A palavra chakra é de origem sânscrita e quer dizer 'pires' ou 'roda' e em essência significa 'disco giratório'. Sua função é distribuir as energias necessárias à vida do duplo-etérico e que proporciona o crescimento das faculdades psíquicas do homem, pois eles estão em relação com o perispírito que transmite para o corpo físico as deliberações do Espírito. Ele capta as energias sutilíssimas do mundo espiritual superior e as encaminha para o corpo físico, fundindo-as com o Prana astral.
O conhecimento dos centros de forças etéricos remonta de longos séculos. Os povos hindus, egípcios e caldeus e outros já estudavam os chakras, sua função e seu funcionamento, antes mesmo da era cristã. As estátuas de Buda, que viveu 600 anos antes de Cristo, principalmente a de Todaiju, em Nara, no Japão, já apresenta o Iluminado Instrutor espiritual da Ásia com o chakra conoário situado no alto da cabeça e envolvido por uma grinalda de chamas esculpidas na pedra, significando a união das forças espirituais dos mundos superiores com as energias do mundo físico em evolução.
Do encontro das energias sutilíssimas descidas do alto e das forças primárias que sobem da Terra carregadas de impurezas próprias do mundo animal instintivo, resultam os chakras, espécie de discos giratórios etéricos em alta velocidade. Eles são centros ativos situados no duplo-etérico, entre o corpo físico e o perispírito, e se localizam a altura dos principais plexos nervosos do homem.
Os chakras mais importantes do duplo-etérico são em número de sete, embora ainda existam mais três centros menores em desenvolvimento. Os sete chakras podem ser acelerados, desenvolvidos ou despertos através de certas disciplinas de positivação da vontade ou técnica respiratória, como a Kriya Yoga, mas é aconselhável que isso seja feito em concomitância com o aperfeiçoamento moral e o controle mental do ser.
Segundo Ramatis, quando observado de perfil em seu veloz funcionamento giratório, os chakras assemelham-se a verdadeiro pratos ou pires de energias turbilhonantes com característica depressão no centro; vistos de frente, lembram o movimento vertiginoso das hélices dos aviões, mas despedindo cintilações de cores devido ao Prana que os irriga e se decompõe de modo prismático. Eles giram como ponteiros dos relógios, da esquerda para a direita, situando-se a seis ou sete milímetros na superfície do duplo-etérico.
Prana é a energia cósmica que vivifica o organismo. É conhecido como "Sopro da Vida". Tudo o que se move no universo é manifestação do Prana que está no ar, na água, no alimento; ele preenche todo o Universo.
Segundo o ponto de vista do tantrismo, nossos desejos estão diretamente condicionados aos seis centros psíquicos. Ao mover-se por cada Chakra, a energia cósmica (a Kundalini) excita os desejos adormecidos que correspondem a um Chakra específico. O tântrico tem consciência de que todos os desejos são algo natural, sendo criados por estarem presos a excitações sensuais. Os desejos ativam a excreção de hormônios pelas glândulas endócrinas. Quando reprimidos, ocorre uma concentração dessas substâncias no sangue, causando um desequilíbrio químico do corpo e com isso a doença.