O ESCRITOR

D. JOÃO DE CASTRO

(1871-1955)

NOTA BIOGRÁFICA

Casa de Sant'Anna, em Azurara,
onde nasceu D. João de Castro


D. João de Vasconcelos Sousa Castro e Melo nasceu em Azurara, na Casa de Sant'Ana, em 6/8/1871 e foi baptisado 13 dias depois na Matriz local.

Casou em Braga, Gualtar, com Dona Ana Luísa da Costa Pereira Coutinho de Vilhena, filha de António Luís da Costa Pereira Coutinho de Vilhena, F.C.C.R, e de sua mulher Dona Claudiana Francisca Rebelo.

Herdou as casas de Fortinhães, em Pedregais, e da Vila, em Sta. Maria de Prado, onde viveu os últimos 20 anos.

Ficou na história da literatura portuguesa com o nome de

D João de Castro.

Tornou-se inicialmente conhecido devido à inovadora obra poética, mas salientou-se no romance psicológico de carácteres e na investigação histórica.

Fez parte de um grupo de escritores que na sua irreverente juventude foi conhecido pelos "Nefelibatas", de que faziam parte, entre outros, Júlio Brandão, Raúl Brandão, Justino de Montalvão, Alberto de Oliveira, Eduardo d'Artayett e, ainda, o pintor Inácio de Pinho e o caricaturista Celso Hermínio.

Deixou vasta obra (poesia, romance, teatro, etc.), e colaborou desde 1926 até à sua morte, em 1955, com "O Primeiro de Janeiro", escrevendo quinzenalmente os "artigos de fundo", muitos deles dedica dos à história das famílias . Também foi o autor das notas históricas incluidas nos primeiros 80 números do "Boletim da D.G. dos Edifícios e Monumentos Nacionais"

Muitos dos conhecimentos sobre a genealogia da família devem--se às suas criteriosas investigações, das quais deixou inúmeras notas manuscritas. Algumas das suas novelas foram inspiradas em factos e tradições da ascendência do casal (veja-se por exemplo o livro "Portugal Amoroso").

Faleceu na sua casa de Prado em 20/5/1955.

ASCENDÊNCIA DE D. JOÃO DE CASTRO

  

"Este poeta ligeiramente taciturno, como que a olhar nostálgico para uma civilização desaparecida, folheando aos astros o livro das saudades que todos abençoamos, à busca de legendas e tradições douradas, dedica à memória de Camilo a prodigiosa blague "Os Maditos". É uma dedicatória que nos abre para a psicologia de escritor um documento certo"

Júlio Brandão

"... o venerando Artista da Palavra, D. João de Castro, mesteiral velho e experimentado nas lides da Expressão, antigo componente da "Ala dos Namorados da Língua" escreveu altos conceitos, que eu não devo deixar de aplaudir..."

Vasco Botelho do Amaral

D. João de Castro foi baptizado com o nome de :

D. João de Vasconcellos Sousa Castro Lima e Mello de Athayde e Almada.

Por declaração publicada no Diário de Governo de 25.1.1893 adoptou, oficialmente, o nome:

D. João de Castro e Mello.

Literariamente apenas usou o nome de

D. João de Castro, além de vários pseudónimos:

Morgado de Fortinhães, Xisto Ximenes, J. Caminha Dantas, e outros, em colaboração dispersa e obras não publicadas.

Pedra d'armas da Casa de Sant'Anna

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Vasconcelos de Vila do Conde