Segundo escrito de Rui Martins, de Berna em 14 de novembro de 2002 que se pode ler em http://www.rnw.nl/parceria/html/at021114analfabetismo.html, que

A Unesco duvida que o Brasil possa cumprir o compromisso assumido, há dois anos, em Dakar, de diminuir o analfabetismo pela metade, até o ano 2015. Por isso, apesar do Brasil ser considerado país emergente, foi colocado num grupo de 78 países, composto na quase totalidade dos mais pobres do planeta, o chamado quarto mundo.

Desalfabetização
Ao divulgar seu relatório na sede da ONU, em Genebra, o autor do relatório, Christopher Colglough, acentuou que o analfabetismo no Brasil pode repercutir na economia, por implicar numa exclusão do processo de desenvolvimento econômico. Os entraves à alfabetização no Brasil são, segundo o autor do relatório da Unesco, o número limitado de escolas, a falta de livros ou pelos mesmos não chegarem às escolas. O mesmo se dá em relação a jornais ou quaisquer impressos. Assim, muitos adultos que freqüentaram alguns anos da escola primária acabam por sofrer um processo de desalfabetização.

Retrocesso
Ao todo, 70 países correm o risco de ficarem de fora das metas de educação para todos, fixada no Forum Mundial de Educação, em Dakar, no Senegal, em 2000. Os objetivos ali aprovados foram os de escolas primárias gratuitas e de qualidade para todos, com igualdade de instrução para meninos e meninas. Pela primeira vez, mesmo alguns países da Europa Central e do Leste mostram retrocesso em matéria de educação.  Em todo mundo, 57 países ainda não têm ensino primário para todos e 31 ainda não dão as mesmas oportunidades de educação para as meninas.

Refletindo esta situação que é nacional, o  problema do analfabetismo na cidadezinha de Finalândia é muito sério. Embora a população seja pequena, a proporção de analfabetos é muito grande. 89% dos munícipes ainda não sabem ler e escrever. 

Os professores da escola ficam muito preocupados quando lêem sobre estas estatísticas, pois têm consciência que desenvolvem um trabalho  responsável e eficiente. Participam de  programas para capacitação de docentes e até propuseram algumas reformas para acabar com o problema. 

Mas, perceberam que os problemas não eram apenas da escola. Na cidade não há posto médico nem hospital, não há serviços de assistência de qualquer ordem, não há cinema, clube esportivo ou rádio comunitária. O lazer se restringe à freqüência à missa, ao Bar do João  e ao footing na praça.

Com o movimento das famílias  em cada safra e entressafra da cana, o problema continua ou seja, o analfabetismo, que antes acontecia nas primeiras séries foi transferido para outros momentos da escolaridade. O problema da evasão também não foi resolvido e a grande maioria das crianças que permanecem na escola apresenta baixo grau de rendimento na aprendizagem da leitura e da escrita (conforme é possível observar nos textos escritos e leituras de alunos de 3ªs, 4ªs e 5ªs e até das 8ªs séries de modo geral).

Isso levou a escola a pensar na elaboração de um manifesto que pudesse sensibilizar as elites do município para a realidade sofrida destas pessoas, sugerindo alternativas de políticas públicas que assegurem emprego e qualidade de vida para a população de forma que a migração das famílias não ocorra com a mesma intensidade ou seja eliminada.

Introdução Tarefa Processo Recursos Avaliação Conclusão