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IMPACTO DE MUDANÇAS NO USO DO SOLO NAS CARACTERÍSTICAS HIDROSSEDIMENTOLOGICAS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO JOANES E SUA REPERCUSSÃO NA ZONA COSTEIRA |
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O Soil Water Assessment Tool – SWAT é um modelo matemático, desenvolvido em 1996, pelo Agricultural Research Service e pela Texas A&M University, objetivando a análise dos impactos das alterações no uso do solo sobre o escoamento superficial e subterrâneo, produção de sedimentos e qualidade da água. Para satisfazer a estes objetivos o modelo: (i) é baseado em características físicas da bacia; (ii) usa dados de entrada normalmente disponíveis; (iii) é computacionalmente eficiente para operar sobre médias/grandes bacias (> 1.000 km2), e (iv) é contínuo no tempo, sendo capaz de simular longos períodos (>50 anos) de forma a computar os efeitos das alterações no uso do solo.
O modelo SWAT é do tipo distribuído, e a bacia hidrográfica pode ser subdividida em sub-bacias de modo a refletir as diferenças de tipo de solo, cobertura vegetal, topografia e uso do solo, sendo possível a subdivisão de centenas à milhares de células, cada célula representando uma sub-bacia.
Os processos representados no modelo podem ser resumidos conforme apresentado na Figura 3.1. No item 3.2 são descritos apenas aqueles fenômenos de interesse para esta pesquisa. Assim foi suprimido o módulo de produção de nutrientes e pesticidas, e produção de neve.
A descrição da estrutura do modelo hidrológico SWAT foi dividida em quatro componentes, a saber: (i) produção de água; (ii) produção de sedimento; (iii) propagação no canal e (iv) propagação no reservatório.
O sistema hidrológico simulado pelo SWAT é composto de quatro volumes de controle: (i) reservatório superficial, (ii) reservatório subsuperficial, (iii) reservatório subterrâneo - aquífero raso ou livre e (iv) reservatório subterrâneo - aquífero profundo. As contribuições destes reservatórios para o escoamento superficial provém do escoamento lateral a partir do perfil de solo e do escoamento de retorno do aquífero raso. O volume que percola do reservatório subsuperficial através do perfil de solo, representa a recarga do aquífero raso. A água que percola para o aquífero profundo, não retorna para o sistema.
No modelo SWAT a determinação da produção de água superficial da bacia hidrográfica é baseado na equação do balanço hídrico:
(3.1)
Onde:
SW :umidade do solo em mm,
t :tempo em dias,
R :precipitação diária em mm,
Q :escoamento superficial em mm,
ET :evapotranspiração em mm,
P :percolação em mm,
qlat :escoamento lateral em mm,
qr :escoamento de retorno em mm,
i :passo de tempo em dia.
A seguir é apresentada a formulação matemática, bem como a metodologia de cálculo para cada uma destas variáveis.
3.2.1.1 Escoamento superficial (Q)
O escoamento superficial é estimado usando a equação de Curva Número do Soil Conservation Service-SCS (USDA-SCS, 1972).
,
(3.2)
,
(3.3)
Onde:
Q :escoamento superficial diário em mm,
R :precipitação diária em mm,
s :parâmetro de retenção em mm.
O parâmetro de retenção varia de acordo com: (i) a sub-bacia, em função do solo, uso do solo e declividade e (ii) com o tempo, em função das alterações de umidade do solo. Este parâmetro está relacionado com a curva número (CN) pela seguinte equação:
(3.4)
A escala da CN não é linear, variando entre 1 e 100. Estes valores extremos correspondem, respectivamente, a uma cobertura permeável até uma cobertura impermeável. Assim para os valores de curva número são consideradas três condições:
CN1 :corresponde a curva número para a condição I de umidade, situação em que os solos estão secos,
CN2 :corresponde a curva número para a condição II de umidade, ou seja a situação média em que os solos apresentam a umidade da capacidade de campo,
CN3 :corresponde a curva número para a condição III de umidade, situação em que os solos estão saturados.
Para computar os valores corrigidos de CN1 e CN3, estes foram relacionados com o CN2 através das seguintes equações:
(3.5)
(3.6)
3.2.1.2 Evapotranspiração (ET)
A evapotranspiração é determinada pela soma da evaporação do solo e a transpiração das plantas, ambas determinadas em função da evaporação potencial.
a) Evaporação potencial (Eo)
O modelo oferece três opções para a estimativa da evaporação potencial: Penman & Monteith (1965), Hargreaves & Samani (1985) e Priestley & Taylor (1972). O método adotado para o presente estudo foi o de Hargreaves & Samani (1985), o qual tem sido adotado no nordeste do Brasil com resultados satisfatórios.
O método de Hargreaves & Samani (1985) estima a evaporação potencial como função da radiação solar e temperatura do ar:
(3.7)
Onde:
Eo :evaporação potencial em mm,
T :temperatura média diária em ºC,
Tmx e Tmn :temperaturas do ar máximas e mínimas diárias respectivamente, em ºC,
RAMAX :radiação solar máxima em MJ/m2,
HV :calor latente de vaporização da água em MJ/kg.
b) Evaporação do solo (Es)
A evaporação da água no solo é simulada considerando a cobertura no solo, de acordo com a seguinte equação:
(3.8)
Onde:
Es :evaporação no solo em mm/dia,
Eo :evaporação potencial (mm),
EA :índice de cobertura do solo.
O índice de cobertura do solo é função da biomassa sobre o terreno e o resíduo de cultura, sendo o mesmo determinado a partir das informações de cobertura vegetal da bacia hidrográfica.
c) Transpiração das plantas (Ep)
A transpiração das plantas é computada a partir das seguintes equações:
, 0 £
LAI < 3,0 (3.9)
, LAI ³
3,0 (3.10)
Onde:
Ep :transpiração das plantas em mm/dia,
E0 :evaporação potencial em mm,
LAI :índice de área de folha.
O LAI é simulado como uma função das temperaturas máximas diárias e da cobertura do solo.
A componente de percolação do SWAT usa uma técnica de propagação do armazenamento, combinado com um modelo de fluxo em fendas para simular o escoamento através de cada camada de solo. Uma vez que a água percolou abaixo da zona de raiz (root zone), este volume é armazenado como água subterrânea ou surge como escoamento de retorno à jusante do ponto considerado. A técnica de propagação é baseada na equação:
(3.11)
Onde:
SW e SWo :umidade do solo no começo e fim do dia em mm,
D t :intervalo de tempo (24 h),
TT :tempo de propagação através da camada i em h,
i :índice de identificação da camada de solo.
Assim, a percolação pode ser computada pela seguinte relação:
(3.12)
Onde Pi é a percolação em mm/dia.
O tempo de propagação, TTi, é computado para cada camada de solo i, através da equação linear de armazenagem:
(3.13)
Onde:
Hi :condutividade hidráulica em mm/h,
FC :capacidade de campo menos a lâmina de água do ponto de murchamento para a camada i em mm.
A água contida no solo no ponto de murchamento, bem como a capacidade de campo são definidos pelo modelo como função da densidade do solo de cada sub-bacia.
3.2.1.4 Escoamento lateral (qlat)
O escoamento lateral é calculado simultaneamente com a percolação, utilizando o modelo de armazenamento cinemático desenvolvido por Sloan et al. (1983). O escoamento lateral de saída é representado por:
(3.14)
Onde:
H0 :espessura da camada saturada do comprimento de rampa (projeção) em m-1,
v :velocidade do escoamento de saída em m/h,
w :largura do declive em m.
A projeção da espessura da camada saturada do comprimento de rampa, Ho, é:
(3.15)
Onde:
S :volume drenável na zona saturada,
q d :porosidade do solo,
l :comprimento de rampa em m.
A velocidade de saída é estimada por:
(3.16)
Onde:
Ks :condutividade na saturação em m/h,
a :parâmetro adimensional que expressa a proporção do total de chuva que ocorre durante o tempo de concentração da bacia.
Substituindo as equações 3.15 e 3.16 na equação 3.14 temos:
(3.17)
O tempo de concentração na bacia é estimado pela soma do tempo de concentração do escoamento na superfície da bacia e o tempo de concentração do escoamento no canal.
(3.18)
Onde:
tcc :tempo de concentração para o escoamento no canal em h,
tcs :tempo de concentração para o escoamento na superfície em h.
O tcc pode ser computado usando a seguinte equação:
(3.19)
Onde:
Lc :comprimento médio do canal para a bacia em Km,
Vc :velocidade média do canal em m/s.
A velocidade média é estimada usando a equação de Manning (Chow, 1964), dada por:
(3.20)
Onde:
q :taxa de escoamento média em m3/s,
A :área molhada em m2,
R :raio hidráulico em m,
n :coeficiente de rugosidade do canal,
I :declividade do canal.
O modelo assume a seção de canal trapezoidal com 2:1 de declividade lateral e taxa de largura/profundidade de 10:1. A taxa de escoamento média é calculada para uma chuva com duração dada pela seguinte equação:
(3.21)
Onde a 0,5 é o fator de proporção entre a chuva de 24 h e a chuva de 0,5 h.
Uma abordagem similar é usada para estimar tcs:
(3.22)
Onde:
l :comprimento da rampa em m,
Vs :velocidade do escoamento de superfície em m/s.
A velocidade do escoamento na superfície é calculada aplicando a equação de Manning (Chow, 1964) para uma faixa de 1 m de largura da rampa, assumindo que o escoamento está concentrado dentro de um canal trapezoidal, com 1:1 de declividade lateral e taxa de largura/profundidade 5:1.
3.2.1.5 Escoamento de retorno (qr)
O escoamento de retorno é determinado a partir do balanço hídrico no aquífero raso, assim definido:
(3.23)
Onde:
Vsai :volume de água do aquífero raso,
Rc :recarga,
revap :escoamento que retorna ao perfil do solo,
qr :escoamento de retorno,
percgw :infiltração para o aquífero profundo e
WUSA :uso da água,
i :passo de tempo em dia.
Smedema & Rycrof (1983), apresentam a seguinte formulação para o cálculo do escoamento de retorno:
(3.24)
Onde:
qr :escoamento de retorno,
Kd :condutividade hidráulica,
L :comprimento do dreno e
h :cota piezométrica.
Assumindo-se que a recarga do aquífero raso é função da infiltração no canal do rio, reservatório e perfil do solo, e é deplecionado pelo escoamento de retorno, a flutuação do nível piezométrico é estimada usando-se a seguinte equação:
(3.25)
Onde:
Rc :recarga do aquífero raso,
:produção específica do aquífero raso.
Supondo que o escoamento de retorno varie linearmente com o tempo, tem-se:
(3.26)
Onde a é uma constante de proporcionalidade. Resolvendo a equação 3.26 tem-se:
(3.27)
A função que determina a variação da cota piezométrica é derivada da combinação entre as equações 3.24 e 3.27:
(3.28)
O tempo que o modelo leva para produzir o escoamento de retorno é dado por uma função proposta por Venetis (1969):
(3.29)
O parâmetro revap representa a água que retorna para o perfil do solo e é perdida para a atmosfera pela evaporação do solo ou raiz das plantas. O volume perdido é estimado pela seguinte equação:
, (3.30)
Onde:
ET :evapotranspiração,
b r :coeficiente revap-parâmetro de ajuste do modelo.
O balanço do aquífero profundo é dado por:
(3.31)
Onde:
Vda :armazenamento do aquífero profundo,
percgw :infiltração para o aquífero profundo e
WUDA :uso da água,
i :passo de tempo em dia.
A infiltração a partir do aquífero raso é dado por:
(3.32)
Onde b p é o coeficiente de percolação.
A produção de sedimento é computada para cada sub-bacia com a Modified Universal Soil Loss Equation – MUSLE (Williams & Berndt, 1977).
(3.33)
Onde:
Y :produção de sedimento em t,
V :escoamento de superfície em m3,
qp :taxa de escoamento de pico em m3/s,
K :fator de erodibilidade do solo,
C :fator de uso e manejo do solo,
PE :fator de práticas conservacionistas,
LS :fator topográfico
O fator LS é computado com a equação (Wischmeier & Smith, 1978):
(3.34)
Onde s é a declividade da bacia. O expoente x varia, também com a declividade e é computado pela seguinte equação:
(3.35)
A taxa de escoamento de pico é computada a partir da fórmula Racional (Mulvaney, 1851 apud. Fleming, 1975), que é escrita da seguinte forma:
(3.36)
Onde:
qp :taxa de escoamento de pico em m3/s,
:coeficiente de escoamento superficial que expressa as características de infiltração da bacia,
r :intensidade de chuva para o tempo de concentração da bacia em mm/h,
A :área de drenagem em ha.
O coeficiente de escoamento superficial é calculado em função da chuva diária e do escoamento superficial.
(3.37)
Onde:
R :chuva diária em mm,
Q :escoamento determinado pelo método do SCS (USDA-SCS, 1972) em mm.
A intensidade de chuva é determinada pela seguinte equação:
(3.38)
Onde:
Rtc :quantidade de chuva durante o tempo de concentração em mm,
tc :tempo de concentração em h.
O valor de Rtc é estimado a partir da seguinte equação:
(3.39)
A equação para o cálculo da vazão de pico é obtida substituindo as equações 3.37, 3.38 e 3.39 na equação 3.36:
(3.40)
A propagação no canal esta dividida em duas componentes: (i) propagação da vazão líquida e (ii) propagação da vazão sólida.
3.2.3.1 Propagação da vazão líquida no canal
A operação de propagação é realizada com um passo de tempo diário e não requer cálculos interativos, fazendo com que o modelo seja eficiente para simular tempos longos (50-100 anos) sobre médias/grandes bacias (1.000 à 10.000 km2). Os dados requeridos pelo modelo incluem o comprimento, declividade, profundidade, declividade lateral e "n" do canal, e declividade e "n" da margem de inundação. A taxa de escoamento e a velocidade média são calculados usando a equação de Manning (Chow, 1964).
O tempo de propagação no canal é relacionado com o escoamento por uma relação não-linear:
(3.41)
Onde:
TT :tempo de propagação em h,
qr :taxa de escoamento em m3/h,
c 1 e c 2 :parâmetros determinados para cada trecho quando o escoamento é dentro do canal.
Este cálculo é realizado para a profundidade máxima do canal e profundidade de 10% do tempo da profundidade máxima. O procedimento é repetido para uma profundidade de 150% do tempo de profundidade máxima. Assim, quando a taxa de escoamento excede a profundidade máxima do canal, a relação torna-se:
(3.42)
Onde c 3 e c 4 são parâmetros determinados para cada trecho quando o escoamento excede o valor de cheia do canal.
O coeficiente de armazenamento (SC) é estimado usando as seguintes equações (Williams & Hann, 1973):
(3.43)
O escoamento de saída do trecho considerado é determinado por:
(3.44)
Onde:
O :escoamento de saída em m3,
I :escoamento de entrada em m3,
Si-1 :armazenamento no trecho do dia anterior em m3.
3.2.3.2 Propagação da vazão sólida no canal
A propagação do sedimento no canal consiste de duas componentes operadas simultâneamente (deposição e degradação).
A deposição no canal é baseada na velocidade de queda da partícula sedimentar (Arnold et al., 1990). Adotando-se uma temperatura de 22 ºC e densidade de 1,2 t/m3 , a Lei de Stokes para a velocidade de queda da partícula torna-se:
(3.45)
Onde:
Vf :velocidade de queda em m/h,
d :diâmetro da partícula de sedimento.
A profundidade (Yf) que a partícula de sedimento cairia durante um tempo, TT é:
(3.46)
A taxa de transferência (Sediment delivery ratio – DR) através do trecho é estimada com as equações:
(3.47)
(3.48)
Onde dq é a profundidade do escoamento. Finalmente a deposição é calculada com a equação:
(3.49)
A degradação do sedimento que é depositado no canal é estimada através da força do escoamento. Williams (1980) usou a definição de Bagnold (1977) da força do escoamento para desenvolver um método para determinar a degradação no canal.
A equação para determinar o reentrained sediment (DEGR) é:
(3.50)
Onde:
aSP :parâmetro que depende da força máxima do escoamento para o trecho,
DU :duração do escoamento em h,
w :perímetro molhado,
Sw :declividade da superfície da água,
Vc :velocidade no canal.
A força do escoamento é usada para remover o sedimento que depositou no canal até todo o material ter sido removido. Quando isso ocorre, a degradação do material do leito (DEGB) tem início e é calculada por:
(3.51)
Onde:
K :fator de erodibilidade do canal,
C :fator uso e manejo do canal.
A degradação total (DEG), é dada por:
(3.52)
Na saída do trecho considerado tem-se:
(3.53)
Onde SEDin representa o sedimento que entra no trecho considerado.
3.2.4 Propagação no reservatório
A propagação no reservatório esta dividida em duas componentes: (i) propagação da vazão líquida e (ii) propagação da vazão sólida.
3.2.4.1 Propagação da vazão líquida no reservatório
Este componente do SWAT foi designado para considerar o efeito da construção de reservatórios sobre a produção de água na bacia hidrográfica, através da equação do balanço hídrico:
(3.54)
Onde:
VMo :volume de água armazenado no início do dia em m3,
VM :volume de água armazenado no fim do dia em m3,
QI :escoamento de entrada em m3,
QO :escoamento de saída em m3,
EV :evaporação em m3,
SEP :infiltração em m3.
O escoamento de entrada é composto do escoamento superficial na entrada do reservatório, somado à chuva sobre a superficie do lago. A evaporação é computada com a equação:
(3.55)
Onde:
:coeficiente de evaporação (0,6),
SA :área da superfície do lago.
A infiltração é computada pela equação:
(3.56)
Onde SC é a condutividade saturada do leito do reservatório em mm/h. Uma vez que a área de superfície do lago é requerida para computar a evaporação e a infiltração, uma relação entre a área de superfície e volume torna-se necessário. Dados de um grande número de reservatórios no Texas e Oklahoma (USDA-SCS, 1972) indicam que a área de superfície pode ser calculada pela equação:
(3.57)
Onde w 1 e w 2 são parâmetros, estimados pelo modelo, a partir da área de superfície e volume do reservatório para o vertedor principal e o vertedor de emergência. Estes valores são usados para a solução simultânea da equação 3.57, resultando nas seguintes equações:
(3.58)
(3.59)
Os subscritos F e S referem-se à elevação do vertedor de emergência e principal, respectivamente.
A função de saída do escoamento do reservatório é expressa na seguinte equação:
,
(3.60)
,
(3.61)
,
(3.62)
Onde:
QOR :escoamento diário de saída em m3,
VR :volume de água no reservatório em m3,
VRF :volume do reservatório para a cota do vertedor de emergência em m3,
RR :taxa média de passagem pelo vertedor principal em m3/s,
VRS :volume do reservatório para a cota do vertedor principal em m3.
3.2.4.2 Propagação da vazão sólida no reservatório
A equação do balanço de sedimento no reservatório é:
(3.63)
Onde:
SRi :sedimento total do reservatório,
SRi-1 :sedimento total no reservatório no dia anterior,
SRin :entrada de sedimento,
SRout :saída de sedimento,
SRDEP :sedimento depositado no reservatório.
A saída de sedimento no reservatório é calculada pela seguinte equação:
(3.64)
(3.65)
Onde co é a concentração de sedimento do escoamento de saída. A concentração de saída é uma função da concentração do reservatório para o início e o fim do dia:
(3.66)
Onde cs1 e cs2 são as concentrações de sedimento no reservatório para o início e o fim do dia respectivamente. A concentração de entrada é calculada como função do escoamento líquido e sólido de entrada do reservatório, simulados pelo modelo através do SCS (USDA-SCS, 1972) e MUSLE (Williams & Berndt, 1977), respectivamente.
A concentração final no reservatório é calculada usando a equação da continuidade:
(3.67)
Onde:
V1 e V2 :volumes armazenados no início e fim do dia, repectivamente,
ci :concentração de sedimento do escoamento
de entrada.
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