VERAS
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Estrelas... | |||
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Não há quem saiba amar fulgente estrela mais do que eu amo. Tudo sacrifico, deixo e abandono para ver, na umbela da noite, Sírio em seu brilhar tão rico! |
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E fico horas inteiras a olhá-la, nessa fulgência encantadora sua. Deslumbra mais que Febo — a grande opala, embora antigo culto esta possua. |
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Gosto de ver em seu fulgir o Sírio; por ela deixo tudo em abandono. Pudesse eu lhe fazer no vasto empíreo de estrelas sobre estrelas régio trono! |
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Vendo Sírio no céu tenho vontade que seja a noite grande, enorme, eterna. Bela estrela! Em constante escuridade mais brilharia tua luz superna. |
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A mulher é uma estrela, diz a velha metáfora de um lírico poeta. A mulher à estrela se assemelha só quando está de irradiações repleta. |
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Ela tem luz, encanto, graça e brilho: os predicados próprios das estrelas. Desejo estas estrelas de espartilho. Estão longe as do céu: não quero tê-las. |
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A mulher é estrela em brilhos basta. Não tem rival na terra; outra não vejo. Quero-a quando é formosa, meiga e casta. Eu admiro as do céu; não as desejo. |
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Astro imortal. Estrela do Oriente, brilhante guia dos fieis Reis Magos! A mulher mais que tu é atraente, porque tem brilhos, afeições e afagos. |
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As estrelas do céu me dão encanto, mas tu, mulher, me encantas, me fascinas. As do céu brilham só à noite, entanto brilhas de noite e em horas de matinas. |
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As estrelas do céu nos dão prazeres de noite; brilham quando a noite é calma; mas as da terra, fúlgidas mulheres, dão rebrilhos aos brilhos de nossa alma. |
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