O ponteiro do relógio mal chegou no zero e o Zac já estava lá, alongando para começar sua corrida nossa de cada dia. Feitos os movimentos necessários, amarrou bem os cabelos, respirou fundo, pegou o ritmo e se mandou. Ainda nos primeiros metros, o seu lacinho de cabelo arrebentou e voou longe. Ele parou para apanhar o outro em seu bolso e estava procurando aonde raios ele tinha enfiado o dito lacinho-reserva, quando viu, sentada no mesmo banquinho que da última vez em que a encontrou ali no parque aquele horário, a Ló. Exatamente do mesmo jeito, como quando estava esperando pelo Dave da última vez em que ela e o Zac discutiram feio, no começo da amizade deles.

            O Zac cancelou a procura pelo lacinho, colocou os cabelos atrás das orelhas e se aproximou:

- Ora, ora, se não é a Mala Sem Alça - sorrindo despreocupado.

- Eu ainda não estou falando com você.

- Really? Ok then.

            E na maior tranqüilidade, ele saiu dali andando e deu continuidade à sua procura pelo lacinho perdido em algum dos bolsos de seu short. A Ló estranhou aquela reação, pois já estava esperando por um pedido cinematográfico de desculpas.

- Ei! - ela gritou. O Zac parou e virou para trás. - Não está esquecendo de nada, não?

- Gatorade, celular, tênis, cabelos esvoaçantes, charme irresistível... Não, está tudo aqui.

- Você não vai me pedir desculpas?

- Quem está com um curativo no nariz por aqui? Eu ou você?

- É só um pedacinho de esparadrapo que você tem aí.

- Lógico, porque as feridas melhoram, sabia? Mas antes eu estava com um lençol e um puta inchaço na minha cara.

            A ferida no nariz do Zac já estava melhorando, portanto o curativo grande era desnecessário. O pedaço pequeno de esparadrapo tinha sido colocado atravessado em seu nariz, cobrindo o pequeno corte.

- Eu te dei um soco para reagir às coisas horríveis que você disse - a Ló se defendeu.

            O Zac se aproximou dela dizendo:

- Eu não disse coisas horríveis para você. Eu disse verdades para você, Lynne.

            Ela estava pronta para começar a falar um monte para ele, quando o Zac interrompeu:

- Mas isso não quer dizer que você seja uma pessoa ruim. This is who you are, that's all.

- Você disse que eu era chata, Zachary!

- E você é chata!

- Eu não sou, não!

- Lynne, você me perseguiu um dia de carro por horas e surgiu do nada na minha janela, aí depois você insistiu para ser minha amiga até eu quase estar te socando por causa disso; você me acordou de um soninho muito gostoso aos berros no telefone em um dia à tarde e me fez ir até a sua casa para cantar no seu karaokê; você ficou me enchendo o saco para ficar com uma garota naquela reunião que nós fizemos lá em casa porque "fazia parte do processo" e colocou músicas cretinas para o povo dançar, tudo em uma só noite; quando você me liga, você tira um monte com a minha cara, mas quando eu estou preste a fazer uma piada genial sobre a sua pessoa, você finge que o telefone está dando problemas de chiado e desliga na minha cara; você me enxotou da sua casa na base da porrada uma vez; você...

- Tá, tá, eu já entendi! - a Ló interrompeu. - Eu sou chata, pronto! Feliz agora?

            O Zac deu um sorrisão vitorioso por ter feito-a admitir e disse:

- Bom, na verdade estou.

            A Ló fez uma cara muito brava. E disse:

- Poxa, Zachary, eu estava chateada! O Dave tinha acabado de terminar comigo.

- Lynne, o que você queria que eu dissesse naquela hora? - o Zac levantou os ombros. - Que o Dave era um louco, que não sabia o que estava perdendo? Ou que o Dave tinha é que ficar com você para sempre porque você é muito perfeita para simplesmente terminarem com você? Para mim, o Dave foi sincero. Do mesmo jeito que eu também fui.

- Ele foi um grosseiro! E você também!

- Imagine se ele continuasse com você, mesmo achando que não dava mais certo? Aí ele estaria fingindo te amar, o que na minha opinião, é bem pior. E eu... Bom, sei lá, você me conhece. Eu falo mesmo.

            A Ló ficou quieta, de braços cruzados, emburrada de um jeitinho triste. Tem certas verdades que custam a serem ouvidas e o Zac sabia como era isso porque já ouviu da Ló algumas que doeram dentro dele. Então ele sentiu uma vontade muito forte de abraçá-la, mas não teve coragem de tomar a atitude. Não tinha as manhas de chegar assim e ir abraçando alguém. Tentou transmitir pelo olhar que ele estava aberto a abraços, se ela quisesse, mas acho que ela não pegou exatamente a idéia.

- Então por que você é meu amigo se eu sou tão chata? - ela perguntou baixinho, chateada.

- Porque não é a sua chatice que prevalece em você. Pelo menos, não para mim.

- Você tem que treinar mais os seus jeitos de consolar, Zachary.

- Vai ver que sim. Mas nunca espere de mim palavras muito bonitas ou pedidos de desculpas inesquecíveis porque a única coisa que você vai conseguir é frustração.

- Que seja.

            A Ló então virou e saiu andando. O Zac gritou:

- Lynne, espera! Está tudo bem já ou...?

- Está - ela gritou sem virar para trás. Então o olhou não parando de andar. - Ah!, desculpe pelo soco.

- Beleza.

            Ela foi embora e o Zac ficou com a vontade forte de dar um abraço nela lhe incomodando o resto da manhã.

 

...

 

            Alguns dias mais tarde, a Patty voltou ao hospital para tirar os pontos. Esquecido o incidente da pedra, tudo voltou ao normal. Na verdade, a Futemminha não encanou muito com isso. O Taylor ficou mais neurótico que ela durante um tempo. Achava que ia surgir uma pedra perdida de todos os cantos e moitas pela qual passavam. Mas esses traumas foram logo superados e a vida voltou à normalidade.

            Certa tarde, o George ligou para o Taylor o convidando para passarem uma tarde de homem, fazendo coisas de homem, conversando coisas de homem. Depois que o Taylor começou a namorar a Patty, ele e o George nunca mais tinham se reunido para esse tipo de programa. É lógico que o Jordan aceitou. A Futemminha nem ficou preocupada porque confiava muito no namorado. E também, o George já não tinha mais nada contra a Patty, mais um motivo para ela ter certeza de que era só uma tarde dedicada a amizade deles.

            Então, já que à tarde naquele Sábado o Taylor estaria ocupado, a Patty decidiu passar o dia com as amigas. Ligou para a Belle e a Lary e combinaram de ir ao shopping.

- Ai, meninas, que bom que vocês aceitaram sair comigo hoje. Eu nem estava a fim de ficar sozinha em casa - a Patty confessou.

- Onde o Taylor foi que não está com você em pleno Sábado? - a Lary perguntou, num tom de brincadeira.

- Ele saiu com um amigo dele, o...

- ...George - a Belle completou.

- Vocês conhecem? - a Patty perguntou.

- Todo mundo conhece o George, Patty. Ele é o melhor amigo do Taylor Hanson.

- Ah, é verdade... Tinha esquecido disso - a Patty se tocou.

            Continuaram andando, olhando as lojas. Então a Lary disse:

- Caramba, ainda não acredito que você está namorando o Taylor Hanson, sabia Patty?

- Estranho, não é? - a Belle concordou.

- Ah, logo vocês se acostumam - a Patty sorriu.

- Não dá para se acostumar... Quer dizer, é o Taylor Hanson, Patty! - a Lary brincou. Elas riram do jeito da amiga.

- Vamos sentar um pouquinho? - a Patty sugeriu.

- Vamos, claro. A gente tem muito que fofocar - a Belle disse.

            Então, a tão inevitável conversa de mulher se iniciou:

- Mas e aí, Patty? Está feliz? - a Lary perguntou.

- Estou. Muito feliz. O Tay é incrível.

- Então os boatos eram mesmo verdade? - a Belle perguntou cochichando. - Ele é mesmo tudo isso?

- A gente não fez nada, ahm, daquilo ainda.

- Como não? - as duas disseram juntinhas.

- O Tay e eu decidimos esperar pelo momento certo.

- Mas já rolou uns quase, não rolou? - a Belle quis saber.

- Já, claro. Toda vez que a gente começa a se beijar, a coisa esquenta pra caramba. Nossa, dá até um calor só de lembrar - a Patty se abanou. E elas riram baixinho.

- É tão quente assim é? - a Belle surpreendeu-se.

- É mais que isso. Nossa... Teve um dia em que nós estávamos sozinhos na casa dele que rolou quase de tudo. Eu achei até que a gente fosse para os finalmentes.

- Nossa, quase de tudo? Defina isso - a Lary arregalou os olhos, interessadíssima.

- Ai, gente, que vergonha contar isso para vocês - a Patty ficou vermelha. - Olha, eu só estou contando para vocês porque vocês são minhas melhores amigas, hein?

- Beleza, segredo de estado - elas disseram juntas de novo.

- Tá bom então. - A Patty respirou fundo. - Ele colocou o dedo... Lá.

- Lá?! - a Lary e a Belle deram um berro.

- Ssshhh! - a Patty advertiu. - Falem baixo.

- Mas... Lá? - elas cochicharam dessa vez.

- Ai, eu não acredito que eu contei isso - a Patty escondeu o rosto nas mãos.

- Você deixou? - a Lary quis saber, curiosa. - Uau!

- Eu levei um susto quando eu senti. Mas foi... Bom. Só que aí eu achei que já estava avançando demais e achei melhor parar.

- E ele respeitou? - a Belle perguntou, com um ar preocupado.

- Respeitou. Ele é um amor, gente, vocês tem que ver.

- Óóóó... - as duas sorriram encantadas.

- Você está bem apaixonada, né amiga? - a Belle concluiu.

- Estou. Quer dizer, sempre tem uma ou duas coisinhas que incomodam, mas eu amo muito o Taylor.

- Incomodam? Como o quê? - a Lary continuava curiosa.

- Ah... Nada de grave, é só que... O Tay é meio metido de vez em quando.

- Como assim? - a Belle não compreendeu.

- Às vezes ele solta uns comentários sobre o dinheiro que a família dele tem ou sobre ele mesmo que, putz...

- Que tipo de comentários?

- Por exemplo, aquele dia que ele foi me buscar na faculdade. Quando eu o beijei e o abracei, ele disse: "Não é todo dia que um loiro de olhos azuis vem te buscar na faculdade com um...", aí ele disse o carro que ele estava. Eu não lembro que carro era.

- Ele faz isso sempre? - a Lary investigou.

- Olha... É sempre. Na hora, eu faço alguma brincadeira para disfarçar, tal, mas sei lá, é muito cretino quando ele começa com essas coisas.

- E também, as mulheres dessa cidade lembram o Taylor constantemente de que ele é bonito - a Lary observou.

- Tem mais essa ainda. Quando nós estamos andando na rua, aquele monte de mulher fica encarando e dando tchauzinho e mandando beijinho... Antes eu achava que elas estavam apenas sendo simpáticas. Que burra! - a Patty bateu na própria testa.

- Você deve ter um ciúme... - a Belle disse.

- Eu nunca fui ciumenta na minha vida, mas namorando o Taylor não tem como não ser. As garotas olham muito para ele. Um dia eu chamo vocês duas para saírem com a gente só para vocês verem como é.

- Por que você não fala isso para o Taylor? Sobre isso e sobre os comentários dele que te incomodam - a Belle sugeriu.

- Ah não, eu morro de medo que ele fique bravo comigo. Vai que eu falo e ele fica chateado? Nossa, eu nunca iria me perdoar. Eu prefiro agüentar os ataques dele de metidisse a perdê-lo por uma coisa tão pequena.

- O importante mesmo é que você gosta dele e ele de você - a Lary sorriu.

- Ai, e como eu gosto. Eu amo aquele garoto - a Patty suspirou.

 

...

 

            Enquanto isso, no programa de homem, com conversas de homem...

- Você devia namorar, George. Aí você acreditaria quando eu digo que é ótimo.

- Taylor, Taylor, você mudou muito. Até demais - apanhando a garrafa e colocando cerveja em seu copo.

- Eu sei. Mas não sinto falta de como eu era antes. Eu gosto de ser um cara comprometido.

- Mas diz aí, como é transar com amor? - o George perguntou, num tom de brincadeira.

            O Taylor deu uma gargalhada. E respondeu:

- A gente ainda não transou.

- Are you a loser or what?

- Quando você namora, tem uns lances de você querer esperar o momento certo porque você ama aquela pessoa e quer que seja especial.

- Eu sabia que você tinha mudado demais. Você virou uma menina!

- Ah, cala a boca - o Taylor riu, tomando um gole da sua bebida.

- Mas já rolou alguma coisa mais quente, certo?

- Já, claro...

- Ah bom...

- Normalmente rola uns amassos no carro, mas não dá pra dizer que já rolou de tudo. Teve só uma noite lá em casa em que nós estávamos sozinhos que eu até achei que nós íamos transar.

- Sério?

- Eu até masturbei ela - o Taylor disse, se servindo de cerveja.

- Caralho, então ela estava deixando mesmo. E por que não rolou?

- Porque na hora ela não quis. E eu respeitei. - O Taylor tomou mais um gole.

- Você deve ter saído de lá na fissura...

- Não. Eu gostei do pouco que tinha rolado. Foi muito melhor do que muita transa que eu já tive por aí.

- Melhor até do que foi com a Claire? - o George perguntou.

- Nossa, a Claire era uma puta, cara. - Os dois riram. - Lembra quando ela fez oral em você no banheiro do boliche onde a gente foi aquela vez?

- Cara, aquela garota era profissional mesmo, fala sério... - o George riu de se lembrar. - Você transou com ela, não transou?

- Na mesma noite. Ela me convidou para ir a casa dela depois do boliche.

- É verdade, é verdade, não me lembrava disso. Ela era apaixonada por você, não por mim.

- E quem não era?

            O George riu. O Taylor continuou:

- E você se aproveitou do amor que ela tinha por mim e abusou da donzela.

- Um vibrador é mais donzela que aquela garota. - Risos. - Mas voltando ao assunto... Com a Patty foi melhor?

- Foi melhor sim.

- Melhor como?

- Vai soar meio gay isso que eu vou dizer agora, mas... Quando você gosta de alguém, George, o prazer é muito maior. Porque tem um carinho muito forte envolvido no "durante".

- Realmente, soou meio gay.

- Eu avisei.

- Resumindo, se essa garota cagasse na sua cabeça, você comia a merda.

- Tem umas coisas que ela faz que eu não curto muito, mas sei lá, normal.

- Como o quê?

- Ela faz voz de bebê.

- Quê?

- Voz de nenê, imitando criancinha. Ela faz isso às vezes para falar comigo.

- Como é isso?

- Ah, tipo... "Ai, Tay, bigada, dicupa, num quéio", umas coisas assim.

- E isso te irrita?

- Não é que me irrita... - ele pensou um minuto. - Tá, me irrita sim. Cara, é tão idiota. Eu não curto quando ela começa com isso.

- E é sempre?

- Putz, pior que é. Quer dizer, não é sempre, sempre, mas é sempre, tipo, duas vezes por dia.

- Que horror, cara.

- Nem fale. Eu me sinto meio imbecil quando ela fala assim comigo. "Ai, Tay, ti nhâmu". Sei lá, é estúpido.

- Pede para ela não falar mais assim com você.

- Não, eu tenho medo de deixá-la chateada comigo. Eu prefiro agüentar 100 anos de voz de bebê do que magoar a Patty.

- Voltamos para o ponto em que você come a merda que ela defeca na sua cabeça.

- Não é comer merda, George. É que eu gosto dela.

- Ok, ok - tomando mais um gole da cerveja. - E ela demorou em deixar você passar a mão? Mulher sempre tem essas frescuras de não deixar no começo.

- Não, ela deixou logo. Mas só porque a gente está namorando. Na vez em que eu fiquei com ela naquela festa, que eu fiquei com outra ao mesmo tempo (lembra?), nesse dia eu tentei avançar um pouquinho, mas ela não deixou.

- Então o segredo é pedir em namoro? - o George brincou.

            O Taylor riu. E disse:

- Whatever dude...

- Mais uma? - o George perguntou, referindo-se à cerveja.

- Sure.

 

...

 

            A Patty, a Lary e a Belle já não estavam mais sentadas, agora passeavam pelo shopping, mas continuaram conversando no mesmo ritmo animado, fazendo piadas, rindo. Foi quando alguém vindo na direção contrária a elas, esbarrou na Patty de maneira brusca o suficiente para fazê-la cair no chão. A Patrícia caiu de bunda no piso de mármore. A garota loira que esbarrou nela aparentava alta posição financeira, assim como suas amiguinhas. Ela voltou, junto da sua patota, e estendeu a mão para a Patty para ajudá-la a levantar, dizendo:

- Opa, querida, me desculpe - completamente cínica.

- Não, tudo bem - a Patty disse, levantando, desconfiada daquela gentileza exagerada.

- Olha, mas não é a namorada do Taylor Hanson? Ó não, eu derrubei a namorada do Taylor Hanson!

- Eu já disse que está tudo bem - a Patty disse, um pouco sem jeito com o escândalo da tal loira.

- Não, não, minha querida. Não está tudo bem. Quer dizer, seria um desrespeito com o Tayzinho já que ele freqüentou a minha casa por tanto tempo. O meu quarto, mais especificamente. - A loira e suas amigas então riram.

            O sangue da Patrícia ferveu.

- Você é... japonesa? - uma das amigas da garota perguntou, com certo ar de nojo no tom de voz.

            A Patty não respondeu.

- Bom, querida, foi um prazer - a loira disse, arrumando os cabelos longos e dourados. - E sobre o empurrão, é lógico que foi um acidente. Me desculpe mais uma vez, japonesinha - cínica.

            Então a loira e sua patota saíram rindo. Ficou um clima péssimo porque a Patty, a Lary e a Belle sabiam o que tinha acontecido ali realmente. A Patty abaixou a cabeça chateada, pegou sua bolsa no chão e foi andando sem rumo certo.

- Patty - a Belle chamou. - Patty, não liga para elas.

- Elas estão morrendo de inveja, por isso fizeram essa ceninha ridícula - a Lary comentou, revoltada. - Vacas.

- É, Patty, é pura inveja. Não liga para elas.

- Vocês viram o jeito que ela perguntou sobre eu ser japonesa?

- Você poderia ser de qualquer altura, de qualquer cor, de qualquer nacionalidade, que elas implicariam com você do mesmo jeito - a Belle observou.

- É verdade, aquelas vacas, putas, malacafentas - a Lary completou, ainda indignada.

- Ela já dormiu com o Taylor - a Patty disse, chateada. - Meu Deus, como ele pôde ir pra cama com essa... Essa coisa!

- Ela só disse isso para te atingir, Patty. Às vezes o Taylor nunca sequer olhou para a cara dela e ela mentiu só pra te provocar - a Belle tentou confortar a amiga.

- Loira e gostosona daquele jeito? Ahan, sei... É óbvio que o Taylor dormiu com ela - a Patty falou.

- Patty, não fica pensando nisso, vai...

- Você viu o jeito que ela falou? "Ele freqüentou a minha casa por tanto tempo. O meu quarto, mais especificamente". Que nojo! O que mais me irrita é saber que o cara que eu mais amo nessa mundo já transou com essa escrota. Que inferno isso...

- Patty, esquece, menina.

- E ela me empurrou de propósito!

- Vem, vamos embora - a Lary disse. - Sabe que eu sou meio bruxa, né? Pois então, eu rogo uma praga pra ela: que aqueles cabelos sebentos caiam fio por fio, até ela ficar careca.

            A Patty sorriu desanimada e saíram do shopping.

 

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