Campeonato do Nordeste
Final


21 de Março
Sábado
16:00h


Bahia 3 x 1 Sport 
Estádio: Otávio Mangabeira (Fonte Nova)
Local: Salvador/BA

Gols: Preto, Nonato(2) (Bahia) e Leomar (Sport)
Renda: R$ 531.792,50
Público: 65.924 pagantes.

Bahia: Émerson; Japinha, Jean Elias, Carlinhos e Jefferson; Preto, Bebeto, Capixaba (Mantena) e Alex Oliveira; Nonato (Fábio Costa) e Robson (Washington).
Técnico: Evaristo de Macedo.
Sport: Zetti; Rodrigo, Flávio, Erlon e Rondinelli; Leomar, Sidnei, Eduardo Marques (Fabinho) e Valdo; Gílson Batata (Irany) e Leonardo.
Técnico: Levir Culpi.
Cartões amarelos: Rodrigo, Nonato e Jean Elias.
Árbitro: Antônio Pereira da Silva (GO); 
Assistentes: Filomeno Dourado dos Santos (GO) e Junio Antônio Costa (GO). 
Clique aqui e veja o que a imprensa falou antes do jogo.
Título do Bahia vai acabar com tabu na Fonte Nova (Jornal Correio da Bahia)
Bahia mantém ritmo para a decisão (Jornal A Tarde)
Frevo ou axé? (Jornal do Commercio)
Leão busca o tri na toca do Bahia (Jornal Diário de Pernambuco)
Clique aqui e veja o que a imprensa falou Depois do jogo.
Bahia bate o Sport e vira o Rei do Nordeste (Jornal Correio da Bahia)
Bahia é campeão da Copa do Nordeste 2001 (Jornal A Tarde)
Sport derrotado. E a festa é dos baianos (Jornal do Commercio)
Bahia engole o Sport e é campeão (Jornal Diário de Pernambuco)


Informações 
sobre o jogo


Imprensa baiana (Antes do Jogo)
Título do Bahia vai acabar com tabu na Fonte Nova (Jornal Correio da Bahia)
Estádio jamais sediou uma grande conquista do clube tricolor
Pablo Reis
Não é só o título do Campeonato do Nordeste que está em jogo para o Bahia no confronto de hoje, às 16h, contra o Sport. Caso consiga a vitória, além de levantar a taça de campeão regional pela primeira vez, o tricolor também vai estar dando um presente adicional para sua torcida. Será a primeira vez, nos 70 anos de história do Bahia, que a Fonte Nova vai sediar uma conquista do clube em campeonatos oficiais, excetuando-se competições estaduais. O templo da paixão tricolor, identificado com a mística das cores azul, vermelho e branco, jamais testemunhou grandes conquistas do clube. Estas aconteceram distantes de sua torcida e mais ainda do estádio localizado às margens do Dique do Tororó.
Nos dois títulos nacionais da equipe, a volta olímpica foi protagonizada em campos fora da Bahia. Em 59, após jogos na Vila Belmiro e no Octávio Mangabeira, o título da Taça Brasil foi festejado no Maracanã, depois da vitória por 3x1 sobre o Santos. Situação semelhante foi vivida no Brasileiro de 88, quando o Bahia confirmou o mando de campo no primeiro jogo da final vencendo o Inter por 2x1, mas levantou a taça longe da galera tricolor, empatando por 0x0, no Beira-Rio, no início de 89.
Na história recente, o Bahia teve duas chances de conquistar a Copa do Nordeste. Em 97, foi goleado pelo Vitória por 3x0, na Fonte Nova, ganhou por 2x1 no Barradão, mas não ficou com a taça. Dois anos depois, a situação foi mais traumática. Depois de perder por 2x0 no Barradão, o Bahia tinha a chance de ficar com o título na Fonte Nova, mas ganhou pelo placar de 1x0, insuficiente para ser campeão.
Tabu e vantagem - Torcida e jogadores querem exorcizar de vez esse fantasma. A busca pela 12ª vitória consecutiva é o maior objetivo do elenco do Bahia, que encerrou a preparação na manhã de ontem com um recreativo. A disputa em jogo único é considerada uma vantagem, por causa da promessa do estádio inteiramente tomado por um único anseio tricolor.
O técnico Evaristo de Macedo vai poder utilizar a mesma equipe que começou jogando na vitória contra o Fortaleza. O atacante Robson está confirmado ao lado de Nonato. O lateral Jeferson não treinou ontem com o grupo, em virtude de um exame odontológico que realizou pela manhã. Recuperado da furunculose que o incomodou nos últimos dias, Jeferson vai estar em campo para ajudar no triunfo da equipe.
Com o time entrosado e o apoio da torcida, o favoritismo é todo para os baianos. Mas os atletas não deixam o excesso de otimismo atrapalhar os planos de ser campeão. Desde o Baianão de 97, o Bahia não ganha um título. O jejum pode ser aliviado com uma boa atuação em 90 minutos, sacramentando a lua-de-mel entre clube e torcedor, que já dura dois meses.
Receita é raça e cautela
"Nós estamos preparados para tudo. Vai ser um grande jogo". A afirmação do técnico Evaristo de Macedo dá a exata medida do grau de empenho com que o Bahia vai entrar em campo, hoje, para decidir o Campeonato do Nordeste. Com a experiência acumulada em mais de três décadas como treinador, Evaristo sabe da dificuldade de vencer o Sport, mesmo jogando em casa. "Toda decisão é imprevisível, por isso a parte emocional conta muito. É minha tarefa passar tranqüilidade aos jogadores", ressalta.
O meia Luís Carlos Capixaba confia na força da torcida para acuar o Sport. "Espero casa cheia, pois o apoio do torcedor tem sido fundamental em nossas vitórias", descreve. Tudo indica que o pedido do jogador será atendido. A expectativa é de que os 66 mil ingressos sejam esgotados nas bilheterias da Fonte Nova.
Um dos responsáveis pela festa no estádio pode ser o atacante Robson. Ele promete garra redobrada para marcar seu sétimo gol na competição.
A partida marca o encontro do melhor ataque (Bahia, com 35 gols) contra a melhor defesa (Sport, com 11). O Sport, que foi eliminado anteontem da Copa do Brasil pelo Flamengo-PI, fez questão de mostrar que sua prioridade é o Campeonato do Nordeste, pois utilizou um time reserva contra os piauienses. Hoje, entretanto, a equipe pernambucana vai com força total para cima do Bahia em busca do título. O time só terá o desfalque de Rodrigo Gral, suspenso. Em seu lugar entra Gilson Batata.
Duelo de técnicos campeões
Se dentro de campo, o confronto entre os jogadores de Bahia e Sport promete ser acirrado e com lances empolgantes, na margem do gramado a expectativa é por um duelo tático semelhante ao jogo de xadrez. Com estilos e percursos biográficos diferentes, Evaristo de Macedo e Levir Culpi têm em comum carreiras cheias de conquistas. Outro ponto de união é o fato do atual técnico do Bahia ter comandado o então zagueiro Levir Culpi, em rápido período no Santa Cruz, na década de 70.
O encontro de gerações é uma prova de que o conhecimento, principalmente quando relacionado às artimanhas do futebol, não envelhece. Evaristo de Macedo considera a situação pitoresca. "É curioso e agradável enfrentar um ex-jogador como o Levir. Mas acredito que, quando a bola rolar, o passado vai ser deixado de lado em nome da vitória", salienta.
Ambos têm no currículo vitórias nas principais competições brasileiras. Levir venceu a Copa do Brasil de 96, dirigindo o Cruzeiro, e o Paulistão de 2000, pelo São Paulo. Já Evaristo ganhou o Brasileirão de 88 com o Bahia e levou o Grêmio ao título da Copa do Brasil, em 97, entre seus títulos mais importantes como técnico. Apesar de terem em comum o perfil de vencedores, os dois tiveram trajetórias bem diferentes.
Levir Culpi é um representante da nova linhagem de supertécnicos do Brasil. Nascido em Curitiba, em 28 de fevereiro de 53, dedicou os últimos 15 dos seus 48 anos à profissão de treinador de futebol. Nesse período, passou por 18 equipes. Levir começou a carreira comandando o Juventude-RS, em 86, e já teve experiências em clubes do exterior, com o Ettifaq, da Arábia, e Cerezo Osaka, do Japão.
Evaristo tem mais história para contar, ao longo de seus 67 anos de idade. O carioca, nascido em 22 de junho de 33, dirigiu todos os grandes times do Brasil, e inclusive a Seleção Brasileira, mas mantém um caso de amor com o Bahia. Em sua quinta passagem pelo clube do Fazendão, ele dá mostras que ainda tem muita pólvora para queimar. Apontado como possuidor de gênio forte, Evaristo não gosta de ser identificado como estrategista. Para ele, essas denominações são meros enfeites ao trabalho do treinador.

Bahia mantém ritmo para a decisão (Jornal A Tarde)
Selma Morais 
O Bahia não muda a rotina nos dias que faltam para a decisão do título do Campeonato do Nordeste, neste sábado, às 16 horas, no Estádio da Fonte Nova. Trabalho é a palavra mais ouvida entre todos do elenco tricolor e hoje as atividades serão desenvolvidas em dois turnos, numa clara demonstração que o time não está perdendo tempo e que vai partir com tudo para cima do Sport, de Recife, para tentar garantir esse título inédito. 
Ontem os trabalhos continuaram no Fazendão, com o técnico Evaristo de Macedo e o preparador físico, Lúcio Novelli, exigindo muito dos jogadores. A novidade do treinamento foi a presença do atacante Robson e do meia Fábio Costa. O primeiro ficou afastado do coletivo da última terça-feira devido a dores nas costas, enquanto Fábio deixou o treinamento com problemas intestinais. Com o retorno dos atletas, Evaristo está com o grupo completo para o último coletivo, possivelmente hoje à tarde, que ele deve realizar visando a final do campeonato. 
Torcida 
A principal arma do Bahia contra o time pernambucano será, indiscutivelmente, a torcida tricolor, que deverá lotar as dependências do Estádio da Fonte Nova para incentivar a equipe baiana nessa empreitada. A pedido da diretoria tricolor, os ingressos vão começar a ser vendidos amanhã, a partir das 9 horas, em 10 guichês do estádio. As torcidas organizadas estão programando uma “invasão” na Fonte, com uma festa digna da campanha que o time vem fazendo na atual competição e também na Copa do Brasil. 
Para completar a festa da torcida, a diretoria de Marketing do tricolor promete também algumas novidades, como sistema de som atingindo todas as áreas do estádio, mesmo com o nível de decibéis controlado, para evitar problemas que já ocorreram anteriormente. Também deve acontecer um espetáculo de fogos, na parte externa do estádio, e no campo a presença constante do mascote tricolor, o Super-Homem. O palco vai estar pronto para que as estrelas (os jogadores) possam brilhar e ao final da partida a Associação de Clubes de Futebol do Nordeste (ACFN) faça a entrega do troféu e das medalhas ao time campeão e ao vice. Um palco está sendo montado para essa solenidade. 
Árbitro 
O presidente da Federação Baiana de Futebol, Ednaldo Rodrigues, confirmou que solicitou à Confederação Brasileira de Futebol a escalação de um árbitro integrante do quadro da Fifa e de estados fora do eixo Norte/Nordeste. Ednaldo afirmou que dificilmente a CBF vai repetir o árbitro da partida do último sábado, Márcio Resende de Freitas, como queria o Bahia. “Mas com certeza será um juiz de categoria e que vai desenvolver um bom trabalho”, afirmou o presidente da entidade. 
Em meio ao bom momento do tricolor baiano, a diretoria vai inaugurar, amanhã, às 7h30, o campo de grama sintética na Sede de Praia Paulo Maracajá, incluindo iluminação, vestiários, estacionamentos e bar. Para a inauguração vai acontecer um torneio quadrangular entre duas equipes da diretoria tricolor e duas representando a imprensa esportiva.

Imprensa pernambucana (Antes do Jogo)
Frevo ou axé? (Jornal do Commercio) 
Com expectativa de recorde de público no Campeonato do Nordeste, Bahia e Sport decidem o título da competição
Salvador e Recife param, às 16h de hoje, para assistir à decisão do 1º Campeonato do Nordeste, entre Bahia e Sport. O Estádio da Fonte Nova, na capital baiana, deve abrigar o maior público da competição. No Recife, diante de aparelhos de TV, torcedores rubro-negros estarão ligados na final, que promete ser emocionante. De um lado, o embalado time do técnico Evaristo de Macedo, que vem de 11 vitórias consecutivas. Do outro, o Sport, de Levir Culpi, que chega à decisão após uma campanha irregular, tendo crescido nos jogos decisivos e conta com a experiência de Valdo, Zetti e Leonardo. 
Sport leva fé na sua tradição 
POR IVAN MOARES FILHO
Enviado especial
SALVADOR – Mesmo desfalcado, cansado e atuando fora de casa, confiança é o que não falta ao Sport, que disputa com o Bahia, hoje, a final do Campeonato do Nordeste, na Fonte Nova, às 16h. O time vem de uma maratona de jogos e não conta com dois atletas importantes: o zagueiro Sandro Blum, que continua machucado, e o atacante Rodrigo Gral, expulso contra o Náutico.
Os dirigentes rubro-negros tentaram conseguir um efeito suspensivo que liberasse Gral para entrar em campo, mas o pedido não chegou nem a ser julgado pela CBF. Neste caso, joga Gílson Batata. O atacante Leonardo garante não temer os gritos dos mais de 60 mil baianos que tentarão empurrar a equipe da casa. “Essa pressão não vai nos afetar”, avalia.
Leonardo atuou apenas 45 minutos nas últimas três partidas do Sport (contra Náutico, AGA e Flamengo/PI) e garante estar no melhor de sua forma. “A contusão (contratura na coxa) não me incomoda mais”, afirmou. Quem também está garantido entre os 11 é o meia Ricardinho. O sertanejo ‘movido a leite de cabra’ levou uma pancada no tornozelo na partida contra o Flamengo/PI, mas foi liberado pelo Departamento Médico e pretende vencer a primeira final da vida. 
A delegação chegou à capital baiana, ontem. Ao contrário do prometido, não havia torcidas organizadas do Vitória esperando no aeroporto. Os torcedores do Bahia não perderam a piada. “Se eles não estavam nem indo para os jogos do próprio clube, avalie fazer festa para o time dos outros.”
O técnico Levir Culpi garante que não há favoritos. “Se eles vêm de 11 vitórias, nós ganhamos as cinco últimas partidas que disputamos pelo Nordestão. A melhor equipe da competição foi o Náutico e vencemos. Tenho um time de chegada que não vai amarelar diante do desafio”, disse.
INGRESSOS – A diretoria do Bahia disponibilizou 66 mil ingressos para a final. A quantidade é a máxima permitida para a Fonte Nova depois do último cálculo feito por engenheiros contratados pela CBF. Desses ingressos, dois mil estão sendo vendidos numa bilheteria especial para rubro-negros. Até as 18h de ontem, 16 mil torcedores já haviam sido vendidos.

Leão busca o tri na toca do Bahia (Jornal Diário de Pernambuco)
Sport parte com força total para manter hegemonia pernambucana no Campeonato do Nordeste
Humberto Santos
Enviado especial
SALVADOR - Bahia x Pernambuco. Mais uma vez a hegemonia do futebol na região Nordeste está em jogo. A decisão do Nordestão, hoje, às 16h, em Salvador, colocará frente a frente não apenas os times do Sport e do Bahia, mas uma rivalidade que vem de décadas. Todos os ingredientes para uma grande partida estão presentes. Os dois times jogam completos, com força máxima. O Leão busca o tricampeonato na competição e o tricolor da Boa Terra quer o título inédito que falta à sua galeria de troféus. 
A Fonte Nova deverá ser o palco de uma batalha inesquecível. Os 66 mil ingressos colocados à venda pela diretoria do Bahia já estão praticamente esgotados. Três mil serão disponibilizados para os torcedores do Sport, que se juntaram em caravanas e, de ônibus ou de avião, vieram para Salvador a fim de dar apoio ao time pernambucano. 
A importância do jogo para o Sport pode ser medida pela atitude do treinador Levir Culpi que, visando a decisão de logo mais, poupou a maioria dos titulares do jogo de quinta-feira, contra o Flamengo/PI, pela Copa do Brasil, quando o seu time precisava de uma vitória por três gols de diferença para enfrentar, na próxima fase da competição, o Corinthians. Os rubro-negros venceram a partida por 1 x 0, mas acabaram desclassificados por terem perdido o jogo de ida, em Teresina, pelo placar de 2 x 0. Essa saída prematura da Copa do Brasil deve ajudar a tornar a partida de hoje ainda mais fundamental.
Mas a importância do jogo de logo mais não fica por aí. Primeiro tem a parte financeira, já que o vencedor vai receber cerca de R$ 200 mil. Em segundo lugar, o campeão já garante uma vaga na Copa dos Campeões, torneio que será realizado em julho, em Maceió e João Pessoa, entre os campeões regionais, cujo vencedor garante uma vaga na Libertadores da América. O vice do Nordestão, por sua vez, terá de disputar uma repescagem com outras equipes para se classificar para a Copa dos Campeões.
TIME - Por tudo isso, o técnico Levir Culpi quer seu time com a mesma garra demonstrada na semifinal, diante do Náutico, e deverá escalar a força máxima para o jogo de logo mais. Vindo de uma maratona de jogos, onde se viu obrigado a poupar vários atletas, Levir vai, finalmente, poder contar com quase todos os titulares. As exceções são o atacante Rodrigo Gral, expulso na última partida e que dará lugar a Gilson Batata, e o zagueiro Sandro Blum, que já está contundido há quase um mês e vem sido substituído por Flávio.
Aliás, Flávio é um velho conhecido dos torcedores baianos, já que atuou durante vários anos pelo Vitória/BA, onde foi bicampeão da competição. "Estou acostumado a jogar contra o Bahia e tenho muitos amigos lá. Já passei para os meus companheiros da dificuldade que é atuar na Fonte Nova lotada com a torcida do Bahia toda dando incentivo. Mas confio no potencial do grupo e acho que o Sport tem condições de vencer a partida", disse Flávio, que curiosamente tem o seu passe preso ao Vitória e ao próprio Bahia.
A principal arma do técnico é mesmo a velocidade e habilidade do atacante Leonardo. "Jogar com o Bahia tem sempre um gostinho especial. A rivalidade é grande e isso me motiva ainda mais", disse o jogador.


Informações 
sobre o jogo

Imprensa baiana(Depois do Jogo)
Bahia bate o Sport e vira o Rei do Nordeste (Jornal Correio da Bahia)
Tricolor baiano foi absoluto na final e perdeu a chance de aplicar uma goleada histórica no rival pernambucano
José Raimundo Silveira
O Bahia é o "Rei do Nordeste". Sem dar qualquer chance ao Sport Recife, o tricolor garantiu ontem, na Fonte Nova, a conquista de um título inédito. O placar de 3x1 foi modesto, tamanha a superioridade e a quantidade de oportunidades desperdiçadas pela equipe. Porém, a torcida que lotou o estádio e proporcionou uma linda festa nem ligou para esse detalhe.
A vitória sobre os pernambucanos, 12ª consecutiva do time na temporada, coroou uma campanha brilhante e quase irretocável. Mais ainda: com o título, o Bahia se classificou para a Copa dos Campeões, que será disputada em junho e dá uma vaga na Taça Libertadores da América de 2002.
Quem esperava um jogo disputado, nervoso e equilibrado, se enganou. O Bahia foi senhor absoluto das ações e ditou o ritmo desde os primeiros minutos, ante um adversário que parecia assustado em campo. Empurrado pelos torcedores, o tricolor foi criando chances de gol, uma após a outra, dando a impressão de que poderia abrir o marcador a qualquer momento.
Também desde o princípio surgiu a figura daquele que se tornaria o principal nome da partida: o volante Preto, com uma atuação decisiva e praticamente perfeita. Foi dele o passe que deixou Nonato de frente para a meta, com o atacante não tendo tranqüilidade para concluir. Mas o gol era iminente e não demorou muito a sair. Jefferson cruzou da esquerda, Capixaba acertou a trave e Robson chutou o rebote na zaga. Na sobra, Preto acertou um lindo sem pulo, no ângulo superior esquerdo, abrindo o caminho para o título.
O domínio baiano, que já era evidente, cresceu ainda mais após o gol. Com todos os setores funcionando em harmonia, como uma orquestra afinada, o tricolor ampliou o marcador ainda na etapa inicial, em outra jogada de Preto. Pelo lado direito, ele cruzou na cabeça de Nonato, que, livre entre os zagueiros, mandou no canto direito de Zetti.
O Sport só deu o ar da graça nos minutos iniciais do segundo tempo, quando tentou reagir. O time de Levir Culpi diminuiu sua desvantagem através de uma cabeçada de Leomar, aproveitando falta cobrada pela esquerda por Valdo. No entanto, foi pouco para conter o melhor futebol do Bahia. O terceiro gol surgiu em uma jogada de Washington, que deixou Nonato de cara com Zetti. O artilheiro do Bahia no Nordestão (dez gols marcados) ganhou na velocidade e tocou na saída do goleiro e sacramentou a vitória e o título.

Bahia é campeão da Copa do Nordeste 2001 (Jornal A Tarde) 
Maiza de Andrade 
É do Bahia o título de campeão da Copa Nordeste 2001. O Bahia venceu o Sport por 3 a 1 numa final de campeonato que lotou o Estádio da Fonte Nova. Os gols da vitória foram marcados por Nonato (2), que foi o artilheiro da temporada, e por Preto. 
A melhor defesa do Campeonato do Nordeste não resistiu ao melhor ataque. A zaga do Sport não conseguiu deter o ataque do Bahia, que no primeiro tempo emplacou dois gols, levando a torcida ao delírio no Estádio da Fonte Nova. 
Preto abriu o placar aos 23 minutos depois de a bola bater no travessão e ele, de fora da área, lançar para o gol. Antes mesmo do primeiro gol, foram várias as tentativas dos atacantes Nonato e Robson. E foi de Nonato o segundo gol que, num lance de cabeça, lançou a bola para a rede do Sport depois de aproveitar um lançamento da direita. Aos 30 minutos, Nonato fez o terceiro gol do Bahia com um chute forte no canto direito do goleiro Zetti. 
A torcida lotou a Fonte Nova na tarde de sábado. O público presente foi recorde do Campeonato do Nordeste. Foram quase 69 mil pessoas colorindo de vermelho, azul e branco o estádio. 

Imprensa pernambucana(Depois do Jogo)
Sport derrotado. E a festa é dos baianos (Jornal do Commercio)
O time pernambucano em nenhum momento demonstrou que poderia conquistarr o título e agora vai para a seletiva com Goiás e São Raiumundo para tentar vaga na Copa dos Campeões
Parecia que todos os orixás da Bahia conspiraram contra o Sport. Num incontestável 3x1, o Bahia não deu a mínima chance para o rubro-negro pernambucano e venceu o Campeonato do Nordeste, que só não saiu da Fonte Nova com uma goleada nas costas por causa da boa atuação de Zetti. Resta para a equipe da Ilha a chance de disputar a Copa dos Campeões através de uma seletiva, onde enfrentará São Raimundo/AM e Goiás. O Tricolor de Aço já está garantido.
Nem parecia o mesmo Sport que ganhara do Náutico há uma semana. Primeiro, Ricardinho fez falta, pois não passou no teste momentos antes da partida. Em segundo lugar, marcação que é bom, não aconteceu. Os rubro-negros, literalmente, assistiram ao Bahia jogar futebol. Valdo muito marcado e Eduardo Marques, errando quase todos os passes, deixavam Leonardo e Gílson Batata a ver navios.
A primeira grande chance foi baiana, aos 13 minutos. Valdo perdeu uma bola no meio-de-campo e a bola sobrou para Nonato, livre, chutar para boa defesa de Zetti. Outro lance com os mesmos protagonistas – Nonato e Zetti – também quase termina em gol. O atacante recebeu de Preto e chutou fraco, em cima do goleiro, aos 19.
Mas o gol não demorou a sair. Aos 23, Jefferson foi à linha de fundo e cruzou. Capixaba chutou na trave, Robson pegou o rebote e mandou em cima de Érlon. No segundo rebote, Preto não perdoou e acertou o ângulo esquerdo. Depois do gol, o panorama não mudou e Nonato ainda perdeu outra grande chance, antes de marcar, numa cabeçada, aos 42, após cruzamento de Preto.
SEGUNDO TEMPO – Veio a etapa final e os rubro-negros vieram com um pouco mais de apetite, embora ainda errando muitos passes. Aos 12 minutos, Valdo cobrou uma falta pelo lado esquerdo de ataque. Leomar, atento, entrou de cabeça no primeiro pau e diminuiu o marcador.
Quem esperava que ali estava plantada a semente da reação pernambucana enganou-se redondamente. O que se viu foi um Leonardo sem inspiração nenhuma, incapaz até de reter a bola no ataque. Nem mesmo as entradas de Irani e Fabinho no lugar de Gílson Batata e Eduardo Marques melhoraram o panorama.
O Bahia, ao contrário, partiu para cima no intuito de definir logo o jogo. Apenas quatro minutos depois do gol do Sport, Nonato girou entre Sidney e Flávio para depois chutar raspando a trave esquerda de Zetti. Mais três minutos e lá estava Nonato outra vez assustando. Desta vez ele deixou Capixaba na cara do gol, mas o chute foi em cima de Zetti.
Robson também teve sua oportunidade, aos 22, mas Zetti, outra vez, salvou a pátria rubro-negra. Ele só não pôde fazer nada aos 30 minutos, quando Washington descobriu Nonato livre no meio da defesa. O artilheiro da tarde tocou bem na saída do goleiro do Sport e deu números finais à partida. 

Bahia engole o Sport e é campeão (Jornal Diário de Pernambuco)
Leão faz péssima partida, perde por 3 x 1 e deixa escapar o tri do Campeonato do Nordeste, em Salvador
Humberto Santos 
Enviado especial
SALVADOR - O Leão amarelou na final do Campeonato do Nordeste, fez uma partida medíocre e foi presa fácil para o Bahia, no sábado à tarde, na Fonte Nova, que venceu por 3 x 1 e conquistou pela primeira vez a competição. Irreconhecível em campo, o Sport pagou caro pela apatia e falta de qualidade técnica de alguns jogadores e só não foi goleado porque Zetti fez belas defesas e a pontaria dos atacantes baianos não foi das melhores. Nonato, duas vezes, e Preto, o melhor em campo, fizeram os gols do Tricolor de Aço, enquanto que Leomar descontou para o Sport.
O desfalque de Ricardinho, que não passou no teste feito momentos antes da entrada do time na Fonte Nova, era um prenúncio de que os noventa minutos não seriam nada bons. E não foram. Os laterais Rodrigo e Rondinelli nem apoiavam, nem marcavam e Eduardo Marques, que entrou na vaga de Ricardinho, cochilava em campo. Com exceção do chute de Gílson Batata, que passou perto, aos oito minutos, o Bahia engoliu o time rubro-negro.
A saída de bola do Sport eralenta e ineficiente. Foi de erros de passes do Leão que os baianos criaram inúmeras chances claras de gol. Como aos 14, quando Valdo perdeu bola e Nonato soltou uma bomba de fora da área para grande defesa de Zetti. Cinco minutos depois, Preto, o melhor em campo no primeiro tempo, roubou uma bola e deixou Nonato na cara de Zetti, mas o artilheiro tricolor chutou fraco.
Aos 23, o gol. Jefferson entrou livre, mais uma vez, nas costas de Rodrigo e cruzou na entrada da pequena área. Luís Carlos Capixaba tocou, a bola bateu no travessão, sobrou para Robson, que chutou novamente, mas foi Preto quem pegou outro rebote para encher o pé e fazer um golaço. O Sport piorou ainda mais e o Bahia foi criando chance atrás de chance. Aos 27, Nonato obrigou Zetti a fazer mais uma boa defesa.
Os pernambucanos só assustaram a defesa baiana aos 39. Depois de um cruzamento de Rondinelli, Leonardo bateu mal. Três minutos depois, Nonato mostrou como é que se aproveita um bom passe. Preto cruzou, a defesa do Sport ficou assistindo e Nonato fez de cabeça.
Levir Culpi corrigiu o posicionamento da equipe no intervalo e o Sport voltou o segundo tempo bem melhor. Com as entradas de Fabinho e Irani, em lugar de Eduardo Marques e Gílson Batata, o time conseguiu diminuir a vantagem e mostrar que estava vivo. Valdo sofreu falta no lado esquerdo da área. O próprio meia cruzou e Leomar desviou para a rede baiana, aos 12.
Mas a reação rubro-negra esfriou logo e o Bahia tomou o domínio da partida. Aos 16, 21, 22, 25 e 27, Nonato, Robson e Capixaba desperdiçaram ótimas oportunidades de ampliar. Mas, aos 30, Nonato aproveitou mais uma desatenção da defesa do Sport, recebeu um excelente passe de Washington e tocou com categoria na saída de Zetti.
Nos 17 minutos finais, só restou aos torcedores rubro-negros apelar para que a derrota não fosse por goleada. E só não foi porque os atacantes do Bahia conseguiram perder gols incríveis, alguns deles em função de boas defesas de Zetti. 


  

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