Manifesto Pós-Caipira

O Pós-Caipira na Imprensa (Clipping)

 

 

 

 

     Embora exista uma tendência do caipira em preservar a cultura "de raiz", o fato é que, desde que passou a ser registrada em disco na década de 1920, a música caipira vem seguindo uma linha evolutiva que a adaptou a cada geração de novos ouvintes. Um fenômeno que vem tomando forma nos últimos anos é a mistura da música caipira tradicional com vertentes mais contemporâneas, ao que foram dados vários nomes, como agro-mood, rock'n'roça (este é bem bacana), moda nova, pop rural, caipira pop e outros mais - basta aparecer um negócio diferente na música que logo vem alguém com um rótulo qualquer. Um dos termos que "pegou" é pós-caipira. Eu acho horroroso porque lembra a afetação de tudo o que é pós-moderno e impreciso porque, afinal, todo rótulo em música é impreciso, mas é o que vem sendo usado pra definir a caipirada (rural e urbana) que tem um pé na terra e outro no asfalto, então é o que vou usar também.
     A expressão foi cunhada pelo antropólogo Hermano Vianna no bem divulgado "Manifesto Pós-Caipira" (que pode ser lido no site da banda Mercado de Peixe ou através do link aí do lado) e, se o termo não é dos melhores, o manifesto é excelente pra definir pra onde vai o Jeca contemporâneo e merece o destaque que tem como fundamento ideológico do movimento.
     "Ideológico"? "Movimento"? Pois é, a coisa não é assim tão punk-xiita. Mas acho que dá pra colocar o pessoal que busca inspiração musical na tradição e no moderno sob este guarda-chuva.
     Pós-Caipira, então.

 

 

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Viola Elétrica® Marcelo Garcia