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Segundo escrito de Rui Martins, de Berna em 14 de novembro de 2002 que se pode ler em http://www.rnw.nl/parceria/html/at021114analfabetismo.html, que A
Unesco duvida que o Brasil possa cumprir o
compromisso assumido, há dois anos, em Dakar, de
diminuir o analfabetismo pela metade, até o ano
2015. Por isso, apesar do Brasil ser considerado país
emergente, foi colocado num grupo de 78 países,
composto na quase totalidade dos mais pobres do
planeta, o chamado quarto mundo. Refletindo esta situação que é nacional, o problema do analfabetismo na cidadezinha de Finalândia é muito sério. Embora a população seja pequena, a proporção de analfabetos é muito grande. 89% dos munícipes ainda não sabem ler e escrever. Os professores da escola ficam muito preocupados quando lêem sobre estas estatísticas, pois têm consciência que desenvolvem um trabalho responsável e eficiente. Participam de programas para capacitação de docentes e até propuseram algumas reformas para acabar com o problema. Mas, perceberam que os problemas não eram apenas da escola. Na cidade não há posto médico nem hospital, não há serviços de assistência de qualquer ordem, não há cinema, clube esportivo ou rádio comunitária. O lazer se restringe à freqüência à missa, ao Bar do João e ao footing na praça. Com o movimento das famílias em cada safra e entressafra da cana, o problema continua ou seja, o analfabetismo, que antes acontecia nas primeiras séries foi transferido para outros momentos da escolaridade. O problema da evasão também não foi resolvido e a grande maioria das crianças que permanecem na escola apresenta baixo grau de rendimento na aprendizagem da leitura e da escrita (conforme é possível observar nos textos escritos e leituras de alunos de 3ªs, 4ªs e 5ªs e até das 8ªs séries de modo geral). Isso levou a escola a pensar na elaboração de um manifesto que pudesse sensibilizar as elites do município para a realidade sofrida destas pessoas, sugerindo alternativas de políticas públicas que assegurem emprego e qualidade de vida para a população de forma que a migração das famílias não ocorra com a mesma intensidade ou seja eliminada.
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