Index
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Introdução
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A História da Pesquisa
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Das Populações Pré-históricas da Ilha de Santa Catarina
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Terminologias e Convenções para o Estudo da Arte Rupestre
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As Possibilidades de Estudo do Material Rupestre
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Análise Comparativa
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Descrição do Material Rupestre da Ilha de Santa Catarina 
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Análise e Documentação
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Os Sítios de Arte Rupestre
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Considerações Finais
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Referências Bibliográficas
 

A arte rupestre da Ilha de Santa Catarina se manifesta na forma de petroglifos (gravações rupestres). Podem ser obtidas através de picoteamento ou polimento. Em alguns casos aparecem inscrições com vestígio das duas técnicas de confecção. Neste caso, acredito que em  muitas vezes (porém não em todas) as inscrições eram previamente preparadas através de picotemamento, para finalmente receberem o acabamento final através do polimento. Verifica-se em Prous (1992:511) que a mistura de técnicas também ocorre em outras tradições. 

O picoteamento ou polimento era obtido pela abrasão ou percussão de um instrumento de pedra sobre a rocha suporte. Na Ilha de Santa Catarina e adjacências, a rocha suporte elegida pelos autores dos petroglifos foi unicamente o diabásio. 

Prous, na sua interpretação da Tradição Litorânea Catarinense, afirma que seus sítios estão localizados exclusivamente em Ilhas, dado este equivocado, já que existem sítios espalhados pela região continental catarinense. Outra informação equivocada é a de que a arte rupestre catarinense é feita sobre granito, quando na verdade a matéria prima é o diabásio.

São 32 sítios espalhados em 16 localidades, totalizando 563 símbolos gravados. Os sítios ocorrem na faixa litorânea externa, nas praias que ficam de frente para o Oceano Atlântico, com exceção de um ( O sítio de caminho dos reis - trilha que liga a praia da Galheta com a comunidade da Barra da Lagoa). 

A alta concentração de patina sobre muitas das inscrições se dá devido a proximidade com o mar, cujos vagalhões provocam respingos sobre os paredões. A alta umidade relativa do ar também é um fator que contribui para a formação de liquens, limos e outros tipos de matéria orgânica que serão aqui tratadas, genericamente, também por patina. 

O vandalismo ocorre na maioria dos sítios. O mais comum é riscar por cima dos petroglifos com pedaços de pedra. Isso ocorre até mesmo nas ilhas adjacentes cujo acesso se torna mais difícil e a concentração de pessoas que visita o local é muito menor, como por exemplo na Ilha dos Corais. Oportunamente presenciou-se hóspedes do hotel Costão do Santinho riscando, com pedaços de pedra, os petroglifos que ficam nas proximidades, de onde foi ironicamente tirado o símbolo do hotel.

Entre os outros tipos de agressões constatadas, aparece o caso das duas inscrições da Ilha do Campeche que por cima foram pintados nomes com tinta óleo. Mas os famosos paredões dinamitados por caçadores de tesouros, já mencionados por Rohr (1959: 21), formam o mais assombroso tipo de agressão.