VERAS

=====================================================================

 

 

  Louca  

 

 

 

Nunca em seu peito a dor achou guarida,

nunca existiu para ela o triste inverno;

era uma alma de lírio e em sua vida

floria o amor de mãe — sincero e terno.

 

 

 

 

Porém, no seio, um dia, recolhida,

sentiu a dor mais tétrica do Averno.

Então, triste, coitada!, aborrecida,

foi procurar consolo no Falerno.

 

 

 

 

E ela, que foi outrora uma opulenta,

vive hoje maldizendo a dor cruenta

que da existência lhe mudou a trilha.

 

 

 

 

E nada existe agora que recobre

a sua alma infeliz, tristonha e nobre,

a luz da mente que perdeu com a filha.

 
 

 

Go to the Poem in English

Ir para o primeiro Poema

Ir para o anterior Poema

Ir para o próximo Poema

Ir para o último Poema

Ir para a Página de Abertura

Ir para o Menu em Português

Ir para o Sumário em Português