VERAS
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ABELHEIRAS | |||
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Estava uma abelheira em meio ao monte, numa caverna estreita, onde se erguia, a boca hiante em frente do horizonte. Saiam dela abelhas em colheita de mel, destras, aladas, peregrinas e além, pelo vergel, longe voavam; e, travessas, aéreas, pequeninas iam umas e então outras voltavam. |
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Na caverna do peito, a humanidade possui o coração que é — uma abelheira. Habitam-na com toda liberdade abelhas — esperanças. Da maneira daquelas, vão, também, volúveis, estas: Umas alam seu vôo e vão embora, enquanto que outras chegam leves, lestas, e entram cantando música sonora. |
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Há ainda um outro ponto semelhante nas moradas de abelhas diferentes: É ele uma anomalia cruciante que apenas traz tristezas inclementes: A abelheira de barro sói, perfeita, ficar sem uma abelha, abandonada — também a que nós temos entre o peito de esperanças sói ser desabitada. |
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