VERAS
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ÍNTIMO | |||
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Eras flor fementida, ingênua e moça. Em ledo engano cri que tu me amaste. Mas não sei se por minha ou se por nossa mágoa, tu não cumpriste o que juraste. |
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Não te crimino, embora... Sei, te acossa tenaz melancolia. És — que contraste! — jóia de um outro que de ti se apossa — sendo meu coração teu próprio engaste! |
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Eu sempre te hei de ter no pensamento, sofrendo, enquanto me restar alento, a chaga que me abriram tuas bodas. |
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A arfar em ansiedade o peito me arde e arderá mais logo, inda mais tarde, até que eu deixe a vida e as dores todas. |
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