Somos iguais

(Fase - II)

Somos solidariamente afetuosos, cúmplices e iguais! Com este texto, homenageio quem a mim é igual fazendo-a cada vez mais semelhante à medida que me completa. (Wilson M. Pereira)

            Maculam-se os anseios em detrimento da perda da fé, da boa razão. Vejo formas triangulares em minha volta, sugestivas e pecaminosas, sugerem-me avareza, gula, inveja, ira, luxúria, orgulho e preguiça; tudo na representação do que se convencionou chamar "Os sete pecados capitais", são vícios ou faltas graves catalogados pela Igreja católica na Idade Média, e que fazem parte da tradição cristã. Um desses pecados agiganta-se em minha mente perturbada: Luxúria!

            No inusitado de minhas pretensões, ouço vozes sibilantes, sussurros que me suplicam flagelação num misto de ternura, aureolados de promessas que facilitariam o atingir de gozos contínuos, sem limites, sem culpa, restritos apenas à criatividade do momento. Queremos criar uma atmosfera de bem-estar, onde não haja lugar para preconceitos, nessa ocasião sentiremos a vida em sua plenitude, em toda a sua fragilidade. Com os dedos das mãos entrelaçados e os corações uníssonos, ficaremos em silêncio para melhor fruirmos o amor, paixão, amizade e fraternidade que aflorará dos nossos espíritos na confirmação afetuosa de que somos iguais.  

            Quero doar meu coração a quem não apenas souber conquistá-lo, mas principalmente a uma pessoa simples, valorosa e comprometida com os interesses de causas nobilíssimas, alguém que seja bem-avindo com o seu semelhante, que tenha fé, paciência e possa compreender as rabugices de quem quase sempre comporta-se como um velho dentro de sua  herdada misantropia. Minha solidão e abandono terão fim quando houver a confirmação, através do ansioso porvir, de que somos iguais no que buscamos conseguir por mérito. 

Wilson M. Pereira

(Continua na Fase - III)

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