ANA
ESTER NEVES

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Diplomada pelo Conservatório
Nacional de Lisboa, continuou os seus estudos na Royal Academy of Music,
como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, obtendo os prémios
Gilbert Betjemann e Ricordi (1990). Nesse mesmo ano, a Kammeroper de
Viena proporcionou-lhe a sua estreia lírica no papel de Micaela (Carmen
de Bizet), ao qual se seguiram, no Reino Unido, os papéis de: Violetta (La
Traviata de Verdi); Condessa (As Bodas de Figaro de Mozart); Tatiana (Evgeni
Onegin de Tchaikovsky); La Femme, (Le Pauvre Mâtelot de Milhaud);
Natalia, (A Month in the Country de Lee Holby); a estreia mundial
de O Doido e a Morte (Alexandre Delgado); e Agave, na ópera The
Bacchae (Theodorius Antonius), apresentada no Festival Internacional
de Atenas. |
Na temporada de 1996
apresentou-se no papel de Musetta (La Bohème de Puccini) no
Teatro Nacional de São Carlos. Tem exercido uma actividade regular e
diversificada como recitalista, sendo também membro do Trio Vissi d’Arte
e do Grupo de Música Contemporânea de Lisboa, com o qual se estreou nos
XX Encontros Gulbenkian de Música Contemporânea.
No domínio da oratória
destacam-se as suas participações em: Requiem de Mozart, com a
Orquestra e o Coro Gulbenkian (Coliseu dos Recreios); Requiem de
Brahms (Londres); Cantatas e Weihnachtsoratorium de Johann
Sebastian Bach (Lisboa e Londres); e na estreia mundial do Requiem
para o Planeta Terra de João Pedro Oliveira.
Foi a vencedora do 1.º Concurso Nacional de Canto Luísa Todi (Setúbal) e
do Concurso Internacional de Canto Mary Garden (Escócia). Gravou para a
RTP, RDP e BBC. Em 1995 concluiu na Universidade de Boston o Mestrado em
Interpretação, como bolseira da Fundação Luso-Americana para o
Desenvolvimento, da Secretaria de Estado da Cultura e da Comissão
Luso-Americana-Fulbright. Actuou, entre outros, no Festival de Música de
Landsberg (Alemanha). Em 1996 integrou o elenco da ópera Édipo, a
Tragédia do Saber de António Pinho Vargas, no papel de Jocasta.
Interpretou ainda La Cuisinière em Le Rossignol (Stravinsky) e
Constanza em L’Isola Disabitata (Joseph Haydn), no Teatro
Nacional de São Carlos, tendo também participado num concerto de
homenagem a Stéphanie Mallarmé, no Salão Nobre do mesmo Teatro. Ainda
neste Teatro integrou o elenco da ópera Os Dias Levantados de
António Pinho Vargas (apresentada em estreia absoluta), e de Orphée
aux Enfers (Offenbach). Como solista, participou num dos concertos
integrados no evento ‘Música em Novembro’.
Colabora regularmente com as orquestras portuguesas, sendo de destacar
Les Illuminations (Britten), com a Orquestra Metropolitana de Lisboa e
ainda as Bachianas Brasileiras (Heitor Villa-Lobos), as Quatre
Chansons Françaises (Britten) e os Gurrelieder (Schönberg)
com a Orquestra
Sinfónica Portuguesa.
Dedica parte da sua carreira à divulgação da música portuguesa, tendo-a
apresentado em recitais em Paris, Madrid, Londres e Turim. Futuros
compromissos incluem recitais em Roma e Nápoles e participações em A
Flauta Mágica, The English Cat e Albert Herring
no Teatro Nacional de São Carlos.
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