Em            Busca da Caverna

5 - A MONTANHA ÔCA
"Nós já estavamos cansados de ficar            no mosteiro sem fazer nada, aquela monotonia do ambiente nos deixava            deveras atrofiados". "Do alto do mosteiro todo dia nós            ficávamos apreciando a paisagem das montanhas ao nosso redor".            "Viamos uma carreira de montanha e, na ponta uma parte mais alta,            e, logo em frente duas montanhas encostadinhas no mar. Uma mais baixa            mais larga em cima e outra muito comprida e dava as costas para o mar,            onde os escravos lá do planalto chamavam de nascente da "lagoa            salgada" bem resolvemos um dia burlar a vigilância do mosteiro            e começamos a andar a beira mar. Por precaução            fomos vestidos de frades para não sermos molestados pelos capatazes            de fazenda que existe por aqui. Andamos junto às duas pedras            altas. O barulho do mar era tão grande que nós ficavamos            horas e horas apreciando o movimento das ondas. No primeiro dia nós            esquecemos e quando resolvemos voltar já era tardinha, não            dava tempo de voltar para o mostero. Então fomos a procura de            uma gruta para passar a noite, comida não era problema porque            naquela época havia muitos frutos silvestres, por exemplo: mamão,            tamarindo e caju. Fome a gente não ia passar e nas encostas das            pedras tinha nascente d'agua para a gente beber. Como nós já            tinhamos ficado uma noite fora de casa, resolvemos não voltar            ao mosteiro "e procurar decifrar o enigma das duas pedras juntas".            Na segunda noite dormimos em uma gruta onde ouvimos muito gemido e sussurros            vindo do interior da gruta. Era noite de lua clara, e as ondas do mar            estavam calmas, devia ter estacionado a vazante. Dentro da gruta entrava            a luz da lua. À medida que foi tornando-se mais tarde, os sussuros            aumentaram. E vinham do fundo da gruta. Resolvemos averiguar do que            se tratava. Vimos tochas de fogo acesas e muitas pessoas de cor preta            reunidas ali no fundo da gruta que era um salão muito grande            e alto, era tão alto que não se via parte superior, a            não ser pela fresta de luz da lua que ali entrava. Eram mais            ou menos cincoenta pessoas, não deu para contar ao certo. Eles            falavam, cantavam e choravam, gemiam falavam em lingua nativa africana.            Por isto podemos entender o que eles diziam. Como nos não sabiamos            do que se tratava, pois na cidade ninguem havia comentado sobre aquele            assunto, achamos por bem não dar alarme com a nossa presença,            e só ficar observando.
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NEIDSON                  ALENCASTRO
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As pessoas se movimentavam lá dentro como se estivessem            angustiadas, nervosas. O que poderiam ser aquilo? Seria um esconderijo            de escravos? Vamos observar mais: ficamos sem dormir aquela noite mesmo            porque já tinhamos perdido o sono e as condiões não            eram confortaveis e nem sequer tinhamos coragem de dormir com um movimento            de pessoas por perto. Depois de observar várias horas pelo buraco            no fundo da gruta notamos que perto de uma tocha de fogo havia dois            rapazes de 20 a 22 anos de cor branca, bem vestidos, com calça,            jaqueta, perneira, chapéu que diziam em portugues para os pretos:            "Acalmem, acalmem que o navio vai chegar daqui a pouco, pelo que            combinamos ele, o navio vai chegar mais ou menos na maré baixa.            Assim vocês poderão embarcar com segurança e voltar            para a África e assim libertaremos todos os escravos" Passado            mais uma hora e meia ele volto e falou "está na hora o navio            já está chegando" Então todos se levantaram            e foram caminhando para o fundo do salão até a gente não            pôde ver mais. Como nós queriamos acreditar no que estávamos            vendo, saimos da gruta arrodiamos a pedra, isto é, andamos pelo            lado de fora entre o mar e a pedra aré chegarmos a um local onde            se avistava a entrada da baia, que os escravos chamavam de nascente            da "lagoa salgada", onde vimos um navio todo de madeira muito            grande atracado em um local onde as ondas eram bem mais fracas de acordo            com a maré baixa. Vimos várias canoas levarem cada uma            cerca de seis pessoas e embarcar no navio. Depois que todos que estavam            no salão da caverna embarcaram no navio, foi 'largado' as velas            e o navio começou a seguir a direção do mar aberto.            E nós ficamos observando até o navio sumir completamente            no horizonte... De longe apenas uma luz tênue caminhava no oceano.            Depois, bem depois, quando ainda comentavámos o espetáculo,            nós encontramos os dois rapazes que vimos lá no salão            da caverna. Quando eles nos viram a nós três vestidos de            roupa de padre...
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