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A antiga e fantástica fábrica de chocolates por Rony Maltz
Lembro-me bem
do tempo em que a sessão da tarde era deliciosamente previsível.
Tão certo quanto a presença do Tremendão no Especial
Roberto Carlos e Esqueceram de Mim em véspera de natal, A Fantástica
Fábrica de Chocolate passava religiosamente na Globo, e eu acredito
não ter perdido uma exibição sequer.
Tudo começou quando o senhor Wonka demitiu todos os funcionários
de sua fábrica de doces para impedir que suas receitas fossem roubadas.
Ninguém então entende como ele consegue continuar com a produção
das suas mundialmente famosas e aclamadas guloseimas, mistério que
seria em breve desvendado.
Isto pois Gene Wilder, o Willy Wonka, resolve então promover um concurso
através do qual cinco crianças seriam premiadas com um tour
pela sua linha de produção, e uma delas ganharia ainda de lambuja
suprimento vitalício de chocolates Wonka.
Acho que todos já conhecem a história: Charlie, o garoto sonhador
mais pobre do mundo, abre cuidadosamente a única barra de chocolate
que seu avô pôde comprar e encontra lá dentro, quem diria,
um dos cinco tão procurados invólucros dourados que lhe dariam
direito ao invejado tour pela misteriosa fábrica. Confesso que, devido
ao episódio, até hoje vivo momentos de suspense ao abrir uma
barra.
Sempre tive um certo receio em relação a esse senhor Wonka,
no entanto. Afinal, ele solenemente cagou para todo o poder e a influência
das quatro crianças mais ricas e arrogantes do planeta e eliminou todas
de seu caminho, com direito inclusive a certos requintes de crueldade. Não
me esqueço do "incidente" com a menina cleptomaníaca,
que ao tentar roubar um ovo de páscoa da Fábrica cai em um cano
que leva diretamente ao compactador de lixo. Ao
desespero de seu pai, Willy Wonka responde sereno, num ferino sorriso de canto
de boca e erguer de sobrancelha que ainda me causa arrepios: "Não
se preocupe, a engrenagem só é posta em funcionamento dia sim
dia não".
Enfim, Charlie Bucket e seu humilde avô são os únicos
que conseguem chegar com vida ao final da visita, e são, portanto,
premiados com o suposto suprimento ilimitado de guloseimas. Mas no fundo,
eu sempre desconfiei que o que o senhor Wonka queria mesmo era achar um substituto
digno de herdar a sua Fantástica Fábrica, para que ele pudesse
finalmente voltar a seu planeta de origem tendo cumprido sua missão
de despertar o terror e o medo em todas as crianças desobedientes da
face da Terra. Aquele papo de espalhar magia e fantasia mundo afora nunca
colou mesmo para mim.
Gene Wilder, cansado do traiçoeiro e burocrático mundo da produção
em série de chocolates, segundo o próprio me disse, planejou
tudo desde o início. A única coisa que ficou atravessada foi
aquele final com o seqüestro de Charlie em um balão. Até
hoje estou esperando a Fantástica Fábrica de Chocolate 2, afinal
muito me admira que um senhor com tamanho tino para os negócios não
tenha visto o excelente prospecto de uma continuação.
Lembro-me de ter lido em algum lugar certa vez que a Rede Globo, ao perguntada
quantas vezes havia posto A Fantástica Fábrica no ar, respondeu,
enfática, que não podia revelar a informação por
questões estratégicas. Ora, estratégia mesmo tinha aquele
senhor Wonka. Pois quem, senão ele, seria genial a ponto de recrutar
os anões "ompalompas", que não são sindicalizados,
não entram em greve e trabalham contentes e sem salário, cantando:
Um-pa, Lum-pa, Dum-pa-di-du.