<%@ Language=VBScript %> Tipos ligados ao decreto secular(brincadeira)

 

 

Pode interessar a técnicos fazendários de Pernambuco (anos 70)

 

Nada é tão vivo quanto as lembranças(Frederico Garcia Lorca - poeta espanhol)

 

Quadro de Técnicos Fazendários (no decreto secular)   

Expressões e discussões

Anexo 3 do decreto secular

 

ANEXO 3

Tipos vinculados ao decreto secular

 

 São 29 notas nem sempre claras. Matar certas charadas abaixo é um exercício de memória para quem fez parte do grupo.

 

Em qual dos perfis seguintes Você se insere?  E os demais a quem corresponde?

 

  • Nasceu entre o velame e a macambira. Lutou contra clima hostil de sua terra, mulher macho, sim senhor! Daí suas investidas de cabra da peste. Mas, no fundo, era mesmo água-com-açúcar. Açúcar vestido de sal!

  • Nasceu no Brasil, mas tinha sangue europeu. Viveu oito anos em Roma. Antigo ofício deu-lhe muita habilidade na arte de ouvir, dialogar e vender: vendia cocos no atacado pelo preço de varejo no mercado.  

  • Nasceu com o sonho de construir uma fábrica de aviões em sua terra.  Aterrissou na Mauricéia com vôos mais altos: queria ser presidente do Brasil, escrever livros célebres e inventar coisas mil.  

  • Filho da terra do vatapá, lutou contra inimigo abstrato. Cansado disso, passou a correr atrás de sonegadores. Ficava dando ordem unida em casa a mulher e filhos, tendo um inimigo concreto: a carestia!

  • Filho da terra de Augusto dos Anjos e cria da SUDENE. Grande poupador! Sua fórmula era: tudo na poupança, tirar só o necessário e o que ficar será poupado. Pra que conta corrente? – indagava.  

  • Nasceu no terreiro de Gal, tendo adotado o de Itamar como o de seu coração. Absorveu bem o jeito da gente de lá. Em questões fortes, ficava na moita, não sendo contra nem a favor, porém muito pelo contrário.  

  • Nasceu nos pagos de José Américo. Quebrou muitos ovos para fazer omeletes ainda hoje servidas. Cansado, partiu. Deve estar hoje no deleite de servir-se de omeletes eternas, sem mais ter de quebrar ovos.  

  • Descendente de árabes. Filho do telefone. Daí seu apego ao invento de Alexander Bell. Tanto telefonava, que usava uma capa protetora de plástico (invisível) na orelha direita, por recomendação médica.  

  • Filho da terra da sulanca. Dizem as más línguas que foi ele quem ensinou seus conterrâneos a sonegar. Se era verdade isso, a lição foi muito bem aprendida. Nota dez ou zero para o professor? 

    Filho de Bodocó e Governador do Sertão. Não era Antônio Silvino nem Lampião (o mais famoso bandoleiro do Nordeste), mas era uma voz para toda a região: de Arcoverde a Afrânio; de Petrolina a Araripina; de São José do Egito ao rio São Francisco. 

  • Filho da futrica da política em Gravatá. Passou a fazer política estadual (com outras futricas), sempre cofiando os bigodes que eram pretos e depois ficariam brancos como "os bancos solitários de um jardim”. 

  • Filho de Arcoverde e Garanhuns. Topava qualquer parada, tanto que se jogou contra um automóvel em disparada para enfrentar atropelamento inevitável. Prepara, agora, projeto para o ano 3001.  

  • Nasceu da oratória. Seu primeiro discurso foi na maternidade ao nascer, mediante choro de meia hora, uma alocução à vida segundo o pediatra de plantão. Amava a crise a ponto de ter parente dela no próprio nome. 

  • Filha do nazismo, ou melhor, da social democracia alemã. Muita disciplina, rigidez e ordem em trabalhos sob seu comando, vocação herdada de ascendentes seus na Baviera. 

  • Nasceu em Santo Amaro. Professor, fiscal do “rapa”, técnico do Estado e Juiz de Direito. Santo Amaro prepara uma festa na aposentadoria de seu filho, cuja carreira passa por camelôs e acaba na Justiça.

  • Filho da elegância. Desfilou seus blazers no Banco do Brasil, serviço público e supermercados Bom Preço. Tinha mais de trezentas gravatas, uma para cada ocasião. “A ocasião faz a gravata”-- dizia ele. 

  • Filho da distração e, um pouco, da desorganização. Depois de cansativa reunião, arriou a cabeça sobre a mesa de trabalho e acordou no outro dia. Trinta e sete vezes fechou o carro com a chave dentro.  

  • Filho da floresta onde havia um navio com “ferrazes” à vista. Ganhou um falcão numa gaiola com talas novaes, aliás, novas. Cresceu, saiu da floresta e trouxe para o Recife o falcão com gaiola e tudo. 

  • Nasceu de barba. Tiraram-na logo. Depois, o planejamento a trouxe de volta. Hoje, imponente, o acessório natural luta para ter direito a seis qüinqüênios, vantagem deveras difícil nestes tempos. 

  • Filho do Sertão e parente do vaqueiro herói. Engenheiro-civil, tinha uma teoria sobre construções secas, sem usar água nenhuma, exceto a de plantas nativas e a do suor do rosto no trabalho duro. Coisas do Sertão! 

  • Filho do levante. Antes mesmo de nascer, já dava coices na barriga de sua mãe, razão de sobrenome seu. Hoje é um diplomata bem lançado nas rodas políticas e tem até parente por afinidade que é ex-governador. 

  • Nasceu de gravata que usa desde então, motivo de um leve meneio na cabeça, charme que, segundo o próprio, encantava muito as mulheres. Data venia, desse encanto discordavam os marmanjos. 

  • Nasceu em Camaragibe. Era gamado pela Lógica. Logo caiu na lógica das mulheres que, segundo ele, não têm muita lógica por vezes, mas fugir delas não tem lógica nenhuma -- dizia.  

  • Nasceu no magistério. Criou a teoria da nova autogestão, em que cada um é chefe de si próprio. Não chegou a expor sua cria porque não era de falar muito, mas, com certeza, era chefe de si mesma. Daí seu silêncio.

  • Filho do meio religioso. Foi parar numa freguesia geral, onde acabou ficando. Esse era um caso de alguém que apenas mudou de freguesia. Faltava só a veste apropriada.  

  • Filho da loteria esportiva. Estatístico, secou as canelas andando para apostar nesse jogo. Somente não secou o bolso porque jogava pouco. Mas seu sonho maior era mesmo ser prefeito no Sertão.

  • Filho do bairro de São José do alegre Galo da Madrugada. Na França, onde estagiou, aperfeiçoou sua ginga de passista do Galo em que desfila todos os anos, fantasiado de francês incrementado. 

  • Filho da UNICAP. No trabalho lidava com números. À noite, ensinava estatística. Só números, dia e noite, o fazia comunicar-se em casa com números também. No lar, tinha código para tudo como no trabalho.

  • Nasceu na chefia. Viajava muito, mais que o papa, mais, talvez, que o presidente. Tinha mesmo vocação para o turismo, tanto que acabou como empresário nele.

ISTO É APENAS UMA BRINCADEIRA

Voltar ao topo da página

Revisada em 24/11/2003