Século XVIII - Anos 1700

Cresce a população e o seu trabalho: o cultivo e o comércio de arroz, da cana-de-açúcar, da mandioca, da banana, do café, do milho e do feijão. Da cana-de-açúcar também cachaça e da mandioca, a farinha; banana e madeira são exportadas para Argentina e Paraguai. Instalam-se as grande fazendas, que têm suas atividades baseadas na mão-de-obra escrava, negra.

A grande rede de rios navegáveis favorece o comércio e a comunicação com Antonina, Paranaguá e Iguape, cidades que são os centros comerciais da época. Pequenas embarcações transportam e produção agrícola para o porto de Guaraqueçaba ou de Paranaguá. Os moradores dos povoados praticam agricultura itinerante: desmate de área de floresta ou capoeira; queima dos restos da vegetação; corte e semeadura. Faz-se uso do solo por 1 a 3 anos seguidos e, depois, pousio, descanso da terra por 10 a 15 anos. Na áreas de boa drenagem e nas encostas de morro cultivam banana, mandioca, milho, feijão e café. Nas áreas úmidas, arroz e cana-de-açúcar. Os habitantes encontravam-se disseminados ao longo dos numerosos rios que cortam a região, pois não existia um local central: considerava-se imprescindível a criação de uma paróquia¹, ponto de encontro dos moradores e veículo de realização da dimensão espiritual  de suas vidas, pilar de toda a cultura popular.

¹ALVAR. J. ALVAR. J. Guaraqueçaba, mar e mato. UFPR. 1975.