você”, se desculpa ela.

Pedro acha que a irritação da amiga foi infundada. Ele acredita que a psicanalista o está comparando com Rui porque, assim como o médico, ele teve um caso de uma noite durante a o casamento. “Você não foi rude, foi injusta. E eu entendo o que você está vivendo porque eu te amo”, responde ele beijando-a. Será que Lúcia dará o troco em Rui?

Agora quem não quer sou eu!
Depois de levar bolo, Fernando não quer mais fazer terapia de casal
 
De que Fernando é apaixonado por Vânia, ninguém tem dúvidas. Regina, sua colega de trabalho, cansou de dizer a ela o quão sortuda é por ter um marido tão dedicado. Seu amor se estende até aos filhos da esposa e ele ainda se dispôs a fazer terapia de casal.

O amor pode ser grande, mas a paciência nem tanto. Vânia falta à consulta na terapia e Fernando não a perdoa. “Foi uma confusão de manhã com o pai da Lena”, explica. O marido quer desculpas. “A gente só perde o que quer perder”, retruca magoado. Mesmo sem saber ao certo se deseja mesmo reatar seu casamento, Vânia pede uma segunda chance. “Na próxima sessão, eu juro que vou”.

Mas Fernando está muito magoado e não quer saber de terapia. “Não vai ter próxima sessão”. Será que ele também vai desistir do seu casamento?

Com quem Vânia deve ficar?

Votar » Ver Resultados
 
Alberto sofre hemorragia cerebral
Acontece de repente, no meio da pista de dança
 
Alberto não quer saber de cuidar da saúde. Procurou Rui apenas quando se sentiu indisposto e ainda assim acha que tem relação com alguma coisa que ele comeu. Ao ser questionado sobre seus hábitos noturnos, a resposta é simples: farra. Exercícios? Só mesmo as noites de dança com Iraci, sempre regadas de bebida alcoólica.
Com um quadro desses, não é de se admirar que Alberto tenha uma péssima surpresa. Em mais uma noite de “farra” no Chuva de Prata, como ele gosta de definir, Iraci leva um susto. Alberto passa mal durante o mambo e vai parar no hospital.
 “Seu Alberto sofreu uma hemorragia cerebral”, atesta Rui. Lena quer saber o quão grave é a situação. “Vamos ver a evolução nas próximas 48 horas, mas não vou enganar você, Lena. A extensão é séria”, alerta o médico.
Cadeia para Oscar
Benny vai parar no hospital depois de apanhar do ex-torturador
 
Benny quer justiça. Ele não se conforma de ter sido agredido e roubado por Oscar. “Isso foi obra de uma única pessoa?”, pergunta Helô ao ver o estado de Benny. Bia, a outra vítima de Oscar, sabe exatamente do que se trata e acha insana a idéia do amigo em atrair alguém como o torturador para sua casa. “Pra quê? Por quê? Olha o que deu mexer com isso outra vez! O que o Benny pode contra o mal?”, questiona, desesperada.


Mas o dono da editora não vai deixar barato. Ele não pretende viver esse pesadelo pro resto da vida como faz Bia, ele quer lutar com o mal, ele quer dar ao mal o castigo que ele merece. E Iraci está do lado de Benny. “Agora ele pode ser processado por tentativa de homicídio”, diz. Cíntia quer mais: “Não foi só isso. O cara roubou jóias, dinheiro e tudo o que podia”, completa.


Prender Oscar, apesar de ele ter deixado Benny numa maca, pode não ser tão fácil. “Quando tem polícia no meio, a coisa complica”, lembra Cíntia. Mas Iraci quer justiça, por Bia e seu amigo, e levanta uma questão importante: o ex-torturador pode ter deixado impressões digitais. Será que é dessa vez que Oscar vai preso?

Cupidos modernos!
Ivan, Igor e Rui acham que Tito deve ficar com Karina
 
Uma reunião típica masculina: estão em pauta carteado e mulher. O assunto surge com Igor, ao ver a foto de Karina seminua num quadro encostado no canto da parede da casa de Tito, quase que pra mostrar que ele não ficou abalado com tanta exuberância. Os homens fazem aposta de quando Tito irá finalmente ceder aos encantos da ex-modelo. Ele só quer mudar de assunto.

 
Igor, no entanto, está animado. Acha Karina linda e mostra logo interesse. “Se não quiser, eu quero”, diz. Mas Tito não consegue se desvencilhar do estereótipo da mulher bonita. “Se você gosta de mulher burra...”, retruca ele. Ivan não deixa por menos. Ele a defende e ainda diz que burro é o jornalista, que não consegue enxergar as qualidades da moça.

Vânia já disse ao ex-marido que não existe volta entre os dois e que Tito precisa de uma namorada nova. Será que Karina é essa mulher?

Flora teme por Davi!
Ela não perdoa Léo por ele ter se aproximado de Davi sabendo que vai morrer
 
Karina e Flora têm uma conversa difícil. A ex-modelo quer que a mãe de Davi convença Léo a se consultar com Dra. Heloísa. Mas Flora está irredutível. “O que você quer? Que eu amarre o Léo na cadeira e chame uma ambulância?”, diz ressentida. “Eu não sei persuadir ninguém a fazer o que não quer! E não vou perder meu tempo! Nem quero sentir mais raiva do Leo do que já sinto”, desabafa.

O motivo dessa raiva é Davi. Karina não acha justo sentir isso por alguém que está doente, mas Flora não se conforma que Léo só tenha aparecido na vida do filho depois que sabia que ia falecer. Os métodos do ex-marido também são questionados por ela. “Ele calculou nosso desespero e escolheu o momento a voltar à cena”, completa.

Karina é mais condescendente. Acha que no estado em que Léo está, ele tem direito de fazer o que quer. Flora sabe que pode lidar com a perda, mas e Davi? Seu sofrimento é pelo filho. “Léo não tem direito de deixar o filho órfão por duas vezes!”.

Cíntia estréia no Chuva de Prata
Pela primeira vez, ela se apresenta para o público hetero
 
“Meu amor quando me beijas, vejo o mundo revirar, vejo o céu aqui na Terra e a Terra lá no mar”, é com Lábios de Mel, de Waldir Rocha, que Cíntia quer estrear na boate Chuva de Prata.  O desafio é o maior de sua carreira até então. “É a primeira vez que me apresento num lugar tão grande e para um público tão diferente”, fala apreensiva.
Mas Dorival, seu mestre de cerimônias está confiante. “Porque não daria certo com sua graça e talento, Cíntia?”. Dorival, que também é acordeonista, conta à cantora que eles chamaram o melhor regional da noite para acompanhá-la, prometendo total sucesso para a sua noite de estréia.
Um encontro abençoado
Raquel consegue agendar a primeira apresentação de “Balanço Geral”
 
De um lado Raquel, uma mãe de família que acabou de ser abandonada pelo marido. Do outro, Fausto, um vocalista talentoso, numa banda nem tão talentosa, que acabou de ser passada pra trás pelo empresário. Um encontro que poderia não dar em nada, promete ser a grande chance na vida dos dois.

Raquel já chega botando ordem na bagunça. Depois do golpe do empresário, os integrantes da banda, sem dinheiro, resolveram voltar para suas casas. Mas ela não deixa e já parte pra ação. Ao chegar em Serro azul, ela procura pelo padre da igreja da cidade. “Vim lhe oferecer um bom negócio”.

O Padre não consegue entender, mas Raquel já pensou em tudo. “Vamos fazer assim: o senhor nos ajuda cedendo o salão paroquial para a apresentação do Balando Geral!”. E seus argumentos são bons. “Foi Deus quem fez nossos caminhos se cruzarem e foi o Espírito Santo quem me inspirou a te procurar”, continua.

Mas os desafios não param por aí. Depois de conseguir espaço pra banda tocar, a tarefa é convencer a banda a começar o show mesmo sem público. “Eles só vão entrar quando vocês começarem, vamos lá”, determina. Parece que Raquel se descobriu mesmo uma nova mulher.

Presente inusitado!
O jornalista ganha um quadro com uma foto de Karina nua
 
Parece que alguém está tentando provocar o conservador Tito. O jornalista estava à espera de Ivan, mas o amigo não veio sozinho. “O porteiro mandou entregar pra você”, diz entregando um grande embrulho. “Ele disse quem entregou”, estranha Tito, que não está acostumado a receber correspondências tão grandes.

E a surpresa foi maior do que ele esperava. “Que brincadeira é essa, Ivan”, reage Tito ao ver que o quadro é a foto de Karina nua. O jornalista não agüenta ficar perto da ex-modelo na revista e se irrita cada vez que ela fala alguma coisa. Ivan, que sabe da implicância de Tito, é o primeiro suspeito. “Não olhe pra mim! Eu não tenho nada a ver com isso”, se esquiva da acusação.

 
Mas Tito não se conforma com a provocação e se lembra que aquela foto era a que ficava na sala de Ivan. O amigo, contudo, lembra que esse quadro pertencia a Léo. “Então ele deve ter mandando por engano”, conclui Tito já mais calmo. Será que foi Léo quem enviou essa foto? E se foi o que será que ele queria dizer com isso?

Acabou a lua de mel!
Lorena corta um dobrado pra arrumar a bagunça dos filhos de Pingo
 
Parece que Lorena comprou gato por lebre. Ao pedir tantas vezes que Pingo abandonasse sua mulher para viver com ela, a estudante achou que ia viver em paz sua paixão. O que ela não contava, porém, era que numa virada de mesa, Raquel ia conseguir transformar sua lua de mel em lua de fel ao deixar os gêmeos em sua casa para Pingo cuidar.

A bagunça que os dois fazem na casa é tanta, que nem Suely, sua empregada há anos, consegue dar conta. “Mas nem lavando no tanque, vai ter lugar no varal pra estender esse tanto de roupa. Como é que faz?”, pergunta para a patroa. E o festival de notícias ruins não pára. “A senhora já deu uma olhada na bagunça do banheiro e da cozinha?”, continua Suely.

Lorena não quer saber, já se irritou o suficiente e vai logo avisando que será assim daqui em diante. Mas Suely não foi contratada para arrumar casa de quatro pessoas, mas sim de uma e já vai sugerindo à estudante que contrate alguém que possa dormir no serviço. “Eu não tenho quarto de empregada! Onde é que vou colocá-la pra dormir, no sofá com os meninos?”, responde irritada dizendo que vai aumentar o salário de Suely.

O problema, porém, não acaba aí. “E quando senhora quiser sair à noite com o professor? O que vai fazer com os dois? Levar junto”, questiona. É, por essa Lorena não esperava.

Pior cego é aquele que não quer ver!
Finalmente Lúcia descobre que Pedro é apaixonado por ela
 
Todo mundo sabia, menos ela. Quem lhe abriu os olhos foi sua filha caçula. Ao ver a mãe desanimada por causa da briga com Rui, Camila tratou de dar uma injeção de ânimos na mãe. “O que é isso? Deitada uma hora dessas?! Pode levantar que não vou deixar você aí!”, exige ela.

Lúcia, porém, só quer ficar deitada com a desculpa que está descansando. Mas Camila percebe que a mãe na verdade está se entregando a uma depressão. Então ela sugere: “Vá fazer compras, ao cinema, vá visitar alguém, mas na cama você não vai ficar”.

O que a menina não esperava, contudo, era que Lúcia só se animaria para encontrar uma pessoa: Pedro. “Eu podia visitá-lo... Ele é bom de papo!”, se anima. “E está gamado por você”, revela Camila. Lúcia, acha uma tolice, mas a caçula continua “só você não percebeu que o Pedro está apaixonado?”, questiona saindo.

Amor possível?
Pedro fica sabendo que Lúcia e Rui se separaram e se enche de esperança
 
Notícia ruim pra uns, ótima pra outros. Pedro está completamente apaixonado por Lúcia, mas não havia esperança para esse casal, já que o casamento da psicanalista com Rui era um modelo para todos os amigos. Depois que Lúcia descobriu que Rui teve uma filha fora do casamento, porém, isso mudou. A médica não consegue mais confiar no marido e pede pra ele sair de casa.


Essa notícia é como música para os ouvidos de Pedro. “Você já soube do Rui e da Lúcia?”, pergunta Ivan ao escritor. “Acabou!”. Pedro parece não acreditar naquelas palavras: “O que acabou?!”. E Ivan explica. “Ele contou que tem uma filha e ela está querendo se separar!”. Será que Lúcia vai corresponder às investidas do amigo?

Ivan se acovarda ao ver o estado de Raquel
Ele desiste de se separar de Regina por temer que a esposa fique como a amiga
 
Ivan não agüenta mais seu casamento. E Regina sabe disso, ele já foi bem claro com a esposa. Ela, porém, não se conforma. Não quer perder o marido e está pensando até em ter um filho. Mas Ivan só pensa em ficar com Lena.

O que o jornalista não esperava, contudo, era que Pingo fosse ser mais rápido do que ele. E que sua amiga Raquel reagiria tão mal. “Eu não tive coragem Tito.. Quando vi a Raquel naquele estado não tive coragem de falar em separação com a Regina”, desabafa Ivan.

Apesar de Tito concordar com a decisão do amigo, quem não vai gostar nada disso será Lena. Será que a artista plástica terá paciência para esperar mais do que já esperou pra viver essa paixão?

Acerto de contas!
Helô procura Lúcia para contar sobre a noite que Rui a traiu
 
Desde que Lúcia descobriu que Rui teve uma filha fora do casamento, ela não consegue pensar em outra coisa. A relação do casal ficou completamente desgastada. Lúcia não se conforma de não ter percebido no marido uma mudança de comportamento na noite da traição. Mas a Dra. Heloísa não tinha a intenção de separar o casal, ela só queria engravidar, e Rui era a pessoa mais próxima.


E é isso que ela tenta explicar a Lúcia, mesmo ouvindo da psicanalista que nada que ela possa dizer vai mudar o que aconteceu. “Não faz diferença você saber que tomei a iniciativa porque estava no meu dia fértil e queria engravidar?”, revela. “O meu objetivo era produção independente, sem envolver ninguém”, continua. Mas Lúcia não concorda, ela acha que mesmo que ele não soubesse a real intenção da médica, nada muda o fato de ele ter escolhido passar a noite com ela. E essa deslealdade, Lúcia não sabe se poderá perdoar.

Lúcia deve perdoar a traição de Rui?

Votar » Ver Resultados
 
Mais uma vítima
Oscar bate em Benny e rouba seus pertences
 
Benny consegue atrair Oscar para sua casa oferecendo a ele, na boate, uma nota de cem dólares. Ao chegar lá, ele fica fascinado com o tamanho da piscina da mansão. “Quer dar um mergulho? Ali tem roupões, toalhas e sungas de todos os tamanhos”, oferece Benny, amistosamente. Oscar agradece o convite, enquanto continua a observar o local.
Alguns minutos depois, Benny entra no quarto e encontra Jurandir recostado na cama. Ele se espanta ao saber que o companheiro conseguiu atrair Oscar e está com ele em casa. Benny se irrita e ordena que Jurandir caia fora. “Olha aqui, se ele te machucar, depois não reclama! Ninguém mandou você ficar sozinho com um assassino”, alerta Jurandir.

Após roubar quadros e jóias, Oscar destrói foto dos amigos

 
Benny volta para a piscina e, algum tempo depois, encontra Oscar observando seus quadros, na sala. Curioso, ele pergunta qual a obra mais valiosa e se interessa pelo retrato da mãe de Benny, que lhe responde que o quadro só possui valor afetivo. A conversa entre os dois prossegue, até que o tira perde a paciência e ordena que Benny pegue logo a sua grana.  Sem dar importância, ele pergunta se Oscar não quer continuar vendo os quadros.
Mas o policial está determinado. Não foi pra olhar que ele aceitou o convite de Benny e ao perder a paciência, ele bate com a cabeça de Benny no chão, até que ele fique imóvel e, irado, começa a revirar armários e gavetas. Depois de colocar dólares e jóias nos bolsos, ele desce as escadas, destrói a foto dos amigos do playboy e vai embora. “Eu avisei você! Por que não me escutou? Por que, Benny?”, fala Jurandir, que presenciou toda a cena, escondido.

Torcida para o padrasto
Rosa e Luís Carlos querem que Vânia volte para Fernando
 
Vânia está numa verdadeira saia justa. E Luís Carlos e Rosa vão dificultar ainda mais a sua situação. Fernando está fazendo de tudo para ter a esposa de volta: manda flores e cartões com mensagens românticas, além de, é claro, agradar seus filhos com presentes caros e modernos. E não é que a tática está dando certo?

Com essas atitudes, ele está conseguindo fazer com que Luís Carlos e Rosa pressionem a mãe para voltar para o padrasto. “Pelo amor de Deus, não deixa o tio Nando! Eu adoro ele, mamãe!”, suplica Luís Carlos ao ouvir que eles terão que mudar de casa, já que Vânia não tem condições de bancar o antigo apartamento. Será que, por amor aos filhos, Vânia mudará de idéia?

Unidas contra o torturador
Cíntia e Brenda estão determinadas a descobrir quem ele é
 
O passado parece estar de volta pra assombrar Bia. Em uma noite na boate, a astróloga ouve a voz do seu algoz. Ele pede uma cerveja, mas ela escuta nitidamente as palavras grosseiras que ele costumava dizer antes de violentá-la na prisão. Desesperada, ela sai correndo do lugar sem falar com ninguém.

Mas alguém a viu sair daquele jeito. E Cíntia quer saber o motivo. “O que é que deu em você ontem?”, pergunta. E Bia fica em pânico só de lembrar o porquê. “Eu vi aquele homem...o torturador, mamãe, ele estava na boate”, conta.  Iraci quer justiça e as amigas saber quem é o responsável por tanto pavor. Mas Bia não consegue se lembrar de nada além da jaqueta de couro e do rosto marcado.

E parece que elas estão próximas da verdade. “Sacou quem é o bofe? É aquele amigo do Alisson, o tira barra-pesada”, comenta Cíntia, após ver Bia sair correndo pro quarto. “Então vai ser fácil descobrir o nome do cara”, responde Brenda, aceitando o desafio de desvendar a identidade do malvado.

Amor não correspondido!
Bia se apaixona por Pedro, mas descobre que o amigo gosta de Lúcia
 
A notícia é muito boa. Pedro começou finalmente a escrever um novo livro depois de tantos anos sem uma linha sequer. E Bia não poderia ficar mais feliz pelo amigo. “A história do Rui e a visita à Lúcia me inspiraram. Comecei pela frase do Tolstoi sobre as famílias felizes...”, conta. “Qual o preço dessa felicidade? A alienação, a ignorância, a ocultação dos fatos, a mentira?”, questiona.


 
Bia, apesar de ficar feliz em ver o amigo retomando sua vida, não concorda com a sua opinião. Para ela, o casamento de Lúcia e Rui é feliz, diferente do que acontecia com Raquel e Pingo. Mas Pedro está convincente. “Ela não vai perdoar Rui quando souber que ele tem uma filha!”, continua, quase feliz por descobrir uma falha na relação da psicanalista. E Bia percebe isso. “Você está bem melhor, Pedro. Só falta você se apaixonar...”.


O que ela não esperava, contudo, era que Pedro já tinha em mente uma pessoa. “Acho que poderia me apaixonar... por uma mulher compassiva, delicada e dedicada... alguém como a Lúcia!”, declara o escritor. Essas palavras são uma decepção para Bia. Ouvir que o homem por quem ela sente amor e a quem tem se dedicado com tanto afinco, na verdade pensa em outra mulher. Será que a amizade continuará a mesma? Será que Bia lutará pelo amor de Pedro?

Bia deve lutar pelo amor de Pedro?

Votar » Ver Resultados
 
A virada de Raquel!
Ela decide viajar e leva os gêmeos para morar com Pingo e Lorena
 
Como disse Chico Buarque em uma de suas canções, “chega de mágoa, chega de tanto penar”. Essa música poderia ser a trilha sonora da vida de Raquel. Cansada de chorar e pensar em morrer por causa do abandono de Pingo, ela decide dar a volta por cima. E que maneira melhor para pensar na vida do que viajar? É isso que ela decide fazer.


Para isso, Raquel precisa encontrar alguém para cuidar dos gêmeos, que ainda são pequenos. Chico e Betânia já são grandinhos e podem ficar sozinhos em casa, mas Gil e Caetano não. Quem melhor pra cuidar do que o próprio pai? E será ele mesmo quem terá que tomar conta dos filhos mais novos.


Toma que o filho é seu!
 
Raquel arruma as malas de Gil e Caetano, coloca uma roupa e parte em direção da casa de Lorena, onde seu ex-marido passou a viver após a separação. O casal está em verdadeira lua de mel e espera qualquer pessoa em sua porta, menos ela. “Mas o que é isso?”, questiona Lorena ao abrir a porta. “Quer chamar o Pingo?”, fala Raquel com a maior calma do mundo.


Eis quando surge Pingo, vestindo apenas um roupão. Os gêmeos correm pra ele e dão a notícia “A gente veio morar com você!”. Pingo acha que é brincadeira, mas Raquel está segura. “Brincadeira por quê? Eles não são seus filhos?”. Como será que essa novidade vai refletir na vida do novo casal?

Tito declara seu amor a Vânia
Ele revela que ela é a única mulher que amou na vida
 
O que pode ser uma crise para uns, pode ser uma oportunidade para outros. Depois que Vânia convidou Fernando a sair de casa por não agüentar mais seus comentários preconceituosos, uma esperança reacendeu o coração de Tito.
O momento político é de frustração, é como se todos os seus esforços tivessem sido em vão, como se abandonar sua família por seus ideais, não tivesse valido a pena. E toda essa dor, fez com que ele avaliasse tudo que perdeu por conta de um ideal. Então, ele procura pela ex-esposa.

O momento da declaração

 
Ele chega na casa de Vânia com um presente na mão. Ela se desculpa pelo atraso, estava no banho. “Para você...é da Zélia Gatai...ela também é uma grande companheira... como você foi”, declara Tito. Vânia agradece o gesto e percebe que o ex-marido não está bem. Tito está com febre, mas nem uma doença poderia impedi-lo de dizer palavras que há muito ele esconde. “Estou péssimo, mas tinha que vir aqui para dizer que você é a única mulher que amei... Amo na vida”. E a abraça com emoção.

Existe chance de reconciliação entre Vânia e Tito?

Votar » Ver Resultados
 
Um passado que condena!
Rui revela à Lúcia que teve uma filha fora do casamento
 
A primeira desconfiança parte de Bia. Ela vai ao hospital onde Rui trabalha para pedir ao amigo que providencie a internação de Raquel, que se recusa a comer desde que Pingo a abandonou. Como o médico está numa cirurgia, é Helô, sua colega de trabalho quem a atende e diz que já pediu a ambulância. Bia, então, repara em cima da mesa a foto de uma menina. “É minha filha.... A Antônia é produção independente”, diz Helô. Intrigada, Bia não acredita no que ouve e conta para Pedro que acha que a menina é filha do Rui.

O momento da revelação

 
A mesa está arrumada para dois, velas acesas... “Estava imaginando que você ia me levar a um restaurante. Você não disse que queria ficar sozinho comigo?”, pergunta a psicanalista. O médico, porém, já pensou em tudo. Mandou as crianças para uma pizzaria, para poder ficar sozinho com a esposa em casa. “Quais são as suas intenções comigo, hein?”, pergunta Lúcia, intrigada por tanto mistério.
Não é de agora que Rui tenta dizer à esposa, mas tantas coisas estão acontecendo: a doença de Léo, o acidente, seguido do seu sumiço, a separação de Pingo e Raquel... “Você está pensando em se separar de mim?”, pergunta Lúcia. “Não... eu tenho uma filha com outra mulher”, desabafa ele. Será que Lúcia será capaz de perdoar a traição do marido?

Paixão fala mais alto
Após pedir a separação, Pingo se muda pra casa de Lorena
 
A proposta é tentadora. “Você não precisa manter uma casa. Pode morar aqui”, diz Lorena pra Pingo. Mas a idéia não agrada muito o professor. “Não vou deixar minha família para viver às suas custas”, retruca ele. Mas a jovem não desiste e usa todos os seus argumentos. “É a sua chance de ser feliz. Chega de viver em função dos outros. Está na hora de você ter uma vida pessoal”.

Aquelas palavras ecoam nos ouvidos de Pingo com força. E quando ele decide se separar de Raquel, o primeiro lugar pra onde ele vai é a casa namorada, na esperança de ter essa vida toda que a jovem descreve. O sabor da liberdade, porém, não é tão gostoso quanto ele imaginara. “É muito melancólico olhar para o que restou de dezoito anos de um casamento...Isto é tudo e quase nada...”, desabafa. Será que Pingo vai se arrepender de sua decisão?

A relação de Pingo e Lorena tem futuro?

Votar » Ver Resultados
 
Marcas de um passado
Marina não perdoa Lena por ter sido abandonada e a pune
 
O clima é de estresse entre mãe e filha. Desde que Guto, o pai de Marina, a deixou com Lena, as duas só fazem brigar. A rebeldia da filha da artista chega a tanto, que a menina escreve com carvão na tela que Léo mandou de presente para a amiga. “Por que você me odeia tanto? Quem envenenou você contra mim desta maneira perversa e ressentida”, questiona Lena.

A menina, porém, não se importa com aquelas palavras. “Você não falou que eu podia pintar se tivesse vontade”, pergunta. Mas Lena está magoada com a atitude da filha “Isso não é pintura” É violência, vandalismo!”.

O motivo de tanta raiva é Ivan. Foi ele quem passou pela casa de Lena e pediu que a menina deixasse um recado para sua mãe. E foi por amor a esse homem, que a artista abandonou o marido e a filha. E Marina sabe disso. A pergunta que fica é: será que um dia a menina será capaz de perdoar a mãe?

Você acha que Marina irá perdoar Lena?

Votar » Ver Resultados
 
O legado de Léo!
Pedro mostra o presente que Léo enviou e conta que traiu Márcia
 
No meio de uma conversa com Lúcia, Pedro mostra um presente que chegou naquela manhã. “Acho que foi o Léo quem mandou...”, diz. Para a amiga, não resta dúvidas “É claro que foi ele. E a mensagem é muito clara”, completa. Eles estão falando de um livro em branco.

Pedro, porém, não tem inspiração, não sabe sobre o que poderia escrever. Lúcia, no entanto acha que ele deve falar sobre o passado, sobre sua história com Márcia, que há tanto tempo vem lhe fazendo mal. “Não gostaria de estragar a imagem que as pessoas tinham do meu casamento..e que eu mesmo acabei tendo”, disse.

O escritor está falando de uma traição. “Na feira de Frankfurt, acabei me envolvendo com uma intérprete e ela descobriu. Márcia pensou que não amava mais, não entendeu que foi apenas uma transa inconseqüente”, revela. Mas a amiga não concorda com a observação de Pedro e acha que o amigo deve usar todo o lixo de sua história em algo belo. “Essa é a vantagem do artista, do escritor...transfigure Pedro... esse é o recado de Léo”. Será que ele terá coragem?

Léo está vivo?
Benny e Tito descobrem que ele esteve numa livraria
 
Em uma excursão a um Sebo com os filhos, Tito uma notícia que parecia impossível. “Léo está vivo, e esteve no dia anterior pedindo um livro”. O portador do aviso é Alex, o funcionário da livraria, que ao ouvir o nome de Léo ser citado em uma conversa com Benny, aproveita para dar-lhe um recado. “Se você está falando do Léo Rosemberg, avisa que eu já tenho o livro que ele pediu!”, diz.

A notícia é surpreendente que Tito e Benny interrompem um assunto polêmico sobre a infância do empresário, para encher Alex de perguntas como que livro Léo pediu e quando foi isso. “Ontem no fim da tarde”, diz o atendente. Mas os dois não acreditam “Você deve estar enganado! No fim da tarde de ontem, o Léo já tinha morrido!”, argumenta Tito. Mas Alex tem certza do que está falando. “Então foi o fantasma dele que entrou aqui pra pedir este livro”.

É o fim de uma família?
Pingo conta a Raquel que se apaixonou por Lorena.
 
Ao chegar em casa após uma viagem ao Rio, Pingo é recebido por Raquel, que corre para abraçá-lo, cheia de saudades. Revoltado, Chico pergunta ao pai por que ele não diz a verdade e conta com quem estava. Raquel reage energicamente e manda que o filho suba para o quarto e só saia de lá após um pedido de desculpas. No entanto, para sua surpresa, Pingo diz que o filho estava certo e admite que estava com outra mulher. “O nome dela é Lorena e foi pro Rio com o papai”, completa Chico, antes de sair da sala. Chocada, Raquel não acredita no que ouve e pergunta ao marido se a história não se trata apenas de uma invenção.

Chico ordena que Pingo vá embora de casa

 

Disposto a contar toda a verdade, Pingo diz ter ido ao Rio com Lorena e faz uma revelação: “Eu pensei que isto nunca fosse acontecer, mas estou apaixonado por essa moça, Raquel”, diz, constrangido.

Desesperada e sentindo-se atônita, ela o agarra e fala que não se importa com o fato de ele ter uma amante. Mas, dando fim às suas esperanças, Pingo diz que a separação é o melhor caminho para que a relação dos dois não se deteriore e termine em mágoa e amargura.

Raquel chora copiosamente, enquanto Pingo olha pra ela com compaixão. Chico entra na sala e, vendo o estado da mãe, ordena que o pai vá embora. “Pega as tuas coisas e cai fora! Eu cuido da minha mãe, seu canalha!”, fala o adolescente, enquanto o empurra.

Por um fio
Lorena vai pro Rio de Janeiro atrás de Pingo sabendo que Raquel estará lá
 
Cada dia que passa, a paixão de Lorena aumenta. A vontade de estar com seu amor vai ficando incontrolável e chega ao ponto da estudante ir atrás dele no Rio de Janeiro, onde o professor participará de um congresso. O problema? Pingo vai com sua mulher, Raquel, e a jovem sabe disso. “Eu já tinha reservado pra nós um hotel cinco estrelas”, cobra ela. “Você prometeu que me levava pro Rio e agora está roendo a corda”.

Pingo, porém, está de mãos atadas. Angustiado por seu filho saber do seu caso, ele não pode nem sequer inventar uma desculpa para Raquel não ir, afinal, a idéia partiu de Chico e a irmã. “Meu filho está sabendo de nós. Não sei como foi, mas Chico descobriu que tenho um caso com você. O clima está ruim e Raquel me comunicou que irá comigo, por sugestão dos nossos filhos”, explica ele.

Inconformada, Lorena não quer saber. Ela quer estar perto do amado, mesmo que corra o risco de botar tudo a perder. “Você pode ir pro Rio com sua mulher. Mas eu vou também!”, decide a jovem. No que será que esse encontro vai dar?

Preconceito não!
Vânia repreende Fernando por comentário sobre Benny
 
Na casa de Vânia, preconceito não tem vez. As crianças chegam de um final de semana na casa do pai e o descontentamento é nítido. Rosa e Luís Carlos só conseguem se lembrar de uma coisa boa. “Eu só gostei da parte do Van Dame”, diz a menina. Fernando não se conforma. Van Dame é o nome do namorado de Benny, amigo de Tito. “Você ouviu isso, Vânia?”, indaga.
Vânia, irritada, tentar fazer com que o marido não prolongue o assunto. “Tito deve estar em estado de choque com esta separação. Conservador do jeito que ele é...” Mas Fernando não se conforma e continua a implicar com as amizades do ex-marido de Vânia. “Se você acha natural seus filhos conviverem com...”, alfineta Fernando. Vânia, porém, está segura e firme nos seus propósitos e valores. “Na minha casa nunca se discriminou ninguém. Foi assim que fui criada e é assim que eles serão criados também”.
Esperança para Lena e Ivan?
O jornalista diz a Lúcia que deseja terminar seu casamento
 
Parece que o encontro com Lena e Léo inspirou Ivan a não adiar velhas decisões. É como se uma segunda chance de felicidade batesse à sua porta e agora ele não pode recuar. O assunto surge num jantar entre amigos. Vânia comenta com Ivan que viu sua esposa no clube no mesmo dia à tarde. Em tom de crítica ele rebate: “Ela não sai de lá! Vive correndo, fazendo ginástica, nadando!”. A amiga então parece dar uma boa notícia ao jornalista. “Eu a convidei para ser voluntária no hospital”.

Para Ivan, essa informação não é boa apenas porque vai fazer sua mulher se ocupar com outras coisas além da beleza. “Tomara que ela conheça algum médico e resolva se separar”, diz ele. Mas, ao ouvir isso, Lúcia não se conforma com a observação do amigo. “Por que está esperando que sua mulher tome a iniciativa da separação? Você não pode fazer isso, Ivan?” O problema é financeiro. Num mau momento na vida, Ivan não teria condições de pagar uma pensão para a ex e tampouco sustentar o filho que mora na Austrália.

Até quando será que isso será empecilho para que Ivan assuma finalmente seu amor por Lena?

Lena descobre a verdade
Léo conta à amiga que tem uma doença incurável
 
O momento é de saudosismo. Lena e Léo se lembram de quando matavam aula para ir ao cinema, teatro, ouvir música... “Eu aprendi tantas coisas com você”, diz para o amigo. “Foi você quem me ensinou a olhar e a descobrir esta cidade”. A admiração de Lena por Léo é imensa. “Você podia ser qualquer coisa: cineasta, arquiteto, poeta, artista plástico... Você me emprestou seu olhar para eu perceber melhor o que me cercava”, diz ela encantada.


Léo não deixa por menos. Declara o amor platônico que alimentava no passado pela amiga. “Mas você não percebeu que eu te amava. Que minha mãe te olhava feio porque sabia que eu estava apaixonado. Ela sabia que eu estava em suas mãos... Mas você não quis”. A amizade de Lena por Léo, o amor de irmão, de melhor amigo, era, porém, o que mais importava. “Afeto assim é muito raro, é precioso demais para o sexo botar tudo a perder”, diz a artista.


A conversa vai ficando cada vez mais intensa, carinhosa, até que Léo faz um pedido. “Você passaria essa noite comigo? Sem sexo, só abraçados, Lena?” E aquela súplica deixa a amiga intrigada. O que poderia estar acontecendo de tão grave com Léo? “Eu não tenho muito tempo de vida, meu bem..”, revela. Ela não se conforma, quer que o amigo se trate, procure os melhores médicos, tente ao menos uma chance de vida.


Mas Léo já encontrou sua forma de vida, tocar o coração de cada um daqueles que tocou o seu, transformar sua morte em uma obra de arte. Seu pedido para Lena? “A cada dia vai viver a vida de maneira mais intensa. Não vai se defender do que sente... E não vai ter medo”. Será que Lena será capaz de atender o pedido do amigo?

Amizade ou amor?
Bia não se conforma com a bagunça em que Pedro vive e arruma sua casa
 
“Um amigo verdadeiro é alguém que crê em ti ainda que deixes de crer em ti mesmo”. Com certeza essa frase poderia ter sido inspirada em Bia, pelo menos quando o assunto é Pedro. Ao fazer uma visita na quitinete onde o amigo mora, a astróloga fica espantada com o cenário à frente: pratos sujos na pia, algumas embalagens de comida delivery, tanto na mesa de trabalho quanto no fogão, a cama desfeita e com jeito de que não foi trocada ou arrumada há tempos. A vida de Pedro está uma zona!
Como boa amiga que é, Bia, enquanto espera Pedro tomar banho, resolve dar um jeito naquela bagunça. Ela começa pela cama, pega a camisa que está por cima e cheira, de olhos fechados, quase que revelando um sentimento mais intenso do que amizade. Vai recolhendo o lixo da sala, lavando a louça... Em seguida prepara um chá para o amigo que, enquanto isso, chora escondido ao lembrar da sua falecida esposa. Com certeza é uma amiga e tanto. Mas será que é apenas amizade o que ela deseja de Pedro?
Torcida para Tito
Marlene defende o ex de Vânia e lamenta que ela tenha ficado com Fernando
 
A discussão começa num almoço em família: Fernando, Vânia, as crianças e a sogra Marlene. A mãe de Vânia acha que eles não deveriam ter ido ao encontro oferecido por Léo. “Eu não sabia que a gente ia se amolar tanto, mamãe!”, explica. E Fernando não deixa por menos. “Toda vez que a gente encontra o Tito é uma chateação”, diz. Mas Marlene não concorda com a forma como os dois tratam o ex-genro. “Eu não acho saudável vocês falarem mal do Tito na frente das crianças”, repreende ela. Vânia não quer saber. Ainda guarda mágoas da relação que teve com Tito, quando era sempre deixada de lado pelos interesses políticos do ex-marido. “Tito se encarrega de destruir a imagem dele sozinho”, justifica. Marlene, porém, entende o lado do ex da filha “Tito é desajeitado, mas é um bom pai. Ele faz o que pode e tenta fazer o melhor, mas como é que vai competir com um homem que lhe tirou a mulher e os filhos?”, argumenta. Apesar de ouvir que Vânia não rompeu o casamento por causa de Fernando, Marlene vai além nas críticas. “Eu nunca poderia imaginar que você ia trocar o Tito por um homem que se preocupa com vaga em estacionamento”, completa. Será que as palavras de Marlene vão pesar sobre a cabeça de Vânia?
Flagrante desconcertante
Chico flagra Pingo se declarando para Lorena e fica transtornado
 
A vida do jovem Chico nunca mais será a mesma. O que era pra ser um divertido e inocente reencontro entre amigos na serra torna-se o começo de brigas e decepções em família. É que Pingo, num impulso de paixão, liga para Lorena. “Estou ligando para dizer que estou com saudades. E eu só faço pensar em você, Lorena”, diz ele. O que ele não esperava, porém, era que Chico, seu filho adolescente, estava ali na porta ouvindo tudo.
 
Com a descoberta do caso amoroso do seu pai, Chico fica transtornado e nem mesmo consegue ficar perto de Pingo. Para ele, o respeito acabou. Sua única preocupação é que sua mãe não sofra com as escolhas do pai. Mas será que o jovem terá coragem de contar para Raquel? E será que ele deveria?

Chico deve contar a Raquel sobre o caso de Pingo?

Votar » Ver Resultados
 
A despedida
Léo revela para Karina e Flora que irá partir sem previsão de volta
 
“O que é que você está me escondendo?”, perguntou Karina a Léo. Se ela imaginasse a notícia que estava por vir, talvez preferisse ter se calado. Porém, após ver seu namorado abraçando a Flora, sua ex-mulher, a moça de atitude firme não poderia ficar imaginando coisas, pois prefere a verdade, seja qual for. E ela não é das melhores: Léo está indo embora. Ele estava só esperando ficar a sós com a namorada para dizer: “Vou me ausentar por tempo indeterminado”.
A bela ex-modelo não se conforma. “Se ausentar como? Você vai viajar com a Flora?”. Léo, contudo, está firme, vai viajar sozinho e não quer deixar a companheira desamparada. Mas ela não quer ficar assistida, ela quer Léo. “Me leve com você, pelo amor de Deus! Não me deixe sozinha, por favor não me deixe”, implora Karina.

Uma despedida especial

 
Depois da conversa delicada com a namorada, é hora de Léo se despedir de Flora. E no meio da sua tristeza, ele só quer a companhia de uma pessoa: Davi, seu querido filho. “Você deixa o Davi comigo? Amanhã é feriado, ele não tem aula, queria muito passear com ele, Flora!”, pede com afinco. Quase que pressentindo a separação iminente, Davi também quer estar com pai, mais do que nunca, quer aproveitar todos os momentos com Léo...  Enquanto isso for possível.

O maior truque de Leo
Simular a própria morte antes de transformar a vida dos amigos
 
Misteriosamente, durante a confusão que acontece em sua festa, Léo, permanece sereno. De alguma forma ele sabe que aquela inevitável explosão de hostilidade é de certa forma necessária para que todos venham novamente a refazer os laços de afeto – mesmo que pouco a pouco. O desejo de resgatar o amor entre os membros da família e de ajudá-los a recuperar os sonhos e os ideais perdidos, no entanto, permanece inalterado. Com a paciência de um escultor que delicadamente talha sua maior obra-prima, Léo segue com seu plano.

 
Morte simulada
Depois que os amigos retornam a São Paulo, ele simula a própria morte em um acidente. Seu carro cai nas águas de uma represa e seu corpo desaparece misteriosamente. A notícia é um choque. Em meio às buscas pelo corpo, a dúvida sobre se foi acidente ou suicídio e a dor absurda perda de um grande amigo, a família acaba se reaproximando. No entanto, após uns dias, Léo reaparece, a principio para uns, depois para outros – mas sempre de uma maneira especial. Assume que não morreu e que, mesmo doente, nunca se sentiu tão vivo. Nesta caminhada, ele ajuda, com pequenos gestos e estímulos – e também alguma magia –, os amigos a voltarem a comungar de suas próprias essências.

Alegrias, dores e pulsões do homem
Queridos Amigos é a história de gerações que lutaram para mudar a História
 
“Eu queria fazer desta reunião de ‘família’ o elogio do afeto, da tolerância e da solidariedade!” O brinde erguido pelo personagem Léo (Dan Stulbach) é a síntese de Queridos Amigos, que estréia na TV Globo nesta segunda-feira, dia 18 de fevereiro. A minissérie é escrita por Maria Adelaide Amaral e dirigida por Denise Saraceni – direção geral e de núcleo –, com o diretor convidado Carlos Araújo e os diretores Vinícius Coimbra, Flávia Lacerda, Maria de Médicis e Cristiano Marques. O primeiro capítulo terá uma hora de duração e vai ao ar logo após o Big Brother Brasil 8. Na semana seguinte, a série passa a ser exibida de terça a sexta-feira – depois do reality show e, nas quartas, na seqüência do Futebol – totalizando 25 capítulos.

 
Primeira vez

Essa é primeira vez que Maria Adelaide adapta uma obra original sua para a televisão. O romance “Aos Meus Amigos”, publicado em 1992 e dedicado ao jornalista Décio Bar, Maria Adelaide escreveu a partir da enorme necessidade que sentiu de contar as vivências dos amigos e da própria geração. “Queridos Amigos é a história de qualquer geração que lutou para mudar a História e a mudou de certa maneira. Na transposição do livro para a minissérie permanece o tom e a sensação de que poderíamos ter feito mais, mas fizemos apenas o que foi possível”.

Tom intimista
Os personagens falam e agem de acordo com suas experiências pessoais – afetivas, profissionais e políticas – e dos reflexos delas em suas vidas. É, portanto, uma minissérie com tom intimista e humanista e trata das alegrias, dores e pulsões do homem. “Como no livro de Maria Adelaide e na vida, vamos redescobrir a esperança. Para isso, temos que desconstruir nossas acomodações”, reflete a diretora Denise Saraceni, em uma das anotações de seu caderno.

Ninguém será mais o mesmo
Festa de Leo deflagra nos amigos um processo irreversível de mudança
 
Seria correto dizer que a história de Queridos Amigos começa na noite em que Léo (Dan Stulbach) sonha a própria morte enquanto observa placidamente seus amigos tentando salvá-lo em vão. A minissérie começa assim, mas não a história. Essa se inicia muito antes daquele sonho. Começa quando um grupo de amigos, de tão íntimo, passou a se auto-intitular de “a família”. Alguns se conheceram na infância; outros, mais tarde, no colégio, no trabalho, na rua; depois vieram os companheiros, os agregados e, num determinado momento da juventude, em meio aos turbulentos anos 70, aquele núcleo já era mais que uma família.

Rumos diferentes
Juntos compartilharam de sonhos, amaram, choraram, riram, viveram intensamente todo tipo de experiências – algumas maravilhosas; outras, verdadeiramente dramáticas. Ninguém escapou impunemente da truculência da ditadura. Mas, felizmente, todos chegaram aos anos 80 sãos, salvos e mais unidos que nunca. No entanto, a última vez que se encontraram, todos juntos numa grande festa, foi no réveillon de 1981 para 82. Depois, cada um seguiu seu caminho, sua própria vida – desencontraram-se.


 
A festa

Em 1989, quando começa a trama, nos deparamos com esses amigos em situação bastante diversa. Léo descobriu que tem uma doença grave e que essa doença pode levá-lo à morte, se não tratada. Mas, em vez de procurar tratamento – ou ao menos um diagnóstico preciso –, ele escolhe fazer dessa situação uma obra-prima. Ao se dar conta da morte iminente – e entender que é apenas quando tomamos consciência dessa realidade imutável que damos o verdadeiro valor à vida –, Léo escolhe modificar a realidade das pessoas que ama, e transformar as relações entre elas. Então, ele decide fazer uma festa para reunir novamente a família em sua casa na Serra da Cantareira, onde mora com Karina (Mayana Neiva), afastado da cidade grande.

Mudanças irreversíveis
A festa acaba se transformando num verdadeiro desastre, um festival de troca de acusações e uma explosão de rancores. Mas, sem que ninguém saiba, deflagra em todos um processo irreversível de mudança. Queridos Amigos é a história desse reencontro e de todas as suas conseqüências, cuja principal – para todos, sem exceção – é o resgate de seus antigos sonhos, paixões e ideais.

Motivos de sobra para discordar
Todos têm rancores e ressentimentos para fazer azedar a festa de Léo
 
A idéia de Léo (Dan Stulbach) é mais que louvável. Reunir os amigos queridos, “a família”, acabar com essa diáspora involuntária, compartilhar experiências, conviver, discutir o futuro. Mas a festa desanda. Ressentimentos vêem à tona e um desagradável sabor azedo estraga o humor de todos. No entanto, Léo sempre soube o que encontro reservava. Sabia, por exemplo, que Lena (Débora Bloch) iria rever Ivan (Luiz Carlos Vasconcelos), o ex-amante que desistiu de viver um grande amor com ela consciente de que Lena largara a família para ficar com ele. E sabia que Lena continuava apaixonada por ele, mesmo magoada. Léo também sabia que Pingo (Joelson Medeiros) teria de deixar as amantes em São Paulo – no caso, Lorena, sua aluna e seu relacionamento mais sério dos últimos tempos –, para posar de bom marido na frente de Raquel (Maria Luisa Mendonça) e dos filhos, mesmo sabendo que todos ali conhecem e muito bem suas escapadas.

 
Mazelas e desafetos

Léo sabia que Tito (Matheus Nachtergaele) iria esbarrar com Fernando (Tato Gabus Mendes), atual marido de sua ex-mulher Vânia (Drica Moraes) e que sofreria ao assistir o carinho que seus filhos têm por Fernando, enquanto Tito, o pai, é por eles solenemente ignorado. Sabia também que a amiga Bia talvez se sentisse humilhada em meio àquela gente por estar sem emprego e totalmente dependente da mãe, apesar de estar com quase 40 anos. E quanto a Pedro (Bruno Garcia)? Léo tinha plena consciência de que na presença dos amigos deixaria exposta suas fraquezas e o estado depressivo que se encontra desde que a mulher morreu – e, pior, sabia que lá ele encontraria Benny, seu antigo editor.

L
 
íngua ferina

E, para coroar a festa, Léo sabia que todos ali teriam de aturar a língua ferina e as ironias de Benny (Guilherme Weber), o mais cáustico dos amigos. O que Léo não sabia é que, atendendo a um pedido seu para que não trouxesse Jurandir, seu companheiro homossexual, Benny chegasse à sua casa na companhia de um travesti, a doce Cyntia (Odilon Esteves) – só pra chocar. As provocações de Benny – que cutuca as feridas de cada um, e ataca até Lúcia (Malu Galli) e Rui (Tarcísio Filho), tidos como o casal perfeito e sem problemas – transformam o encontro numa cilada.

Outras Novelas
Malhação 2008Desejo ProibidoBelezap PuraDuas CarasMinissérie Queridos Amigos
[Copyright 2004 - 2008]