Índice
Index
Introdução
A História da Pesquisa
Das Populações Pré-históricas
da Ilha de Santa Catarina
Terminologias e Convenções para
o Estudo da Arte Rupestre
As Possibilidades de Estudo do Material Rupestre
Análise Comparativa
Descrição do Material Rupestre da
Ilha de Santa Catarina
Análise e Documentação
Os Sítios de Arte Rupestre
Considerações Finais
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Quando um pesquisador se depara com um painel de gravações rupestres, pode-se estar diante de séculos de diferença entre gravações. Para atribuir os símbolos à determinada cultura ou culturas, deve-se valer do estudo das sobreposições, como se faz num estudo de estratigrafia arqueológica em uma escavação tradicional (Arcà, 1997) . Segundo Arcà,
Trabalhando com estratigrafia rupestre, deve-se buscar elementos sobrepostos que, ao constatar-se diferenciação estilística, indicam por sua vez diacronismo e desta forma pode se determinar os níveis de ocupação rupestre. Alguns critérios que podem ser usados para determinar os níveis estratigráficos rupestres: COR, SULCO, TÉCNICA DE EXECUÇÃO E TÉCNICA DE REPRESENTAÇÃO. Através da relação entre estas variáveis pode-se atribuir níveis de ocupação rupestre à um sítio arqueológico considerado (Mills: 1976). |
Na preparação do material, observa-se a disposição dos desenhos sobre a rocha suporte, montando uma tabela tipológica, onde, o mesmo tipo serão os elementos absolutamente iguais, observando a distribuição destes sinais-tipo no espaço físico do sítio e nos conjuntos.
Deve-se enfocar os seguintes aspectos principais:
Da contextualização do sinal rupestre deve-se
primeiramente testar a hipótese de um sistema cronológico
na área a ser estudada. Verificamos se a sequência de sobreposições
é constante para todos os sítios. Começa-se a comparação
para cada conjunto de sinais de cada sítio, passando para todo o
sítio e finalmente para toda a área estudada.
As formas de registro
Trabalha-se atualmente com formas de registro que se adaptem as condições da superfície da rocha, que muitas vezes exigem meios especiais de iluminação. Para isso, conta-se com o registro fotográfico, registro de frottage (método transfer), registro fotogranométrico e relevo de contato (Arcà, 1995: 111). Nesta pesquisa optei pelo uso de fotografias e relevo de contato, que são traçados de contato direto com uso de folhas plásticas, resultando numa cópia fiel em tamanho natural. É importante observar que o relevo de contato deve ser utilizado somente para petroglifos, e no caso de pinturas rupestres deve o pesquisador se limitar à fotografia sem flash e fillmagens.
Com o constante vandalismo que consome gradativamente os petroglifos, já agredidos pelas intempéries, torna-se necessário uma forma mais substancial de registro, além da fotografia. Uma cópia em tamanho natural das inscrições em folhas plásticas tem sido constantemente utilizado por grande parte dos pesquisadores. Segundo Arcà, é o melhor meio de registrar petroglifos em desaparecimento, onde os olhos treinados do arqueólogo remontam os detalhes muitas vezes impossíveis de serem notados na fotografia.
Com todos os dados coletados, parte-se para a montagem de um banco de dados em computador, onde todas as informações disponíveis são facilmente acessáveis. O cruzamento destes dados é que podem conduzir à seriação arqueológica e ao entendimento do código rupestre.
Ilha do Arvoredo. |