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O que é a síndrome ou transtorno do pânico 
A síndrome do pânico é uma doença causada por um desequilíbrio químico no organismo. Existem duas substâncias fundamentais para o nosso equilíbrio: a serotonina, responsável por regular nossos estados de humor e bem estar, entre outras funções; e a noradrenalina, substância produzida quando estamos em perigo, alerta ou estresse. Tanto a noradrenalina quanto a serotonina são neurotransmissores. Quando estas substâncias estam fora de eus níveis normais, aparecem doenças como pânico e depressão. Mas o que causa esse desequilíbrio?

Existem ainda muitas divergências sobre a origem da doença. Alguns acreditam que o transtorno de pânico seja um problema de ordem química, em que fatores genéticos podem contribuir sensivelmente para seu desenvolvimento. Outros crêem que seja resultado unicamente de questões psicológicas, de atitudes e comportamentos que o indivíduo desenvolve durante a vida e que se tornam insuportáveis, tendo seu estopim nas crises. A doença pode ser fruto de uma combinação entre ambos, independentemente da ordem hierárquica; independente de o fator quimico influenciar no psicológico, ou do psicológico desestruturar o químico. Minha opinião particular tende mais para esta última hipótese, embora eu não seja médica nem especialista no assunto. Tenho essa opinião baseada não apenas no meu caso, mas em inúmeros outros casos que chegaram ao meu conhecimento. Acredito também que exista uma predisposição genética a esse tipo de problema e que a mudança de comportamento é fundamental para a resolução do problema.

Entenda como funciona uma crise de pânico no seu organismo:

Existem duas substâncias fundamentais para o nosso equilíbrio: a serotonina, responsável por regular nossos estados de humor e bem estar, entre outras funções; e a noradrenalina, substância produzida pelo cérebro quando estamos em perigo, alerta ou estresse. Tanto a noradrenalina quanto a serotonina são neurotransmissores. Estas substâncias são produzidas pelas glândulas supra-renais, e se seus níveis estiverem alterados, problemas como pânico, depressão, mania podem surgir. Quando os níveis de serotonina estão baixos, entramos em depressão; sentimos desânimo generalizado. Podemos ter distúrbios de sono e alimentação, alterações de peso. Já a noradremalina, ao contrário, quando em excesso, causa reações violentas no organismo, tais como: a taquicardia, tremores, sudorese, náuseas, tensão muscular, parestesia (formigamentos), entre outros, e algumas distorções de percepção. Estas reações não são nada mais que nosso sistema de alerta funcionando para nos proteger de um perigo. Quando esse alerta é disparado sem razão aparente, temos a crise de pânico. Geralmente a serotonina está lá em baixo e a noradrenalina, lá em cima. Por isso a pessoa tem crises violentas e se sente absolutamente incapaz de reverter o quadro.

Com relação às crises, elas podem aparecer sem nenhum motivo aparente, em diferentes fases da vida. No entanto, os motivos existem e estão dentro de cada um. Já sabemos que situações de grande estresse podem desencadear o início das crises, mas cada pessoa pode desenvolver a síndrome do pânico por razões muito distintas.

As crises podem durar apenas alguns minutos como também mais de uma hora, e costumam ser mais frequentes e violentas com o passar do tempo. O medo de novas crises acaba fazendo com que a pessoa evite uma série de situações associadas às crises (por exemplo, se a primeira crise foi num local fechado, ela passará a evitar lugares fechados de forma geral). Evitando situações que aparentemente favorecem o surgimento das crises, a pessoa vai limitando seu cotidiano e atividades habituais, chegando, nos casos mais agudos, a ficar muitos meses e até anos sem sair de casa.

Outros distúrbios associados:

Alguns desses sintomas podem estar associados a outros, relativos a outras doenças, como TOC e transtorno bipolar. Por isso é fundamental que seja feito um diagnóstico cuidadoso, porque às vezes alguns distúrbios podem ocorrer concomitantemente e precisam de tratamento adequado.

Quem é mais atingido
Estima-se que síndrome do pânico atinja de 2% a 4% da população mundial. Em sua maioria, são pessoas na faixa etária entre 21 e 40 anos, sendo aproximadamente 2/3 mulheres. No entanto, o distúrbio pode aparecer em qualquer idade, até mesmo em crianças. A classe social e a área de atuação profissional não parecem exercer grande influência no surgimento da doença, que pode atacar ricos ou pobres, bombeiros ou manicures, policiais ou donas de casa, seja no campo, na praia ou nos grandes centros urbanos.

O Perfil
Existe um perfil psicológico comum entre essas pessoas. Não é regra, mas em geral são pessoas altamente sensíveis, competentes em suas atividades profissionais e acadêmicas, perfeccionistas ao extremo e com elevado grau de criatividade. São sempre muito ansiosas, assumem grandes cargas de responsabilidades, exigem muito de si mesmas e preocupam-se demais com aqueles que fazem parte de seu círculo de convivência. Em outras palavras: "carregam o mundo nas costas", mas quase sempre esquecem-se de cuidar de si mesmas. Podem apresentar perfil controlador e preocupar-se muito com a opinião alheia, tentando agradar a todos os que as rodeiam para serem aceitas. Costumam ser radicais e ter autocrítica aguda e negativa, culpando-se sempre por falhas banais e autopunindo-se com freqüência. Têm dificuldade em viver no presente, ora jogando suas expectativas todas no futuro, ora remoendo o passado.

Tipos de tratamento

Os tipos de tratamento variam em cada caso. Em alguns, mais leves e ainda no início, apenas a psicoterapia resolve. Em outros, quando a pessoa encontra-se incapacitada de realizar suas tarefas cotidianas, pode ser necessário o uso de medicamentos. A maioria dos especialistas concorda que o ideal é aliar o tratamento médico (psiquiátrico) ao psicológico, ou seja, aliar a administração de medicamentos à psicoterapia. Ao mesmo tempo em que a medicação restabelece o equilíbrio químico do organismo, a psicoterapia ajuda o paciente a entender seus próprios processos e lidar com suas dificuldades e problemas emocinais, podendo chegar aos reais motivos que levaram ao pânico. Entretanto, estudo mostram que pacientes que não usam medicação, ou a usam por pouco tempo, têm maiores chances de recuperação sem recaídas.

Algumas terapias, consideradas alternativas, podem ter efeitos benéficos aos portadores da síndrome do pânico. Apesar da medicina ocidental tradicional não comprovar ainda a eficácia de algumas delas, todas podem trazer bem estar ao paciente, criando maiores condições para reverter o quadro. Exercícios de meditação e relaxamento, acupuntura e arteterapia podem ser um auxílio valioso.

Exercícios físicos têm sua eficácia mais do que comprovada e são altamente recomendáveis. Além de reestruturar o equilíbrio químico do corpo, ajuda a liberar o stress. Durante os exercícios, o organismo libera substâncias altamente benéficas e que proporcionam bem-estar. Ficar parado é pior coisa que se pode fazer. O panicoso geralmente tem uma hipersensibilidade às reações físicas do corpo e assustam-se com qualquer sintoma. Isso pode tornar difícil o início das atividades, mas é importante que essa barreira seja rompida para que a pessoa possa entrar em contato com seu corpo e entender melhor como ele funciona, desmistificando sintomas e sentindo com naturalidade as reações do corpo.