Música 
Quântica
Transversalidade e
Dimensão Comunicacional
A música consiste, a princípio, de um fenômeno extremamente
transracional, isto é, que toca profundamente nas esferas psico-afetivas.
Isto não significa, no entanto, que sua fruição esteja despojada das categorias
racionais. Ao contrário, e isto não é segredo algum para quem conhece as
técnicas estruturantes da arte musical, se fundamenta numa linguagem cujo
código apresenta uma sintaxe altamente lógica e desenvolvida. Especialmente
nos séculos XVII a XIX, aprimorou-se um formalismo composicional que exige
da audiência uma atenção especialmente intelectualizada (para ouvir o tema,
identificar suas variações, contraste, desenvolvimento, conclusão etc.).
Decorre daí, e de uma forte simplificação e estandardização, que o fenômeno
musical tem sido cada vez mais utilizado como mercadoria reprodutível e
alienante, do que fogem assustadas as vanguardas musicais. À qualquer análise
ideológica da música cabe, inelutavelmente, apreender sua transversalidade
enquanto fenômeno comunicacional, ou seja, permeado pela dimensão política.
A isto se alia também o caráter nitidamente interdisciplinar
do trabalho, sendo a Filosofia da Comunicação a área a apresentar as mais
largas possibilidades para a abordagem dos complexos problemas da poética
musical, na medida em que permite pôr em relevo, pragmática e filosoficamente,
os processos intrínsecos da comunicabilidade do discurso artístico.
Last but not least, a complexidade dos assuntos
e áreas sob investigação -- quais sejam a Estética, a Física, a Música
e a Comunicação -- encontram nesta última um ambiente onde mais facilmente
se pode evitar o tão criticado afastamento entre a produção acadêmica de
conhecimento e o mundo concreto, cenário onde se desenrola materialmente
o discurso musical.
Delineamento
do objeto de investigação
Novos
Paradigmas: comparação entre a Física Clássica, Quântica e a Estética Musical
Estrutura
da dissertação
Apontando
para a Música Fractal
Glossário
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Created: 26/Apr/97 - Last revised: 07/May/97