Priest Justiniano da Cunha Pereira

O PARAHYBUNA

POEM # 01

  

  Lsa [sic] vai vero [sic]

 

Vimos huma quadra no Unitario, cujo

pensamento muito nos agradou, e queren-

do dar-lhe mais expansão, resultou a se-

guinte gloza

 

QUADRA

 

Os Sabinos na Cadêa

Vasconcellos Senador,

O grande Pedro Regente,

Meus chimangos, oh! que dôr!

 

Gloza

 

No Sul, que outr' ora gemia

Calcado por anarquistas,

Triunfão os Legalistas

Que o valor so tem por guia:

Já baqueou na Bahia

Sedição horrenda e fêia;

S' ainda arquejando voltêia,

Os olhos ensanguentados,

Vê sómente ao crime atados

Os Sabinos na Cadêa.

 

Não fartos de sacrilegiso [sic]

Em Minas os anarquistas,

Envião perfidas listas

Aos da Provincia Colegios:

Mas Eleitores egregios

As repellem com horror:

Dos Ministros o melhor

Alcança plena victoria:

Será mesmo por mais gloria

Vasconcellos Senador.

 

Eis aqui sem mais disputa

Como a infame Opposição

Vê-se arrastada no chão

Quando contra a Patria luta:

Sua voz ninguem escuta,

He voz que aborrece a gente;

Por isso Hollanda demente

Outra vez ficou mamado;

Verão ao Posto exaltado

O grande Pedro Regente.

 

Nestes revezes tyrannos

Conheça o partido vil,

Que nunca mais no Brazil

Terão vigor os seus planos:

Conheção estes insanos,

Que excitão raiva e furor,

Que a Patria cheia de horror

Já de seu seio os regeita.

Meus pelintras, que desfeita!

Meus chimangos, oh! que dôr!

 

NOTE: Original orthography.