VERAS

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  A uma arrogante  

 

 

 

Num lampejar ardente de desprezo,

tens sobre mim o teu olhar altivo.

Entanto, meu olhar vivo e surpreso

acha em teu corpo dúlcido atrativo.

 

 

 

 

O belo me faz bem, adoro-o, ileso.

Diante dele torno-me expansivo,

seja num ser à fatuidade preso,

seja num sábio: Ao belo me cativo.

 

 

 

 

Amo a beleza e me compraz olhá-la —

em uma imperatriz, numa zagala,

numa criança ou numa barregã.

 

 

 

 

Não me incomoda essa altivez, senhora,

pois só te vejo como eril Pandora

na correção da estética pagã.

 
 

 

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