Estamos quase chegando lá. O século 21 está às portas. Podemos nos considerar afortunados, pois alguns de nós teremos o prazer de presenciar o mundo atravessar mais uma era.
      Conta-se que na passagem do primeiro para o segundo milênio, houve na Europa intensa movimentação no sentido de preparar-se para o fim do mundo. Surgiram profetas aos borbotões pregando a consumação dos séculos. Diversos homens ricos venderam tudo o que tinham e deram o arrecadado para os pobres. Esperavam conquistar um tesouro no céu.
      O milênio passou e nada do mundo acabar. Houve quem dissesse que a contagem do tempo estava errada, pois deveriam calcular a partir da morte de Cristo e não do seu nascimento. Não foram poucos os que esperaram mais trinta e três anos, para viver nova frustração.
      O hábito de tentar adivinhar a hecatombe final acompanha a humanidade desde não sabemos quando. Os profetas sempre encontram quem os ouça. Há alguns séculos Nostradamus declarou ter visto o que parecia serem os últimos momentos do planeta. Ainda hoje um séquito de admiradores acredita que o nebuloso vidente previu que o mundo findaria na passagem do milênio.
      Como a terra não está com cara de que irá acabar tão cedo, muita gente está perdendo a confiança. Alguns que se preparavam para enfrentar um cataclismo mundial, estão se aprontando para a festa do século. Aliás será a festa do ano, da década, do século, do milênio.
      O curioso é que o mundo está planejando a comemoração para o ano 2000, como se este fosse o início da nova era. Muita gente boa não percebe que está cometendo um erro crasso. O ano 2000 não é o primeiro do novo milênio, sim o último do século 20. O século 21 começará em 2001. É só fazer as contas.
      Hotéis, clubes e outras organizações ,no mundo inteiro, preparam o evento exatamente para o ano 2000. Como o que as pessoas querem é comemorar, tudo bem, qualquer equívoco vale por uma festa.
      A mancada maior ficará por conta daqueles que inaugurarão a "era de aquário", a "nova era" e tantos outros modismos cabalísticos que regerão os próximos mil anos. Destes seria de esperar que soubessem contar as datas de forma correta Mas até nesta área tudo acaba em samba. Portanto, respeitemos a alegria geral.
      Certamente existem muitos curiosos se perguntando se a humanidade dará seu último suspiro nessa época. Mesmo os descrentes vez por outra se coçam e deixam escapar suas dúvidas, indagando vagamente: "será ?...".
      Que o mundo vai acabar um dia não há dúvidas. Deus não vai aturar essa bagunça indefinidamente. Uma hora ele vai perder a paciência (no bom sentido, pois impacientar-se é qualidade humana. O Todo-Poderoso sendo infalível, não está sujeito às nossas fraquezas) e vai assumir o comando total desse barco desgarrado cheio de gente sem destino.
      Porém Deus não marca seus compromissos pelo nosso calendário. O que para nós é uma coisa estupenda - a passagem do milênio - para ele, que vive por incontáveis eras, é algo banal. Vai ver que uma data qualquer, que considerarmos sem graça, será o fatídico dia. Quem sabe se num 16 de março de 2013 não veremos o mundo ruir a nossos pés? Antes que alguém anote para depois me cobrar, caso nada aconteça, aviso que não estou profetizando coisa alguma, apenas ilustrando.
      De qualquer modo, a fim de satisfazer os mais curiosos, compilamos algumas profecias de profetizadores menos exaltados pela mídia, que nem por isso merecem desprezo, os quais apontaram diversos sinais da proximidade do F I M. Quem tiver entendimento saberá perceber o significado das palavras dos vaticinadores e se preparar para o que der e vier.

      Escreveu Nontolero Tomobile em 1216:

      "No fim dos tempos coisas feitas de metal e outros ingredientes invadirão as calçadas e tomarão o espaço dos pedestres. Primeiro começarão à porta das faculdades e próximos dos locais de comércio, depois tomarão conta de tudo. No principio do convívio haverá mútua tolerância, mais tarde, as coisas feitas de metal exigirão cada vez mais espaço, até sufocar 2/3 da humanidade. Este será o princípio do fim.
      As coisas feitas de metal rodarão sobre rodas em velocidade crescente. A cada ano a fábrica-maternidade dessas coisas produzirá engenhos capazes de correrem mais rápidos do que o vento e divulgará a velocidade como apanágio da civilização, desse modo mais e mais pessoas serão atropeladas. Depois essas máquinas esboroarão a si mesmas em trombadas estupidificantes. E será aniquilada o dobro da metade da humanidade. "

      Escreveu Kerover Allclean durante a derrocada de Constantinopla, antes de morrer varado por flechas otomanas:

      "O fim estará próximo quando as pessoas encherem o mundo de lixo. Velhos , crianças, adultos jogarão papéis, guimbas, chicletes, e latas pelas janelas, inclusive janelas de uma coisa desconfortável que carrega um monte de gente. Fábricas despejarão seus excrementos em fontes e mananciais. Os mares se tornarão repositório de tudo o que não serve, exceto de políticos. Um quadrado mágico, que lança imagens captadas no éter enlixará a mente da metade do mundo. Organizações que objetivam o lucro divulgarão seus produtos, atribuindo-lhes qualidades que não têm e não revelando defeitos que possuem, bestificando parcela expressiva da população. As pessoas serão convencidas de que precisam de porcarias para serem felizes e encherão suas casas delas. Fumaças de todo o tipo, principalmente a de um canudo de papel que as pessoas pagam um dinheirão para utilizar, encherão os pulmões dos entes humanos, provocando impotência precoce em metade da humanidade (a outra metade, constituída de elementos do sexo feminino estará naturalmente imune ao mal). E será este o fim da humanidade, por incapacidade procriativa."

      Há também as predições do grande Antesistt Finan, encontradas nos escombros do império asteca, em 1516, das quais selecionamos a que segue:

      "Haverá um tempo do fim, que se aproxima célere, como célere corre o cão atrás da cadela no cio. Os sinais estarão diante de nós, quem tiver ouvidos que veja: poucos homens serão donos de todo o dinheiro. Haverá casas especializadas em emprestar com total facilidade, sem burocracia e fiador, cobrando ,em contrapartida, juros escorchantes. A população, ávida por dinheiro, entrará no esquema, endividando-se até a raiz dos películos. O endividamento crescente originará uma doença fatal chamada inclusão no SPC, que contaminará quase toda a população pobre. Os ricos ficarão tão ricos, que morrerão podres de ricos. Mas antes de morrerem comprarão os melhores lotes no céu, vendidos a preço de ouro pelo ilibado Mefistófeles."

      Todo aquele que se preocupa com o futuro, esteja atento. As profecias estão aí. Ninguém poderá depois querer se desculpar, alegando não ter sido avisado.