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Modelos de Perfeição

 

Construção de Veículos em Miniatura

 

Os carros, na maioria das vezes, são criados também usando-se a técnica do Entalhe. Para entalhar, geralmente os modeladores usam madeira, espuma de uretano e até massas de modelagem. O resultado do entalhe pode já ser o carro na sua forma final, mas também eles podem ser usados como matriz ou modelo-padrão a partir do qual serão tirados moldes para se criar cópias em plástico estireno (formatado a vácuo) ou fibra de vidro.

Nas duas figuras abaixo, pode-se notar uma miniatura de carro entalhada em madeira e à direita uma cópia em plástico feita a partir desta peça entalhada. Neste caso, a miniatura de madeira não foi usada diretamente para ser o carro na versão final, pois neste projeto, era interessante que ele abrigue no seu interior peças como o motor e os assentos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O mesmo aconteceu quando a ILM criou a miniatura do carro DeLorean para o filme De Volta Para o Futuro. Como o carro precisava abrigar em seu interior várias peças e dispositivos (como as luzes e dispositivos que inclinavam as rodas), a miniatura não podia ser maciça, ou seja, ela tinha de ser oca. Assim, os modelistas da ILM entalharam a miniatura do DeLorean e tiraram uma cópia da carroceria em plástico estireno. E para dar suporte de fixação para esta carroceria e para os dispositivos, eles criaram um tipo de chassi de metal.

A primeira foto abaixo mostra o chassi com os dispositivos internos do carro.

 

 

A foto seguinte mostra Steve Gawley com a miniatura pronta, com a carroceria já fixada no chassi.

 

 

Mas quando a miniatura não precisa abrigar nenhum dispositivo interno, pode-se usar a própria peça entalhada. Abaixo você um carro construído por Martin Bower e feito a partir de madeira jelutong (semelhante ao pinho), usando-se o método do entalhe. Assim, a miniatura será praticamente maciça, ou seja, não será oca.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Para a cena do filme Twister em que o tornado arremessa um caminhão-tanque e o deixa cair explodindo, foi utilizado um modelo em escala 1:1 do caminhão. O modelo foi construído porque seria muito difícile erguer um caminhão-tanque de verdade e então soltá-lo. O modelo é feito de borracha látex fina (para fazer os pneus), fibra de vidro (para a carroceria) e alumínio (para o enorme tanque de combústivel). No final o modelo pesava 1.130 Kg, apenas uma fração dos 27.000 Kg de um caminhão-tanque verdadeiro. Ele foi preenchido com explosivos, foi preso por um fio em um guindaste e depois solto para explodir quando colidir com o solo.

 

No filme Exterminador do Futuro, um caminhão-tanque explode em frente a um prédio, formando um enorme bola de fogo. Para conseguir essa cena foram usadas miniaturas. O fato de usar miniatura se deve ao perigo que a cena representava, já que o local escolhido para filmagem da cena era em frente a um depósito de armamentos da polícia e é claro que a produção não conseguiu autorização para explodir um caminhão de verdade. Assim, miniaturas foram uma opção mais direta. Para isso eram necessários a miniatura do prédio, da rua e do caminhão. O caminhão foi construído na escala 1:6 e tinha 2,5 metros de comprimento e 45 cm de altura. O caminhão-tanque foi feito de madeira balsa (a carroceria), estireno (o tanque) e borracha de látex (pneus). Estes materiais foram usados para os fragmentos não atingirem os operadores de câmera. Antes de receber as camadas definitivas de tinta, o caminhão-tanque foi pintado com uma tinta fundo cinza, conhecida como Primer. Para dar mais realismo, as câmeras rodaram a 120 quadros por segundo, assim, 1 segundo da cena filmada demorará 5 segundos para ser exibida na tela.

 

No filme Godzilla, em uma cena que demonstra a incrível força de Godzilla, ele esmaga um caminhão de entrega de peixes com sua poderosa mandíbula. Para isso, os modelistas fizeram um detalhado caminhão de chapas finas de alumínio na escala 1:6 e o encheram com a mini-carga (no caso eram mini-peixes falsos) e escombros soltos.

 

Em uma das cenas do filme 007 O Mundo Não É O Bastante, 007 dirige sua BMW de um campo de petróleo para uma floresta. Como o diretor queria que a BMW de James Bond fizesse uma transição dos campos de petróleo para a floresta em uma só tomada, a solução foi construir uma miniatura do cenário desejado na escala 1:8 e que une um campo de petróleo a uma área de floresta. Uma estrada empoeirada unia os dois mini-cenários. Como a BMW de Bond precisava ir do campo de petróleo para uma floresta foi preciso usar uma miniatura de BMW em escala 1:8. O mini-carro é daqueles elétricos usados em automodelismo controlado por controle remoto. Dentro do mini-carro tinha um boneco de James Bond. Para as pernas, braços e tronco do boneco, foi usado um esqueleto de arame revestido de borracha. Para cabeça, mãos e pés, foi usada fibra de vidro.

 

Para o filme Caçada ao Outubro Vermelho, eles usaram miniaturas para os submarinos. Elas foram construídas pelo modelador Greg Jein (veterano de Contatos Imediatos do Terceiro Grau), demorando 5 meses para construí-las. Ele se baseou em fotos e depoimentos de aposentados da marinha. Elas foram projetadas não para serem filmadas dentro d'água, e sim, para serem suspensos por cabos ou fios sob controle de movimento. Elas tinham hélices motorizadas e portas móveis. Estes submarinos não podiam pesar mais de 136 kilos. Foram feitos de plástico estireno e de fibra de vidro e pesavam cerca de 113 kilos, e tinham cerca de 7 metros de comprimento.

 

Para o filme 007 O Mundo Não É O Bastante, na cena final o vilão comanda um submarino nuclear para realizar seu plano maligno. Para essa cena, foi construída uma miniatura de submarino na escala 1:4. Eles construíram uma estrutura oca (esqueleto) do submarino em em madeira, cobriram com espuma rígida e detalharam com massa de esculpir, semelhante a uma massa plástica. Depois que o casco estava modelado, eles arranharam o seu exterior com um tipo de escovinha para parecer estar gasto pelo mar. Como o submarino deveria parecer emergindo e submergindo dentro de um canal em um cenário, eles também tiveram de construir um cenário em miniatura. Quando pronto, colocaram água no canal do cenário e posicionaram o submarino. Para fazê-lo emergir, eles usaram fios que puxavam o submarino. Bolhas foram adicionadas para dar mais realismo.

 

No filme Tentáculos, o navio de passageiros Argonáutica explode numa enorme bola de fogo. Para isso o supervisor de efeitos da DreamQuest, Mike Shea, optou por usar uma miniatura do navio em escala 1:100. Mas como a cena da explosão mostraria só um lado do navio, eles fizeram apenas uma fachada de navio (só um lado) de 30 metros, em frente a um tanque de água com 90 cm de profundidade, representando o oceano pacífico. Segundo Shea, "a miniatura do Argonáutica tinha que ser leve para que explodisse sem muitos explosivos", por isso eles a construíram com madeira compensada fina e plexiglass (acrílico comum).

 

No filme Força em Alerta 2, um trem de passageiros colide de frente com um trem de carga com 3 milhões de litros de gasolina. Sabendo-se dos riscos de segurança de um acidente desta magnitude, o supervisor de efeitos visuais, Richard Yurichi, decide realizar a cena com miniaturas. Para isso, contrata Robert Wilcox e Tad Krzanowski da WKR Productions. Eles construíram 66 vagões durante 3 meses. O vagão-tanque e os de passageiros foram feitos de alumínio para que se amassem com o impacto. As locomotivas são feitas de fibra de vidro para resistirem a uma colisão frontal e não serem totalmente destruídas e apareçam ter 30 toneladas. Para fazer com que os trens descarrilhem para fora da ponte, um canhão de ar joga um toco de madeira sob a locomotiva, erguendo-a por sobre a ponte. Para os vagões-tanque eles colocaram água dentro de bexigas no interior deles para simular o combustível saindo para fora. Assim, com a colisão as bexigas se rompem. Além disso, os artistas de efeitos especiais preenchem os vagões de passageiros com mini-malas para que sejam arremessados durante a colisão, acentuando o realismo.

 

No filme Fim dos Dias, em uma das cenas, um dos vagões de metrô explode num túnel de metrô em Nova Iorque. Para obter esta cena, o diretor Peter Hyams contou com a supervisão de efeitos visuais de Eric Durst. Foram construídas miniaturas do túnel e dos vagões de metrô. Eric contratou John Stirber da Stirber Visual Network para construir as miniaturas em escala 1:8. Stirber mediu vagões reais e tirou fotos como referência para a construção. A equipe de Stirber construiu 5 réplicas exatas dos vagões para serem destruídos. Estes vagões seriam movimentados a tração por fios nos 36 metros de trilhos do mini-cenário. Eles seriam filmados por uma câmera pequena em um carrinho que seguia atrás e atrelada ao vagão. Tanto a câmera como o trem eram puxados por um fio escondido sob os trilhos. Quando o roteiro exigia que os vagões fossem filmados de lado, eles retiravam uma das laterias do mini-túnel. Quando precisavam filmar de frente, voltava-se a parede lateral para o devido lugar.

 

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