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Tristeza
feliz pelo centro do Rio
Entrevista - Nelson Francisco por
Bruno Alves
Chegamos por volta do meio-dia na Cinelândia. Estava um calor de final de Primavera, coisas do El Niño. Sabíamos muito bem porque estávamos ali: para desvendar os mistérios por traz do senhor Nelson Francisco. Pra quem não reconheceu de nome, aí vai a dica: seu Nelson bate ponto todo dia no centro do Rio de Janeiro, seja na Cinelândia, seja em frente ao metro do Largo da Carioca. Seu Nelson é músico, mais precisamente um saxofonista tenor. No meio de um ambiente tão agitado, pode-se ouvir um ritmo tocante, harmônico, melancólico na sua própria felicidade: o Jazz. Da próxima vez que passar pelo centro do Rio de Janeiro, preste atenção de onde vem tamanha melodia. Com a voz calma e olhar escondido pelos óculos escuros, ele concordou em nos dar essa entrevista.
DRM.news: Antes de mais nada, gostaria de saber um pouco sobre você....
Seu Nelson: Me chamo Nelson Francisco, tenho 54 anos, sou morador de Santa Teresa, tenho duas lindas filhas já formadas, e levo a vida tocando Jazz há 20 anos.
D: Como começou a tocar sax?
N: Comecei a tocar porque gostei da melodia. Meu vizinho ouve Jazz o dia inteiro, então sempre fui acostumado a ouvir. Também tive contato com o músico Bernão Magalhães, que foi quem realmente me abriu as portas pro sax.
D: Onde você aprendeu e qual foram suas influências?
N:
Eu
estudei durante anos no Villa-Lobos (N.E.: Escola Villa-Lobos é
uma escola de música bastante conhecida no Rio de Janeiro), mas
aprendi mesmo no Conservatório do Méier, com Joaquim Nague,
que é um senhor de bastante idade já, mas que sabe muita coisa
sobre o Jazz.
Minhas maiores influências foram a Bossa Nova, Paulo Moura - com que
eu estudei -, e algumas pessoas com quem eu já toquei.
D: Como por exemplo...
N: Tim Maia, Elza Soares, Cassiano... Toquei como todos eles na década de 80, e com mais gente que já não me lembro. Já toquei com muita gente boa.
D: E você nunca pensou em lançar um CD?
N: Já, já pensei sim. Mas é que as coisas tem que ser devagar, porque se você vem pra cá e mostra suas canções, aparece alguém e rouba. As coisas estão indo devagar. Já estou preparando um CD sim. O problema é que as grandes gravadoras fecham suas portas pra pessoas como eu. Elas só querem artistas que vendam muito e rapidamente. Aí tem que recorrer pras gravadoras pequenas, que também é complicado pois pode acontecer de tirar dinheiro do próprio bolso pra bancar o álbum.
D: Falando em gravadoras grandes... O que você acha sobre o atual modismo da música?
N: Olha meu filho, minha cabeça é aberta. Não tenho problemas com esses ritmos que vendem muito; um estão nessa por amor, outros por dinheiro. Mas pra música apurada sempre vai haver lugar. O Jazz, o Samba, a Bossa Nova, não passam, eles entranham devagar. São quase eternas. O povo hoje em dia está com a cabeça misturada por causa da pressão das gravadoras. A hora do Jazz vai chegar, quando tudo se resolver.
D: Lembra-se de alguma situação interessante pela qual já passou?
N: Toda hora tem coisas interessantes. Aqui eu já conheci o escritor Fernando Sabino, o João Donato, o Albertino Silva... Eu também toco na Praia do Leblon, onde conheci o Rui Castro. E sempre toco em festas também, que daonde vem o meu sustento. As pessoas passam por aqui, ouvem, gostam, me chamam pra tocar na festa de quinze anos, no casamento, nas bodas... E não é só gente velha não, a garotada também gosta. Só não gosta de Jazz quem nunca ouviu.
Então tá dado o recado...