SUZUKI RH250 - 1972
Esta moto foi usada pelo piloto belga Joel Roberts para vencer o último de seus seis títulos de campeão mundial de motocross. Foi a 250 de cross mais leve que existiu (76,2kg, enquanto uma 250 moderna pesa, na verdade, 103kg, portanto, não confie nos números que os fabricantes declaram). Em 1973 a Federação Internacional de Motociclismo impôs uma regra com pesos mínimos, e a Suzuki, pêga de surpresa, teve que adicionar chumbo ao quadro. Adeus à mágica e ao título. Joel ficou em segundo no mundial. Reparem o cano de escapamento sem ponteira (antigamente era assim). E qual era o segredo de tanta leveza? Simplicidade. Ao invés de usar porcas para segurar os amortecedores, ela usava presilhas. Possuía muitas peças de magnésio, e a maioria das novidades em construção de motores que ela apresentou, são usadas até hoje nas motos de cross. O modelo da foto pertence ao colecionador norte-americano Terry Good, que depois de tanto procurar por ela, descobriu-a enferrujando em uma cabana de praia na Inglaterra. O antigo dono comprou-a depois do título de 72, usou-a até não poder mais, e por falta de peças, largou-a na cabana até o dia que Terry encontrou-a. |
Maico 760 - 1981
A Federação Internacional de Motociclismo (FIM) criou uma categoria especial para motos usadas no Enduro Internacional de Seis Dias (ISDT) que tivessem mais de 750 cm3 de cilindrada. Esta categoria era dominada pelos enormes bicilindros da BMW. Em 1978, a Maico decidiu derrotar as BMW's e criou a 760. A equipe consistia de alemães altos e fortes e ganharam muitas medalhas de ouro. As motos eram incrivelmente confiáveis e dizem que eram bem fáceis de pilotar. Não era como as motos da categoria Open de hoje (+500cm3). Ela não explodia na arrancada, empinando. Não, pelo contrário, parecia o trator mais amigável que você poderia dirigir. O pico de potência era atingido a meros 4000 rpm (as 500 de hoje giram até 7000rpm ou mais). A potência máxima era de 43hp. Entretanto, a meros 1200 rpm, o enorme motor produzia 26hp, quase o que uma 125 produz a 11000rpm! E essa potência foi medida na roda traseira. Na ponta do girabrequim daria mais. No enduro, usava-se terceira marcha para todo o percurso, sem uso da embreagem! E a maneabilidade? Bem, pela lógica, pensaria-se que ela devia ser como um trator de agilidade, não é? Errado! Na verdade, ela era muito fácil de ser conduzida. A entrega de potência era muito macia, empurrando desde a marcha lenta. Você podia deixar os giros caírem até o ponto de achar que o motor vai apagar, mas é só abrir um pouquinho o acelerador e lá vai ela! Agora imagina, se ela fosse preparada para girar o máximo que pudesse, como as 500 de hoje, qual seria a potência? Os engenheiros da Maico calcularam que seria ao redor de 65-70hp na roda traseira (uma CR500 tem 55). O problema é que o quadro e a embreagem não agüentariam, tal potência. FATOS INTERESSANTES: - Consumo: no enduro - 2,6km/l, em condições normais - 5km/l - Quando frio, o motor não pegava usando o pedal, ela tinha que ser empurrada. Um homem de 70kg podia colocar seu peso no pedal de partida e ele não se moveria! - O diâmetro do pistão era de 107,52mm. Era um pistão de Porsche altamente modificado. ESPECIFICAÇÕES
- MAICO MEGA 760 |
HONDA RC500 - 1984
Esta moto foi usada pelo piloto norte-americano David Bailey para vencer o campeonato de motocross de 500 cilindradas. Na verdade era um protótipo construído quase que totalmente à mão. A CR 480 daquela época era refrigerada à ar, enquanto que os protótipos usados nos EUA e no mundial de motocross eram refrigerados à água. Possuía muitas peças de magnésio e titânio, a base do banco (subframe) e o tanque de combustível (que descia bem baixo para abaixar o centro de gravidade, o que exigiu uma bomba para alimentar o carburador) eram feitos de alumínio, a caixa do filtro de ar era feita de fibra de vidro e o amortecedor já possuía o reservatório de nitrogênio incorporado como nas motos atuais e também usava muitos parafusos de titânio para reduzir o peso. |
YAMAHA YZM500 - 1987
Protótipo feito pela Yamaha para tentar conquistar o título do mundial de motocross 500cc. Olhem os detalhes: quadro de alumínio, cubos de magnésio, seção traseira do quadro em uma peça só, todo em alumínio, motor refrigerado à água (a Yamaha nunca produziu uma 500 de cross refrigerada à água) e YPVS no escape. Infelizmente, o piloto que se encarregaria de levá-la ao título, Jacky Vimond, campeão mundial 250 1986, sofreu um acidente no dia da apresentação da moto ao público. Ele desceria montado na moto presa à cabos de aço em um palco, mas um dos cabos rompeu-se e ele quebrou o fêmur. Adeus ao título. Mas Leiff Persson, outro piloto da equipe venceu o enduro de Le Touquet com ela. Os fanáticos do cross choram quando vêem essa moto. |
YAMAHA YZM250 - 1991
Protótipo usado para testes no campeonato japonês de motocross de 1991. Reparem o quadro de alumínio de viga dupla (e vocês achavam que isso foi idéia da Honda na CR 250 de 97, heim?), cubos de magnésio, balança da suspensão traseira e cano de escapamento feitos à mão, silenciador de fibra de carbono e outros SDS (Só Deus Sabe). |
HONDA CR 125 - 1993
Um milionário americano, queria ver até que peso poderia se levar uma moto de cross full size e vejam o que deu: pára-lamas dianteiro e traseiro, caixa do filtro de ar, base do banco, tanque e number plate de fibra de carbono, quase todos os parafusos que suportam carga de titânio e o resto de alumínio, várias peças especiais como garfo dianteiro, cubos mola do amortecedor do antigo HRC (Honda Racing Corporation)... resultado: !! |
HONDA RC 250 - 1994
Protótipo usado para testes no campeonato japonês de motocross. Tinha quadro de alumínio, caixa de câmbio automática, e outros SDS... |
YAMAHA YZM400F - 1997
Protótipo usado pelos pilotos Doug Henry, para competir nos campeonatos americanos de motocross e supercross, categoria 250 cilindradas, e Andrea Bartolini, no mundial de motocross categoria 500cc. Usando as medidas de uma YZ250, possuía tanque de alumínio, feito à mão, o motor era feito de um bloco de alumínio trabalhado em um torno CNC, coletor de escapamento de Titânio, muitas peças em magnésio e suspensões da YZ250 oficial de fábrica. Potência declarada de 57hp. |