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RESUMO DO PROJETO - DOCUMENTO
CÓDIGO DO PROJETO:__PROPP 600.07.1300.063______________________________ ÁREA DE ACÃO: Região Cacaueira da Bahia TÍTULO DO PROJETO: CUSTOS EFETIVOS DE PRODUÇÃO DE CACAU -UM PROJETO-PILOTO EM BUSCA DE MAIS E MELHOR CONHECIMENTO EMPÍRICO E, CONSEQÜENTEMENTE, TEÓRICO. PROGRAMA: ECONOMIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA ORIENTADOR: EXECUTOR: O AUTOR LUIZ BRANDÃO FREIRE, Eng.Agr.B.S, UESC GILBERTO C. C. MASCARENHAS, Eng.Agr, M.S.CEPEC/CEPLAC. ALFREDO DANTAS LANDIM, Eng. Agr. M S, EMPRESÁRIO. LUIZ HENRIQUE DE AZEVEDO DIAS, Adm. Empr. M. S. , EMPRESÁRIO. AUTOR: HILMAR I S FERREIRA , Eng. Agr. , M. S., UESC. LOCAL DE EXECUÇÃO: UESC, Fazendas Jassy, Arataca, Fazenda Cariri, Una(BA), do Eng.Agr.M.S, Alfredo D. Landim e Fazenda Nossa Senhora da Vitória, Buerarema, do Adm. Emp. Luiz Henrique Azevedo Dias. INÍCIO: JAN/1998 TÉRMINO: CONTÍNUO PALAVRAS-CHAVE: Economia da produção agrícola; custo de produção agrícola; tecnologia; coeficientes-técnicos; rentabilidade; distribuição de freqüência de coeficientes-técnicos insumo/insumo e insumo/produto. Funções de produção agrícola. RESUMO DO PROJETO: Montado com o caráter piloto este projeto visa acompanhar o processo produtivo de fazenda(s) de cacau, de modo a ter ao fim do ano agrícola registro da tecnologia empregada (via coeficientes-técnicos), do custo de produção efetivamente praticado, da produção, venda e rentabilidade do negócio. O produto principal desta atividade de pesquisa será séries temporais e espaciais de dados primários sobre o setor agrícola, de alta validade para o planejamento e a condução do negócio agrícola. O Projeto também é modular, no sentido de que pode ir ampliando a área de atuação, de modo que nalguma altura de sua execução, poder-se-á inferir, no campo específico, sobre diferentes sistemas produtivos, classificados quanto ao tamanho da área produtiva, à regionalização (agrossistemas), sistema administrativo, relações de produção(sistema arista, parceiria etc) e quanto a outras grandezas ou características. O Projeto é o primeiro componente de um Programa de Economia da Produção Agrícola, que objetiva conhecer e acompanhar o setor à luz do conhecimento das Ciências Socioeconômicas. A estruturação deste Programa é mais uma tarefa -- não programada aqui -- inerente à execução deste Projeto. A estrutura operacional do Projeto cria a função de "Observador Econômico", cuja atividade consiste em coletar e manusear informes semanais sobre o sistema produtivo, de modo a não se perder a memória dos fatos e atos da produção, nem os elementos quali-quantitativos que a representam. O projeto será conduzido com a participação da Divisão de Socioeconomia do Centro de Pesquisas do Cacau-CEPEC, da CEPLAC, na pessoa do Pesquisador Gilberto C. C. Mascarenhas, que estará em contacto com a execução do projeto, bem como com a colaboração da área de Administração Rural da UESC, na pessoa do Eng.Agr. Luiz Brandão Freire. Empresários rurais, fazendeiros, a exemplo dos dois que já apoiam o projeto neste momento Alfredo Dantas Landim e Luiz Henrique Azevedo Dias também terão participação solicitada. O projeto pode se ampliar para a frente --- fornecendo dados ---, para os lados --- tendo sua metodologia aplicada a outras atividades agrícolas. JUSTIFICATIVA A presente proposta de trabalho foi concebida tendo em vista suprir uma necessidade vital para o agronegócio, que é a disponibilidade de elementos informativos para a área da produção. Coeficientes-técnicos que circulam na literatura mundial são, em geral, obtidos de modo subjetivo, em conseqüência gozando de pouca confiança nos meios condutores do negócio agrícola. A natureza contínua deste projeto, i.e., a sua execução em caráter permanente, decorre da necessidade de se colecionar as citadas informações técnicas, i.e., as relações entre os insumos e os produtos e entre os insumos para as diferentes atividades agrícolas, gerando bancos de dados que irão "amadurecer" ao logo do tempo. Inicialmente, enquanto "verdes", tais bancos de dados serão cuidados para gerar seus primeiros frutos ao fim do primeiro ano agrícola real. Tais frutos serão informes sobre a tecnologia efetivamente usada, os custos, as receitas, a rentabilidade privada. Potencialmente podendo também oferecer a contra-parte social. Com o sucessivo acúmulo de anos agrícolas de fato trabalhado, então o projeto chegará à sua contribuição maior à sociedade, constituída de parâmetros confiáveis e representativos, obtidos. HIPÓTESES: O sistema de produção de cacau, com a tecnologia de fato usada, se mostra economicamente recomendável , tanto do ponto de vista de indicadores anuais, tais como lucratividade, tempo de retorno do capital etc, como do ponto de vista de indicadores do horizonte de planejamento, tais como taxa interna de retorno, valor presente . O sistema de produção de cacau tem sido eficiente na utilização do subsistema de recursos de que faz uso, eficaz e efetivo no emprego que otimiza os resultados obtidos do elenco dos recursos, considerando inclusive os aspectos de sua conservação. Aos estímulos, o sistema produtivo do cacau está constantemente mudando de tecnologia, mudança esta expressa pela variação continuada e constante dos coeficientes-técnicos de produção, tanto os do tipo insumo/insumo, que ligam quantidades de fatores ao fator terra, como os do tipo insumo/produto, que vinculam quantitativos dos investimentos ao "out-put". Os coeficientes-técnicos ( insumo/insumo e insumo/produto) têm função de densidade de probabilidade ou distribuição de freqüência normal. SÍNTESE DA BIBLIOGRAFIA USADA PALHANO(1974) considera dois conceitos de "Conjuntura Econômica" que, enfocada no seu aspecto mais geral significaria "Situação Econômica" e surge na literatura no início do Sec.XX, como uma reação ao excesso de abstracionismo. O estudo da variáveis num dado tempo seria a "Situação" e dos desdobramentos dessas variáveis e suas relações ao longo do tempo, a "Evolução". Muitos historiadores consideram os anos 1930/1935 a. d. como marcos do conjunturismo moderno em função do uso do instrumental matemático-estatístico atrelado à teoria econômica. PEREIRA et al.(1966) desenvolveram trabalho em Portugal semelhante ao aqui proposto. ZERKOWSKI (1980) apresenta tipologia de indicadores de curto prazo e considera normalização/padronização de indicadores econômicos regionais. WARD (1975), encarando o prestígio dos diversos ramos da Economia, considera que o trabalho com a Conjuntura Econômica está entre os de menor status. TIME MAGAZINE ( May 28, 1990) mostra que a assim chamada agricultura moderna se encontrava em xeque nos Estados Unidos e de lá partiu para todo o mundo a busca da "agricultura sustentável". HESS(1991) caracteriza Agricultura Sustentável como um sistema em equilíbrio que faz uso ambientalmente correto da melhor tecnologia. FERREIRA(1995) estabeleceu períodos para a história da agricultura. LONGWORTH(1992) informa que a idéia de "Desenvolvimento Sustentável" teve origem nos debates do anos 1960s das Nações Unidas, ganhou credibilidade crescente na primeira metade dos anos 1980s, atingindo novo nível de significação com o relatório de 1987 da "World Comission on Environment and Development ", o " Relatório Brundtland". TRIGO & KAIMONITZ (1994) asseveram que a conservação dos recursos, o manejo mais benigno dos recursos naturais e a sustentabilidade da agricultura no longo prazo são desafios críticos compondo agendas nacionais e internacionais. Em parte as discussões malthusianas do século XIX se constituem em antecipações das preocupações. Atuais. Enfocam as ligações entre Economia e Ecologia. NOGAARD(1992) trata da questão de eqüidade intergeracional da distribuição. BATIE(1992) considera que o conceito de Desenvolvimento Sustentável evoluiu da ênfase da corresponsabilidade entre gerações( Comissão Brundtland) para a proteção o funcionamento do ecossitema e das culturas tradicionais, no sentido antropológico. YADAV(1992) questiona a possibilidade de se atingir a eqüidade intergeracional já que hoje há gritante ineqüidade na distribuição dos recursos. MARTIN et al.(1995) apresentam alentado estudo sobre casos bem sucedidos de transição ou ajustamento econômico na África e América Latina. CALKINS(1994) estuda estratégias de transição para uma nova ordem mundial para cinco mundos rurais por ele próprio identificados no mundo de hoje. NASCIMENTO et al.(1994) dão das coordenadas do agronegócio do cacau ao informar que as exportações de cacau dos países produtores tropicais vai a apenas 5% do movimento financeiro do mundo chocolateiro, enquanto que o faturamento das grandes empresas manufatureiras internacionais ficam em 95% daquele volume. A margem do comerciante de "cobertura de chocolate" era de 161% e para o chocolate convencional acabado era de 76%. SGRILLO & ARAÚJO (1994) modelaram o ataque da vassoura- de- bruxa aos cacauais do Sul da Bahia e concluiram que, num cenário onde existisse condições políticas e de mercado, os danos da doença seriam mínimos até o final da década. Num cenário mais drástico, as perdas no ano agrícola 1999/2000 chegariam a 80% . FERREIRA(1995 a) que foi preferido o cenário menos desejável. GASPARETTO(1994) enfoca a crise baiana usando modelo de Ruf para explicar a evolução de cacauais. CARZOLA(1993) aborda a história da cacauicultura mundial nos seus quatro séculos, mostrando seu caráter cíclico e migratório. Considera a que a Bahia estaria entrando em colapso e que a Indonésia se apresenta como fornecedor emergente. FERREIRA(1991, 1992, 1996) trata da questão da assistematicidade vigente na literatura mundial sobre custos de produção na agricultura. LEE Jr (l976) conta a história do uso dos custos de produção como instrumento de política agrícola nos EUA. Há autores diversos que estimam custos de produção de cacau, todos do tipo padrão, na Bahia: MONTEIRO(1991), FACPE/MENEZES/ICCO(1993) , FERREIRA(1989, 1993), Grupo Manoel Joaquim de Carvalho, Antonio Renato Monteiro (Sindicato Rural de Itabuna). Alguns autores, como SCHUH(1976), HARZA(1986) e GEDEK(1985), por motivos diferentes, rejeitam a viabilidade do uso do custo de produção agrícola como instrumento de política. LEITE (1976) classifica o uso da terra na Grande Região Cacaueira, criando a categoria dos "Agrossistemas". A conceituação de Custos aparece em LANGE (1963), SIMONSEN (1979) e FERREIRA(1996). BUNGE(1987) fornece elementos para a consideração da teoria por trás do tema. BARROS(1945) descreve nuances no uso do conceito dessa grandeza econômica. HENDERSON & QUANDT(1971) diferenciam função custo de equação de custos. CONWAY & BAY (1988), demonstrando o desprestígio a que chegaram os coeficientes-técnicos subjetivos mais difundidos na literatura mundial, desenvolveram um método para evitar seu uso. FERREIRA & FERNANDES(1990) tentaram tratar tais coeticientes como variáveis aleatórias, buscando captar-lhes as densidades de probabilidade. HOFFMANN et al.(1976) definem a categoria Custos Operacionais, lançada por MATSUNAGA et al.( 1976). LEFTWICH(1994) conceitua o custo econômico, diferenciando-o do contábil. MARTIN et al.(1994) apresentam o "Sistema de Custos de Produção Agrícola (CUSTOS)"desenvolvido por IEA-Instituto de Economia Agrícola, SP, Centro Nacional de Pesquisa Tecnológica em Informática/CNPTIA, da EMBRAPA e FUNDEPAG, Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa Agropecuária. INTRILIGATOR (1978), WEBER (1986) e GARÓFALO & CARVALHO (1978) arrolam algumas especificações de funções custo. HOFFMANN(1980) proporciona instrumental para definição de amostragem. OBJETIVOS GERAL MISSÃO Montar um sistema de monitoramento/acompanhmento dos custos efetivos de produção de cacau na Região Cacaueira da Bahia, ampliando-o progressivamente nos sucessivos anos agrícolas de execução , de modo a se tornar um sistema de monitoramento e acompanhamento da economia de produção agrícola e agroindustrial da mesma região. ESPECÍFICOS
COADJUVANTES-
PLANO DE TRABALHO O trabalho consistirá da captação durante as 52 (cinqüenta e duas) semanas do ano agrícola cacaueiro ( brasileiro, MAI/ABR; internacional, OUT/SET) de dados primários relevantes que expliquem o comportamento da produção agrícola regional iniciando-se com o cacau --, o processamento dessas informações, o emprego da ciência sobre tais informes, a divulgação de "papers", a administração do sistema coletor. O trabalho se desdobrará ao longo do eixo do tempo, exercendo o autoaprendizado e o constante aperfeiçoamento. Assim, haverá quatro tipos de trabalho ( Atividades ) :
Para o primeiro ano de execução é previsto o cronograma que se segue, abrangendo as quatro atividades acima relacionadas, tendo a semana como unidade de tempo ( Os números associados às atividades na tabela se referem à classificação acima) :
A Atividade 4 só se iniciará depois do primeiro ano de execução.
MATERIAL E MÉTODOS
MATERIAL O projeto gerará dados primários a partir da observação diretas em fazendas produtoras de cacau, inicialmente, e de outros produtos, à medida que avance. A escolha de fazendas terá por diretriz cobrir diferentes características das unidades produtoras do mundo real, em termos de localização geográfica (agrossistemas, LEITE, 1976), regiões , de tamanho, de relações de trabalho ( sistema arista, salariato , parceria ), grandes grupos de solo etc. Tal escolha atenderá ainda às possibilidade de execução e às disponibilidades de meios. Os dados serão fundamentalmente quantitativos, mas também qualitativos. Ao se tomarem dados de uma mesma empresa ao longo do tempo, formar-se-ão séries temporais. Dados de séries espaciais (crosso-section) estarão presentes ao se compararem magnitudes de diferentes empresas no mesmo tempo. Inicialmente estas últimas séries terão apenas três termos. Mas crescerão ao longo dos anos de execução. Os dados serão inicialmente microdados, referentes a um produtor. Quando da agregação dos mesmos para elaboração maiores, tomar-se-ão as necessárias precauções decorrentes da agregação. Pela concepção do projeto os dados serão de levantamento e não experimentais. Serão tomados cuidados, quando do ajustamento de modelos econométricos, para evitar problemas típicos, como o do graus de liberdade, da multicolinearidade, da correlação serial, da mudança estrutural, dos erros de medida. Ao serem utilizados os dados colhidos, serão os mesmos tratados , "massageados", de modo a se terem dados consistentes de séries comparáveis.(INTRILIGATOR, 1978). Serão empregados microcomputadores e softs adequados, banco de dados, planilhas eletrônicas e processadores de texto. O projeto usará pessoal especializado ou não, pessoal em formação, informação ( nova e pré-existente), computadores, veículos, viagens, reuniões.
MÉTODOS Serão observadas os custo de produção objeto x custo de produção conceitual ( BUNGE, 1987; LANGE, 1963; SIMONSEN, 1979; FERREIRA, 1996) , tema bem controvertido e já identificado por BARROS(1945) A categorização dos custos começa pela definição dos CustosEfetivos x CustosPadrão, conforme FERREIRA ( 1991, 1996) , indo à dicotomia Equações de Custos x Funções Custo, consoante HENDERSON & QUANDT (1971). Outras categorias da literatura e da experiência a serem consideradas: custo ex-ante ou a priori x custo ex-post ou a posteriori; custo social, governamental ou de oportunidade x custo privado ou de mercado; custo de curto prazo x custo de longo prazo; custo uniproduto x custo multiproduto; custo direto x custo indireto; custo fixo x custo variável; custos totais x custos unitários ou médios; custos deterministícos x custos estocásticos; custos do ano típico x custos do horizonte de planejamento; custos estático x custos dinâmicos. Tais categorias serão consideradas, se necessárias, no momento oportuno, com a conceituação de consenso. Em caso de conflito conceitual, prevalecem as definições de FERREIRA (1991, 1996) ou as conceituações mais adequadas que venham a surgir. Para superar o problema da baixa credibilidade dos coeficientes-técnicos muito encontradiços na literatura, problema apresentado por, por exemplo, CONWAY & BAY(1988), serão buscadas as densidades de probabilidades e as distribuições de freqüência dos coeficientes-técnicos , tentadas anteriormente por FERREIRA & FERNANDES (1990). Tais coeficientes serão tratados como variáveis aleatórias. Experimentos aleatórios são aqueles cujos resultados são imprevisíveis pelas leis das ciências naturais. Grandezas aleatórias são aquelas que se medem nos experimentos aleatórios ou probabilísticos ( KOROLIUK, 1981 ). A contraparte destes experimentos são os experimentos determinísticos. Uma das maiores dificuldades do trabalho empírico com custos de produção tem raiz na assitematização e na ausência de critérios para definir conceitos. Critérios para estruturar planilhas de custos variáveis e quadros de custos fixos a serem usados neste trabalho são os apresentados em FERREIRA (1996) e na versão original deste projeto, aprovada pelo CONSEPE/UESC em DEZ/1997. As funções custo poderão ser obtidas de dois modos alternativos. O primeiro considera os coeficientes-técnicos por hectare (insumo/insumo) de uma planilha e os transforma em insumo/produto, por divisão da produtividade da terra da cultura , segundo a equação dimensional:
Unidade de insumo/ ha : unidade de produto/ ha = unidade de insumo/ unidade de produto Este método pode ser aplicado mesmo quando se dispõe de dados de uma só unidade produtiva ou até mesmo de dados de custo padrão. Este método envolve quatro etapas, conforme descrito na versão original deste projeto. O segundo método depende de suficientes graus de liberdade para que se possa ajustar, via análise de regressão, uma especificada função custo às observações de unidades produtoras diferentes num mesmo tempo ( "cross-section" ) ou de uma mesma unidade durante vários tempos (séries temporais ) . No primeiro caso, as funções custos totais ( CT, CFT, CVT ) serão obrigatoriamente lineares. Em conseqüência as funções custo médio, serão, a CVMe linear e horizontal, e as CTMe e CFMe, hiperbólicas retangulares. Quanto ao construto "custos operacionais", apresentado em HOFFMANN et al.(1976) e por MATSUNAGA et al. (1976), considera-se válido o dito por FERREIRA(1991): " Por outro lado, também não parece justificado, pelas dificuldades de definir custos fixos, ignorar este componente dos custos e criar uma categoria "nova" chamada "custo operacional", como o induz SCHUH (1976) e o fazem MATSUNAGA et al. ( 1976). Procurar-se-á conhecer com mais detalhes o "Sistema de Custos de Produção Agrícola ( CUSTOS), desenvolvido pelo IEA-Instituto de Economia Agrícola, da Secretaria de Agricultura de São Paulo em conjunto com o CNPTIA/EMBRAPA-Centro Nacional de Pesquisas Tecnológicas em Informática na Agricultura e FUNDEPAG- Fundação para o Desenvolvimento da Pesquisa Agropecuária, conforme apresentado em MARTIN et al. (1994). As funções custo serão especificadas conforme discutido na versão original deste projeto e de conformidade com o referido em INTRILIGATOR ( 1978) e WEBER (1986). Projeto piloto que é, esta unidade de pesquisa começará com estudo de casos, acompanhando de início três unidade produtivas, as Fazendas Jassy, da própria UESC, localizada no município de Arataca(BA), Cariri, do Eng Agr M. S. Alfredo Dantas Landim, em Una(BA) e Nossa Senhora da Vitória, do Adm.Emp. M. S. Luiz Henrique Azevedo Dias, em Buerarema(BA). Ressalte-se que os dois empresários têm formação na área de Economia e Administração e serão co-partícipes do projeto. Tão logo se sinta que há condições, o projeto procurará definir um sistema de amostragem que possibilite levantar informes representativos da região como um todo, com uma margem de erro definida ( HOFFMANN, 1980). FORMA DE ANÁLISE DOS RESULTADOS Os dados relativos à produção, colhidos para cada período semanal, se constituem na matéria prima das atividades deste projeto. Eles serão processados tanto para cada uma das unidades produtoras acompanhadas (inicialmente três) como para diferentes agregados que delas se façam. Para cada fazenda, ao fim de cada ano agrícola, os dados estarão guardados não só nos formulários de coleta mas também em disco rígido de microcompputador, em ambiente Access. Então serão fechados planilhas e quadros de custos variáveis, fixos e totais. Os coeficientes-técnicos serão tratados à luz da estatística/econometria, buscando-lhes entender a distribuição ao longo do tempo, inclusive a sazonalidade. Também lhes será trabalhada a distribuição de freqüência. Preços dos insumos e do produto serão coletados simultaneamente e do mesmo modo armazenados e processados segundo técnicas recomendadas pela melhor literatura. Etapa conseqüente será proceder a avaliação privada e/ou governamental de cada negócio no ano agrícola. Acumulados os anos agrícolas, caso o projeto resista às "intempéries" e à "entropia" , serão os dados analisados do ponto de vista plurienal, mediante técnicas de, por exemplo, Engenharia Econômica e calculados indicadores como taxa interna de retorno, análise benefício/custo, valor presente. Também serão ajustadas funções custo. Inicialmente pelo primeiro método referido, já que desse modo não haverá exigência de graus de liberdade. Quando houver número de fazendas suficiente, aí então utilizar-se-á análise de regressão para ajuste de funções custo pelo segundo método referido antes ( Vide Material e Método). O que foi dito para as unidades produtoras isoladas, mutatis mutandis, será aplicado aos estudos agregados de diferentes agregações. Ainda depois do projeto consolidado, começarão a ser trabalhadas funções produção, ligando os insumos usados ao produto obtido, também em nível agregado ou desagregado, já em outro projeto do Programa de Economia da Produção. Todos esses dados e informes estarão à disposição não só da comunidade acadêmica - que deles farão uso didático-científico como de toda a coletividade maior, que poderá fazer uso o mais diverso possível. Sempre que possível e viável estes elementos serão vestidos na forma de trabalhos técnico-científicos para comunicação à comunidade científica.
ORÇAMENTO - Dada a natureza modular das atividades do projeto, apresenta-se o orçamento para a cobertura das três unidades produtivas. Orçamento para área de atuação maior será montado à medida das necessidades RESUMO DOS DISPÊNDIOS (USOS) I. PESSOAL R$.11.466,00 * Um coordenador com 20% do seu tempo dedicado ao projeto R$.160,00 x 13 meses = R$.2.080,00 - Com previdência ( + 30% ): 2.080 x 1,3= R$.2.704,00 * Um Eng.Agr, da UESC com 10% de seu tempo dedicado ao projeto R$.60,00 x 13 meses = R$.780,00 Com Previdência (+ 30%): R$.780,00 x 1,3= R$.1.014,00 * Um pesquisador do CEPEC/CEPLAC com 5% de seu tempo empregado R$.60,00 x 13 meses = R$.780,00 Com Previdência (+ 30%): R$.780,00 x 1,30 = R$.1.014,00 * Dois empresários com 1% de seu tempo dedicado ao projeto R$. 50,00 x 13 meses = R$. 650,00 * 3 Estagiários/ Observadores Socieconômicos R$.120,00 x 13 meses x 3 estagiários x 1,3 (+ previ- dência) = R$.6.084,00 II. DIÁRIAS R$.3.276,00 De levantamento: 52 diárias x R$.42,00 = R$.2.184,00 De conferência e supervisão: 26 diárias x R$.42,00 = R$.1.092,00 III. MATERIAL DE CONSUMO R$. 500,00 Papel e material de consumo = R$.500,00 IV. MATERIAL PERMANENTE R$. 3.000,00 Computador Pentium , 233 MHz-MMX-32 M de RAM, 2 G de HD = R$.3.000,00 V. DESPESAS DE PASSAGEM E LOCOMOÇÃO R$.1.000,00 VI.INFORMAÇÃO R$.2.000,00 Livros, periódicos, Comut, Internet = R$.2.000,00 TOTAL R$.21.242,00 RESERVA TÉCNICA (10%) R$. 2.124,20 TOTAL GERAL R$.23.366,20
CRONOGRAMA FÍSICO E FINANCEIRO
A atividade 4 só será ativada no segundo ano de execução. Considerado o ano cacaueiro.
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