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e todos
os reformadores protestantes, só Lutero (1483-1546), mostrou-se favorável à
permanência do órgão nas igrejas. Em sua Missa Alemã (1526), afirma que, em respeito a
vontade divina, "gostaria de poder fazer soar todos os sinos, tocar todos os órgãos
e fazer ressoar tudo que puder ressoar". Assim, a admissão do órgão no culto
luterano é uma conseqüência lógica dessa maneira de pensar, sendo confirmada em 1597
pela faculdade de teologia de Wittemberg. Já João Calvino (1509-1564), pouco afeiçoado
às artes, proibiu o uso religioso de toda música instrumental, em especial a de órgão.
Para o serviço divino, foi admitido unicamente o canto a uma voz. reformador suíço Ulrich Zwingli (1484-1513), por
sua vez, sugeriu que se interditasse toda e qualquer música durante a celebração do
culto. O órgão foi readmitido na igreja reformada de Zurich em 1876; após a Reforma, os
vários ramos da igreja protestante passaram a discutir, oficiosamente, acerca da
reintrodução ou rejeição definitiva do órgão litúrgico. Com o tempo, o instrumento
veio a ser reutilizado nas igrejas reformadas mas com fins pedagógicos, permanecendo mudo
durante o culto.
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