Maquiavel foi da renascença?


As interações culturais entre gregos
e
indianos no período helenístico

AUTOR: Anderson Fernando dos Santos


O período Helenístico está compreendido entre 323a.C, data da morte de Alexandre o grande¹ e 30a.C, quando se dá a queda do último império helenístico no Egito, conquistado pelos romanos. Sempre mereceu a atenção de diversos estudos na historiografia. Este texto, procurará analisar o processo de helenização ocorrido no oriente, mas precisamente aonde hoje se localiza a Índia, o Paquistão e o Afeganistão.

Com relação ao oriente em geral e a Índia em particular as pesquisas dos orientalistas desde o século XIX, fundamentavam-se na idéia de que qualquer manifestação importante do pensamento oriental derivaria do ocidente e, principalmente da Grécia clássica, isso porque para os europeus a Grécia era a única fonte da cultura, do saber e da razão; a partir deste ponto de vista, vários autores dedicaram-se a mostrar que a relação da Grécia com o oriente foi um processo unilateral, em que, os gregos passavam sua cultura e não recebiam, nenhum tipo de influência, um bom representante deste pensamento é o orientalista Sir Mortimer Wheeler¹. Outra vertente de pensamento, com uma maior carga de visão imperialista, seria aquela que afirma que a Grécia teria exercido uma presença civilizadora.

A partir da década de quarenta do séc. XX, os debates historiográficos se tornaram acirrados, porque além dos helenistas mais radicais, contava-se agora com indianistas que tentavam mostrar que a Grécia é que teria recebido influência cultural da Índia. Com W. Tarn2, ligado à primeira, e Naraim3 à Segunda, dizia justamente o contrário; que os hindus é que exerceram uma forte influência cultural e que os gregos "vieram e viram, mas que o indianos é que conquistaram".(Narain, 1966) O debate foi acirrado de ambos os lados, demostrando, os acadêmicos, vertentes do local de fala de cada um deles, demostrando as características de um escrito de história (CERTEAU, 2000, pp. 66, 67):

"que se articula com um lugar de produção sócio-econômico, político e cultural. Implica um meio de elaboração que circunscrito por determinações próprias: uma profissão liberal, um posto de observação ou de ensino, uma categoria de letrados, etc. Ela está, pois, submetida a imposições, ligada a privilégios, enraizada em uma particularidade. É em função deste lugar que se instauram os métodos, que se delineia uma topografia de interesses, que os documentos e as questões, que lhes serão propostas se organizam."

Realizando os dois lados uma espécie de paralelomania em que tentam comparar as culturas, utilizando-se de situações parecidas, irão tentar dizer que uma cultura herdou ou influenciou a outra.

Outra questão que envolve os estudos dos encontros entre gregos e outras culturas na antiguidade é o que envolve uma perspectiva de que os contatos entre civilizações na antiguidade, só começam a ocorrer a partir do período helenístico, mesmo quando apontam como Momigliano5 (1991,pp.71-73), a existência de contatos entre gregos e outras culturas, seriam contatos esporádicos e superficiais, esta posição tem ainda forte impacto na produção historiográfica, sem maiores interesses pôr parte de ambos os lados. Este tipo de abordagem apesar de lançar mão da arqueologia, utiliza-a apenas como sustentação e informações advindas de informações textuais. Não tendo o cuidado de realizar um aprofundamento para saber se o trabalho arqueológico está em seus relatórios finais ou não. Sendo uma tentativa geralmente forçada. Frank Holt4 diz que tais discussões estão ultrapassadas, pois se no início de nosso século o que se tinha eram algumas poucas moedas, as quais mostravam a dinastias gregas, persa e indianas que viveram em toda aquela região, ocorre a partir da década de trinta

"uma grande quantidade de novas evidências , que têm desde então vindo à luz, como resultado de amplas explorações arqueológicas no Afeganistão, na Ásia central Soviética, no Paquistão e na Índia(...) demostrando claramente as relações correntes entre as culturas do oriente e do ocidente, caminhos que nem Tarn, nem Narain dificilmente imaginariam."( Holt, 1995, p.5)

Mas recentemente temos na historiadora Jarocka6, (JAROCKA, 1991), uma refutação destas hipóteses demonstrando como os indianos travavam desde há muito tempo contatos com o oeste, seja com os egípcios, no mar indico, seja com a dinastia persa dos Aquemênidas, apesar disso ela ao tentar rever os equívocos da historiografia ocidental, acaba repetindo as tendências parciais de Narain, colocando o problema das aculturações com um juízo de valor, que se serve para os nossos dias, não se enquadra a visão de mundo daquele período e daquela época pois as aculturações não são dados preexistentes, mas construções específicas, de sociedade, tempo e lugar.(Veyne, 1983, pp. 105-106).

Assim como as culturas têm especificidades que lhe são peculiares, os encontros entre culturas guardarão sempre um conjunto de circunstâncias e interesses que não são idênticos, nem têm uma organização metódica, sofrendo ao longo do tempo modificações diversas.

A aculturação nem sempre pode ser vista como uma violência. Existiram culturas que se apropriavam de outras culturas como trunfo de vitória guardando esses contatos culturais especificidades espaço-temporais que precisam ser bem compreendidas pois como nos afirma Paul Veyne7 ( VEYNE , 1983, pp.105-106) :

"a aculturação de nossos dias, que descreve de forma tão apropriada o atual estágio do terceiro mundo, não pode aplicar-se a outras situações históricas; a riqueza do passado é tal que, nossas sociologias e praxiologias são apenas racionalizações de um caso particular de História."
Guardando o cuidado de não tentarmos simplificar o processo na simples questão de saber quem foi que influenciou quem, qual é a cultura forte e a fraca, deixaremos as visões patrióticas e eurocêntricas, tão freqüentes nos estudos das décadas passadas e mesmo na historiografia mais atual, para mostrar que a Helenização é um processo de mão dupla, a cultura grega não é por si só algo puro intocável mas, ela mesma ao interagir com o outro, se modifica. Quando duas culturas diferentes se encontram sempre existe uma negociação em que há captações e irradiações, não é uma via de mão única, mas sim uma interação cultural. (Sahlins, 1990, p.7).

Isso posto, percebemos que na região da Báctria ocorreu um processo de interação - uma troca cultural - entre gregos e os indianos. Iremos identificar tal processo de interação ocorrido nessa região através de diversos angúlos: o proselitismo budista, A arte de matura e gandara, a numismática...

A cultura grega, para os gregos da antigüidade, é sinônimo de civilização. O grego, a partir do III século a.C., torna-se uma língua "mundial" e ao mesmo tempo em que a cultura grega invade outras regiões, outras culturas também interagem com os gregos, a cultura helena fundiu-se com as culturas locais com maior ou menor profundidade, existindo interações e resistências. Os gregos que chegam à Índia não são somente gregos, nesse momento já são greco-macedônios.

Na Índia, veremos que não haverá a adoção da cultura grega, porém haverá uma interação, pois quando duas culturas diferentes se encontram, ambas sofrem mudanças. Nos encontros de culturas diferentes, a interação vai até um certo ponto. Culturas que estão dispostas a estabelecer diálogos, não implica numa diminuição ou erradicação de uma delas.

As interações não são iguais. A transformação de uma determinada cultura é um modo de reprodução, e toda reprodução de cultura é alteração.

Para comportar tais análises utilizaremos do campo antropológico, pois este campo oferece definições interessantes acerca do conceito de cultura. Tais definições serão buscadas em Marshall Sahlins, particularmente no seu livro Ilhas de História (1990). De imediato constata-se um importante argumento, qual seja: cultura é historicamente reproduzida na ação (Sahlins, 1990: p.7). Essas alterações podem produzir uma transformação estrutural, pois a alteração de alguns sentidos muda a relação de posição entre categorias culturais, havendo assim uma "mudança sistêmica" (1990, p.7), então vemos que as pessoas dão sentido aos objetos partindo das compreenssões preexistentes da ordem cultural. A cultura é reproduzida na história, é só na história que existe cultura, ela se reproduz e no momento em que se reproduz ela se altera, nos encontros de culturas diferentes essas trocas vão até um determinado ponto. As interações culturais partem do pressuposto de que existem culturas que estão predispostas a um encontro, mas isso não faz com que uma cultura se anule em detrimento de outra.

O Budismo irá utilizar a língua grega para se apresentar ao "mundo" grego. Ou seja tomam de empréstimos "sem o menor escrúpulo, todos os seus costumes: bastará considerar que esses costumes, constituindo a maneira ideal de agir, são patrimônio de todos..." (Veyne, 1983,p. 113) Veyne vai falar sobre a apropriação como um desejo de dilatação, é exatamente isso que as pesquisas têm demostrado no caso budista; apropriam-se do grego para espalhar a doutrina budista. O "mundo" grego encontra-se em desvantagem na Índia, pois bate de frente com uma cultura milenar. Assim, os gregos passam a ser absorvidos pela estrutura indiana, sentindo-se muito à vontade com sua religião politeísta, enquanto ao mesmo tempo a língua, a arte e outros aspectos da cultura grega foram assimilados pêlos indianos, por ser ela uma cultura internacional permitindo a expansão dos preceitos budistas, absorvendo tudo que vindo do oeste permite uma sofisticação estética que não só se adapta à sua cultura e seus hábitos, mas dá condições para que está ganhe novo vigor e se mantenha viva. É preciso mudar para continuar a ser o mesmo, (Sahlins, 1990, p.50).

Para que as culturas locais pudessem sobreviver, elas precisavam mudar para que continuassem a ser elas mesmas. Os impérios ao se relacionarem com uns aos outros precisavam se adaptar para sobreviver, de um lado os gregos longe de suas origens se convertendo ao budismo, de outro os budistas utilizando da arte grega e da língua grega para divulgação de sua obra. Portanto entendemos que interação não se trata apenas de uma relação de dominador/dominado, trata-se mais substancialmente de uma troca em si de conhecimentos, cultura e costumes.

É importante destacar que o imperador da Índia, Açoka8, da Dinastia Maurya, ao se converter ao budismo, contribuiu para estender a sua influência favorecendo sua difusão espalhando pôr todo seu território textos e datas gravados inspirados no budismo. Neste período a dinastia estava voltada para a tentativa de unificação do seu império, e o budismo foi uma ferramenta importante para esta unificação. Seu império abrangia praticamente toda a Índia do Norte e do Noroeste e estendia-se para o sul até a região dos Andras. Preocupado em difundir a nova religião, na qual se convertera, o imperador promoveu um movimento missionário, estimulando a ação de apóstolos budistas, que viajaram até a Síria, o Egito, a Macedônia, Cirene, o Épiro e a ilha do Ceilão (atual Sri Lanka). Neste período o budismo entrou em sua fase áurea na Índia.

Utilizando o texto budista Milinda Panha,9 pudemos observar alguns recursos de apropriação, utilizados para expandir a religião budista. O texto utiliza-se, por exemplo de diálogos entre dois personagens, na apropriação da retórica grega com a dinâmica de perguntas e respostas, na rapidez como são dadas estas mesmas respostas e na sobriedade das frases. Observando que o texto foi elaborado tendo como fim uma divulgação que pudesse ser mais apetecível a outros povos, deixando aqui bem claro que este proselitismo não era só a povos do ocidente, mas este formato serviu para divulgar o budismo no extremo oriente.

Os gregos quando entram nestas regiões dão continuidade a um processo que já existia. características típicas de uma pólis do período helenístico, o mapa abaixo retrata a cidade de Alexandria egípcia, para que pudéssemos ver todos os elementos citados pelo autor e que caracterizam uma pólis: Torres, grandes portas, fossos profundos rodeando a cidade, o traçado típico da pólis em xadrez, etc.., demostra que no período em que esta parte do texto foi feita, as pólis fundadas pelos gregos no oriente existiam e mantinham suas características helênicas. Outro fator interessante neste capítulo inicial é quando seu autor compara a capital Sagala com a cidade sagrada Alakamanda, cidade dos deuses, demostrando características da interação cultural que está ocorrendo ali, de uma apropriação do que foi feito pelo outro quando reconhece nisto um valor, reconhece padrões novos que interessa apropriar-se para sua cultura, diz de certa forma -nós também temos cidades assim- afirmando sua cultura, através de valores emprestados de uma outra sociedade, com isso se apropria de valores que reconhecem serem importantes sem que com isso altere a fundo a sua cultura.

Outro conjunto de material muito interessante são os resquícios de cartas de embaixadores e da presença de monges budistas no ocidente, estando tais textos ainda em fase de investigação. Procuramos com esse texto demonstrar que as culturas não são fixas ou estáticas são dinâmicas, que os seres humanos reproduzem sua cultura na ação histórica.

Que os encontros culturais não são subjugações unilaterais, não podendo os pesquisadores simplesmente realizar suas pesquisas a partir de pressupostos eurocêntricos ou indiocêntricos como vem acontecendo em muitas abordagens historiográficas sobre o tema, mas ao analisar as diversas abordagens desse processo ficar claro que a interação cultural não implica somente numa relação de dominador/dominado, mas também em uma relação de troca.



Notas

¹Alexandre, O Grande, após conquistar o Império Persa decide ir até os confins do Império, atravessando a Báctria e as montanhas do Hindu-Kush em 329 a.C., entrando na próspera província de Sogdiana e atravessando-a atingindo a fronteira do Império Persa no Rio Jaxartes, onde funda a cidade de Alexandria Longínqua. Em 327 a.C., desce até o Pundjab e o Sind conquistando-os desbaratando o Reino do Rajá Poros. Queria ir Alexandre mais para o leste, descendo o Ganges e chegar até o Golfo de Bengala, mas ele já havia ultrapassado os limites do império aquemênida e nesse momento ocorrem várias sublevações. Alexandre, então, volta para o Pundjab, fundando inúmeras cidades, desce o Rio Indo, chega ao Oceano Índico, manda seu almirante ir pela costa, enquanto ele segue pelo deserto até o Golfo Pérsico, onde fixou sua capital na Babilônia, adoece e morre no verão de 323 a.C. Alexandre fundou cerca de 70 Alexandrias, deixando por lá colonos gregos e macedônios.. Com a morte de Alexandre, a unidade do Império não dura muito tempo e a parte oriental acaba ficando nas mãos de um de seus generais: Seleuco.

2 TARN, W. The greeks in Bactria and India, Cambridge, Cambridge University press,1966.

3 NAIN, A. The Indo-Greeks, Oxford, Clarendon, 1957.

5 MOMIGLIANO, A. Os limites da helenização. A Interação Cultural das civilizações Grega, Romana, Céltica e Persa. Rio de Janeiro: Zahar, 1991.

8 Com uma revolta chefiada por Chandragupta Maurya, o Reino de Magadha, junto ao Ganges, aproveita-se das indefinições políticas do Império macedônio e anexa o território a leste do Indo, derrotando em 305 a.C. o sucessor de Alexandre na parte oriental, Seleuco Nicator, que cede as satrapias do Indo e de Gandara. Nesse momento o Reino passou a se estender do Hindu-Kush até ao Golfo de Bengala, sendo fundado assim o Império Maurya, que se ampliará com o filho de Chandragupta, Bindusara, em direção à Índia Central e aumentará ainda mais com o neto de Chandragupta, Açoka, com quem chegará ao seu apogeu estendendo-se além do Hindu-Kush, passando por Aracosia até a Drangiana. A capital do Império Maurya será Pataliputra (atual Patna), que foi conhecida através de Megástenes, um embaixador de Seleuco enviado em 302 a.C. direção à Índia Central e aumentará ainda mais com o neto de Chandragupta, Açoka, com quem chegará ao seu apogeu estendendo-se além do Hindu-Kush, passando por Aracosia até a Drangiana. A capital do Império Maurya será Pataliputra (atual Patna), que foi conhecida através de Megástenes, um embaixador de Seleuco enviado em 302 a.C. Açoka se converte ao budismo e vai se tornar bastante conhecido, graças as inscrições que espalhará pelo Império com claros fins proselitistas escrevendo seus éditos em grego e aramaico, levando, mesmo através de embaixadores, a mensagem budista ao Mediterrâneo, baseando o princípio de seu governo na não-violência e no bem estar de todos, além de punir com justiça, levar saúde aos súditos e ainda proibir de os animais serem molestados. Adotando uma política de tolerância religiosa, após sua morte o Império Maurya vai paulatinamente se fragmentando e os brâmanes vão ter uma forte reação no combate ao budismo, ocorrendo um recuo deste no território. Nesse momento a possibilidade maior dos indianos budistas é pregarem nos territórios greco-indianos e nisso surgem importantes escolas de arte, como a de Gandara e a de Matura, que tem forte influência grega. Editos do imperador Maurya Açoka em grego, Pracrit, e aramaico,foram descobertos em Ai Khanoum, uma cidade helenística com ginásios e templos demostrando todo um processo sincrético de deuses gregos, bactrianos e indianos. As claras evidências de que haviam contatos constantes seja com o mediterrâneo, seja com o sub-continente indiano, e também ao extremo oriente.

9 Bactriana e Sogdiana são as duas províncias mais orientais do Império Selêucida. A Báctria ocupa muito do que hoje é o Afeganistão, situando-se na planície da Bactriana, que fica entre as montanhas do Hindu-Kush e o Rio Oxus (hoje Amu Darya). Às margens do rio Jaxartes, onde Alexandre implantara uma extrema Alexandria, fica a Sogdiana como o oásis de Maracanda (Samarcanda). O Reino Bactriano retoma a sua expansão até Aracósia e a Drangiana. Aproveitando a confusão que acontece após a morte de Açoka, esses reis atravessam as montanhas do Hindu-Kush, conquistando vastas áreas, chegando até ao Pundjab. Por volta do ano 190 aC, Eucrátides assassina Demétrio II e torna-se senhor de toda a Báctria, com sua morte ocorre um período conturbado, levando a uma cisão definitiva do seu Reino, dividindo-o pela cadeia do Hindu-Kush, ficando de um lado o Reino Greco-Bactriano e do outro o Reino Greco-Indiano.

É neste cenário que surge Menandro, ou em indiano Milinda, que é senhor de Gandara até o Pundjab; uma área imensa. Colocou em moedas o dizer: "basileos basileum" em grego, que significa "rei dos reis", e em pracrit, "maha raja" (grande rei).

Menandro morre em campanha , provavelmente quando tentava anexar ao seu império a Bactriana. Não se sabe ao certo se ele se converteu ao budismo, mas ele modificará seu epíteto de "soter" (salvador), para "dikaios" (justo), se ajustando aos preceitos do dharma budista. Sabia-se que era um rei que gostava de discussão filosófica.

Movimentos nas estepes da Ásia acabam afetando os reinos gregos. Os Yue-Tche são expulsos pelos Hunos, que exercem uma terrível pressão sobre os citas. De origem persa que vivem ao norte, no ano 130 aC, vão se apoderar da Sogdiana, no ano 100, da Báctria. Os Reinos Greco-Indianos duram um pouco mais, mas já não possuem uma integridade, estão divididos em 5 reinos, que vão caindo pouco a pouco. Ao ano 75 aC no Pundjab, 70 aC no Gandara e cerca de 50 aC no vale alto do Cabul, que constituiu a última praça forte do período helenístico.

Documentação textual:

Milinda Panha: As Perguntas do Rei Milinda. Rio de Janeiro: ed. Livros do Mundo Inteiro, 1973.

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